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Ufla realiza Treinamento no uso do Portal de Periódicos Capes

O evento é organizado pela Diretoria de Programas da Capes, por meio da Coordenação de Acesso à Informação Cientifica e Tecnológica da Capes – CAC, em parceria com a Biblioteca Central e a Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Ufla e será ministrado pela técnica da Capes – Tutilla de Brito Aragão e contará com a participação de editores e fornecedores (que produzem banco dados).

O Portal é oferecido por 163 instituições de ensino superior e de pesquisa em todo o país com acesso imediato à produção científica mundial atualizada. Oferece acesso aos textos completos de artigos de mais de 11.419 revistas internacionais, nacionais e estrangeiras e a mais de 90 bases de dados com resumos de documentos em todas as áreas do conhecimento. Inclui uma seleção de importantes fontes de informação acadêmica com acesso gratuito na Internet. O uso do Portal é livre e gratuito para os usuários das instituições participantes.

O acesso é realizado a partir de qualquer terminam ligado a Internet localizado nas instituições ou por elas autorizado.

Todos os programas de pós-graduação, de pesquisa e de graduação do país ganham em qualidade, produtividade e competitividade com a utilização do Portal que está em permanente desenvolvimento.

O treinamento é direcionado a pesquisadores, coordenadores de pós-graduação, professores, estudantes e bibliotecários e contará com a participação da comunidade da Ufla, da Epamig, Universidade Federal de Itajubá, São João Del-Rei e Alfenas e das Escolas Agrotécnicas Federais de Inconfidentes, Machado, Muzambinho, Bambuí e Barbacena.

O objetivo do evento é treinar e capacitar o profissional para o uso do Portal formando multiplicadores de informações – por ser o Portal uma fonte atualizada para pesquisas em diversas áreas.

Foram convidados para compor a mesa de honra o reitor Antônio Nazareno Guimarães Mendes, pró-reitor de Pós-Graduação Joel Augusto Muniz, diretor da Biblioteca Central Antônio Máximo de Carvalho, técnica da Capes Tutilla de Brito Aragão e Marcelo Pólo, pró-reitor de Pesquisa da Universidade Federal de Alfenas.

“Para o pró-reitor de pós-graduação Joel Augusto Muniz, o Portal de Periódicos da Capes constitui-se na iniciativa mais bem sucedida de disponibilização de textos científicos por meio eletrônico, realizada no Brasil atualmente. Trata-se de uma importante ação que viabiliza acesso aos docentes e estudantes de pós-graduação das informações científicas atualizadas publicadas nas diversas áreas do conhecimento. Por meio do portal são obtidas cópias em pdf, de artigos científicos de interesse dos pesquisadores. O treinamento permitirá aos usuários um contato direto com os instrutores da Capes e das editoras das diversas bases de dados de pesquisa que compõem o portal, possibilitando um melhor conhecimento das ferramentas e links existentes”

O treinamento será realizado nos dias 1, 2 e 3 de outubro no Anfiteatro da Biblioteca Central, da Universidade Federal de Lavras.

Confira os lançamentos das editoras universitárias

“Fragmentos órficos”, Gabriela Guimarães Gazzinelli – reúne fragmentos órficos de cunho esotérico que se preservaram até os nossos dias. São eles o Papiro de Derveni, o Papiro de Gurob, as lâminas de ouro e as placas de osso de Ólbia. Encontram-se nos fragmentos temas da religião de mistério que serão acolhidos pela filosofia grega, em especial aqueles relativos à alma e ao seu destino post mortem. Os fragmentos revelam, pois, e de maneira indubitável, a expressiva contribuição do orfismo para o pensamento antigo. (UFMG)

“Movimento estudantil brasileiro e a Educação Superior”, Michel Zaidan Filho e Otávio Luiz Machado (orgs) – O presente volume reúne textos importantes que tratam da memória do movimento estudantil brasileiro sob a ótica de diversos profissionais, tais como: historiadores, sociólogos, psicanalistas, antropólogos, cientistas políticos, críticos de arte, jornalistas e pesquisadores. (UFPE)

´Método Meir Schneider de Autocura (Self-Healing)”, Jussara de Mesquita Pinto e Léa Beatriz Teixeira Soares – O método Meir Schneider de autocura enfatiza a consciência corporal, os recursos terapêuticos utilizados pelas pessoas em tratamento e a alteração em seus modos de vida. O nome do método utilizado no Brasil deriva do seu desenvolvedor, o ucraniano Meir Schneider.O objetivo é ativar as vias neurais, criar melhores condições para o funcionamento fisiológico e, com isto, possibilitar a recuperação de deficiências ou compensar perdas que já aconteceram. (UFSCAR)

