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MEC firma acordo para intercâmbio de pesquisa agropecuária com a Holanda

Um novo acordo de cooperação internacional entre Brasil e Holanda para pesquisa agropecuária irá permitir o intercâmbio de pesquisadores, capacitação de estudantes de pós-graduação e troca de informações científicas. A parceria foi firmada com a assinatura do presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Jorge Guimarães, e de Bert Speelman, do Centro de Pesquisa de Wageningen – instituição pública ligada ao Ministério da Agricultura holandês.

O centro holandês é referência em pesquisa agropecuária naquele país, principalmente no desenvolvimento tecnológico de alimentos. Jorge Guimarães disse que o acordo irá beneficiar as instituições de ensino superior brasileiras com pós-graduação reconhecida pelo MEC e que significa um reforço para o desenvolvimento das ciências agrárias no Brasil. ‘O país tem um sucesso grande nessa área, mas é preciso manter a comunidade científica próxima dos avanços tecnológicos’, frisou.

O edital para seleção de grupos de pesquisa e estudantes será lançado no segundo semestre. O foco do programa serão as ciências agrícolas, de alimentos, botânica, zoologia, ambientais, biotecnologia, econômicas e sociais. Para Bert Speelman, o acordo é importante para a universidade holandesa.

‘Temos experiência com brasileiros e queremos ampliar o intercâmbio’, disse. A Universidade de Wageningen já tem firmadas parcerias com a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal de Lavras (Ufla).

Os professores Joel Augusto Muniz, pró-reitor de Pós-graduação da Ufla e Edson Ampélio Pozza, presidente do Conselho Deliberativo da Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe)estiveram presentes representando a Ufla.

Com informações do Ministério da Educação.

Guia de Fertilidade do Solo

O Guia de Fertilidade do Solo – Versão Multimídia 3.0 – 2004 é uma edição atualizada e ampliada da antiga versão 2.0 lançada pelos autores, Alfredo Scheid Lopes, Luiz Roberto Guimarães Guilherme e Renato Marques, em 1999. A estrutura original teve como base o International Soil Fertility Manual, publicado pelo Potash and Phosphate Institute (PPI) em 1995 e traduzido pelo primeiro autor. Foram acrescentados novos conceitos envolvendo a fertilidade do solo e princípios de manejo, bem como exemplos e resultados de pesquisa específicos para as condições brasileiras. Constitui-se em uma publicação indispensável a todos aqueles que estão cursando a disciplina Fertilidade do Solo nas Escolas de Agronomia e Universidades Brasileiras, e também para profissionais em ciências agrárias que desejam fazer uma auto-reciclagem sobre o assunto, em especial os técnicos em extensão, de firmas de planejamento e responsáveis técnicos por propriedades rurais. Algumas publicações técnicas em PDF estão também disponíveis nessa versão.

Painéis de Cálculo, Fertigramas e Procura Palavras
Os painéis permitem que o próprio usuário execute uma série de cálculos envolvendo aspectos relacionados à construção da fertilidade do solo, tais como: estreitamento da relação C/N em resíduos orgânicos; fornecimento de N, P e K pela adubação orgânica; aumento de matéria orgânica pelo uso de resíduos; calagem pelos métodos de alumínio e cálcio + magnésio, saturação por bases, SMP; PRNT em corretivos; escolha de corretivos: preço por tonelada efetiva; adubação fosfatada corretiva; adubação potássica corretiva; estimativas da dose de gesso; cálculos de soma de bases, CTC efetiva, saturação por alumínio, CTC a pH 7,0 e saturação por bases da CTC a pH 7,0. Os fertigramas permitem ao usuário entrar com os resultados de uma completa análise de solo de uma gleba, inclusive micronutrientes, obtendo uma visualização gráfica dos resultados para efeito de comparações. O aplicativo Procura Palavras, (Full Text Search), incluído nesta versão, possibilita ao usuário navegar pelo texto procurando a palavra escolhida. Isto permitirá maior rapidez de pesquisa sobre determinado tópico.

Mais informações: ascheidl@ufla.br

Ufla em luto

Faleceu nesta madrugada o prof. Júlio César Teixeira, do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras (Ufla).

O prof. Júlio César era engenheiro agrônomo e especializado em nutrição animal, com atuação nas áreas de avaliação de alimentos para ruminantes; técnicas de avaliação de alimentos e exigências; nutrição aplicada de ruminantes.
Mais informações sobre suas atividades profissionais em: www.ufla.br/pgpess/pgpess.htm

O corpo está sendo velado no Salão de Convenções da Ufla e o sepultamento ocorrerá hoje (13/05) ás 16h30min, no Cemitério da Saudade, em Lavras.

