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Medicina Veterinária da Ufla disponibiliza o primeiro sistema de hipermídia

Após seis meses de intenso trabalho, e fruto de um projeto de iniciação científica, o Atlas Radiográfico Digital (ARD) é hoje uma realidade no ensino de radiologia veterinária de pequenos animais na Universidade Federal de Lavras, beneficiando a todos os estudantes de graduação do Departamento de Medicina Veterinária (DMV/Ufla) e docentes ligados às áreas de clínica e cirurgia de cães e gatos. Trata-se da primeira iniciativa deste tipo no país, caracterizando o esforço da Ufla na melhoria do ensino público e difusão de novas tecnologias de aprendizado.

O projeto do ARD foi coordenado pelo prof. Carlos Artur Lopes Leite, responsável pelo Serviço de Diagnóstico por Imagem do DMV/Ufla. O desenvolvimento do programa ficou a cargo do analista de sistemas Daniel Cardoso Gomes, formado no primeiro semestre deste ano pelo DCC/Ufla. A equipe de apoio contou com a participação dos médicos veterinários residentes, Marcus Antônio Rossi Feliciano e Tatiana Silveira, e da aluna de graduação em medicina veterinária, Jaqueline Rodrigues Bahia.

A proposta do ARD é buscar a interação entre o aprendizado e o aprendiz, seguindo o conceito primordial de “controle total”, ou seja, quem estipula a velocidade e o grau de aprendizado é o próprio aluno. Esta interatividade tem demonstrado ser mais proveitosa em todas as áreas do conhecimento, estimulando o aluno a buscar cada vez mais informações, de uma forma mais rápida e assimilando maior número de elementos.

Assim, com base em uma plataforma amigável Macromedia Flash MX®, e usando editor de imagem Adobe Photoshop CS 8.0®, foi criado o ARD. As radiografias de cães e gatos foram selecionadas, trabalhadas digitalmente e encaixadas em sistemas orgânicos. O usuário escolhe dentre os oito sistemas existentes, qual será estudado. Ao entrar no sistema orgânico escolhido, há opções de radiografias, dispostas em thumbs e ordenadas em abas. Selecionando uma radiografia, ela é aberta em tela maior e legendas e setas apontam e explicam as alterações, de uma maneira simples e rápida. O usuário pode, então, navegar por mais de 250 radiografias, estudando detalhadamente todos os detalhes apresentados.

O ARD já se encontra em funcionamento no Serviço de Diagnóstico por Imagem do DMV/Ufla, contando com dois computadores para consulta individual. Segundo o prof. Carlos Artur, o ARD será uma estratégia muito eficiente no processo de ensino-aprendizado, não só estimulando e desafiando o aluno de graduação, mas também como banco de dados para estudos por parte de alunos de pós-graduação e docentes da área.

Com a implantação definitiva do sistema, e buscando-se auxílio na iniciativa privada, os responsáveis pelo ARD esperam atualizar o software semestralmente, oferecendo maior número de opções ao usuário. Para aqueles que necessitarem, o ARD já se encontra em funcionamento no Serviço de Diagnóstico por Imagem, podendo ser consultado gratuitamente nos horários pré-estabelecidos de funcionamento.

Outras informações podem ser obtidas com a secretaria do Hospital Veterinário (35) 3829-1245, secretárias Mayza ou Érica).

Resíduos de couro são resproveitados na indústria têxtil

Na indústria do curtimento de couro (curtume), o método mais utilizado para garantir maior resistência, durabilidade, elasticidade e as chamadas propriedades de estabilidade térmica e hidrotérmica da pele do animal é a aplicação do cromo 3. Esse metal permite a formação de uma superfície dura, de bom aspecto e resistente à corrosão. Além desse uso, o cromo 3 e seus compostos são utilizados na produção
de aços inoxidáveis e de outras ligas, como as usadas para fabricar resistências elétricas, no revestimento de peças decorativas, na fixação de cores na indústria têxtil e para endurecer o aço. Por causa da cor azulada que o cromo
3 impregna, o couro resultante desse processo recebe o nome de wet blue.

