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Reforma da educação ou reformas na educação?

Blog Ricardo Noblat, 11/07/07

Gastão Vieira *

São implacáveis os resultados das avaliações internacionais sobre a qualidade da educação nos diferentes países. De um lado encontram-se países com elevado nível de desempenho. Na grande maioria, trata-se de países desenvolvidos. Do outro lado encontram-se diversos países, quase todos menos ou pouco desenvolvidos. Um dado curioso: dentro os países de elevado desempenho educativo nem todos sempre estiveram na ponta nem do desenvolvimento econômico nem da qualidade educacional. E há surpresas dentro países menos desenvolvidos que logram bons resultados. É aí que se encontra a esperança.

No dia 13 de agosto de 2007 a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados irá promover um Seminário Internacional sobre Reforma Educativa. Nesse evento serão analisados três casos de reforma educacional, Irlanda, Coréia e Chile. Nos dois primeiros casos há evidências irrefutáveis de profundas e significativas mudanças nos resultados dos alunos. No caso do Chile, essas evidências ainda não apareceram, e o debate talvez ajude a entender o porquê disso. Esses casos serão debatidos tendo como pano de fundo critérios reconhecidos pelos estudiosos da educação comparada como adequados para avaliar o que é uma reforma bem sucedida. O que leva ao sucesso numa reforma educativa? E que fatores entravam o sucesso de uma reforma?

Reformas profundas em educação não são fáceis de empreender, muito menos de manter no curso. Não é por acaso que poucos países conseguem mudar de posição no ranking mundial, ou mesmo de lograr avanços significativos. Ademais, reformas verdadeiras e profundas levam tempo para amadurecer e para dar frutos – um país impaciente e com mentalidade de curto prazo dificilmente oferece terreno propício para que elas vinguem.

Uma das importantes funções do Legislativo é promover o debate e estabelecer o contraditório. Não se trata do debate pelo debate, nem de exercício diletante do debate pelo debate. Trata-se de trazer uma contribuição para elevar o nível do debate nacional sobre essas questões. Por que alguns países conseguiram avanços significativos em poucas décadas, e o Brasil não consegue sair do lugar, em termos de qualidade da educação? Estamos fadados ao fracasso ou há algo que ainda nos falta para iniciar uma verdadeira reforma da educação? O seminário vai nos permitir refletir sobre uma questão que nos interessa: no Brasil temos em curso uma reforma educacional ou apenas reformas na educação? O Parlamento está de portas abertas. O Brasil está convidado.

* Gastão Vieira é presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Deputado Federal (PMDB/MA)

UFSC define cotas para negros e estudantes carentes no vestibular

Conselho Universitário reservou 10% das vagas para negros e 20% para alunos oriundos de escolas públicas

O Conselho Universitário da UFSC decidiu, em reunião realizada na manhã desta terça-feira (10/07), reservar 20% das vagas, já a partir do próximo vestibular, para estudantes oriundos de escolas públicas e 10% para negros, também formados em colégios de caráter público.

Caso o percentual de negros não atinja esse patamar, as vagas restantes serão destinadas a jovens vindos de outros tipos de estabelecimentos de ensino. Ao mesmo tempo, o Conselho garantiu cinco vagas para indígenas, com o aumento de uma nova vaga a cada ano letivo. A decisão vigora pelos próximos quatro anos, após o que poderá sofrer os ajustes que a administração da instituição e os demais membros do Conselho considerarem necessários.

‘Destaco a maneira madura e serena com que a questão foi conduzida por todos os envolvidos’, disse o reitor da UFSC, Lúcio José Botelho, ao final do encontro, que teve a participação de representantes do movimento negro, de comunidades indígenas, de estudantes e da comunidade. Ele afirmou que houve discordâncias em alguns pontos, mas ressaltou a unanimidade em relação aos itens principais, que são as cotas para negros e estudantes carentes. Ao sair da sala do encontro, o reitor e os membros do Conselho foram aplaudidos pelos estudantes que aguardavam a decisão no andar térreo da reitoria da UFSC.