“Gênero & Sexualidade: Perspectivas em Debate”, Charliton Machado e Maria Lúcia Nunes – O livro foi elaborado sobre três eixos: o epistemológico conceitual, o historiográfico e o literário, segundo as explicações do professor Charliton Machado. Desenvolvida a partir de debates em fóruns internacionais, nacionais e regionais, o livro Gênero & Sexualidade: Perspectivas em Debate reúne autores de universidades federal e estadual da Paraíba. (UFPB)

“Brasil como Império Independente: analisado sob o aspecto histórico, mercantilístico e político”, Georg Anton von Shäfer, tradução Artur Blásio Rambo – a obra retrata um país que supera a condição de colônia de Portugal, para tornar-se um Império Independente. Uma transformação de tamanho alcance e profundidade que veio acompanhada de tensões e conflitos, manifestações inevitáveis de ressentimento, descontentamento e revolta contra os colonizadores. Publicada originalmente em alemão, em 1824, a obra ganha sua primeira tradução para o português através do trabalho de Arthur Bl. Rambo, que também a apresenta e anota. (UFSM)

“De escravo a cozinheiro: colonialismo e racismo em Moçambique”, Valdemir Zamparoni – a obra teve seu primeiro lançamento em Salvador, no Centro de Estudos Afro-Orientais, em junho deste ano, através da Editora da Universidade Federal da Bahia (Edufba). A narrativa situa o sul de Moçambique entre 1890 e 1940. O autor, através de documentos históricos e, principalmente, da imprensa moçambicana, mostra como foi o processo de desagregação dos africanos e aponta as convergências e as divergências do colonialismo. (UFBA)

´Metamorfose de um corpo andarilho: busca e reencontro do algo melhor´, Carlos Alberto Coelho – o livro é resultado da tese de doutorado do professor Carlos, cursada no programa de Pós-Graduação em Psicologia Social na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e defendida em 2005. A obra traz contribuições para o universo da pesquisa tanto nos cursos de graduação como nos cursos de pós-graduação. (UFJF)

“Decida você como e quanto viver”, Renato Maia Guimarães – A partir dos 25 ou 30 anos de vida, o ser humano perde 1% da capacidade funcional a cada ano. Mas uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos retardam esse processo natural de envelhecimento. Já a obesidade e o sedentarismo o aceleram. Essas questões são analisadas no livro. (UnB)

“Olhar, saber, representar – sobre a representação em perspectiva”, Cláudia Flores – o livro nos brinda com os momentos mágicos da história da arte na formação de nosso modo de olhar e representar em perspectiva. Com muita acuidade teórica e delicadeza narrativa, cerca de setenta obras clássicas do Renascimento são desmontadas e remontadas para focalizar a emergência do regime de representação que se instaurou como modo de perceber e dar a conhecer o mundo real. A questão central é o reconhecimento de que a elaboração e a transmissão de saberes têm se beneficiado enormemente do recurso das imagens. (UFSC)

“Gastos e consumo das famílias brasileiras contemporâneas”, Tatiane Menezes (Org.) – reúne estudos sobre as mudanças no gasto e no consumo das famílias brasileiras, baseados nas três Pesquisas de Orçamento Familiar (POF) e reunidos no livro lançado pelo Ipea, no mês de junho. O livro, em dois volumes, está disponível na internet, no site do Ipea – www.ipea.gov.br , reunindo conjunto de artigos sobre os hábitos de consumo do brasileiro. (UFPE)

(Lilian Saldanha – Assessoria de Comunicação da Andifes)

Fundação estatal é necessária para dar agilidade a licitações e contratações, diz técnica

Agência Brasil, 28/09/07

Stênio Ribeiro

Brasília – A fundação estatal ´é uma necessidade de adaptação para dar mais agilidade às licitações e contratações´ em alguns segmentos do serviço público, especialmente nas áreas de educação e de saúde. A avaliação é da gerente de Projetos da Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Valéria Salgado.

Depois de ressaltar a exaustão dos modelos de autarquia e fundações, em virtude da rigidez burocrática de atuação desses órgãos, ela lembrou que a fundação estatal, enquanto associação civil sem fins lucrativos, estará sujeita às mesmas normas públicas para licitação e contratos.

O quadro de pessoal também será escolhido por concursos públicos, embora regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Segundo a gerente, a exemplo do que acontece na administração pública direta, onde funciona o Regime Jurídico Único (RJU), os funcionários das fundações estatais também não poderão acumular cargos.

