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Altas nos preços dos grãos e do leite revertem tendência de queda da renda agrícola

Depois de diversas quedas na renda do setor agrícola este ano, as altas nos preços pagos ao produtor pelo feijão (25,0%), milho (6,29%), além dos preços recebidos pelo leite tipo C (3,61%) e tipo B (9,71%), criaram um clima mais favorável no campo em maio. Isso é o que revelaram os dados levantados pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla), por meio dos cálculos dos Índices de Preços Agrícolas.

No entanto, em 2007, a renda agrícola acumula uma perda média de 7,78%, enquanto os insumos agrícolas tiveram uma queda no ano de 3,01%. A renda agrícola é medida pelo Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos do setor rural e os custos pelo Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agropecuários.

Em maio, o DAE/Ufla divulgou o Índice de Preços Recebidos (IPR), que teve alta de 1,18%, puxado pelas cotações dos grãos e leite, exceto o café, cuja queda no mês foi de 1,52%.

Entretanto, o mês de maio se caracterizou pela queda dos hortifrutigranjeiros, que, em média, ficaram mais baratos 14,46% para o produtor.

As maiores quedas observadas foram para banana (-17,86%), beterraba (-43,53%), cenoura (-25,0%), pepino (-45,86%), quiabo (-25,0%), repolho (-40,0%), tomate (-33,67%) e frango abatido (-14,81%).

Maio foi o mês em que os preços médios dos insumos agrícolas estiveram em alta. O Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agropecuários aumentou 6,09%. Entre os mais de 180 itens pesquisados, as maiores altas ficaram com os setores ligados a adubos (22,76%), sementes e mudas (9,82%), fungicidas (7,62%), carrapaticidas (6,48%), vacinas (4,05%) e serviços gerais (dia/homem, hora/trator, consultoria técnica), com alta de 5,57%.

Inflação mantêm tendência de queda

A taxa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculada pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla), ficou em 0,1% no mês de maio. Pelo terceiro mês consecutivo, o IPC da Ufla mantém tendência de queda: 0,42% em março, 0,16% em abril e, agora, 0,1%.

No ano, esta taxa de inflação está acumulada em 2,09% e a remuneração da caderneta de poupança (data base dia 1º) acumula um crédito de 3,22%.

A maior alta registrada no mês de maio foi localizada no grupo despesas com moradia, de 2,19%, especificamente nos custos dos serviços domésticos, com alta de 8,57%, influenciada pelo reajuste do salário mínimo. Os outros setores que tiveram aumentos de preços no mês foram: bens de consumo duráveis (eletrodomésticos, móveis e informática), com variação de 1,78%; bebidas, 0,09% e despesas de transporte, cujo aumento foi de 0,04%.

De acordo com o professor Ricardo Reis do DAE/Ufla, coordenador da pesquisa, a inflação só não foi maior devido à queda média que ocorreu no setor alimentício, de 0,64%. Essa queda ocorreu especificamente para os produtos in natura, que ficaram mais baratos 4,36% e para os semi-elaborados, cuja queda foi de 0,81%. Já os alimentos industrializados aumentaram 0,55%. Entre os alimentos que apresentaram queda de preços, as maiores foram as do tomate, da cenoura, da beterraba, do abacate, do maracujá e dos ovos.

Complementa o professor que os gastos com alimentação são as despesas que mais pesam no orçamento familiar (26,83%), ou seja, de cada R$100,00, uma família gasta R$26,83 com alimentos. Dentro do segmento alimentação, os produtos in natura representam 5,27% das despesas, os semi-elaborados, 6,50% e os industrializados, 15,06% do orçamento familiar.

As quedas na média dos preços verificados no mês de maio ficaram localizadas nas categorias vestuário (-0,36%), higiene pessoal (-0,29%), material de limpeza (-0,17%) e educação e saúde, 0,01%, não havendo alterações nos preços, em média, das despesas com serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) e com lazer.

Seguindo o comportamento de queda dos preços dos alimentos, o custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas teve queda de 2,45%. Em abril, custava R$277,92 e no mês de maio ficou em R$271,10.