Integrante do Conselho, o estudante André Costa, acadêmico do curso de Administração da universidade, disse que os alunos pleiteavam uma cota de 50% para alunos originários de escolas públicas, mas considerou positiva a decisão tomada. Mesmo com um projeto de lei sobre o tema tramitando na Câmara dos Deputados, ele afirmou que a decisão da UFSC é definitiva, uma vez que as universidades têm autonomia para deliberar sobre o assunto. Entre as 57 instituições públicas de ensino superior no País, a UFSC é a 17ª a adotar o sistema de cotas, de acordo com notícias divulgadas ontem pela imprensa nacional.

O professor Marcelo Henrique Tragtenberg, membro do Conselho de Ações Afirmativas e do Conselho Universitário, que também participou do encontro, disse que no vestibular os candidatos beneficiados pelas cotas vão se submeter aos mesmos critérios de avaliação dos demais postulantes, como não zerar na prova de inglês e nas questões dissertativas. Professor do Departamento de Química, ele afirmou que cada curso, ao conhecer o número de vagas que deverá destinar a estudantes oriundos das escolas públicas, decidirá se cria novas turmas ou aumenta o número de alunos no turno da noite. ‘Cada curso precisa se pensar’, destacou ele.

Tragtenberg também disse discordar de alguns pontos do projeto em tramitação no Congresso, sobretudo porque ele ignora a diversidade de características sociais e étnicas de cada região do País e porque, ao levar em conta apenas o ensino médio, ‘não considera o recorte sócio-econômico do País’. Ao fazer um balanço a reunião, ele afirmou que ‘é muito bom pensar com várias cabeças’.

Selva na sala de aula

Folha de São Paulo, 11/07/07

RUY CASTRO

‘Precisamos descobrir o que nossas crianças têm contra suas professoras -ou contra nós’.

RIO DE JANEIRO – Os casos de barbáries praticadas por jovens continuam a acontecer. E não apenas contra domésticas que eles confundem com prostitutas, mas contra professoras que eles sabem muito bem quem são.

Na quarta-feira última, em Macatuba (315 km de São Paulo), quatro alunos do 3º grau aplicaram ‘superbonder’ na cadeira da professora de biologia para grudá-la quando se sentasse. Além do constrangimento, a professora teve a roupa rasgada e sofreu severas escoriações de pele no esforço para se livrar.

No mesmo dia, em Piraju (330 km de SP), outros dois alunos botaram fogo no carro da diretora de sua escola. O carro estava na garagem da casa dela. O incêndio foi contido antes que se alastrasse pela casa, mas o carro queimou por inteiro. Por sorte a diretora não estava nele.

Um dia antes, em Dracena (645 km também de São Paulo), uma senhora de 67 anos, servente de uma escola, teve os dois braços quebrados e ferimentos nos olhos ao ser pisoteada pelos alunos assim que abriu o portão dando acesso às salas de aula. É de se perguntar se essa fúria dos jovens para entrar se explica pela ânsia de aprender.

E, há cerca de 15 dias, numa escola em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, um menino de nove anos bateu vários recordes. Ao ser repreendido por uma professora, correu para o banheiro e quis se trancar. Quando a mestra tentou falar com ele pelo vão da porta, ele fechou a porta com força sobre a mão da professora e decepou-lhe a ponta do dedo indicador, que caiu ao chão. Na véspera, o mesmo aluno batera em um colega. Sua mãe foi chamada para buscá-lo, e ele a agrediu também. A vice-diretora tentou intervir, e ele atingiu seu rosto com uma cabeçada.

Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel apresentou as últimas novidades do setor

O 4º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel, realizado em Varginha, entre os dias 03 e 07 de julho, recebeu as maiores autoridades científicas do setor de combustíveis renováveis.

Promovido pela Universidade Federal de Lavras (Ufla), Sest/Senat e Prefeitura de Varginha, foram apresentados os progressos e avanços tecnológicos relacionados à produção de plantas oleaginosas, extração e purificação de óleos e gorduras, industrialização, logística, comercialização de biodiesel, tecnologia de produção, mercado de carbono e meio ambiente.
O biodiesel é um combustível biodegradável, produzido a partir de óleos e gorduras, e é 100% natural, o que contribui para o meio ambiente.

