Essa desaceleração nos preços em fevereiro ficou localizada nos alimentos semielaborados, que tiveram uma queda média de 0,02%, puxadas pelas cotações do feijão, que ficou mais barato para o consumidor 16,02%, carne suína, queda de 0,65% e pescados, cuja baixa foi de 6,87%. Em fevereiro, os alimentos industrializados também tiveram uma variação média de preços inferior a de janeiro, cuja alta foi de 0,39%. No entanto, os produtos in natura mantiveram a tendência de alta no varejo, com aumento de 2,48%. No geral, o aumento dos alimentos em fevereiro foi de 0,45%.
De acordo com o professor Ricardo Reis, coordenador do Índice, os alimentos são o setor que mais pesam no orçamento familiar (26,83%). De cada R$100,00 gastos, R$27,00 são com produtos alimentícios. E o feijão é um componente importante na mesa do consumidor. Essa queda de 16,02% no varejo teve importante influência na taxa de inflação de fevereiro.
Entre as categorias que compõem o IPC da UFLA, os itens de higiene pessoal ficaram mais baratos 0,64% e os componentes dos bens de consumo duráveis (eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática) tiveram uma queda de preços de 0,74%.
O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas teve uma alta em fevereiro de 1,95%, passando a valer R$373,18 contra o custo de R$366,01 em janeiro. Nos últimos doze meses, a cesta básica de alimentos acumula alta de 6,75%.