Abertas as inscrições para intercâmbio entre Brasil e Espanha

Instituições de ensino superior do Brasil e da Espanha interessadas em intercâmbio de professores, pesquisadores e doutorandos podem participar de programa Capes-DGU. Oferecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), em parceria com a Direção Geral de Universidades do Ministério de Educação e Ciências da Espanha (DGU), o programa tem inscrições abertas até 8 de junho.

Formação em nível de pós-graduação (doutorado-sanduíche e pós-doutorado) e aperfeiçoamento de professores e pesquisadores são os propósitos do programa. Para participar, é necessário ser vinculado a um programa de pós-graduação bem avaliado pela Capes. As áreas prioritárias para intercâmbio são as de ciências econômicas, educação, matemática, ciências biológicas, meio ambiente, ciências do mar, tecnologia, tecnologia de alimentos, química, psicologia, agricultura e controle de pragas e ciências do esporte.

Terão apoio os projetos conjuntos de pesquisa e cooperação científica. Eles devem descrever objetivos, metodologia, cronograma de implementação de bolsas de estudos e missões de trabalho e plano de aplicação dos recursos de custeio. Devem incluir, ainda, os currículos resumidos dos membros das equipes brasileira e espanhola, além de cópia do projeto do parceiro espanhol.

Cada projeto terá duração de dois anos, prorrogável por igual período. A equipe de cada país deve ter pelo menos dois doutores. O coordenador do projeto deve ser professor com título de doutor há pelo menos quatro anos.

O programa Capes-DGU oferece bolsas de estudo de doutorado-sanduíche e pós-doutorado, passagens áreas internacionais e diárias para a equipe brasileira na Espanha. Também serão liberados recursos de custeio no valor de R$ 10 mil reais.

Mais informações e inscrições – www.capes.gov.br

Primeiro dia de trabalho da nova Diretoria Executiva da Andifes é marcado por reuniões

A nova Diretoria Executiva da Andifes, formada pelos dirigentes: Arquimedes Diógenes Ciloni (UFU), presidente; José Ivonildo do Rêgo (UFRN), primeiro vice-presidente; José Carlos Ferraz Hennemann (Ufrgs), suplente do primeiro vice-presidente; Alan Kardeck Martins Barbiero (UFT), segundo vice-presidente; Edward Madureira Brasil (UFG), sumplente do segundo vice-presidente, teve seu primeiro dia de trabalho à frente da associação, nesta quarta-feira (23/05).

No Ministério da Educação – Os dirigentes participaram de reunião com o ministro Fernando Haddad e o secretário da Educação Superior (SESu/MEC), Ronaldo Mota, para apresentar a nova diretoria e afirmar que a associação deseja manter a boa interlocução com o ministério. Estiveram presentes o ex-presidente da Andifes, reitor Paulo Speller (UFMT), o vice centro-oeste do Diretório Nacional, reitor Thimothy Martin Mulholland (UnB), e o secretário-executivo da associação, Gustavo Balduíno.

Speller, na qualidade de ex-presidente da Andifes, apresentou os membros da nova Diretoria Executiva da associação, agradecendo a interlocução que obteve com o MEC ao longo do último ano. O bom relacionamento com o executivo e o legislativo também foi ressaltado por Ciloni, atual presidente da Andifes. “Acreditamos na interlocução e na intensificação das relações com o MEC”, afirmou.

A política adotada pelo MEC de acabar com o “balcão” e fazer apenas a negociação das demandas coletivas das Ifes e o encaminhamento do Projeto de Lei dos Plantões à Casa Civil foram alguns dos pontos elogiados pela Diretoria Executiva. “Essas medidas mostram que existe a intenção, por parte do governo federal, de resolver questões emergenciais através das relações institucionais”, ressaltou Ciloni.

Com relação ao Decreto nº 6.096, de 24 de abril de 2007, que institui o Programa de Apoio aos Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), foi outro ponto abordado durante a reunião. Os dirigentes aproveitaram a ocasião para declarar que a Andifes deseja debater o assunto. Em resposta, Haddad confirmou a disposição de discussão com a entidade. Segundo ele, primeiramente serão discutidas as diretrizes para o Reuni, e, em seguida, as características técnicas para a sua viabilização.