A proposta do Executivo em discussão no Congresso Nacional, porém, assegura plano de carreira e emprego, tudo acompanhado e avaliado por uma comissão interministerial e fiscalização da Corregedoria Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU), conforme Valéria Salgado.

Ela disse que além de maior flexibilidade administrativa, a fundação estatal também vai proporcionar mais descentralização ´no sentido de ampliar o alcance da ação estatal, fazendo-se chegar mais facilmente aos cidadãos´.

Segundo ela, ´um estado democrático tem que ser o mais voltado possível para a cidadania, promover a inclusão social e a redução das desigualdades´. Apesar da importância do tema em discussão, a comunidade estudantil da UnB não atendeu ao chamamento, e apenas duas dezenas de estudantes assistiram à palestra.

A palestra de Valéria Salgado, hoje (28), na Universidade de Brasília fez parte de uma série de audiências públicas promovidas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para levar o debate sobre a criação de fundação estatal às universidades. Além de Brasília, o tema foi discutido em universidades de Belo Horizonte e Florianópolis.

Rico ainda é maioria em universidade pública

Folha de São Paulo, 29/09/07

O acesso à universidade pública ainda é um desafio para a população mais pobre. Dados da pesquisa mostram que mais da metade (54,3%) dos alunos que freqüentam as universidades públicas pertencem aos 20% mais ricos da população.

Segundo o IBGE, o número tem declinado nos últimos anos, mas permanece elevado. Segundo o presidente do instituto, Eduardo Nunes, ele reflete a concorrência elevada para a entrada em universidades públicas. ‘Quem consegue ingressar na rede pública são pessoas que têm renda superior’, afirmou Ana Lúcia Sabóia, coordenadora da pesquisa.

O instituto ressalta que a melhor qualidade do ensino nas universidades públicas contribui para aumentar a concorrência, especialmente no Sul e no Sudeste. Os estudantes mais ricos são maioria também na rede particular, com 64,2% dos estudantes. Entre os 20% mais pobres, 1,8% estão na rede pública e 1% na rede particular.

‘Universidade é para os ricos, independente de ser pública ou privada. O que preocupa é que a expansão da rede de ensino está ocorrendo nas universidades privadas, que têm mostrado baixa qualidade’, afirma Sergei Soares, pesquisador do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Os principais problemas escolares começam muito antes da universidade, segundo a pesquisa. Na faixa de 15 anos a 17 anos, o acesso à escola passou de 69,5% em 1996 para 82,2% no ano passado. Apesar disso, apenas 47,1% dos estudantes estão na série adequada. No Nordeste, esse percentual é ainda menor, de apenas 33,1%.

‘O problema não é o ensino médio, mas todo o ensino. Temos uma cultura pedagógica da repetência’, disse Soares. Para ele, os números poderiam ser piores se computassem, por exemplo, todos os jovens de 15 a 17 anos e não apenas os que estão estudando. ‘O percentual de alunos na série adequada seria muito inferior porque muitos abandonam a escola.’

Com o aumento das exigências no mercado de trabalho, muitos jovens voltam à escola. O resultado é que na faixa de 18 a 24 anos o acesso à escola passou de 28,4% para 31,7% entre 1996 e 2006, mas na prática, 35,3% dos estudantes nessa faixa ainda estão no ensino médio.

No ensino fundamental, 25,7% dos estudantes estão atrasados, o que corresponde a 8,3 milhões de alunos. Segundo o IBGE, vários fatores explicam esse desempenho, como a falta de vagas no pré-escolar, a repetência no sistema seriado, a falta de oferta de escolas no meio rural, o conteúdo carente das escolas de educação infantil e creches e a evasão escolar.

Em 1996, a taxa de defasagem chegava a 43,9%. O instituto atribui a redução à adoção dos programas de progressão continuada, usados em mais de 10% das escolas do país. Em São Paulo, o sistema está presente em mais de 70% dos estabelecimentos de ensino. A proposta divide especialistas. As principais críticas apontam para uma desvalorização do diploma.
Apesar dos resultados negativos, a pesquisa mostrou que há um contingente maior de crianças iniciando a vida escolar mais cedo. O percentual de crianças de 0 a 3 anos na escola passou de 7,4% em 1996 para 15,5% no ano passado.

Janaína Lage e Pedro Soares

Ufla abre concurso para professor substituto

A Universidade Federal de Lavras – Ufla, através da Divisão de Seleção e Desenvolvimento da Diretoria de Recursos Humanos, abre concurso para professor Substituto, 20 horas semanais.

