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Jovem Cientista 2007 tem foco na educação e desigualdades sociais

Prêmio foi lançado em Belém na 59ª SBPC

Belém – Novas alternativas de educação podem reduzir as desigualdades sociais? Como os avanços tecnológicos podem contribuir para minimizar as diferenças? Questões como essas motivaram o tema Educação para reduzir as desigualdades sociais, da 23ª edição do Prêmio Jovem Cientista, lançada (10), em Belém do Pará, durante a Reunião Anual da SBPC.

Criado em 1981 pelo CNPq para estimular a pesquisa no País, o prêmio deste ano traz as seguintes linhas de pesquisa: mecanismos de inclusão social – tecnologia digital, educação empreendedora, acessibilidade e mobilidade social; popularização da ciência, tecnologia e inovação; o papel da educação na superação da violência; a educação como instrumento do antidesperdício de energia.

As inscrições podem ser feitas até 30 de novembro e as informações e o regulamento estão disponíveis no site do CNPq (www.jovemcientista.cnpq.br).

Vencedores de 2006

Com trabalhos sobre Gestão Sustentável da Biodiversidade: Desafio do Milênio, os vencedores do prêmio no ano passado fizeram uma apresentação de suas pesquisas ao público da SBPC.

Primeira colocada na categoria Graduado, a química Milena Boniolo, em sua pesquisa de mestrado no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), utilizou cascas de banana para reduzir a concentração de metais pesados na água. O interesse pelo material partiu, também, da oportunidade de aproveitar essa massa residual disponível, pois ‘só em São Paulo são geradas cerca de quatro toneladas de casca de banana por semana em lanchonetes e restaurantes’, explica Boniolo.

Inédito no País, os resultados de seu trabalho podem contribuir na redução do efeito estufa. Além do baixo custo e material abundante, o trabalho demonstrou sua eficácia com a remoção de 65% de materiais pesados, como urânio, chumbo e mercúrio a cada 40 minutos. Com a bolsa de doutorado conquistada na premiação, a química pretende aplicar seus experimentos em escala industrial para a construção de filtros naturais.

Milena Boniolo elogiou a iniciativa do prêmio e estimulou os estudantes presentes a desenvolverem estudos em áreas de interesse da sociedade. ‘Se a idéia tem aplicação e traz benefícios para a população é porque funciona. Mas não devemos deixar de lado o espírito empreendedor e lutar para que uma boa pesquisa se transforme em negócios e patentes para o País’, destacou.

Primeiro colocado na categoria ensino médio, o estudante Felipe Arditti apresentou seu trabalho baseado em um tema bastante atual, o controle da emissão de poluentes. Na categoria Ensino Superior, a aluna da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Ericka Lima-Verde estudou o impacto do reflorestamento de restingas sobre a comunidade de borboletas Nymphalidae.

Após as apresentações foi lançado o livro com os resumos dos trabalhos premiados em todas as categorias. As instituições promotoras do Prêmio Jovem Cientista – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), Eletrobrás, Fundação Roberto Marinho e Grupo Gerdau – assinam a apresentação da publicação, ressaltando o objetivo de disseminar as pesquisas vencedoras de forma a tornar mais úteis sua aplicação à sociedade brasileira.

Fapemig lança edital na área de biotecnologia e bioensaios

A Rede Metrológica de Minas Gerais-RMMG, com objetivo de fortalecer os laboratórios do estado, vem divulgar uma oportunidade para captação de recursos para o setor de biotecnologia e bioensaios, através do edital Fapemig 13/2007, com recursos alocados da ordem de dois milhões de reais.

O objetivo principal do edital é apoiar laboratórios que desejam credenciamento ou certificação nos termos de boas práticas de laboratórios (nacionais e internacionais) abrangendo documentação, manuais eletrônicos de qualidade, capacitação profissional, estruturação dos laboratórios, validação de processos de fabricação e sistemas de confiabilidade e rastreabilidade.