Os reitores aproveitaram a ocasião para tratar de demandas urgentes para as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), como a questão da comissão interinstitucional dos hospitais universitários, que está parada desde o final do ano passado. Sobre essa questão, Haddad, informou que conversará com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, para que a comissão seja reativada. “O modelo atual precisa ser repensado de maneira aberta. Precisamos encontrar alternativas para resolver essa questão e o MEC está disposto ao debate”, ressaltou.

Em relação à perspectiva de greve dos servidores proposta pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) e pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), os dirigentes ressaltaram o papel fundamental do MEC na interlocução com as entidades. Ciloni aproveitou a ocasião para solicitar ao ministro que recebesse os representantes da Fasubra e do Andes com urgência.

Uma reunião do Diretório Nacional da Andifes será marcada com a equipe da SESu para debater as questões relativas ao ensino superior – expansão em fase de implantação, novos concursos, CDs e FGS – e elencar nos pontos que podem ser trabalhados conjuntamente. Em uma outra ocasião, Haddad e toda a sua equipe, incluindo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), participarão de reunião do Conselho Pleno da associação para conversar mais profundamente sobre o funcionamento do ministério, debater sobre as políticas de educação existentes e buscar alternativas viáveis para que as Ifes possam trabalhar em parceria com o governo federal para melhorar a educação brasileira.

Na Câmara dos Deputados – A Diretoria Executiva da Andifes teve encontro com o presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, Gastão Vieira. Na ocasião, Ciloni apresentou os dirigentes que compõem a nova Diretoria. Também estiveram presentes o reitor Oswaldo Baptista Duarte Filho (Ufscar) e o secretário executivo da Andifes, Gustavo Balduíno.

Ciloni colocou a associação à disposição para debates na Casa para tratar de temas relativos, não apenas ao ensino superior, mas também à educação básica. “A educação brasileira deve ser entendida de forma sistêmica para que se encontrem soluções viáveis para os problemas existentes”, afirmou.

Ficou acordada a intensificação da relação da Andifes com a Comissão de Educação da Casa. Para Vieira, é preciso encontrar alternativas claras que indiquem para onde deve caminhar a educação brasileira. É o que pretende a Comissão de Educação com a organização, ainda este ano, de três seminários internacionais sobre o tema. A idéia é convidar países como Chile, Irlanda, Coréia, Alemanha, Canadá, França, Estados Unidos e Brasil para o debate. Vieira também reafirmou a importância e o compromisso da Comissão com a Emenda Andifes.

Com os jornalistas – Uma reunião de trabalho foi realizada para que a nova Diretoria Executiva apresentasse aos profissionais da mídia as propostas de políticas públicas que a Andifes irá desenvolver no período. Estiveram presentes jornalistas da Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, O Globo, Correio Braziliense, Jornal da Comunidade e site G1. Os dirigentes reafirmaram a disponibilidade da associação estar sempre à disposição para conversar com os jornalistas no que diz respeito à educação brasileira.

Aproveitando a ocasião, foi divulgado o Prêmio Andifes de Jornalismo 2007, realizado para valorizar o material que é veiculado a respeito de educação básica e ensino superior. A premiação deste ano está com inscrições abertas até o dia 30 de julho.

Ex-ministro propõe exame nacional para professores

Para receber o piso salarial nacional, docente teria de atingir nota mínima

Paulo Renato Souza, ex-ministro da Educação e hoje deputado, propôs o Exame Nacional de Conhecimentos para os Professores

Para receber o piso salarial nacional, o professor da escola básica pública terá de atingir uma nota mínima em uma prova nacional. Essa é a proposta do ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza, atualmente deputado federal (PSDB-SP), para exigir a melhoria na qualidade dos docentes.

No mês passado, o governo Lula enviou ao Congresso projeto de lei que prevê um piso salarial de R$ 850 para o magistério. Hoje, 39% dos professores da rede pública ganham menos do que esse valor, segundo o Ministério da Educação.

Para Paulo Renato, o projeto é falho por não vincular o aumento salarial a uma melhoria na qualidade do ensino.