As vagas são para áreas de: Economia (01) e Administração Geral (01).

A remuneração é de R$ 988,00 + 71,99 referente ao Auxilio Alimentação.

As inscrições poderão ser realizadas no período de 8 a 19 de outubro de 2007, no prédio da Reitoria da Ufla, em Lavras/MG.

Mais informações: (35) 3829 – 1146 ou no site – www.drh.ufla.br

MEC promete ajudar alunos de cursos ruins

O Estado de São Paulo, 28/09/07

Lisandra Paraguassu, BRASÍLIA e Pedro Dantas, RIO

Alunos dos 89 cursos de Direito que serão supervisionados pelo Ministério da Educação poderão ser ajudados pelo governo a encontrar novas vagas, caso o processo leve, no final, ao fechamento de alguma faculdade. Ao anunciar as medidas, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que a intenção não é fechar cursos, mas melhorar a qualidade. Mas, caso chegue a isso, o MEC poderá ajudar os estudantes.

Até hoje, no entanto, nenhum curso de graduação foi fechado. Juridicamente, o ministério não tem a obrigação legal de encontrar vagas para estudantes e nem pode obrigar outras instituições a recebê-los sem passar, por exemplo, por um vestibular.

O MEC começou ontem a notificar os 89 cursos que tiveram resultados ruins no Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade). Na carta, o ministério pede que as instituições façam um diagnóstico de seus problemas e ofereçam soluções, advertindo que, se não aceitarem que têm problemas ou não oferecerem soluções, o MEC vai enviar uma comissão para visita in loco.

O ministro levantou ontem a possibilidade de suspensão dos vestibulares nas escolas em pior situação. “Os cursos reprovados vão passar por uma supervisão com provável redução das vagas de ingresso”, afirmou. “Nos casos mais dramáticos, o processo seletivo para ingresso na instituição será suspenso.” O levantamento, divulgado anteontem, mostrou que existem 37 faculdades de Direito muito ruins no País.

37 piores cursos de Direito do País formam 3,5 mil alunos por ano

O Estado de São Paulo, 27/09/07

Lisandra Paraguassú

São Paulo e Rio concentram quase 80% deles; nenhuma das instituições teve mais que 10% de aprovação na OAB

O Ministério da Educação (MEC) cruzou os dados dos cursos de Direito no Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade) e os resultados do exame nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e descobriu que pelo menos 37 cursos se saem muito mal na avaliação do governo e também no exame da OAB. Nesses casos, os cursos com avaliação 1 e 2 no Enade conseguiram aprovar no exame menos de 10% dos seus estudantes inscritos. Somados, os 37 formam 3,5 mil alunos por ano, em média.

Veja os 37 cursos

O MEC decidiu abrir um “processo de supervisão” para esses cursos de Direito considerados ruins. Não apenas para os 37 piores no cruzamento de dados, mas para os 89 que têm notas 1 e 2 no Enade e no IDD – conceito que avalia o quanto o curso agregou de conhecimento do ingresso à formatura.

Apesar de os resultados estarem disponíveis para o governo desde agosto de 2006 para os cursos de Direito, apenas agora, depois de insistentes pressões da OAB, o MEC decidiu abrir os processos.

A partir de amanhã, as instituições com Enade 1 e 2, independentemente dos resultados na prova da OAB, vão receber do MEC um pedido de diagnóstico próprio dos seus problemas e um plano de melhoria das condições da instituição. Se o planejamento não for considerado suficiente, o MEC vai enviar uma comissão para avaliar a instituição e definir que medidas tomar. “Estamos inaugurando um processo de supervisão que não estava previsto”, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad.

Se tivesse decidido abrir processos de supervisão para todos os cursos de qualquer área com conceitos 1 e 2 no Enade e IDD 1 e 2, o MEC já poderia ter iniciado esse processo em 2004, quando foi feita a primeira prova. Neste ano, com absolutamente todas as áreas avaliadas, o ministério teria mais de 1.500 cursos nessa situação.

“A supervisão pode ser feita a qualquer tempo. Está ocorrendo agora com Direito porque houve uma provocação da OAB e tínhamos de tomar uma providência”, explicou Haddad, acrescentando que o MEC não tem equipes suficientes para fazer essas supervisões todas ao mesmo tempo.

REDUÇÃO DE VAGAS

Seguindo o tempo regular, os cursos de Direito passariam por essa vistoria em 2009, quando entrariam nos processos de renovação de reconhecimento. Agora, essas instituições terão dez dias para responder ao ministério e começar o trabalho de melhoria de seus cursos. “A impressão que tenho é de que algumas instituições podem equacionar parte dos seus problemas apenas reduzindo as vagas no vestibular”, acredita o ministro.