Semana de Museus terá ampla comemoração em Lavras

A Coordenadoria de Cultura e Museu Bi-Moreira, da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, Culturais e Comunitários (PRAECC), da Universidade Federal de Lavras (Ufla) realizam, no dia 15 de maio, a abertura da Semana de Museus 2005, que este ano terá como tema: “Diversidade de museus, construindo identidades”, em comemoração ao dia 18 de maio – dia internacional do Museu, eventos sugeridos pelo Ministério da Cultura e IPHAN.

A programação deste ano compreende vários eventos culturais promovidos por museus e centros culturais de Lavras, Barbacena, Bom Sucesso, Campo Belo, Paraguaçu, Perdões e Poços de Caldas. De Lavras farão parte do evento, o Museu Bi-Moreira, o Museu de História Natural da Ufla, o Instituto Presbiteriano Gammon e a Escola Estadual Firmino Costa. As atividades serão realizadas até o dia 22 de maio, incluindo exposições e visitas guiadas.

A Semana de Museus conta com o apoio da Superintendência Municipal de Cultura. A solenidade de abertura está marcada para 11 horas do dia 15 de maio, na Casa da Cultura, com a presença do Coral Vozes do Campus, da Ufla.

A Casa da Cultura fica à Rua Santana, 111, no centro de Lavras. De 16 a 22 de maio, a exposição comemorativa à Semana de Museus estará aberta ao público de 9 às 21h00.

Mais informações: (35) 3829 – 1585

Mestrado Profissional: A pós-graduação indo para além da Academia

Não há dúvidas sobre o papel da pós-graduação para a ciência brasileira, pois além de qualificar recursos humanos para a pesquisa, ensino e setor produtivo, esta é uma importante fonte geradora de conhecimentos, sendo assim capaz de impactar a sociedade por várias maneiras. A Capes buscando ampliar ainda mais a contribuição da PG, vem discutindo mecanismos que possam aumentar a inserção social dos programas de PG e como parte dessas ações realizou em São Paulo (Unifesp), um seminário especial, realizado no final de março. O seminário reuniu a diretoria da agência, convidados especiais e representantes de diversas áreas, representando a Ufla e também das Ciências Agrárias I e membro do Conselho Técnico Científico (CTC) daquela agência, prof. José Oswaldo Siqueira.

O enfoque geral das discussões foi definir o papel da PG na transferência de conhecimento científico qualificado para a sociedade, o que incluiu aspectos dos vários modelos de pós-graduação, com ênfase especial na modalidade de mestrado profissional (MP). O MP que tem um caráter estrito de formação profissional terminal, sendo este definido pela Capes há vários anos, por portaria, de 1998, mas que, não tem tido muita aceitação na PG brasileira, continuando sub-dimensionado. Apenas cerca de 7% (132 de um total de quase 2000 cursos de PG) dos cursos avaliados pela Capes, se enquadram nesta modalidade. Entretanto, a taxa de novos MPs é crescente, sendo estes em grande parte originados de programas acadêmicos. Em função desse crescimento real e interesse já manifestado por diversas universidades, a Capes decidiu promover uma discussão para definir políticas e procedimentos apropriados para esta modalidade de mestrado.

Segundo o prof. Siqueira, há apenas um MP em todas as Ciências Agrárias, pois esta área tem preferido o Lato Sensu (LS), destacando-se o caso da Ufla que é pioneira e líder nesta modalidade de PG. Ficou evidente no seminário a necessidade de uma avaliação rigorosa das vantagens e desvantagens do LS, sobretudo em decorrência da ausência de avaliação pela Capes nestes programas. O LS tornou-se um processo massificado, cuja eficácia na qualificação humana e na transferência de conhecimento, não pode ainda ser determinada de modo sistemático.