Com base nessa análise, o deputado propôs uma emenda que cria o Exame Nacional de Conhecimentos para os Professores. Hoje, as avaliações têm focado apenas o desempenho dos alunos, por meio de exames como a Prova Brasil e o Enem.

Para passar a receber o piso salarial, o docente teria de tirar uma nota mínima, a ser estipulada pelo MEC. ‘A intenção é melhorar a eficácia do gasto público’, disse. Tanto o projeto do piso quanto a emenda do exame terão de passar pelas comissões da Câmara, antes de irem ao Plenário. Se aprovados, ainda seguirão para o Senado.

Paulo Renato, ministro por toda a gestão FHC (1995-2002), afirma que não foi possível implementar tal proposta quando esteve à frente do MEC porque ‘ainda precisávamos consolidar a cultura da avaliação na educação no país’.

A presidente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), Juçara Dutra, criticou a proposta. ‘Provavelmente, quem irá mal no exame será aquele professor que tem mais dificuldades, que não teve boa formação.’

O secretário da Educação Básica do MEC, Francisco das Chagas, afirmou ser ‘importante’ fazer uma avaliação dos profissionais em educação, desde que ela seja propositiva. ‘Se houver alguma dificuldade, é necessário que haja uma política pública para melhorar o resultado do professor.’

Plano

O Plano de Desenvolvimento da Educação, a ser apresentado oficialmente hoje pelo governo federal, prevê que, entre outros pontos, os municípios terão de avaliar o desempenho dos seus professores para receber recursos extras da União. O texto do projeto, porém, não fala em um exame para o magistério.

Para o professor da Faculdade de Educação da USP José Augusto Dias, ‘a proposta pode forçar o professorado a se aperfeiçoar’, mas o exame deve considerar a situação precária em que estão muitos professores de regiões mais pobres.

Já a docente da Faculdade de Educação da Unicamp Marcia Malavasi disse ser contrária a uma avaliação que influencie os salários. ‘Muitas vezes, o professor não é culpado por não ter tido uma boa formação. O Estado, que não fecha os cursos ruins, vai penalizar o docente pela segunda vez?’

Um exame para os professores

O governo acaba de enviar ao Congresso Nacional o projeto de lei que cria o piso nacional salarial para os profissionais do magistério público da educação básica. Trata-se de iniciativa meritória e que atende a uma antiga reivindicação dos professores. A proposta fixa o piso em R$ 850, que, diga-se de passagem, não agrada às entidades de representação sindical. Entretanto, esse valor se constituirá em expressiva melhoria salarial para a maioria dos professores, especialmente os que atuam nas regiões mais carentes de nosso país. Em contrapartida, significará um aumento muito importante no gasto público com educação.

Estudos internacionais, bem como alguns recentemente realizados para o nosso país, mostram claramente que o valor do salário do professor isoladamente não tem nenhum impacto na aprendizagem dos alunos. Corremos, portanto, o risco de ampliar significativamente o gasto com educação e aumentar a remuneração dos professores, sem conseguir fazer com que isso melhore a qualidade de nossa educação básica. Na minha visão, o País deve aproveitar essa oportunidade única em sua história para, em contrapartida, promover e exigir melhoria na qualidade desses profissionais.

O projeto do governo nada contém nesse aspecto, limitando-se a tratar da melhoria salarial. Para sanar tão importante lacuna, ofereci emenda ao projeto, determinando a criação de um Exame Nacional de Conhecimentos para os Professores. A aprovação nesse exame seria uma condição para que o professor de qualquer das instâncias federativas passasse a obter os benefícios do novo piso salarial. Essa prova seria oferecida anualmente pelo Ministério da Educação e seria realizada pelos professores em caráter voluntário, como opção para ser enquadrado nas carreiras que contemplem o pagamento do piso nacionalmente definido. O exame seria específico para cada área das licenciaturas e para os diversos níveis da educação básica e deveria avaliar os conhecimentos pedagógicos e de conteúdo dos profissionais do magistério público nas respectivas áreas temáticas.