Das 37 piores instituições, 17 estão no Estado de São Paulo e outras 12, no Rio. Essas com piores avaliações ofereceram no último vestibular, juntas, mais de 38 mil vagas. Dessas, 93% estão em universidades e centros universitários, que tem autonomia para aumentar e diminuir vagas sem depender de autorização do MEC. Se forem levados em consideração os 89 cursos na mira do ministério, foram quase 61 mil vagas.

“Isso revela que o problema não está na autorização de novos cursos. Todos os cursos de universidades e centros universitários são muito antigos”, afirmou Haddad. “Não vamos resolver o problema de qualidade mesmo que não autorizemos mais nenhum curso.”

Os cruzamentos do MEC mostram que os resultados no exame da Ordem e no Enade são coincidentes. As universidades com IDD e Enade inferiores a 3 aprovam só 8% dos estudantes na OAB; os centros universitários, 7%; as faculdades, 13%.

BAIXO DESEMPENHO

O Estado procurou a direção dos 37 piores cursos. Nove apresentaram sua defesa (leia acima). As Faculdades Integradas de São Carlos, Universidade Metropolitana de Santos, Faculdade dos Cerrados Piauienses, Universidade Bandeirantes de São Paulo, Universidade Iguaçu, Centro Universitário Ibero-Americano e Centro Universitário da Cidade informaram que não vão comentar o assunto ou não retornaram a ligação até as 20 horas. Os demais não foram localizados.

AS DEFESAS

Faculdade São José: O coordenador, Fernando Galvão, questiona o uso do exame da OAB como critério e afirma que o “Enade só mede um pedaço do curso”

Centro Universitário Metodista Bennett: Informou que implementou um novo modelo de gestão e que investirá na qualidade

Universidade Metodista de Piracicaba: Cairbar Pereira de Araújo, coordenador, afirmou desconhecer os critérios que possam estabelecer juízo crítico dentro da documentação solicitada

Universidade Vale do Paraíba: O diretor do curso, Luiz Carlos Andrade de Aquino, afirmou que “o nosso foco foi para o exame da OAB, onde tivemos desempenho satisfatório de aprovação”

Centro Universitário Nilton Lins: Informou que está se reestruturando e avaliando os alunos para conseguir reverter essa situação e obter melhores resultados

Universidade Paulista (Unip): José Nasser, diretor da faculdade, afirmou que os números de aprovados usados pela OAB não têm consistência e são falhos

Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas: Afirmou que o resultado fraco se refere à primeira turma formada e não representa o curso atual

Universidade Veiga de Almeida: O coordenador estranhou o resultado e disse que empregará ali o projeto em andamento no campus de Cabo Frio

Faculdade Eduvale de Avaré: Admite o conceito baixo no Enade e diz que reavaliará o curso

Até hoje, nenhum curso foi fechado por avaliação ruim

O cruzamento dos dados de aprovação do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) é mais uma etapa do sistema de avaliação que começou em 1996, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, mas até hoje não conseguiu fechar nenhum curso por falta de qualidade. Na primeira fase, com o Provão, a idéia era fechar cursos que tirassem nota baixa três anos seguidos. Mas os poucos casos em que o MEC iniciou o processo foram parar na Justiça e não deram em nada.

O novo Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes), criado em 2004, precisa de um ciclo de nove anos para que todos os cursos tenham sido avaliados, totalizem três avaliações ruins e possam ser descredenciados. No entanto, o ministro da Educação, Fernando Haddad, garante que o marco regulatório mudou e, dessa vez, se for necessário, instituições poderão ser fechadas. ´O MEC não tinha um marco regulatório robusto o suficiente para garantir suas decisões na Justiça´, disse.L.P.

‘Melhor um funcionário bacharel que um analfabeto’

Simone Iwasso

“Nós estamos melhorando o ser humano como um todo. Não formamos advogados, formamos bacharéis em Direito. Não é melhor ter um funcionário bacharel do que um analfabeto? Não é melhor um bacharel dirigindo um táxi do que um analfabeto?”, alega Heitor Pinto Filho, da diretoria da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup) sobre a iniciativa do Ministério da Educação (MEC) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

“Os nossos formandos podem fazer qualquer coisa, prestar concursos, trabalhar não só como advogados. Um curso de bacharel em Direito pode formar pessoas melhores para trabalhar em comércio, na área industrial e administrativa”, diz ele, que é reitor da Universidade Bandeirante (Uniban), uma das citadas na lista.