Como em muitos tratamentos químicos adotados em processos industriais, surgem alguns problemas no momento em que é preciso eliminar os resíduos. Estima-se que, na indústria de curtume, eles representem entre 10 e
30% da produção. A forma mais comum de eliminá-los é a construção de aterros. Porém, se colocado em contato com o solo, o cromo 3 presente nos resíduos sofre um processo de oxidação e se transforma em cromo 6. Essa outra forma é mais tóxica e altamente prejudicial à saúde. Entre os efeitos do cromo 6, ou hexavalente, no ser humano, estão o risco de corrosão dos tecidos, produção de dermatites em caso de contacto prolongado e, se houver inalação, órgãos como o fígado e os rins, além de todo o sistema digestivo, podem ser prejudicados. A legislação ambiental em vigor exige que os aterros sejam impermeáveis para que não contaminem o solo ou lençóis de água subterrâneos.

A dificuldade está no fato de que, para aterrar uma tonelada de resíduos, são gastos, em média, cerca de R$ 3 mil. Isso leva muitos produtores, principalmente os pequenos e médios, com menos recursos, a negligenciarem essas providências.

Atualmente, uma das alternativas estudadas para eliminar esses resíduos sólidos contaminados pelo cromo é a incineração. Esse método, assim como no caso dos aterros, acarreta impactos ambientais. Porém, dessa vez, é a atmosfera que sofre a contaminação. Cinzas provenientes da combustão do wet blue lançam o cromo 6 no ar. Para evitar prejuízos para o meio ambiente, seria necessária a retirada do cromo das cinzas por meio de filtros, o que, por outro lado, impediria o reaproveitamento do produto químico em outras reações. Portanto, a incineração não se mostra a alternativa mais viável, uma vez que o cromo é um metal relativamente raro na superfície terrestre (cerca de 0,03%) e, por isso, um produto caro para os proprietários de curtumes.

A Equipe do Laboratório de Química Ambiental da Universidade Federal de Lavras (Ufla), Luiz Carlos Alves de Oliveira, químico e professor, já pesquisava formas de retirar metais de resíduos sólidos desde seu mestrado. Apresentado ao problema do wet blue por um aluno do Rio Grande do Sul, em 2003, Oliveira decidiu concentrar suas atenções na pesquisa de soluções ambientais para esse resíduo. No mesmo ano, encontrou um método novo para separar o cromo do couro. Para isso, é utilizado um composto químico, que catalisa a reação. A composição dessa substância ainda não pode ser divulgada porque o processo encontra-se no período de sigilo para depósito de patente. É fato, porém, que, com seus estudos, Oliveira não apenas criou uma alternativa inteligente para um problema ambiental, como também trouxe inovação, a última etapa no processo de produção do conhecimento científico.

O método desenvolvido por Oliveira permite a retirada do cromo dos resíduos de couro e também evita o desperdício do metal ao possibilitar que ele seja reaproveitado em novas reações. Outra possibilidade detectada pela equipe do pesquisador é a produção de carvão ativado a partir do wet blue. Dessa forma, um resíduo antes inútil para a indústria de curtimento passa a ser uma saída para reduzir os gastos com a aquisição do carvão ativado.

Retira-se o cromo do resíduo de couro, por meio do agente catalisador descoberto pelo professor Luiz. Dessa reação, são formados dois produtos:
o cromo 3, pronto para ser utilizado novamente no tratamento do couro,
e o material livre de cromo, chamado mais freqüentemente de colágeno.

Para produzir o carvão ativado, o wet blue é acrescido, por exemplo, de zinco. Em seguida, por meio de um processo chamado pirólise, é queimado. Porém, diferentemente da incineração, essa reação acontece na ausência de oxigênio, usando o nitrogênio como gás de arraste. É realizado, também, um controle de temperatura, de forma que o produto dessa reação não são as cinzas com cromo 6, mas o carvão ativado.
A vantagem é que ele já está impregnado de cromo, o que é interessante para a indústria têxtil, por exemplo.

Café defeituoso e o carvão ativado granulado resultante da tecnologia empregada
Oliveira esclarece que a diferença entre o carvão de churrasqueira – mais conhecido – e o carvão ativado é que o carvão de churrasqueira é compacto, não tem poros. ‘Ativar o carvão significa criar poros, o que por sua vez aumenta a área de superfície’, conta. Para compreender melhor a diferença, ele faz uma analogia entre um tijolo vazado e um tijolo compacto, desses usados para revestimento. O vazado possui maior área superficial que o compacto. ‘Um grama de carvão ativado possui superfície maior que a de um estádio de futebol’, ilustra. O carvão ativado é um produto químico caro, usado por indústrias de todo o mundo. Uma de suas principais aplicações é a adsorção, ou seja, a retirada de resíduos, por exemplo, de tinta da água lançada em rios pela indústria têxtil.
O carvão produzido nos laboratórios da Ufla já foi testado para esse fim e mostrou resultados animadores.

