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Turmas de 1963 e 1988 celebram Jubileu de Ouro e Prata – Veja a galeria de fotos

09.09 jubileu de ouroA Universidade está muito diferente, os colegas também não apresentam a mesma fisionomia da juventude, mas a emoção de encontrar os amigos na cerimônia que celebra o Jubileu de Ouro e Prata é indescritível. Aos poucos, os colegas se aproximam, se abraçam, relembram fatos e aprendizados. Em todos, o orgulho de recordar uma trajetória de sucesso que tem a marca da ESAL/UFLA.

A cerimônia que comemora os 50 e 25 anos de formatura foi realizada na sexta-feira (6/9), no Salão de Convenções da Universidade, em homenagem às turmas de 1963 e 1988. Ao todo, 30 profissionais receberam o certificado que marca a data especial, como parte comemorações de 105 anos da Universidade.

Em seu pronunciamento, o reitor da UFLA, professor José Roberto Scolforo, fez um resgate da evolução da Instituição nos últimos anos, ressaltando a importância de valorizar o passado e o presente para projetar um futuro ainda melhor. Citando-os como embaixadores da Universidade, ressaltou que o crescimento da UFLA é contínuo, porém, sem perder as características e valores que a fizeram diferenciar no cenário nacional. “Os depoimentos de amor à Instituição são estímulos para seguirmos em frente ainda mais fortalecidos. Vamos continuar cuidando dessa semente, que se tornou árvore frondosa, cultivada por tantos outros que fizeram parte desta história”, ressaltou.

Muitos ex-alunos manifestaram suas emoções em breves relatos. Como o ex-aluno José Geraldo Leite, que fez parte do grupo dos 12, como ficou conhecido o grupo de alunos e servidores que lutaram pela federalização da ESAL. “Hoje tenho orgulho de receber este certificado, em nome da UFLA, uma instituição federal”, disse emocionado e com o sentimento de que a luta valeu a pena.

Da turma formada por 20 estudantes, três faleceram e 12 estavam presentes na cerimônia. Muitos deles fizeram declarações de amor à instituição. René Suman declarou que o amor à ESAL era tão grande que seus três filhos se formaram na UFLA, situação semelhante à de outros colegas.

Homenagens especiais

Filhos de Arlete Camargo prestam homenagem à mãe
Filhos de Arlete Camargo prestam homenagem à mãe

Durante a cerimônia, foi prestada homenagem especial à ex-aluna Arlete de Camargo Aranha, primeira mulher formada pela Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL), turma de 1951, e também a primeira engenheira agrônoma formada em Minas Gerais e uma das cinco primeiras do Brasil. Arlete Camargo faleceu no dia 21 de abril de 2013. Na mesa de honra, o esposo, e também ex-aluno, João de Camargo Aranha Neto, que completa 61 anos de formatura na Esal/UFLA e os filhos, Regina Célia Camargo e José Medeiros, que prestaram homenagem especial à mãe. José Medeiros interpretou músicas brasileiras ao piano.

Também foi homenageado o ex-aluno Paulo da Rocha Camargo, que completa, neste ano, 70 anos de formatura na Esal/UFLA.

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Debate sobre os impactos do novo Código Florestal na Biodiversidade encerra simpósio internacional na UFLA

09.09 José Cralos Código florestal
José Carlos Carvalho, em defesa do maior remanescente florestal do mundo

Reconhecido como um dos maiores nomes da área ambiental no Brasil, José Carlos Carvalho, ex-ministro do Meio Ambiente, fez uma apresentação no encerramento do Simpósio Internacional de Biodiversidade (Sinbio), realizado na Universidade Federal de Lavras (UFLA), de 2 a 4 de setembro. Os impactos do novo Código Florestal Brasileiro na biodiversidade foram apresentados e debatidos por um público seleto, composto por estudantes, pesquisadores e representantes de instituições públicas, associações e organizações não governamentais.