O prazo máximo para apresentação de propostas é 27 de agosto de 2007

O edital pode ser acessado pela página principal da Fapemig/ editais: www.fapemig.br/admin/editais/upload/Edital132007%20Biotecnologia.pdf

Considerando a importância desta oportunidade, a Rede Metrológica Minas Gerais coloca-se à disposição para orientação dos laboratórios que se interessem em apresentar propostas para o referido edital.

Professor Ivo Andrade recebe prêmio ASBRAM 2007

O professor Ivo Francisco de Andrade, receberá o Prêmio ASBRAM 2007, durante a 44ª Reunião Anual da SBZ – Sociedade Brasileira de Zootecnia, que acontecerá no período de 24 a 27 de julho, em Jaboticabal/SP.

O Premio ASBRAM tem por objetivo prestigiar trabalhos de pesquisadores brasileiros relacionados com a área de suplementação alimentar e premiar o trabalho de maior destaque. É aberto aos trabalhos aceitos na reunião anual da SBZ em curso, na área de Suplementação Alimentar de Ruminantes. O professor Ivo Andrade, autor principal do trabalho escolhido como vencedor pela comissão julgadora, receberá por ocasião do Jantar de Confraternização da Reunião Anual da SBZ um computador portátil.

O Professor Ivo é aposentado do quadro permanente da Universidade Federal de Lavras, onde atuava no Departamento de Zootecnia.
Mais informações: www.reuniaosbz.com.br

Escolas serão equipadas para ampliar a inclusão de alunos

Portal MEC, 16/07/07

Escolas de educação básica da rede pública de todas as unidades da Federação terão salas de recursos multifuncionais para apoiar o atendimento educacional especializado. Ao todo, 500 escolas contarão com salas multifuncionais, onde serão instalados computadores, impressoras, móveis, jogos pedagógicos e outros equipamentos.

Desse total, 100 escolas terão salas com recursos para deficiência visual, como impressora e máquina de escrever em braille, calculadora sonora, conjunto de lupas e globo terrestre adaptado. A sala de recursos para deficiência visual é composta de 28 itens. A outra tem 14 itens.

O edital do programa de implantação das salas de recursos multifuncionais foi publicado em abril deste ano. O objetivo do edital foi selecionar projetos de municípios, estados, Distrito Federal e instituições federais com escolas de educação básica, para expandir a oferta do atendimento educacional especializado aos alunos incluídos nas classes comuns do ensino regular. As escolas que já receberam salas de recursos multifuncionais no período de 2005 e 2006 não foram contempladas novamente.

As propostas passaram por análise pedagógica, sob a responsabilidade de equipe de técnicos da área da educação especial, que fizeram parte da comissão de seleção e avaliação, nomeada pela Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC). O resultado dos projetos selecionados foi divulgado no início de julho.

O programa de implantação das salas de recursos multifuncionais visa apoiar os sistemas de ensino na organização e oferta do atendimento educacional especializado, fortalecendo assim o processo de inclusão nas classes comuns de ensino regular, que tem crescido ano a ano.

Programa Professor Visitante Estrangeiro está com inscrições abertas

Portal MEC, 17/07/07

Estão abertas, até 27 de julho, as inscrições para o Programa Professor Visitante Estrangeiro (PVE). O programa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC) possibilita que professores estrangeiros ministrem cursos ou participem de atividades de pesquisa em instituições brasileiras. As candidaturas devem ser encaminhadas pelas pró-reitorias de pesquisa e pós-graduação das instituições.

O programa é aberto à participação de cursos de doutorado avaliados pela Capes com notas 5, 6 e 7, preferencialmente. Os professores convidados devem ter título de doutor e produção acadêmica relevante, além de não possuírem visto permanente no Brasil. A duração das visitas é de quatro a 12 meses, com possibilidade de renovação. As atividades terão início em 2008.

Categorias — O programa estabelece quatro categorias de professor visitante: jovem doutor, para quem obteve o título de doutor há menos de cinco anos; doutor júnior, para quem tem título de doutor há mais de cinco e menos de dez anos; doutor pleno, para quem tem título de doutor há mais de dez anos; e doutor sênior, que inclui quem obteve título de doutor há mais de dez anos, tem produção acadêmica relevante, e possui vínculo com instituição de ensino superior ou de pesquisa estrangeira compatível com a de professores titulares de universidades federais brasileiras.