Patente

Resíduo do couro deixa de ser problema para ser solução: carvão ativado tem alto valor agregado
Oliveira reconhece que, quando descobriu o catalisador capaz de purificar o wet blue, ficou inseguro quanto à originalidade de seu estudo. A solução de um problema tão antigo e de dimensões mundiais parecia tão simples que foi difícil para ele acreditar ser, de fato, o primeiro a pensar naquilo. Depois de pesquisar na literatura específica da área, decidiu iniciar o processo de pedido de patente e, para isso, procurou o Escritório de Gestão Tecnológica da FAPEMIG, responsável por orientar pesquisadores de todas as áreas do conhecimento sobre a proteção da propriedade intelectual. Ele registrou a tecnologia de retirada de cromo do resíduo de couro como inventor independente e a transferiu para a Vert Eco Tecnologias, empresa de base tecnológica do Instituto de Inovação, incubadora localizada em Belo Horizonte (MG).

A vantagem desse tipo de patente é que o pesquisador recebe 50% dos royalties obtidos com a comercialização do produto final. Já a tecnologia de transformação do couro limpo em carvão ativado é uma patente conjunta entre a FAPEMIG e Ufla. Ela ainda não entrou em fase de testes e pesquisas de mercado, mas, nesse caso, cada uma das partes recebe 33% dos royalties. Oliveira afirma que, em ambas as situações, ele se considera o maior beneficiado. ‘Com uma patente registrada, fica muito mais fácil aprovar projetos em órgãos de fomento como o CNPq e a própria FAPEMIG. Essas patentes, de fato, já resultaram em retorno para minhas pesquisas, como a obtenção de bolsas para alunos financiadas pelo Instituto de Inovação’, explica.

No momento, a Vert Eco Tecnologias elabora, junto com os pesquisadores, uma estratégia para levar a tecnologia de purificação do wet blue aos curtumes da forma mais eficiente. Para garantir que o segredo da descoberta seja mantido, não é possível fornecer ao produtor de couro um kit com o catalisador e instruções de uso. Assim, até o momento, o mais adequado parece ser montar uma unidade central com o papel de tratar os resíduos vindos de curtumes de todo o Estado. No momento, o tratamento para o wet blue já foi testado em escala piloto e a obtenção de financiamento para realizar esse tratamento em escala industrial é o mais recente desafio de Oliveira e sua equipe.

Outras aplicações

Professor Luiz Carlos Alves de Oliveira, coordenador da pesquisa
‘O colágeno (couro livre de cromo) ou o couro ainda virgem de qualquer beneficiamento químico é pura proteína e fonte de aminoácidos e nitrogênio’, explica Oliveira. Por isso, em geral, a proteína do couro pode ser usada para produzir material fotográfico, adubo, ração animal, gelatina para a indústria alimentícia e produtos da indústria de cosméticos. Mas, segundo o professor, ‘a maioria dos empresários não investe em peso nessas outras aplicações, pois o couro propriamente dito continua possuindo um valor muito superior no mercado se usado em calçados, bolsas, roupas e acessórios’.

Mesmo assim, em busca de um produto agregado de valor científico, que possa representar uma efetiva inovação no mercado, os departamentos de Química e Veterinária da Ufla se uniram em um projeto para o desenvolvimento de uma ração animal a partir do colágeno.
‘A legislação vigente proíbe a fabricação
de rações a partir de fontes animais, com exceção do couro e do leite’, explica o professor Mário César Guerreiro, que integra a equipe do professor Oliveira. Ele acredita que é exatamente essa ressalva que representa uma abertura para inserir no mercado a ração a partir do colágeno de couro bovino.