A sociedade brasileira está impactada pela recente divulgação de resultados de processos avaliativos de alunos, que mostram resultados desastrosos em relação aos níveis de aprendizagem que são considerados adequados para as diversas séries da educação básica. Um dos problemas mais freqüentemente apontado em todos os diagnósticos sobre as causas de tão deplorável situação é justamente a qualidade da formação dos professores. Muitos deles carecem até mesmo dos conhecimentos básicos nas disciplinas em que atuam, por causa da qualidade de muitas escolas de formação de professores e também da orientação que muitas seguem de privilegiar os aspectos meramente pedagógicos, em detrimento do ensino do conteúdo das respectivas disciplinas em que o professor irá atuar. Por outro lado, os programas de aperfeiçoamento de professores tampouco se preocupam com os conteúdos das disciplinas.

Na verdade, esse diagnóstico é conhecido, mas o Ministério da Educação tem dificuldade para impor critérios nacionais para os cursos de formação de professores, que ocorrem em milhares de faculdades públicas e privadas e que apresentam enorme heterogeneidade em sua qualidade. A emenda que ofereci se constitui em um atalho para equacionar esse importante problema. Há pelo menos cinco benefícios que se derivarão desta proposta. Em primeiro lugar, o Ministério da Educação, por meio dos exames que forem anualmente realizados nas várias áreas das licenciaturas, fixará parâmetros nacionais de qualidade que passarão a ser adotados e seguidos por todas as escolas de formação de professores do País. Em segundo lugar, garante que o estabelecimento do piso nacional de salários não se constituirá apenas num aumento do gasto público em educação, mas terá uma contrapartida real e imediata na melhoria da qualidade dos professores, o que trará resultados nos índices de aprendizagem dos alunos de nossas escolas públicas. Em terceiro, a vinculação do piso nacional de salários a padrões nacionais de qualificação de nossos profissionais do magistério haverá de constituir-se em notável estímulo para que todos eles busquem aperfeiçoamento e atualização de conhecimentos. Em quarto lugar, a partir do próprio enunciado dos exames do Ministério, a sociedade brasileira conhecerá claramente o que se exige de nossos professores da educação básica. Finalmente, se estabelecerá o equilíbrio entre benefícios, responsabilidades e resultados educacionais para nossas crianças e jovens, associados à consecução dessa antiga e justa aspiração de nossos professores. Em outras palavras, aumentará a eficácia do gasto público com educação em nosso país.

Há outra lacuna importante no referido projeto de lei. Na verdade, tal como formulado, ele é flagrantemente inconstitucional, pois a União não pode fixar obrigações para os Estados e os municípios sem assegurar a suficiência de recursos para honrá-las. Para sanar essa dificuldade, apresentei outra emenda pela qual a União se obriga a complementar os recursos dos demais entes federativos, nos casos em que as despesas com a instituição do piso salarial nacional dos professores não possam ser cobertas a partir dos seus recursos próprios constitucionalmente vinculados à educação.

Paulo Renato Souza, deputado federal por São Paulo, foi ministro da Educação no governo FHC, reitor da Unicamp e secretário de Educação no governo Montoro.

E-mail: dep.paulorenatosouza@camara.gov.br

Eleições do Conselho de Base no SindUfla

O Presidente do Sindicato dos Servidores da Universidade Federal de Lavras, no uso de suas atribuições estatutárias e regimentais, convoca todos os sindicalizados para a Eleição do Conselho de Base, que se realizará na Cantina Central da Ufla no dia 25 de junho de 2007, no horário de 7h30 às 16 horas.

As inscrições para o Conselho de Base deverão ser feitas na secretaria do SindUfla, no horário de 7 às 11 horas e de 13 às 16:30 horas, de segunda a sexta-feira até o dia 12 de junho com Luiza ou Neylison, através da apresentação de Chapas contendo seis nomes, numeradas de acordo com a ordem de inscrição e observado o artigo 36 do Estatuto de novembro de 1999.
Edílson William Lopes – Presidente do SindUfla Sebastião de Assis Vilela – Presidente do Conselho de Base

Ufla terá debates sobre “Universidade Nova”

A Universidade Federal de Lavras agendou para o dia 13 de junho, debates sobre “Universidade Nova”, que prevê mudanças na forma de ingresso dos estudantes na educação superior e na grade curricular dos cursos.