Os professores visitantes selecionados recebem passagens aéreas e bolsas, com valores entre R$ 3.300,00 e R$ 7.100,00, de acordo com as categorias em que se enquadram. Mais informações no edital do PVE.

Fátima Schenini

Reinvenção universitária

Agência Fapesp, 18/07/2007

Por Thiago Romero

“A reinvenção da Amazônia como sociedade e como civilização, mais do que um desafio político, é um desafio acadêmico. Um projeto que requer o resgate do passado como memória e a construção do futuro como utopia. Exige, portanto, uma nova concepção paradigmática para seu progresso humano e material, o que supõe um choque de educação, ciência e tecnologia. Daí a razão de ser da universidade.”

As palavras de Alex Bolonha Fiúza de Mello, reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), foram ditas no último dia da 59ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, na semana passada, em Belém, durante um longo discurso sobre o modelo ideal de educação superior para as universidades da região amazônica.

Essa reinvenção universitária se justificaria pelo fato de a Amazônia estar entre as regiões do planeta com mais recursos naturais acumulados em sua riqueza de potencialidades. Segundo Fiúza de Mello, somente com aplicação do conhecimento para a geração de riqueza, essa “civilização florestal formada por mais de 20 milhões de habitantes” conseguirá galgar patamares sustentáveis de progresso humano.

“Mas, se o Brasil, historicamente, é uma nação incompleta, periférica e tem capacidade de gerar conhecimento diminuta, pontual e localizada, a Amazônia, em termos nacionais, é a periferia da consciência nacional. Esse é o maior desafio quando pensamos em reformular ou construir uma nova universidade na região”, disse o reitor, que, na ocasião, lançou o livro Para construir uma universidade na Amazônia – Realidade e utopia (Editora da UFPA).

Fiúza de Mello propõe alguns desafios para as universidades atuais e para as que, espera, ainda serão construídas na região. Um deles é a defesa da qualidade do conhecimento produzido por meio da formação de mais doutores qualificados a transformar a natureza em bionegócios.

“Uma região que representa 60% do território brasileiro, 12% da população e 8% do PIB nacional não pode formar apenas 2% dos doutores e abrigar apenas 2% das universidades do país”, lamentou.

Para ele, as instituições de ensino na Amazônia precisam ter vocação internacional. “Uma região que faz fronteira com sete países não pode ter universidades domésticas. Precisa também ter um plano de desenvolvimento e um projeto institucional de longo prazo, e não ficar ao sabor do cotidiano, do individualismo e do espontaneísmo”, disse.

Outro desafio se dá pela impossibilidade de atingir todos os municípios da região com educação presencial. As universidades na Amazônia necessitariam, mais do que em qualquer outra região do país, de um programa eficiente de educação a distância.

“A educação a distância não deve ser vista como uma modalidade de ensino na região, e sim como uma revolução do ensino. A distância obriga que o aluno, ao receber a informação e não tendo o amparo do professor, tenha que se desenvolver sozinho. Em uma região continental com espaços de difícil acesso dentro da floresta, a educação a distância se torna prioritária”, destacou.

Fiúza de Mello defende ainda a Amazônia como um “centro cosmopolita de debates públicos”. “Se a floresta é de interesse mundial, não podemos deixar de ser globais. Precisamos trazer os debates mundiais para a região e fazer circular aqui as maiores cabeças do mundo. A Amazônia depende fundamentalmente de conhecimento e deve atrair grandes cientistas e pensadores mundiais.”

“Precisamos remodelar o conceito de universidade na Amazônia com base em uma perspectiva moderna, progressista e atual. Esses conceitos servem para todas as instituições de ensino na região, que devem gerar conhecimento para produzir riqueza”, disse Fiúza de Mello à Agência FAPESP.