O sindicato das faculdades particulares de São Paulo (Semesp) também critica a iniciativa. Segundo o presidente, Hermes Figueiredo, o ministério já tem ferramentas para avaliar os cursos. “A OAB é uma entidade com interesses em dificultar a entrada dos novos profissionais no mercado. E divulgar os nomes pode trazer muito dano à imagem das instituições de ensino”, afirma.

O presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub), Nival Nunes de Almeida, reitor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), apóia a idéia. “Esse cruzamento de dados é uma medida salutar. É um caminho para eliminar situações que são de constrangimento para a sociedade, como a baixa qualidade dos cursos.”

“O mau desempenho no Enade ocorreu porque os alunos são escolhidos por sorteio. Sortearam os que não eram bons”, alega José Guida Neto, coordenador do curso na Faculdade Integral Cantareira, outra na lista. “O problema é que o pessoal não consegue absorver o que os professores ensinam”, justifica Maria Augusta de Almeida Funicelli, de 28 anos, aluna do 5º ano na instituição.

Ufla realiza Simpósio de Atualização em Genética e Melhoramento de Plantas

O XI Simpósio é uma realização da Universidade Federal de Lavras, organizado pelo Núcleo de Estudos de Genética e teve como apoiadores a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes, a Sociedade Brasileira de Melhoramento de Plantas, a Aracruz Celulose S/A, a Plantar S/A, a Verdes Tempos Paisagismo e o Departamento de Biologia.

O Núcleo de Estudos de Genética e o Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas realizam anualmente o Simpósio de Atualização em Genética e Melhoramento de Plantas, que neste ano integra as comemorações do Centenário de fundação da Escola Agrícola de Lavras, primeira Escola da Universidade Federal de Lavras. O objetivo do evento é promover a atualização e o intercâmbio de informações entre profissionais, professores e estudantes de graduação e de pós-graduação da Universidade Federal de Lavras e de outras instituições de ensino e pesquisa do País.

O tema “Genética e Melhoramento de Plantas Perenes” enfatiza a genética e melhoramento de plantas perenes, dada a grande importância destas no agronegócio brasileiro. Os avanços obtidos com o melhoramento de plantas têm contribuído enormemente para o aumento na produção de alimentos, combustíveis, fibras, entre outros. Contudo, as perspectivas do agronegócio brasileiro apontam que os desafios serão ainda maiores no futuro. Com esse objetivo o evento traz especialistas das mais diversas áreas da genética e melhoramento de plantas perenes do Brasil e também do exterior, buscando consolidar os conhecimentos adquiridos nos cursos de graduação e pós-graduação e que serão úteis na vida profissional daqueles que se dedicam à árdua, mas gratificante área de genética e melhoramento de plantas.

Foram convidados para compor a mesa de honra o reitor Antônio Nazareno Mendes, o pró-reitor de Pós-Graduação Joel Augusto Muniz, o chefe do Departamento de Biologia César Augusto Brasil Pereira Pinto, a coordenadora do Programa de Pós-graduação em Agronomia, Área de concentração em Genética e Melhoramento de Plantas Elaine Aparecida de Souza e a doutoranda Francine Hiromi Ishikawa, coordenadora Geral do Núcleo de Estudos em Genética.

Ao longo dos 20 anos do programa de pós-graduação em Genética e Melhoramento de Plantas na Ufla, teve a colaboração de várias instituições de pesquisa, públicas e privadas, que possibilitaram a execução de muitas teses e dissertações e que contribuíram para o aprimoramento e desenvolvimento tecnológico e profissional dos discentes e docentes do Programa.

Na solenidade, o Núcleo de Estudos em Genética (GEN) e o programa de pós-graduação em genética e melhoramento de plantas prestaram homenagens à Embrapa, Aracruz Celulose S/A, V e M Florestal e Plantar S/A. Ângela de Fátima Barbosa de Abreu, representando a Embrapa, recebeu a homenagem pela doutoranda Flávia Barbosa Silva. Gabriel Dehon Rezende representando a Aracruz Celulose S/A, recebeu a homenagem pelo doutorando Adriano Teodoro Bruzi. Helder Bolognani representando a V e M Florestal, homenageada pelo doutorando Dheyne Melo. Gustavo Moura representando a Plantar S/A, homenageado pela doutoranda Francine Hiromi Ishikawa.

A primeira palestra da programação foi proferida pelo pesquisador Gabriel Dehon Sampaio Rezende, intitulada “Importância da eucaliptocultura no Brasil”.