Ainda inserido no contexto da inovação tecnológica, com vistas a reaproveitar resíduos transformando-os em materiais com alto valor agregado, Oliveira e seu grupo de pesquisa trabalham no tratamento de resíduos do café. Uma das aplicações possíveis envolve o aproveitamento de grãos defeituosos. ‘O Brasil produz, anualmente, 30 milhões de sacas de café, das quais dois milhões possuem os chamados defeitos PVA, sigla para designar os defeitos mais comuns (preto, verde e ardido)’, conta Oliveira. Os grãos pretos são aqueles que tiveram o processo de formação interrompido, os verdes, que não atingiram o ponto de maturação e os ardidos, grãos bons que sofreram fermentação. Nenhum dos três tipos pode ser colocado junto dos grãos sadios, pois comprometeria a qualidade do produto final, a chamada ‘pureza’ do café, pré-requisito para a exportação. Além disso, é grande a quantidade de cascas de café produzida. Esse resíduo pode ser reaproveitado em pequenas medidas, mas ainda de forma problemática. Se usadas como adubo, as cascas tornam o solo ácido. Já para a alimentação (produção de ração animal), os taninos presentes agem como fatores antinutricionais, impedindo a digestão de certos nutrientes quando se ligam a eles.

Utilizando o mesmo método desenvolvido para a transformação de wet blue, os professores Luiz de Oliveira e Mário Guerreiro desenvolveram, juntos, dois outros tipos de carvão ativado. Um à base das cascas do café e outro a partir de grãos defeituosos (carvão granulado). Esse é mais um pedido de patente conjunto entre FAPEMIG e Ufla. Além disso, o vapor gerado por meio do aquecimento controlado desses resíduos antes não-aproveitáveis permite recolher substâncias como a cafeína e o óleo essencial do café, o que garante o aroma tão apreciado pelas pessoas e tão cobiçado pela indústria alimentícia. Para a economia, essa inovação poderia representar, também, uma alternativa para a regulação do mercado. Em caso de supersafra, situação em que o valor do grão no mercado fica baixo, é possível retirar o chamado bom café do mercado e usá-lo para essas outras finalidades, o que já acontece, de forma semelhante, com o açúcar e o álcool.

UFLA é contemplada no Programa PRONEX-MG

A Universidade Federal de Lavras (Ufla) foi contemplada, este mês, com o financiamento de cinco projetos de pesquisa junto à Fapemig, no Programa de Apoio a Núcleos de Excelência – PRONEX-MG. As propostas contempladas com recursos foram apresentadas pelos professores Moacir Pasqual e Wilson Roberto Maluf, do Departamento de Agricultura; José Roberto Soares Scolforo, do Departamento de Ciências Florestais; Antônia dos Reis Figueira e Vicente Paulo Campos do Departamento de Fitopatologia.

O Edital Pronex teve como objetivo dar suporte financeiro aos projetos de grupos consolidados de pesquisas científica, tecnológica e de desenvolvimento, com excelência reconhecida, no Estado de Minas Gerais.

Governo distribui livros em braile para todos os alunos cegos do ensino fundamental

O governo federal vai distribuir, a partir deste mês, cerca de 40 mil livros em braile para alunos deficientes visuais de 1.244 escolas públicas e especializadas, sem fins lucrativos, de todo o país. Esta é a primeira vez no Brasil que todos os 3.443 estudantes cegos, matriculados no ensino fundamental, irão receber livros didáticos em braile. A medida compõe uma série de ações voltadas para a educação especial que prevê distribuição de material didático, formação de profissionais, instalação de laboratórios de informática e, principalmente, o crescimento da inclusão de alunos com deficiência nas escolas, que chegou a 76,4% entre os anos de 2002 e 2004.

‘Nossa preocupação é garantir o direito e o acesso de todos os alunos à educação regular, além de formar os profissionais para atender a todos os alunos’, afirma a secretária de Educação Especial do Ministério da Educação, Cláudia Dutra.

A produção dos exemplares em braile faz parte de um convênio entre o Ministério da Educação e a Fundação Dorina Nowill para Cegos. Estão sendo investidos R$ 1,8 milhão em títulos de matemática, português, história, geografia e ciências. Esta é a maior produção de livros desse tipo da história do país. O MEC também está estendendo a ação para os livros paradidáticos. Em 2004, 70 títulos infanto-juvenis, romances, crônicas, entre outros foram adquiridos para abastecer as bibliotecas de escolas públicas e especializadas, sem fins lucrativos, que possuem alunos cegos matriculados.

Para tornar a medida viável, o MEC aplicou, nos últimos dois anos, R$ 3 milhões na modernização do parque gráfico do Instituto Benjamin Constant (IBC) para produção e impressão de livros e outros materiais em braile. O investimento permitiu uma ampliação significativa do Programa Nacional do Livro Didático em Braile entre 2002 e 2004. No ano passado foram beneficiados 2.717 alunos de 1ª a 8ª serie, enquanto que em 2002 o programa atendia 543 estudantes de 1ª a 4ª série. Fundando em 1854, o IBC é uma referência nacional e internacional no atendimento a pessoas com deficiência visual.