Ninguém inaugura uma USP

Alan Barbiero*

Tomando como referência os anos de 1492 e 1500, quando Cristóvão Colombo e Pedro Álvares Cabral chegaram aos nossos trópicos, uma estrutura de pesquisa já funcionava nas universidades européias para dar sustentação àqueles ambiciosos projetos, somente comparados hoje às missões espaciais, conforme alguns historiadores. A Europa fervia, pois o rumo ao desconhecido fascinava toda uma geração de estudiosos.

As universidades, desde a sua origem, sempre deram importantes contribuições para o avanço da humanidade, muito antes, inclusive, das grandes navegações, principalmente nas áreas da filosofia, do direito e da medicina. Estamos falando, portanto, de instituições fruto de um processo histórico; não nasceram prontas e jamais alcançarão tal status.

Considerando esse contexto, vale perguntar se é possível, por exemplo, uma USP ser inaugurada? Muitas vezes deixamos de fazer o que precisa ser feito porque buscamos somente o ideal. Se este princípio fosse a tônica que movimentasse as universidades, certamente não estaríamos aqui, pois Colombo e Cabral não teriam condições de zarpar de seus portos.

Zeferino Vaz (Unicamp) foi muito feliz ao dizer que cinco coisas fazem uma boa universidade. A primeira, cérebro; a segunda, cérebro e, a terceira, cérebro; a quarta e a quinta, respectivamente, bibliotecas e prédios. Assim, as piscinas e as quadras, entre outras importantes obras justamente reclamadas – jamais suprirão o potencial humano em qualquer instituição que que tenha no ensino, na pesquisa e na extensão a sua atividade fim.

Em recente entrevista à Folha de São Paulo – e aqui respeitando os critérios editoriais da empresa -, sinto que ficou uma lacuna no momento em que o foco da matéria foi dado para a questão “planejamento”. Disse, na oportunidade, que o projeto de uma universidade se faz de médio para longo prazo, e que a expansão em curso foi a possível, carecendo, assim, de ajustes, que já estão sendo feitos.

Estamos falando, na realidade, de uma expansão que tem como eixo principal a interiorização da universidade. Uma experiência sobre a qual todos estamos aprendendo, inclusive o próprio governo. Trata-se de um desafio não apenas para nós, reitores, mas para a sociedade, haja vista o muito que precisa se avançar nessa questão.

Essa percepção talvez seja ainda mais difícil para quem vive a realidade dos grandes centros, sem a dimensão da importância de uma universidade no interior do Tocantins, do Pará, do Amazonas, no próprio norte de Minas Gerais, ou seja, em regiões que só terão condições de buscar desenvolvimento, com sustentabilidade, por meio da educação, da ciência e da tecnologia. E nesse aspecto em particular, as universidades públicas, hoje responsáveis pela maior parte das pesquisas realizadas no país, cumprem bem esse papel.

A Universidade Federal do Tocantins – com cerca de dez mil alunos estudando em uma estrutura multicampi, com distâncias entre campus que chegam a 1000 quilômetros – é exemplo disso, por ser fruto dessa expansão. Criada 2000, efetivamente só começou a funcionar em 2003, quando o governo autorizou a contratação dos primeiros professores efetivos, além de desencadear um processo democrático de escolha de seus dirigentes.

Uma realidade que se transforma com rapidez, pois, em quatro anos, implantamos 29 cursos de graduação, criamos cinco mestrados e estamos em fase de implantação de dois doutorados. Na pesquisa e na extensão estamos desenvolvendo projetos estratégicos nas áreas agroambiental, de energias renováveis e de inclusão social das populações indígenas, entre tantos outros. Alguém tem dúvida da importância dessa Instituição no processo do desenvolvimento do Tocantins e da Amazônia?

Ampliando os horizontes dessa expansão, podemos afirmar que as condições dos novos campus – se comparadas às de instituições mais antigas, quando de seus nascimentos – são semelhante ou superiores. Em todo país, estão sendo implantados 75 novos campi, 452 novos cursos de graduação, podendo totalizar o ingresso de 133,5 mil estudantes em instituições públicas e gratuitas.