O MP é voltado para a aplicação do conhecimento e para objetivos profissionais, representando um meio específico de transferência de conhecimento para além da academia. Este deve responder a uma necessidade definida e objetiva, uma demanda específica e qualificada para o aprofundamento da formação técnico-profissional conquistada no curso de graduação. Deve formar profissionais pós-graduados, aptos a elaborar novas técnicas e processos, com desempenho diferenciado de egressos de mestrado acadêmico, que é pautado na geração e no aprofundamento de conhecimentos e técnicas de pesquisas e acima de tudo em uma preparação para o doutorado. O MP forma mestres para o exercício de profissões outras, que não envolvem docência acadêmica e pesquisa científica. O estudante de MP deve ser capaz de fazer uma análise crítica do conhecimento para solução de problemas e atender um mercado qualificado de trabalho, e assim incorporando mais realismo à PG. Apesar de bem caracterizado em sua finalidade, o MP precisa ser tratado com rigor, pois pode ser facilmente confundido com o LS, Especialização ou Residência. O perfil peculiar dirigido à formação profissional não implica em facilitação dos critérios e procedimentos do mestrado acadêmico e não corresponde a uma alternativa para formação de mestres de segundo padrão ou programa de exigência mais simples. Tem caráter próprio e não pode sobrepor-se ao mestrado acadêmico. A proposta de criação de um MP deve expressar de forma clara e direta a associação entre o ensino e aplicação profissional e deve surgir, preferencialmente, da demanda ou interesse comum entre o setor acadêmico e um setor não acadêmico com exigência de um perfil e tipo de qualificação pré-estabelecidas. O MP apresenta ainda outro aspecto interessante que é a capacidade de induzir o surgimento de novos campos de atividade profissional qualificada.

As discussões do seminário direcionam para a definição de um formato consensual, que resolva as questões conflitantes como: equivalência, financiamento do curso e pagamento de taxas escolares como ocorre nas instituições particulares, que já avançam nesta modalidade. O sistema público não pode cobrar taxas escolares, não permite venda de pacotes de treinamento e o carimbo de vagas; e como já definido pela Capes, há na necessidade de avaliação tal como ocorre com a PG acadêmica.

Nas Ciências Agrárias, o prof. Siqueira entende que há uma grande demanda potencial para esta modalidade de PG, visando a qualificação profissional atualizada de técnicos do sistema público federal, estadual e municipal, especialmente de fiscais e extensionistas; de técnicos para áreas de consultorias privadas, para a formação de jovens agricultores e empreendedores e profissionais para grupos empresariais do complexo agroindustrial brasileiro. Várias áreas temáticas ou especialidades tem demanda e natureza apropriadas à esta modalidade de mestrado como alguns exemplos a seguir: agricultura orgânica e familiar, cultivos florestais, recursos naturais, controle fitossanitário, fruticultura de exportação, floricultura e plantas ornamentais, ervas e plantas medicinais, insumos agrícolas, biotecnologia e biossegurança, inovação tecnológica no agronegócio, climatologia, rastreamento e certificação da produção e produtos, cultivos conservacionistas, vários campos da engenharia agrícola, da informática e da administração e das ciências aplicadas.

Embora não haja consenso entre as áreas de conhecimento, devido às peculiaridades destas no âmbito conceitual e da realidade nacional, o MP já é uma realidade no Brasil. O que parece certo é que este deve surgir de uma demanda qualificada e específica que determina o perfil do pós-graduando a ser formado e espera-se que os egressos tenham impactos positivos na sociedade. Além de trazer mais realismo à PG, o MP oferece várias vantagens, mas há também desvantagens deste em relação ao mestrado acadêmico, destacando-se: a dicotomia ou ruptura a um modelo já consolidado, a possibilidade de virar um LS, de sobrepor os tipos já existentes e seu forte viés de mercado. Do seminário saíram as bases para as diretrizes do processo de análise das propostas de cursos de MP e a sistemática de avaliação. Estas, na verdade são adaptações dos critérios e procedimentos adotados no mestrado acadêmico.

Meditação no Campus

Desde o início deste semestre tem sido realizado na Capela Ecumênica da Universidade Federal de Lavras (Ufla) o projeto de extensão ‘Qualidade de vida no trabalho e auto conhecimento’, sob a orientação do professor Mozar José de Brito, coordenação técnica do professor Arnaldo Pereira Vieira e com participação da bolsista de extensão Ana Luiza Mendonça Pinto.

Através da vivência de práticas de meditação, exercícios de respiração e posturas físicas os participantes já percebem redução da ansiedade e maior auto-controle no dia- a-dia.

Os encontros ocorrem segundas e quintas-feiras às 7h00 e terças e quartas-feiras às 17h00, com duração de 40 minutos. O evento é iniciado com uma saudação ao Sol astro e interior, acalmando o corpo e os pensamentos, trabalhando a flexibilidade e o alongamento. Complementamos com exercícios de respiração que ampliam a capacidade pulmonar levando energia à todo o corpo dando sensação de bem-estar. A prática de meditação, de acordo com a técnica aplicada, está sendo feita em posição sentada, andando, orientando-se para as quatro direções.

Professores, alunos e funcionários da Ufla são convidados. Basta estar com uma roupa confortável ou trocá-la na sala da capela.