Acostumado a representar o País em eventos globais sobre sustentabilidade e com a experiência de ter ocupado cargos importantes como secretário de Governo de Meio-Ambiente de Minas Gerais e diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), José Carlos salientou que o debate acerca do Novo Código Florestal foi dominado por questões sobre o uso da terra, em detrimento a uma nova política florestal e conservação da biodiversidade.

Em sua avaliação, prevaleceu a visão monolítica e unilateral do setor agrícola, faltando ciência ao debate, que deveria ser plural, integrado, envolvendo diferentes temáticas. Mais uma vez, segundo Carvalho, o desenvolvimento agrícola e a preservação ambiental foram colocados de forma antagônica, o que representa um falso dilema.

O resultado dessa visão foi a manutenção de uma política baseada em comendo e controle, ou seja, pune quem desmata, mas não incentiva o uso sustentável dos recursos naturais. “A Lei, por si só, sem uma nova política florestal, não funciona. É preciso uma política de estímulo”, destaca, reforçando ainda que será necessária a implantação de políticas públicas para amparar o cumprimento da Lei no que se refere ao reflorestamento de uma área superior a 20 milhões de hectares nos próximos 25 anos.

José Roberto Scolforo apresenta o Inventário Florestal de Minas Gerais
José Roberto Scolforo apresenta o Inventário Florestal de Minas Gerais

Biodiversidade dos Biomas

A Plenária “Biodiversidade dos Biomas” teve como coordenador o reitor da UFLA, professor José Roberto Scolforo, que apresentou os diferenciais e resultados do Inventário Florestal de Minas Gerais, que contribuiu para o conhecimento da diversidade da flora nos biomas mineiros.  A equipe do Laboratório de Estudos e Projetos em Manejo Florestal (Lemaf), sob a coordenação de Scolforo, realizou, de 2003 a 2009, o mapeamento e monitoramento de todo o Estado, com mais de 12 mil pontos de coletas de dados, 780 mil árvores, em 169 fragmentos.

Além de ter gerado um enorme banco de dados, publicados em sete volumes e disponibilizados integralmente na Internet, o Inventário de Minas Gerais contribuiu para a redução do desmatamento da vegetação nativa no período, indicando aos órgãos competentes todas as informações necessárias para a fiscalização e controle, incluindo, a frequência e a indicação dos municípios que mais desmatavam.

“Não há como fazer política de proteção da biodiversidade, com sensatez entre produção e preservação, sem conhecer em profundidade as especificidades de cada bioma”, enfatizou Scolforo.

Presente no evento, o diretor-geral do IEF, Bertholdino Teixeira Junior, afirmou que a intenção do Instituto é retomar o Inventário Florestal em parceria com a UFLA, destacando a importância do relacionamento de longo prazo com a Universidade. Além de prestigiar o evento, Bertholdino destacou a contribuição da UFLA como celeiro de novos profissionais, por meio da graduação, pós-graduação ou treinamentos específicos.

Troca de experiências

O pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Niro Higushi apresentou as especificidades do Inventário Florestal Contínuo do Amazonas IFC-AM, que deverá ser finalizado em 2014. O IFC-AM completo terá 17 sítios diferentes em todas as mesorregiões do estado. A meta é apresentar um mapa de carbono florestal do Amazonas, a partir de algoritmos desenvolvidos para diferentes escalas.

O pesquisador da Fundação Universidade Regional de Blumenau, Alexandre Christian Vibrans, apresentou aos participantes os resultados do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, como ferramenta para avaliação da biodiversidade em escala regional.

Representando o Serviço Florestal Brasileiro, Jober Veloso de Freitas apresentou as potenciais contribuições do Inventário Florestal Nacional, para o conhecimento da flora dos diferentes biomas brasileiros. Trata-se de um inventário que abrange todo o País, utilizando técnicas de amostragem que possibilita o monitoramento contínuo dos seus recursos florestais, tendo como principal propósito fornecer informações para subsidiar a definição de políticas florestais, a gestão dos recursos florestais e a elaboração de planos de uso e conservação dos recursos florestais.