É um projeto ambicioso e complexo, que tem proporcionado importante debate entre as universidades e o Ministério da Educação (MEC), com pontos naturais de convergências e divergências. Há tempos não existia essa relação de diálogo entre os referidos atores, além de ações práticas de recomposição do corpo docente das IFES, como também da ampliação dos recursos financeiros para custeio e investimento. É importante reconhecermos esses avanços!!!

A excelência não surge do nada; ninguém nasce excelente. Mas, as condições para que alcancemos patamares melhores estão sendo construídas.

* Reitor da Universidade Federal do Tocantins, segundo vice-presidente da Andifes e coordenador do Grupo de Trabalho das Expansões em Andamento.

Ufla implanta sistema VoIP

A Universidade Federal de Lavras (Ufla), através do Centro de Informática (CIN) e da Rede Nacional de Pesquisa (RNP) avança na implantação do serviço de Voz sobre IP – VOIP.

O VoIP é uma tecnologia que consiste em transmitir os sinais de voz utilizando a internet. É possível realizar chamadas entre as cidades participantes do projeto VoIP4ALL, com custo de ligação local (consultar lista das instituições participantes no site www.voip.ufla.br).

Os ramais VoIP possuem um numero local de Lavras. Pelo qual é possível receber ligações de telefone fixo ou celular. Por exemplo, se um usuário do sistema VoIP está em outra cidade (qualquer cidade) e está conectado à internet, ele poderá receber chamadas originadas de qualquer localidade. Se as chamadas forem originadas de Lavras a pessoa que está fazendo a ligação estará pagando uma ligação local, mesmo que o recebedor da chamada esteja em São Paulo.

As principais capitais brasileiras possuem instituições que participam do projeto VoIP4ALL, como por exemplo: São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro. Algumas instituições estão em processo de teste e homologação do sistema VoIP.

Mais informações: Centro de Informática – CIN/Ufla – Tel: (35) 3829-1125 – www.voip.ufla.br.

Erro do MEC

O Globo, 17/07/07

É preocupante a decisão do Ministério da Educação de não aderir ao projeto de modernização do serviço público que prevê a criação de fundações.

Com essa postura, o MEC se curva às corporações que controlam as universidades federais, estabelecimentos de reconhecida baixa produtividade, há muito tempo necessitados de um choque de gestão. Inicialmente proposta para a área de saúde, a idéia de se criar fundações para o serviço público poder fazer contratações pelo regime da CLT — e, com isso, o Estado remunerar melhor seu pessoal e cobrarlhe eficiência — recebeu o apoio das áreas de assistência social, cultura, esportes, ciência e tecnologia, meio ambiente, turismo e comunicação social. A futura previdência complementar do funcionalismo público também contratará pela CLT, portanto sem dar estabilidade a seus quadros.

Até o Ministério dos Transportes reclama não ter sido incluído entre os beneficiários desse novo modelo de administração de pessoal.

Deveria servir de exemplo ao MEC, que teria de ser um dos primeiros a apoiar o projeto de lei complementar que institui as fundações.

Afinal, o ministério enfrenta dificuldades sempre que tenta enquadrar os estabelecimentos de ensino superior oficiais, hábeis em se manter intocáveis, escudados num entendimento bastante elástico do princípio da autonomia universitária.

O governo busca atrair os reitores das universidades federais para um projeto de aumento de produtividade, oferecendo-lhes mais verbas. O MEC, com razão, considera baixo o índice de dez alunos por professor existente nas universidades públicas, e gostaria de ampliálo para 16. Isso poderia ser conseguido por meio da criação de cursos noturnos, a que os professores resistem.

Se não houvesse estabilidade de emprego, seria mais fácil o governo aumentar o volume de trabalho nas suas universidades.

Como tem demonstrado a reforma no ensino básico público de Nova York, se o professor não puder ser avaliado e não tiver sua remuneração relacionada de alguma forma ao mérito, mesmo o melhor dos programas educacionais fracassará.

É o que deverá acontecer com os planos do MEC para as universidades federais.