O governo ainda está distribuindo, em 2005, oito mil kits específicos para alunos cegos compostos por: mochila, reglete (prancheta que possibilita a escrita pelo código braile), soroban (instrumento para cálculos matemáticos), punção (funciona como lápis para a escrita em braile), bengala, ponteira de bengala para reposição e papel sulfite. Em 2003 e 2004 outros 15 mil kits foram entregues, sendo metade para estudantes cegos e os outros 7.500 para alunos de baixa visão (mochila, caderno de pauta dupla, cadernos sem pauta, lápis 6B, caneta ponta porosa, borracha, pincel atômico, caneta hidrográfica e lupa de apoio).

Para alunos com deficiência auditiva, o MEC adquiriu 15 mil coleções de livros digitais em Libras (Língua Brasileira de Sinais) da literatura infanto-juvenil. São, ao todo, dez títulos diferentes: Alice no País das Maravilhas, Iracema, Pinóquio, Aladim, O Velho da Horta, O Alienista, O Caso da Vara, A Missa do Galo, A Cartomante e O Relógio de Ouro.

Outro destaque da ação do governo na educação especial é a formação de professores para o atendimento a estudantes com necessidades educacionais especiais. Este ano, R$ 8 milhões estão sendo destinados para a formação de 40 mil profissionais. Até o final de 2005, serão 95 mil professores formados com um repasse total de R$ 22 milhões, o maior investimento já feito pelo governo na formação de professores para atuar na educação especial.

A iniciativa faz parte do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade criado em 2003 pelo Ministério da Educação. O programa repassa recursos aos estados e municípios que, com o apoio pedagógico do MEC, formam os professores. As secretarias locais de Educação ficam responsáveis por indicar os profissionais que serão formados e estes multiplicam o conhecimento em seus municípios e nas cidades vizinhas.

Já o Programa de Informática na Educação Especial – Proinesp consiste na instalação de laboratórios de informática para escolas com matrículas de alunos com deficiência, além da formação de professores para atuar nesse espaço. Este ano, serão 200 novos laboratórios para escolas da rede pública e as sem fins lucrativos. Em dezembro de 2005 serão, no total, 440 salas de informática para a educação especial funcionando em todo o país.

Inclusão

O governo vem atuando para reduzir o percentual de 36% de jovens de 0 a 17 anos com deficiência que estão fora da escola. Com as ações adotadas desde 2003, o Brasil é hoje o país da América Latina que mais inclui estudantes com necessidades educacionais especiais em escolas regulares, seguido do México e do Chile. Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) apontam o crescimento de 76,4% na matrícula de alunos com deficiência em classes comuns, passando de 110.704 em 2002 para 195.370 alunos ano passado.

De acordo com o Censo Escolar de 2004, 566.753 alunos estão matriculados na educação especial, sendo 323.258 na rede pública, ou 57% do total.

Reitor da Ufla é eleito novo presidente da ADIPES

O Reitor da Universidade Federal de Lavras (Ufla), prof. Antônio Nazareno Mendes foi eleito e empossado hoje (02/08), em Belo Horizonte, Presidente da Associação de Dirigentes dasInstituições Públicas de Educação Superior de Minas Gerais (ADIPES).

Quatorze Instituições Públicas de Educação Superior integram a ADIPES: Universidades Federais de Alfenas (UNIFAL), de Itajubá UNIFEI), de Juiz de Fora (UFJF), de Lavras (UFLA), de Minas Gerais (UFMG), de Ouro Preto(UFOP), de São João Del Rei (UFSJ), doTriângulo Mineiro (UFTM), de Uberlândia(UFU) e de Viçosa (UFV), Universidades Estaduais de Minas Gerais (UEMG) e de Montes Claros (UNIMONTES), Centro Federal Tecnológico de Minas Gerais (CEFET), Faculdades Federais Integradas de Diamantina (FAFEID).

Juntas, somam 45 campi em Minas Gerais, com 9.000 professores e 16.500 técnicos. São 400 cursos de graduação, 160 mestrados e 100 doutorados, com aproximadamente 140.000 estudantes.