Hoje o Brasil é pioneiro na produção deste combustível, com conhecimento tecnológico suficiente para iniciar e impulsionar a produção de biodiesel em escala comercial.

Ao longo do evento os participantes puderam obter conhecimentos sobre a cadeia produtiva do biodiesel, pela sua participação em palestras, conferências, simpósios, apresentação de trabalhos científicos e de dinâmica de produção de biodiesel. Os participantes tiveram acesso também aos principais fornecedores de máquinas, equipamentos e serviços, que expuseram as suas novidades durante todo o período do evento.

De maneira inédita, o 4º. Congresso apresentou, em parceria com o Sebrae-MG, a 1ª. Clínica Tecnológica em Biodiesel, onde empresários, agricultores, estudantes e técnicos trocaram informações com renomados pesquisadores brasileiros em oito diferentes assuntos ligados à produção de oleaginosas, extração de óleos e gorduras e tecnologia de produção de biodiesel.
Um ponto forte do congresso foi a apresentação de 273 trabalhos científicos provenientes de mais de 70 Instituições de pesquisa de todo o Brasil e do Exterior, que versaram sobre as mais modernas descobertas na área do biodiesel.

A Universidade Federal de Lavras é a Instituição responsável pelo Programa Mineiro de Sustentabilidade Agrícola para a produção de Biodiesel (SOLDIESEL) e Varginha é pioneira na produção industrial deste biocombustível. Por sua vez, o SEST/SENAT é o responsável por congregar os principais consumidores potenciais de biodiesel, que são as empresas transportadoras e os transportadores autônomos.

Na pesquisa, a descoberta do desenvolvimento

Folha Dirigida, 12/07/07

Segundo ranking apresentado na última segunda pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), organizado pela empresa Thomson ISI, o Brasil ocupa, hoje, a 15ª posição no ranking mundial de produção científica – estando à frente de diversos países desenvolvidos, como Suíça e Bélgica. Para o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, a pesquisa só veio confirmar a boa fase que vive a pós-graduação no país – que responde atualmente por 1,9% da produção mundial.

‘O desempenho excepcional do Brasil permite considerar que a pós-graduação está capacitada e qualificada para dar suporte técnico-científico, se integrar ao projeto nacional e contribuir decisivamente para o desenvolvimento tecnológico e de inovação, atuando no segmento industrial, tanto público quanto privado’, afirmou ele.

Aqui Jorge Guimarães analisa os bons resultados obtidos pelo setor, mas faz lá suas ressalvas. ‘Se queremos desenvolver o país, é preciso que estimulemos que mais jovens se dediquem e abracem a causa da pesquisa, que começa com a pós’. Para o presidente da Capes é preciso que a indústria brasileira assuma seu papel na geração de patentes. ‘A Unicamp, por exemplo, produz mais patentes que a Petrobras. Isso é inadmissível no primeiro mundo. Das vinte maiores produtoras de patentes no Brasil, cinco são universidades. Isso mostra que a academia está cumprindo seu papel. O que falta é a indústria acordar para este enorme nicho’. Leia a entrevista.

FOLHA DIRIGIDA – Quais são suas principais metas frente à Capes? Tem sido difícil realizá-las?

Jorge Almeida Guimarães – Este é o ano da avaliação trienal. Isso ocorrerá a partir deste mês e inclui a avaliação do período 2004, 2005 e 2006. Esta é uma ação muito importante e já consagrada na Capes, pela qual classificamos todos os 2.600 programas que serão avaliados. Além disso, nós estamos adaptando o Plano Nacional de Pós-Graduação, para o período 2007/2011. Portanto, um quinqüênio que inclui um ano do governo que acontecerá a partir de 2010. Estamos também ampliando o portal de periódicos da Capes, que é outra ação importante no contexto do dia-a-dia da agência – e há um conjunto grande de ações que dão continuidade ao seu plano. Também estamos estimulando novos mestrados profissionais e programas conjuntos – os chamados mestrados e doutorados interinstitucionais – e estamos lançando um forte programa para as áreas de ‘novas fronteiras’, o que inclui a Amazônia, o semi-árido, o Pantanal e a chamada Amazônia Azul, sempre com foco na formação de recursos humanos. Planejamos ainda, com o Ministério da Ciência e Tecnologia ,o Plano Nacional de Pós-doutorado, cuja concepção está pronta. É um conjunto de ações a que daremos continuidade a partir de agora.