Mais informações com prof Arnaldo 3829 1459 ou com Ana Luiza tel (35) 9117 4447

Solo amazônico é investigado

Estudar a biodiversidade do solo de modo a maximizar a contribuição dos processos biológicos para aumentar a sustentabilidade dos ecossistemas e garantir produtividade agrícola. Estas são as principais metas do projeto de Conservação, manejo e sustentabilidade da biodiversidade do solo. A idéia do projeto começou em 1995 quando um grupo de 44 cientistas de 15 países se reuniu em Hyderabad, India. Em 1998 ele foi submetido ao programa ambiental (Unep) da Organização das Nações Unidas com sede em Washington e aprovado em 2002 quando então foi implantado em sete países com predominância de florestas tropicais (Brasil, México, Uganda, Costa do Marfim, Quênia, Indonésia, Índia).

Cerca de 80 especialistas de renome mundial, entre cientistas e pesquisadores da área participaram de um encontro, em Manaus/AM para discutir a importância das pesquisas realizadas em solo amazônico.

Os investimentos vindas da Organização Mundial das Nações Unidas somam US$ 9 milhões. No Brasil, o projeto que recebeu verba de US$ 875 mil para ser utilizada durantes 5 anos (a partir de 2002), ganhou o nome de Bios Brasil (www.biosbrasil.ufla.br). Os 36 cientistas e mais de 70 pessoas ligadas ao projeto entre técnicos, estudantes de iniciação cientifica, mestrado e doutorado escolheram o Amazonas para o início das pesquisas.

A profª Fátima Maria Moreira, do Departamento de Ciência do Solo, da Universidade Federal de Lavras (Ufla), coordenadora do Projeto, comenta que “ o solo de Benjamin Constant/AM foi escolhido entre vários solos brasileiros por ser uma área preservada, sem aceso a estradas, onde existe ainda uma biodiversidade quase intocada, o que facilita o trabalho inicial”.

A meta é estudar animais como minhocas, cupins e ácaros, além de microrganismos (fungos e bactérias) que desempenham papel fundamental para manter a fertilidade do solo. “Esses animais e microrganismos se alimentam de matéria orgânica como: folhas e madeira e nutrem o solo, o que pode trazer benefícios específicos aos agricultores”, afirma a profª Fátima Moreira.

(Extraído do Jornal Amazonas em Tempo, 13/04/2005, texto de Mariana Rocha )

Superfícies impermeáveis é indicador da qualidade de vida das cidades

A modificação do meio rural para meio urbano causou alterações nas características das sub-bacias hidrográficas. A expansão urbana prejudicou o aproveitamento dos recursos naturais, tornando o conhecimento do uso e da ocupação do solo o principal instrumento para uma gestão da qualidade de vida e um meio ambiente equilibrado.

Na perspectiva voltada para as relações do homem com a natureza, a qualidade de vida é o ponto central na relação meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Ela deve ser buscada favorecendo a coletividade, como é relatado pela Constituição Federal de 1988, artigo 225: “Todos têm direito ao meio-ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para a presente e futuras gerações”

O trabalho de autoria de Marcelo Barbosa Furtini, que concluiu o mestrado em Engenharia pela Universidade Federal de Lavras, sendo orientado pela Profa. Elizabeth Ferreira, teve como objetivo a análise temporal da sub-bacia hidrográfica do córrego Centenário, utilizando técnicas de geo-informação. A metodologia proposta utilizou-se da lei de Uso e Ocupação do Solo da cidade de Lavras, comparando a ocupação dos quarteirões, através de classes de permeabilidade e uso do solo, utilizando fotografias aéreas verticais tomadas nos anos de 1999, 1986 e 1971.

A característica mais importante dos tipos de cobertura do solo nos ambientes urbanos são as superfícies impermeáveis, que são causadas por atividades do “homem”. Superfícies impermeáveis, como telhados, estradas, e estacionamentos, tem sido considerado um indicador ambiental chave para classificar a qualidade de vida e qualidade ambiental nas cidades.

Neste sentido, para os 28 anos estudados, as áreas permeáveis reduziram 70,40%, aumentando a impermeabilidade em 217,37% da área da sub-bacia hidrográfica, mostrando um aumento das superfícies impermeáveis. O principal a ser observado é que, em 1999, a Lei de Uso e Ocupação do Solo urbano já estava em vigor e os tipos de ocupação evoluíram com valores superiores aos anos anteriores. Neste mesmo ano, a malha urbana apresentou o maior crescimento e adensamento, prejudicando o escoamento superficial e a permeabilidade da sub-bacia.