O mandato do prof. Antônio Nazareno Mendes na presidência da ADIPES será de um ano e seu vice-presidente é o prof. Carlos Sediyama, reitor da UFV.

Preços dos alimentos seguraram a inflação de julho

A taxa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (Ufla) ficou em 0,37% no mês de julho. Em junho, o IPC da Ufla havia registrado deflação (queda na média dos preços pesquisados) de 0,09%. No ano, a inflação medida pela Ufla está acumulada em 2,95%.

Os gastos com alimentação, com queda média de 0,22%, tiveram significativa influência na taxa de inflação de julho, impedindo que ela fosse maior. As principais quedas no mês ficaram com os seguintes produtos: batata (24,35%), banana (9,62%), cenoura (7,65%), beterraba (7,59%), abacate (10,03%), abacaxi (5,03%), ovos (1,25%), arroz (0,41%), carne de frango (1,77%), açúcar (5,96%), polvilho (7,54%) e café (3,83%). Entre as altas do grupo alimentos, destacaram-se: tomate (9,68%), couve (8,14%), melancia (24,3%), limão (41,46%), feijão (12,59%), catchup (7,93%) e farinha de milho (4,37%).

As despesas com alimentos (in natura, semi-elaborados e industrializados) são as que mais pesam no orçamento familiar e no índice de inflação. Neste ano, esses setores alimentícios já acumulam uma queda média de 2,2%. Com isso, a cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas acumula uma queda em 2005 de 5,34%. Em janeiro seu valor era de R$ 257,78 e, agora, em julho, ficou em R$243,99.

Em julho, os itens de material de limpeza subiram 1,95%, as despesas de transporte caíram 0,89%%, higiene pessoal ficou mais barato 0,1%, os bens de consumo duráveis (eletrodomésticos, móveis e informática) tiveram queda média de 2,0%, despesas de lazer alta de 2,9%, educação e saúde, -0.01% e as bebidas tiveram alta de 1,56% no mês.

Os gastos médios com moradia não se alteraram em julho e as despesas com os serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) aumentaram 2,38%, puxadas pelo gás de cozinha (7,27%).

Custos agrícolas superaram renda no setor nos últimos doze meses

O Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla) divulgou os Índices de Preços Agrícolas do mês de julho que constatou uma queda, em média, nos preços dos produtos agropecuários, ao contrário dos insumos agrícolas, que ficaram mais caros no mês.

Em julho, o Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agrícolas aumentou 3,07%, enquanto o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agropecuários teve uma variação negativa de 5,31%. A pesquisa do DAE/Ufla faz o levantamento mensal de 42 produtos e 187 insumos agropecuários.

No mês de julho, o preço do café teve uma queda de 9,0%, ao contrário da cotação do feijão, cuja alta para o produtor foi de 21,77%. Alguns produtos que compõem o grupo hortifrutigranjeiros também caíram no mês pesquisado: batata fiúza (18,69%), tomate (8,75%), repolho (27,0%), rabanete (16,41%) e beterraba (16,16%). Já o preço pago pela venda do leite fluido tipo B caiu 6,89% e, pelo tipo C, 1,78%. O milho também teve uma queda para o produtor de 5,0%.

Entre os insumos agropecuários, as maiores altas no mês de julho foram: herbicidas, 3,84%; formicidas, 8,57%; animais de tração, 7,25% e animais reprodutivos, 13,04%.

Acumulado nos últimos doze meses
Nos últimos doze meses (agosto de 2004 a julho de 2005), o Índice de Preços Recebidos (IPR) pelos produtos agrícolas acumulou uma alta de 18,01%, enquanto o Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agropecuários aumentou 20,51%. Esses índices estimam, respectivamente, a variação da renda agrícola e o comportamento dos custos de produção do setor.

Esses indicadores revelam que, no acumulado dos últimos doze meses, os custos para produzir no setor agrícola superaram, em média, os preços pagos aos produtores rurais pela venda de seus principais produtos.

Brasil Alfabetizado recebe projetos de ONGs e universidades

O programa Brasil Alfabetizado recebe até 14 de agosto os projetos de alfabetização das organizações não-governamentais (ONGs) e instituições de ensino superior interessadas em participar do programa em 2005. Com recursos de R$ 220 milhões para este ano, a meta do Ministério da Educação é atender 2,2 milhões de jovens e adultos brasileiros.