Ciclo de Seminários no Congresso Nacional mostra os modelos de sucesso da educação mundial

Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados promove Ciclo de Seminários Internacionais “Educação no Século XXI: modelos de sucesso’

Com o objetivo de contribuir para o debate nacional sobre a importância da qualidade na educação e de buscar soluções estruturais para a transformação do sistema educacional brasileiro, a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, em parceria com o Sistema Confederação Nacional do Comércio-SESC-SENAC e com apoio técnico do Instituto Alfa e Beto, realizará, nos dia 13 de agosto, 17 de setembro e 15 de outubro próximos, o Ciclo de Seminários Internacionais “Educação no Século XXI: modelos de sucesso”. Os encontros acontecem no Auditório Nereu Ramos, no Congresso Nacional, em Brasília.

O evento, composto de três seminários versando sobre Reforma Educativa, Ensino Médio Diversificado e Educação Infantil, pretende analisar políticas públicas e sistemas educacionais de diferentes países, considerados como referências internacionais de eficiência, eqüidade e qualidade na educação. Para tanto, foram convidados conferencistas da Europa, Ásia e Américas.

Dentre os conferencistas já confirmados, estão: Stephen P. Heyneman e David Dickinson, ambos da Universidade de Vanderbilt (EUA); Chong Jae Lee, da Universidade Nacional de Seoul (Coréia), Ayne Hyland, do Conselho de Pesquisas para a Humanidade e Ciências Sociais da Irlanda, Pasi Sahlberg, da European Training Foundation (Itália), Irmgard Frank, do BIBB (Alemanha), David Stern, Universidade de Berkeley (EUA), Sharon Ramey, Universidade de Georgetown (EUA), John Bennett, da OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (França) e James Garbarino, da Universidade de Loyola (EUA). Integram ainda o elenco de conferencistas aos brasileiros: Cláudio de Moura Castro, das Faculdades Pitágoras, e Simon Schwartzman, do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade – IETS.

As inscrições são gratuitas e os interessados poderão se inscrever antecipadamente por meio do site www.educacaoseculoxxi.com.br ou no local, no dia do evento, antes do início de cada seminário.

Outras informações pelos telefones: (61)3329-9542/3329-9546 ou pelo e-mail: secretaria@educacaoseculoxxi.com.br

Confira o programa preliminar:

Dia 13 de Agosto de 2007

Seminário Internacional sobre Reforma Educativa

Visão geral das reformas educativas: características comuns aos sistemas educacionais eficientes
Steve Heyneman – Universidade de Vanderbilt, EUA

A reforma educativa da Coréia
Chong Jae Lee – Universidade Nacional de Seoul, Coréia

A reforma educativa da Irlanda
Ayne Hyland, Conselho de Pesquisas para as Humanidades e Ciências Sociais, Irlanda.

A reforma educativa do Chile: novos e velhos desafios
Simon Schwartzman, Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade –IETS, Brasil
Sessão de Encerramento

Dia 17 de setembro de 2007

Seminário Internacional sobre Ensino Médio Diversificado

Jovens, ensino médio, ensino profissional e mercado de trabalho no Brasil
Cláudio de Moura Castro, Faculdades Pitágoras, Brasil

O ensino médio nos países da OCDE: visão geral
Pasi Sahlberg, European Training Foundation, Italia

As mudanças no sistema de formação profissional dos países germânicos
Irmgard Frank, BIBB, Alemanha

A experiência das “Career Academies” nos Estados Unidos
David Stern, Universidade de Berkeley, EUA

Dia 15 de outubro de 2007

Seminário Internacional sobre Políticas de Educação Infantil

0 a 3 anos: revolução cognitiva e o impacto dos anos iniciais.
Sharon Ramey, Georgetown University, EUA

Políticas e modelos de intervenção dos países da OCDE
John Bennett, Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, França

Atendimento a crianças de 0 a 3 anos: modelos e evidências de resultados
David Dickinson, Universidade de Vanderbilt, EUA

Políticas de atendimento infantil: o enfoque ecológico.
James Garbarino, Loyola University, EUA