Segundo a conclusão de Marcelo Furtini, “o estudo do meio físico constituiu uma importante informação para o planejamento da gestão urbana. A tecnologia de geo-informação contribuiu para um diagnóstico, análise e modelamento, podendo auxiliar o prognóstico de controle das áreas suscetíveis à degradação da permeabilidade do solo e apropriação inadequada, estudos desta natureza auxiliam na previsão de calamidades públicas.”

“A análise temporal do uso do solo revelou que a cidade cresceu, com aumento da área construída. A urbanização foi o principal fator que determinou as mudanças espaciais do meio ambiente, pela intensificação do manejo do solo e a substituição da cobertura permeável por coberturas impermeáveis. No ano de 1999, a sub-bacia classifica-se em 67,99% de área construída, 5,08% de vegetação arbórea, 21,59% de solo exposto e 5,34% de voçoroca (degradação do solo, localizada ao lado da Prefeitura Municipal de Lavras), em relação aos seus 307 ha de área.”

A cidade e o contexto urbano são considerados um desafio para estudiosos do urbanismo. As problemáticas demandam soluções que extrapolam a esfera das disciplinas isoladas e configura-se num campo prático da interdisciplinaridade. O planejamento urbano é o principal instrumento de gestão das cidades, sem ele ficamos desprotegidos da degradação e da especulação imobiliária. É necessário utilizar leis municipais, que funcionem como ferramentas para manutenção e preservação, fazendo com que melhore a qualidade da vida e do meio ambiente.

Inflação de abril é a menor do ano

O Departamento de Administração e Economia (DAE) da Universidade Federal de Lavras (Ufla), divulgou a taxa de inflação de abril, que ficou em 0,04%. É o menor índice registrado no ano: em janeiro ficou em 1,08%; fevereiro, 0,34% e em março, 0,45%. No quadrimestre, está acumulado em 1,92%. Essa taxa de inflação é medida pelo Índice de Preços ao Consumidos (IPC), estimado mensalmente pelo DAE/Ufla.

Essa desaceleração na inflação medida pelo IPC da Ufla ficou localizada nos segmentos dos alimentos, queda no mês de 0,4%, bebidas, -1,53%, bens de consumo duráveis – eletrodomésticos, móveis e informática, -0,8% e material de limpeza, queda de 0,1%.

No setor de alimentos, os produtos semi-elaborados tiveram uma redução média em abril de 2,43%, puxados pelas carnes (bovina, suína e de frango) e o arroz. Já os industrializados aumentaram 0,49% e alimentos in natura ficaram mais caros 2,9%.

Cinco outros setores que compõem o IPC da Ufla tiveram alta em abril: vestuário (0,87%); despesas com transporte (0,42%); higiene pessoal (0,4%); lazer (0,19%) e gastos com educação e saúde (0,1%). Não se verificou variações na média dos preços dos itens que compõem os grupos despesas com moradia e serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha).

Explica o professor Ricardo Reis, coordenador da pesquisa, que a comparação de preços foi feita entre os dias 15 de março e 15 de abril, e o índice ainda não captou a anunciada alta da energia elétrica, o que deve acontecer no próximo mês. Já o aumento verificado nas contas de água influenciou a inflação do mês passado.

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas, caiu 0,66% em abril, passando a custar R$252,65. Em março, esse valor era de R$254,33. No quadrimestre, o custo dessa cesta de alimentos já registra uma queda de 1,99%.

Custos superam renda agrícola em abril

O Departamento de Administração e Economia (DAE) da Universidade Federal de Lavras (Ufla) divulgou o Índice de Preços Agrícolas do mês de abril e revelou alta tanto nos custos de produção quanto na renda agropecuária. No entanto, os insumos aumentaram relativamente mais que os preços dos produtos agrícolas.

Em abril, o Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agrícolas aumentou 7,9%, enquanto o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agropecuários teve uma variação positiva de 1,42%. A pesquisa do DAE/Ufla faz o levantamento mensal de 42 produtos e 187 insumos agrícolas.

A renda agrícola em abril foi sustentada pela alta do feijão que subiu, para o produtor, 33,46% e pelos preços do leite fluido tipo C, que tiveram alta de 14,89% e tipo B, aumento de 9,8%. A cotação do café ficou em baixa nesse mês, com queda de 2,91%. Os hortifrutigranjeiros também ficaram mais baratos no campo, com queda média de 10,47%, principalmente laranja (-38,65%), beterraba (-25,0%), repolho (-18,36%), pimentão (-16,5) e tomate (-16,25%).

Entre os insumos agrícolas, as maiores altas ficaram nos segmentos de inseticidas (12,3%), energia elétrica (16,0%), animais de tração (4,16%) e serviços gerais – dia/homem, hora/trator e assistência técnica (4,75%).