Mais de mil prefeituras e 21 estados já enviaram declarações de compromisso para participar do programa, que conta com mais de 1,4 milhão de alfabetizandos. Agora é a vez de ONGs e universidades, para quem o Ministério da Educação reservou 30% das 2,2 milhões de vagas disponíveis para o programa este ano. Com a meta de atender a todos os 5.563 municípios brasileiros, a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), responsável pelo Brasil Alfabetizado, estabeleceu uma meta para cada município, baseada nos dados do último Censo do IBGE, de 2000.

O MEC vem investindo na construção de uma política pública de alfabetização de jovens e adultos, e por isso tem aumentado a participação de estados e municípios no Brasil Alfabetizado, com o objetivo de articular alfabetização e educação de jovens e adultos, a EJA.

A continuidade dos estudos é uma das principais preocupações da Secad. “A alfabetização é a porta de entrada no mundo dos estudos, mas depois dela há um longo caminho”, afirma o titular da secretaria, Ricardo Henriques. “A articulação entre o Brasil Alfabetizado e a EJA é essencial para sanarmos a dívida histórica que temos com milhões de brasileiros que não tiveram a oportunidade de freqüentar as escolas na infância e adolescência”, completa.

Prazos – Após o envio dos planos de trabalho de ONGs e universidades, a Secad vai fazer a análise pedagógica dos mesmos e em caso de aprovação serão firmados os convênios. A partir da assinatura dos convênios, os parceiros terão 45 dias para enviar os cadastros de alfabetizandos e alfabetizadores que vão compor suas turmas. A Resolução nº 28 do FNDE, publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 18, traz mais orientações para os interessados.

A nova resolução estimula também o atendimento a segmentos socialmente excluídos, como pessoas com necessidades especiais de aprendizagem, indígenas, quilombolas, comunidades ribeirinhas, moradores do campo, bem como a população carcerária e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas.

O Brasil Alfabetizado é um dos programas prioritários do MEC e tem por objetivo ensinar jovens e adultos com idades acima de 15 anos a ler e escrever. Em 2003, foram atendidas 1.668.253 pessoas e em 2004, 1.717.229. De acordo com dados do Censo 2000 do IBGE, o Brasil tem 16 milhões de analfabetos.

Ufla abre concurso para Professor Substituto

A Universidade Federal de Lavras (Ufla), através da Divisão de Seleção e Desenvolvimento da Diretoria de Recursos Humanos, abre inscrições, no período de 27 a 29 de julho, para o concurso de professor Substituto, com regime de trabalho de 20 e 40 horas semanais.

As áreas oferecidas são: cafeicultura e agricultura geral, morfologia microscópica, recursos humanos e organizações e produção animal e nutrição de ruminantes, totalizando 4 vagas.

A remuneração é de R$ 1.172,80 (40 horas com mestrado) e R$ 780,00 (20 horas com graduação) + 143,99 referente ao Auxilio Alimentação.

Mais informações: (35) 3829 – 1146 ou no site – www.drh.ufla.br

Inscrições para Prêmio FINEP vão até sexta-feira

O prazo de inscrições para o Prêmio FINEP de Inovação Tecnológica 2005 termina na próxima-sexta-feira, dia 15 de julho. Até hoje, já foram concluídas 297 propostas e 340 estão em andamento. Em 2004, ano recordista de inscrições, o evento teve 508 participantes.

O objetivo da premiação é estimular os esforços inovadores das empresas no campo tecnológico, principalmente dos projetos que gerem resultados de impacto na sociedade. Podem concorrer empresas ou instituições públicas ou privadas com sede no País, que tenham introduzido novos conceitos na geração, absorção e uso das tecnologias de processos e produtos.

Os candidatos se inscrevem nas seguintes categorias: Produto; Processo; Pequena Empresa; Média/Grande Empresa; Inovação Social; e Instituto de Pesquisa. Além dessas, há também a categoria especial Inventor Inovador, que não tem inscrições abertas – seu ganhador será escolhido por uma comissão especial.

O Prêmio FINEP de Inovação Tecnológica ocorre nas etapas regional e nacional. Os projetos classificados em primeiro lugar de cada categoria, na etapa regional, concorrem ao Prêmio Nacional. À exceção dos primeiros colocados no Prêmio Nacional, não há impedimento a que todos os candidatos concorram ao prêmio com projetos de anos anteriores.

Mais informações:www.finep.gov.br