Internacionalização

A Planária dobre Biomas contou com a participação do pesquisador João Faustino Munguambe, que apresentou a biodiversidade de Moçambique, explicando os diferentes tipos de florestais do país. O professor Jongman Alterra, da Universidade de Wageningen, Reino Unido, apresentou um modelo global para o monitoramento da biodiversidade, reforçando o compartilhamento de informações e tecnologias como aspecto fundamental para o acompanhamento das transformações em grandes áreas e os desafios que são apresentados.

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Grupo de Teatro Construção faz encerramento da Semana de Ciência, Cultura e Arte

teatro

ENCERRAMENTO DA SEMANA DE CIÊNCIA, CULTURA E ARTE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA)

Nesse sábado (7), às 20 horas, o Grupo Teatro Construção apresenta a peça “Esperando Godot” de Samuel Beckett, com adaptação e direção de Ricardo Calixto. A peça será encenada no Teatro João Pereira de Carvalho, Antiga Estação Costa Pinto. A entrada é franca, mediante retirada de convites.

Elenco: Ernani Augustus, Gabriel Amaral, Karen Nunes, Marina Rufato e Rita Goulart

Os Convites estarão disponíveis na portaria do teatro no dia 07 de setembro, a partir de 16 horas, até esgotarem todos os convites. (Lembrando que são apenas 100 lugares),

Nascido em 1906, em Dublin, Samuel Beckett viveu a partir de 1937 na França, e lá faleceu em 1989. Considerado o pai do chamado “teatro do absurdo”, seus personagens estão sempre procurando ou esperando alguma coisa, embora imprecisos e indecisos quanto ao objeto desejado. Abordando a morte e o vazio da vida, Beckett criou um humor amargo, sombrio, levemente absurdo na sua disposição de ser irônico e zombeteiro.

Na história, dois vagabundos aguardam infinitamente, num descampado, a vinda do senhor Godot, que nunca aparece.

A rubrica inicial define: Estrada, árvore, à noite. Em cena Estragon e Vladimir. Aparentemente esperam um sujeito de nome Godot. Nada é esclarecido a respeito de quem é Godot ou o que eles desejam dele. Os dois iniciam longo diálogo, só interrompido quando da entrada de Pozzo e Lucky. Lucky carrega uma pesada mala que não larga um só instante. Após a partida destes, aparece um garoto anunciando novamente que Godot não virá, talvez amanhã. O diálogo final, que encerra o ato e a peça: Você poderá conferir marcando presença no teatro.

 

Biodiversidade do Solo esteve em debate durante simpósio internacional na UFLA

06.09 Sinbio plenária solosA Biodiversidade do Solo foi uma das seis temáticas em debate no Simpósio Internacional de Biodiversidade, realizado na Universidade Federal de Lavras (UFLA), de 2 a 4 de setembro. O evento permitiu a interação de estudantes e pesquisadores, com troca de experiências e prospecção de novas linhas de pesquisa.

Coordenada pela professora Fátima Moreira, do Departamento de Ciência do Solo (DCS), a plenária teve a participação de palestrantes de instituições de diversas regiões do Brasil (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – Inpa, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, Universidade Federal de Brasília – UNB, Universidade Federal de Viçosa – UFV, Embrapa Agrobiologia e Embrapa Florestas), além da presença do professor Patrick Lavelle, da Université de Paris e membro da Academia de Ciências da França, com vasta experiência profissional em diversos países.

O tema Biodiversidade do Solo foi abordado em 11 palestras, com ênfase em diferentes assuntos como: biodiversidade global, micro-organismos, microfauna, mesofauna e macrofauna e microssimbiontes radiculares. Esses temas foram abordados do ponto de vista taxonômico e funcional, ressaltando a importância da biodiversidade do solo para a sustentabilidade dos ecossistemas e produção agrícola.