Segundo o reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e um dos articuladores do projeto, Naomar Monteiro de Almeida Filho, explica que a proposta é dividir o ensino superior em três ciclos: um geral, chamado bacharelado interdisciplinar; um de formação profissional específica; e um de pós-graduação. Mesmo assim, será preciso modificar também o processo seletivo atual, uma vez que o vestibular se tornou apenas um exame de memorização e não de capacidade potencial do aluno.

O professor Paulo Roberto da Silva, um dos debatedores, adianta que “a reestruturação que se propõe com a Nova Universidade tem profundos reflexos no sistema profissional. Esta sendo discutido com a UFABC, juntamente com o Confea, que tipo ou quais atribuições profissionais o sistema Confea/Crea poderia atribuir aos egressos dos chamados Bacharelados Intermediários (de 3 anos) na área tecnológica”.
Para Paulo Roberto “as vantagens desse modelo são inúmeras: a primeira é que o candidato não precisa se decidir para qual profissão/curso ele irá, logo aos 17/18 anos quando for ingressar na universidade. A escolha da profissão se dará após o bacharelado intermediário, quando então partirá pra a especialização. A segunda vantagem é que o sistema profissional (Confea/Crea), já incorporou o princípio de que a pós-graduação (lato ou stricto sensu) é que vai dar a formação plena e deve ser continuada”.

Outro debatedor será o decano de graduação da UNB, professor Murilo Silva de Camargo.

O evento acontecerá no dia 13 de junho, no Salão de Convenções da Ufla.

Controladoria-Geral lança biblioteca virtual

Já está disponível a Biblioteca Virtual sobre Corrupção (BVC) construída pela Controladoria-Geral da União (CGU) em parceria com o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crimes (UNODC). A iniciativa tem por finalidade promover a pesquisa e a divulgação de informações sobre corrupção e assuntos ligados ao tema. Uma outra meta do banco de dados virtual é a de estimular o controle social e o exercício da cidadania por meio da difusão do conhecimento.

Lançada com um acervo de cerca de 500 documentos entre artigos, teses, notícias, eventos, apresentações e estudos científicos relacionados ao tema, a biblioteca inclui, ainda, textos de organismos internacionais. O enfoque do conteúdo, atualizado diariamente, é o da prevenção como estratégia de combate à corrupção.

O conjunto de obras é de domínio público ou obteve prévia autorização dos proprietários dos direitos autorais. E, embora o acesso seja livre e gratuito, não é permitido o uso, direto ou indireto, das publicações para fins comerciais ou que violem os direitos autorais. Nos últimos 15 dias, quase 900 usuários acessaram o portal e navegaram por mais de seis mil documentos. A Biblioteca Virtual está disponível no endereço http://bvc.cgu.gov.br.

Colaboradores

A criação e manutenção da biblioteca virtual é uma das ações da Secretaria de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas (SPCI), órgão da Controladoria-Geral da União. Ainda com o foco nos assuntos relacionados ao combate à corrupção no País, a SPCI desenvolve também convênios com universidades, parcerias com organizações da sociedade civil e a publicação da Revista da CGU.

A biblioteca também é aberta a contribuições de pesquisadores e interessados no assunto. Artigos, pesquisas, relatórios, monografias, dissertações, teses e outros materiais devem ser encaminhados para o endereço eletrônico bvc@cgu.gov.br, que serão apreciados pelo conselho editorial da biblioteca antes da disponibilização ao público. Caso o documento não seja de domínio público, deve ser enviado o Termo de Autorização (preenchido e assinado). O material será analisado e examinado por critérios que permitam dar ao usuário a confiabilidade do conteúdo publicado na biblioteca.

Alguns dos temas de interesse constantes do acervo da biblioteca são: abuso de poder , conflito de interesse, controle social, desvio de recursos públicos, direito administrativo disciplinar, enriquecimento ilícito, ética, fortalecimento da gestão, fraude, gestão de recursos públicos, governança, improbidade administrativa, integridade, lavagem de dinheiro, nepotismo, ouvidoria, técnicas de auditoria, tráfico de influência e transparência pública.