Que balanço pode fazer na pós-graduação brasileira? Qual é a posição do Brasil no panorama mundial de pós?

A pós-graduação brasileira vai muito bem, obrigado! Esta é uma das atividades e iniciativas do país que dá muito certo. A pós-graduação no país tem uma experiência consagrada de mais de quatro décadas e conquistou um prestígio muito grande tanto internamente quanto no exterior, incluindo os países mais desenvolvidos no mundo. De modo que podemos dizer que a pós-graduação é um sucesso. Ela tem, diferentemente de outras áreas, avanços consideráveis, o que colocou o Brasil no grupo dos 15 maiores produtores de conhecimentos novos do mundo. É uma atividade da qual o país deve se orgulhar. Ela é centrada na avaliação, que força o desempenho. A avaliação é muito rigorosa. Os cursos que não têm o desempenho adequado são literalmente fechados. Um componente muito forte da pós-graduação brasileira é a disponibilização de um instrumento poderoso que é o portal de periódicos, que chega a 12 mil títulos e que fornece informação updated, diariamente atualizada sobre o que está acontecendo no mundo em Ciências.

O que deve ser levado em conta ao se escolher um curso de pós: o fator financeiro? Mudanças de área? Cursos da moda?

Os candidatos aos cursos de pós-graduação que não têm muita experiência devem, em primeiro lugar, fazer uma busca muito detalhada em todas as informações que estão disponibilizadas no portal da Capes . A segunda coisa a se fazer é, se ele ainda é um estudante de graduação, buscar um bom professor, um bom pesquisador na instituição em que estuda. Este é o melhor caminho. Depois, ele deve verificar se este curso é reconhecido pela Capes e, em nosso site, há toda a listagem dos cursos reconhecidos. Enfim, o caminho mais correto é ingressar na iniciação científica o quanto antes, ainda aluno de graduação. E isso vale para todas as áreas e, a partir daí, dedicar-se aos temas pelos quais mais se interessa. A Capes oferece todas as informações, conceitos, as instituições com seus currículos, as linhas de pesquisa, temas, projetos, enfim, toda a gama de informações que pode facilitar a escolha do estudante.

Como anda a determinação do número mínimo de docentes com mestrado e doutorado nas instituições de ensino superior? Que penalidades são dadas a quem não segue esta regra?

Estamos longe de atender o que é necessário para um país que tem tantas demandas, como é o Brasil, com tantas oportunidades e riquezas potenciais. Hoje, estamos com o seguinte quadro: o Brasil tem 280 mil docentes universitários, para um total de 4 milhões de alunos de graduação. Nós temos apenas 20% do total de docentes com doutorado, ou seja, na ordem de 56 mil. Outro número parecido com este, mas um pouco menor, tem o mestrado, uma vez que o pessoal do mestrado vai para o doutorado freqüentemente. Na pós-graduação são 148 mil alunos e atuam apenas 35 mil docentes orientadores. Este é o nosso quadro. Isso representa cerca de dez vezes menos o que seria necessário, consideradas as características do Brasil: tamanho geográfico, tamanho da população, a população economicamente ativa, o PIB…

Qual é a participação da Capes na oferta de bolsas de estudos? Quantas são oferecidas atualmente?