O evento acontece nos dias 27 e 28 de setembro, no Salão de Convenções da Ufla.

Mais informações: www.nucleoestudo.ufla.br/gen

Professor Magno Ramalho recebe Medalha Comemorativa do Centenário

No ano em comemoração ao centenário de fundação da Universidade Federal de Lavras, a maior honraria outorgada pela Instituição a pessoas e instituições é a “Medalha Comemorativa do Centenário”. Na comunidade acadêmica da Ufla somente os 16 ex-dirigentes receberam esta honraria até a presente data, num gesto simbólico da reitoria em homenagem a todos os estudantes, professores e técnicos que contribuíram para a construção da história da Escola Agrícola de Lavras, da Escola Superior de Agricultura de Lavras e da Universidade Federal de Lavras.

O reitor Antônio Nazareno Guimarães Mendes, prestou homenagem a todos os Professores, Pesquisadores, Técnicos Administrativos e estudantes de graduação e de pós-graduação em Genética e Melhoramento de Plantas, na pessoa do professor Magno Antônio Patto Ramalho, que recebeu das mãos do reitor a Medalha Comemorativa do Centenário e o certificado de Honra ao Mérito.

O Professor Magno é o primeiro integrante da comunidade acadêmica da Ufla, além dos ex-dirigentes, a receber esta honraria.

Certificado

“O reitor da Universidade Federal de Lavras confere ao professor Magno Antônio Patto Ramalho, professor Titular e Mérito Universitário, o presente Certificado e a Medalha Comemorativa do Centenário de fundação desta Universidade, em reconhecimento à permanente contribuição para o desenvolvimento institucional há 40 anos, como verdadeiro exemplo de atuação no tripé indissociável “ensino-pesquisa-extensão”, desde 1967 como estudante de graduação, professor em todos os níveis do ensino superior, cientista e difusor de tecnologias. Sua competência e dedicação contribuíram para a consolidação da Ufla como referência nacional de qualidade e centro de excelência de Educação Superior e ainda orientam e inspiram todos os estudantes, professores, pesquisadores e técnicos administrativos da comunidade acadêmica na construção coletiva do futuro desta Instituição, como gestora do conhecimento e da cultura entre nós. Lavras”.

A entrega da Medalha e Certificado aconteceu durante a solenidade de abertura do XI Simpósio de Atualização em Genética e Melhoramento de Plantas, que está sendo realizado nos dias 27 e 28 de setembro, no Salão de Convenções da Ufla.

Diretoria Executiva da Andifes debate demandas das IFES com secretário da Educação Superior

A Diretoria Executiva da Andifes esteve reunida, na tarde desta quarta-feira (26/09), com o secretário da Educação Superior (SESu/MEC), Ronaldo Mota, para debater questões importantes para as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Temas como o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), a repactuação das expansões em andamento, CDs e FGs, recursos da SESu às IFES para 2008, Emenda Andifes 2007, criação das Procuradorias Seccionais e o reconhecimento dos diplomas de Cuba fizeram parte da pauta da reunião.

Estiveram presentes, também, a diretora do Departamento de Desenvolvimento da Educação Superior (Dedes/SESu), Maria Ieda Costa Diniz, e o secretário executivo da Associação, Gustavo Balduino.

Reuni – O presidente da Andifes, reitor Arquimedes Diógenes Ciloni (UFU), iniciou reunião, solicitando maiores esclarecimentos a cerca da garantia de recursos orçamentários para a implementação do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

Em resposta a esta demanda, o secretário Ronaldo Mota informou que o volume global de recursos está previsto no Plano Plurianual (PPA). Segundo ele, nos próximos quatro anos, serão liberados cerca de R$ 7,5 bilhões a mais em recursos para a implementação do Reuni.

Outra questão abordada pela Diretoria Executiva da Andifes diz respeito à garantia de cumprimento integral do Reuni, uma vez que, pelo Decreto 6.096/2007, o programa tem duração de cinco anos, ultrapassando o mandato do atual Governo Federal. De acordo com o secretário Ronaldo Mota, todo o investimento foi projetado para quatro anos, garantindo o cumprimento integral do programa.

Expansões em andamento – A diretora Maria Ieda Diniz informou que a repactuação das expansões realizadas nas IFES a partir de 2003 está em fase de conclusão. Segundo ela, pequenos ajustes estão sendo feitos e a previsão é de que, até o início de outubro a repactuação esteja finalizada. Terminado esse processo, um relatório geral será elaborado e apresentado a todos os dirigentes na reunião ordinária do Conselho Pleno da Andifes, que acontecerá na Universidade Federal do Piauí (UFPI), em novembro.