Hoje temos o seguinte quadro: dos 148 mil estudantes de pós-graduação, cerca de 1/3 tem bolsa, 1/3 tem vínculo empregatício e não pode ter bolsa e 1/3 não tem nem bolsa, nem vínculo empregatício. Dos que têm bolsas, 60% são bolsas da Capes. O CNPQ entra com cerca de 26 ou 27%; cerca de 10% vêm das fundações para pesquisa estaduais e o resto de outros organismos, iniciativa própria das instituições e organismos internacionais, na faixa de 3 a 4%. Algumas poucas empresas também dão bolsas. Este é um segmento afastado da pós-graduação por razões inteiramente desconhecidas. Em todo o mundo as empresas põem muitos recursos em bolsas e na formação de sua massa crítica de futuros engenheiros, cientistas, tecnólogos, etc. No Brasil, as empresas não se deram conta da importância de estimular com bolsas a formação de futuros profissionais, infelizmente. Mas isso é um trabalho que precisa ser feito de comum acordo entre nós, a CNI e o segmento empresarial. Este é um trabalho que precisa ser feito, pois é a única maneira de se incorporar este 1/3 que não tem bolsa como bolsista. De modo que, se queremos desenvolver o país, é preciso que estimulemos que mais jovens se dediquem e abracem a causa da pesquisa, que começa com a pós-graduação.

Há possibilidade de ampliar este número?

Temos feito um esforço grande de atrair este segmento, mostrando a importância de termos parcerias. Temos hoje um conjunto e grandes parcerias com os estados, com as fundações estaduais e secretarias de Ciências estaduais. No ano passado, fechamos com 15 estados e iremos ampliar com mais quatro estados agora. Porém, no setor industrial, nossos avanços têm sido muito modestos. Não temos conseguido ainda atrair para esta atividade pesadamente o setor industrial, embora todas as semanas recebamos na Capes representantes do setor trazendo muitas demandas. No mundo inteiro quem produz patentes é a indústria. A academia, a universidade também produz, mas a proporção é mínima. No mundo mais desenvolvido, as patentes do setor acadêmico não passam de 2% ou 3%. No Brasil, elas chegam quase a 30%, o que é uma vergonha para o setor industrial. A Unicamp produz mais patentes que a Petrobras. Isso é inadmissível no primeiro mundo. Das vinte maiores produtoras de patentes no Brasil, cinco são universidades. Isso mostra que a academia está cumprindo seu papel. O que falta é a indústria acordar para este enorme nicho.

A Capes conta com programas de cooperação com instituições do exterior? Quantos são os alunos beneficiados?

Nós temos hoje inúmeros acordos e convênios, projetos com os principais países do mundo: Estados Unidos, França, Alemanha, Espanha, Portugal, Holanda, Canadá. Iremos assinar um acordo com a Índia e a China está interessada. As relações são muito boas. Não há uma instituição no mundo que não queira receber os nossos estudantes. Alemanha e França são nossos principais parceiros. Depois, vêm Estados Unidos e outros. Na América Latina, com a Argentina, temos excelentes projetos e um fluxo muito grande de estudantes. Também temos cooperação com países menos desenvolvidos, especialmente os países africanos de Língua Portuguesa, alguns outros países da América Latina. O Brasil se estabeleceu como um país com uma excelente formação de recursos humanos e, por isso, temos muita demanda. A cooperação internacional é um instrumento poderoso na atuação da Capes. Hoje, temos 4.600 bolsistas no exterior e 1% dos nossos 148 mil estudantes na pós-graduação são estrangeiros.

Como o sr. gostaria de ser lembrado por sua participação no comando da Capes?

Eu acho que a palavra-chave é continuidade. A Capes prima pela continuidade com inovações e fizemos muitas nestes três anos. Porém, a coisa mais importante foi a continuidade de ações que já vêm dando certo. Nós mantivemos, incorporamos, expandimos e geramos outras, atualizando sempre a missão da Capes com as demandas atuais que surgem. Uma boa parte do que fazemos é desdobramento de ações passadas e inovações que colocamos a efeito de manter a missão sempre atualizada. O portal de periódicos se iniciou em 2000 e aumentamos de 1.800 para 12 mil periódicos. Este é o tema: a continuidade com a capacidade de aproveitar os dois grandes elementos mobilizadores da Capes – qualidade e flexibilidade. A Capes é extremamente flexível desde que haja qualidade. Isto é tão importante que, dificilmente, se tem dois cursos de graduação exatamente iguais dentro de uma mesma área.

Ufla debate a expansão do ensino superior

A Secretaria Regional Leste do Andes-SN e Associação dos Docentes da Ufla (AdUfla) irá debater a expansão do ensino superior, que acontecerá dia 13 de julho, a partir das 14 horas, no Anfiteatro de Agricultura.

Como debatedores foram convidados o reitor Antônio Nazareno Guimarães Mendes, membro da Comissão de Expansão e Orçamento da Andifes, representando o seu presidente, reitor Arquimedes Diógenes Ciloni (UFU) e também o professor Paulo Rizzo, presidente do Andes-SN.

No sábado, acontecerá o Encontro Extraordinário da Secretaria Regional Leste do Andes-SN, a partir das 9 horas, no Anfiteatro de Agricultura.

Abertas as inscrições ao Prêmio Jovem Cientista 2007

Estudantes dos Ensinos Médio e Superior e graduados podem efetuar sua inscrição no XXIII Prêmio Jovem Cientista até o dia 30 de novembro. Promovido pelo CNPq, pelo Grupo Gerdau, pela Fundação Roberto Marinho e pela Eletrobrás, a premiação desse ano busca iniciativas que contemplem o tema “Educação para Reduzir as Desigualdades Sociais”.

O prêmio será atribuído em cinco categorias. Como Graduado, podem concorrer candidatos que concluíram o curso de graduação, estudantes de pós-graduação e pós-graduados, que possuíam menos de 40 anos até 31 de dezembro de 2006. Na categoria Estudante do Ensino Superior, podem concorrer estudantes que estejam freqüentando cursos de graduação e que possuíam menos de 30 anos até o final do ano passado. Como Estudante do Ensino Médio, concorrem alunos regularmente matriculados em escolas públicas ou privadas e em escolas técnicas e que, em 31 de dezembro de 2006, tinham até 25 anos. Na categoria Orientador, serão premiados professores ou pesquisadores que tenham atuado como orientadores dos candidatos vencedores nas categorias Graduado e Estudante do Ensino Superior. Na categoria Mérito Institucional, serão premiadas uma instituição de Ensino Médio e uma de Ensino Superior às quais estiver vinculado o maior número de trabalhos com qualidade ou mérito científico.

Serão premiados três candidatos em cada uma das categorias. Os prêmios serão em dinheiro, para as categorias Graduado, Estudante do Ensino Superior e Mérito Institucional, e de microcomputadores e impressoras, para as categorias Estudante do Ensino Médio e Orientador. Os três primeiros colocados das categorias Estudante de Ensino Médio, Estudante de Ensino Superior e Graduado ainda poderão receber bolsa de estudos do CNPq.

Será concedida Menção Honrosa a um pesquisador com título de doutor, considerando sua qualificação, experiência, capacidade de formação de pesquisadores e produção científica na área do conhecimento relacionado com o tema da premiação deste ano. Este receberá R$ 15 mil e uma placa alusiva.

A inscrição poderá ser efetuada por meio do site: www.jovemcientista.cnpq.br, ou pelo correio, para os seguintes endereços:

Para as categorias Graduado, Estudante de Ensino Superior e Menção Honrosa:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Serviço de Prêmios – SEPN 507 – Bloco B – Sala 207 – Brasília/DF – CEP 70740-901

Para a categoria Estudante de Ensino Médio:
Fundação Roberto Marinho
Rua Santa Alecandrina, 336 – Rio Comprido – Rio de Janeiro/RJ – CEP 20261-232

Lilian Saldanha – Assessoria de Comunicação da Andifes

Portal Andifes disponibiliza atualização das liberações da SESu às Ifes

A partir desta semana, os internautas poderão conferir no Portal da Andifes a atualização, até o final do mês de junho, das liberações orçamentárias destinada pela Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC) às Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes). A idéia, baseada no princípio de transparência, é facilitar o acesso a essas informações, que já são de domínio público, uma vez que se encontram publicadas nos Diários Oficiais da União.

Os dados apresentados no portal são resultado de pesquisas efetuadas em todos os Diários Oficiais da União – seções 1, 2 e 3 – de janeiro a junho de 2007. As informações são apresentadas em quatro arquivos. No primeiro, estão as informações resumidas (somente os valores), incluindo o total acumulado de janeiro até o último mês de atualização. O segundo apresenta os dados, por ordem de Ifes, colocando a finalidade para a qual foi liberado o recurso. No terceiro, as informações são apresentadas de acordo com a sua data de publicação. E o último e mais completo estão compactadas todas as tabelas, mês a mês, com os dados: número da portaria, Ifes a que se destina, assunto, datas de sua celebração e de sua publicação, seção, número da página onde se encontra no DOU e o valor do recurso liberado.