CDs e FGs – Segundo o secretário Ronaldo Mota, o Projeto de Lei de Suplementação Orçamentária para autorização de preenchimento de 7.831 vagas, sendo 5 mil de técnicos-administrativos e 2.831 de docentes, ainda em 2007, está tramitando em regime de urgência e é o primeiro ponto de pauta para a próxima sessão do Congresso Nacional.

Paralelo a este, está em tramitação um Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN 03/2007), encaminhado ao legislativo como uma das medidas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que visa a criação 7.831 novos cargos, sendo 5 mil de técnicos-administrativos e 2.831 de docentes, além de 600 CDs e FGs.

Recursos da SESu às IFES para 2008 – O reitor Arquimedes Ciloni reafirmou o interesse da Andifes em apresentar à secretaria proposta de utilização de programas temáticos com editais e projetos analisados por comitê com participação externa da SESu para determinar os recursos destinados por ela às IFES.

O secretário Ronaldo Mota afirmou que o MEC possui interesse em atender a essa demanda das IFES e aguarda a proposta da Andifes com os programas temáticos. O assunto será mais debatido e deliberado nas próximas reuniões do Conselho Pleno da Associação.

Emenda Andifes 2007 – A diretora Maria Ieda Diniz informou que as IFES podem elaborar os convênios com base no valor da emenda.

Diárias e passagens – A Diretoria Executiva da Andifes demonstrou preocupação com a questão, uma vez que algumas IFES não possuem recursos para essa finalidade. De acordo com o secretário Ronaldo Mota, o MEC entende que está é uma demanda importante e está procurando debatê-la junto ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

Criação das Procuradorias Seccionais – De acordo com o reitor Arquimedes Ciloni, a criação das Procuradorias Seccionais de início a um processo de enxugamento do quadro de procuradores não apenas das IFES, mas de diversos setores do Governo Federal. ‘A principal preocupação é com o deslocamento dos procuradores das IFES, uma vez que as questões das universidades serão defendidas por profissionais que não vivenciam o dia-a-dia da instituição. Essa medida fere a autonomia universitária’, afirmou.

O procurador-geral, João Ernesto Aragonês, deverá participar da reunião ordinária do Conselho Pleno da Andifes que acontecerá em outubro, na sede da Associação. Na ocasião, ele apresentará a todos os dirigentes a proposta de criação das Procuradorias Seccionais e debaterá todas as mudanças que ocorrerão, buscando solucionar as demandas das IFES.

Reconhecimento de Diplomas – A Andifes recebeu solicitação da diretora do Departamento de Gestão da Educação da Saúde do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, para indicar cinco nomes para compor o Grupo de Trabalho, que trata do Acordo de Cooperação Cultural e Educacional. Para atender essa demanda, foram indicados os reitores: Malvina Tuttman (UNIRIO), Ana Dayse Dórea (UFAL), Lúcio Botelho (UFSC), José Carlos Hennemann (UFRGS) e Ícaro de Sousa Moreira (UFC). O grupo debaterá a questão do reconhecimento dos diplomas de Cuba.

RedeIfes – O reitor Arquimedes Ciloni informou que a Andifes aprovou, em agosto deste ano, a criação de uma rede de integração e permuta de conteúdos multimídia (RedeIfes). Segundo ele, a infovia permitirá que todas as IFES tenham a cesso aos programas das rádios e TVs universitárias a baixo custo.

De acordo com o presidente da Andifes, como financiamento inicial, serão necessários R$ 1,5 milhões para que as 58 instituições adquiram equipamentos. Após, o custo de manutenção da rede será de R$ 70 mil. O secretário Ronaldo Mota sinalizou afirmativamente quanto à liberação dos recursos necessários para a criação e manutenção da RedeIfes.

Condicap e Condetuf – A Andifes, juntamente com o Conselho dos Diretores das Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais (Condetuf), o Conselho Nacional de Dirigentes de Colégios de Aplicação das Instituições Federais de Ensino Superior (Condicap) e o secretário da Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), Eliezer Pacheco, está organizando um seminário para debater a identidade das escolas técnicas e dos colégios de aplicação das IFES.

CGTIC – O presidente Arquimedes Ciloni informou que a Andifes formalizará junto ao MEC que o Colégio de Gestores de Tecnologia de Informação e Comunicação da Associação (CGTIC) participe do Comitê de Informática e Informação do Ministério.

(Lilian Saldanha – Assessoria de Comunicação da Andifes)