O trabalho será desenvolvido nos demais meses do ano de forma que as informações sejam atualizadas mensalmente.

Ufla recebe Diploma de Colaborador Benemérito da Polícia Militar

A Universidade Federal de Lavras (Ufla) é uma grande parceira da Polícia Militar. Embora alguns reitores do educandário já tenham recebido o Diploma de Colaborador Benemérito da Polícia Militar, a Universidade, enquanto instituição, ainda não foi contemplada com tão merecida distinção. A Ufla participa intensamente da vida da Polícia Militar no 8º BPM e região, apoiando o Canil da Unidade, ‘Sgt Hélio dos Santos’, o Grupo de Cavalaria ‘Cel José Barroso de Rezende Filho’, a impressão de artes e documentos de interesse da Polícia Militar, cessão do Centro de Convenções para palestras e eventos de maior porte da Polícia Militar, qualificação de militares e dependentes através da Pós-Graduaçâo Lato Sensu em vários ramos do conhecimento, hospedagem de militares no Hotel Alvorada ligado à Instituição, além de forte aporte de investimento tecnológico na construção do Portal Corporativo da 6ª Região da Polícia Militar.

No evento, em comemoração aos 75 anos do 8º Batalhão da Policia Militar, o reitor Antônio Nazareno Guimarães Mendes, representando a Ufla, recebeu das mãos do comandante Ten. Cel Fernando José de Oliveira Guimarães, o Diploma de Colaborador Benemérito da Polícia Militar.

Servidores participam de caminhada cívica em São João del Rei

Os servidores da base do SindUfla participarão de uma caminhada cívica pelas ruas de São João Del Rei.

O evento acontecerá, dia 12 e terá, além da universidade de São João Del Rei, promotora do ato, a presença das universidades de Ouro Preto e Juiz de Fora.

A caminhada tem como objetivo denunciar os desmandos do Governo que motivaram a greve das Universidades .

Os Servidores da Universidade Federal de Lavras (Ufla) sairão para S.João Del Rei em ônibus fretado, da Portaria da Ufla, às 12 horas.

Interessados em participar deverão procurar a Secretaria do SindUfla. Telefone (35) 3829-1169.

Greve
Os servidores da Universidade Federal de Lavras (Ufla), em Assembléia Geral Extraordinária realizada, dia 04/06/2007, no Salão de Convenções, deflagraram Greve por tempo indeterminado.

Dentre as reivindicações a categoria luta em Defesa da Universidade Pública; Liberação das IFES das amarras impostas pela centralização das decisões sobre recursos humanos no MPGO; Ampliação dos cursos noturnos em todas as áreas de conhecimento; Compromisso, do MEC, em submeter à discussão com os Reitores e as entidades representativas da comunidade, qualquer projeto de alteração da legislação que se relacione com a autonomia ou seu exercício.

E também, pelo estabelecimento de Garantia da implantação da 2ª etapa da Carreira: Incentivo de Qualificação e Níveis de Capacitação; Aplicação de, no mínimo, 1% (hum por cento) da folha de pagamento na Capacitação dos Profissionais da Universidade; Suspensão imediata do processo de terceirização e de contratação temporária em curso e a instalação de mesa de discussão sobre o tema; Adoção do regime de trabalho de 30 horas semanais, sem redução salarial, agregado ao funcionamento em turnos, garantindo a ampliação dos nossos serviços e uma maior satisfação dos nossos usuários.

Os servidores lutam por liberação de vagas de técnico-administrativo para concurso público, com vistas à reposição da força de trabalho nas IFES; Manutenção do pagamento dos aposentados vinculados à folha geral de pagamento do pessoal das Universidades; Manutenção do tratamento isonômico e paritário; Extensão de todos os direitos e benefícios, como, por exemplo, o auxílio alimentação aos aposentados e pensionistas.