Internacionalização

Professora Fátima Moreira, Patrick Lavelle e o professor Marco Aurélio Carneiro
Professora Fátima Moreira, Patrick Lavelle e o professor Marco Aurélio Carneiro

Na palestra de abertura, Patrick Lavelle ressaltou a necessidade de uma abordagem holística em função da complexidade, heterogeneidade e dinâmica do ecossistema solo. Pela primeira vez na UFLA, o pesquisador comentou sua experiência de parcerias desde 1995 no Brasil, em cooperação com instituições de pesquisa e universidades. Em especial, citou sua interação com a professora Fátima Moreira (UFLA), tendo participado em conjunto do Tropical Soil Biology in Fertility Program, programa de pesquisa internacional com fórum no Quênia, e também da Global Soil Biodiversit Assessment (GSBA), iniciativa global que investiga a biodiversidade do solo.

Em sua avaliação, as apresentações no Sinbio foram muito interessantes, com a presença de pesquisadores muito envolvidos e com rica interação. Lavelle sinalizou para a possibilidade de ampliação da cooperação com mais pesquisadores e sugeriu que os participantes do evento criem um fórum permanente de discussão, com visão holística, dos temas que envolvem a biodiversidade. “Com o Sinbio, a UFLA demonstrou que tem muita projeção e capacidade de buscar financiamentos para novos projetos de pesquisa”, reforçou.

Patrick Lavelle fez a palestra de abertura do Sinbio, apresentando o modelo geral do funcionamento do solo, com as especificidades de cada grupo e como eles se interagem.

 

 

Guia do Participante do Enem orienta candidatos sobre prova de redação

06.09 enemO Guia do Participante – A Redação no Enem 2013 está disponível para consulta e download. Além de explicar a metodologia da correção nas redações, o documento contém indicações e explicações sobre o que é cobrado em cada uma das competências avaliadas na prova de redação da edição deste ano do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

O guia foi lançado nessa quinta-feira (5), pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e pelo presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Luiz Cláudio Costa. “O guia explica de forma detalhada tudo o que os corretores esperam de uma boa redação, com dicas de como o estudante deve construir o texto, os argumentos que ele deve utilizar, o desenvolvimento do tema, o domínio da norma culta”, disse Mercadante. Para o ministro, o documento ajudará o estudante a preparar um bom texto. “A redação, às vezes, é decisiva para o candidato conseguir um bom curso.”

No guia, os estudantes terão contato com redações que receberam a pontuação máxima (nota 1.000) no Enem de 2012. Elas foram selecionadas por terem cumprido todas as exigências relativas às cinco competências avaliadas. Há ainda comentários sobre estrutura, proposta de intervenção e domínio da modalidade escrita formal, entre outros intens.

Este ano, participarão do exame 7,1 milhões de candidatos, número 24% superior ao total de inscritos na edição de 2012. As provas, nos dias 26 (sábado) e 27 (domingo, dia da redação) de outubro, terão início às 13 horas (de Brasília).

A equipe que acompanhará a correção contará este ano com 9,5 mil corretores. Testes iniciais indicam que 52% das redações terão recursos de ofício para o terceiro corretor, em função da redução da margem de discrepância. Este ano, a diferença entre as notas dos dois corretores independentes não pode ultrapassar 100 pontos — na edição anterior, era de 200. As redações serão corrigidas com base em cinco competências, que valem até 200 pontos:

I. Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita

II. Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo;

III. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista;

IV. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação;

V. Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitados os direitos humanos.

Redações com discrepâncias acima de 80 pontos entre as competências também serão revistas por um terceiro corretor. Caso a discrepância permaneça, a revisão caberá a uma banca de especialistas. No ano passado, a prova de redação contou com 5,6 mil corretores, 230 supervisores e 12 coordenadores.

A partir desta edição, também está prevista a anulação das redações que apresentarem partes do texto deliberadamente desconectadas com o tema proposto, como estabelece o item 14.9.5 do edital do Enem de 2013.

Especiais — Este ano, equipes do MEC e do Inep monitoram mais de 70 mil casos que candidatos que requerem atendimento mais cuidadoso, como as lactantes e aqueles que precisam de ledores e transcritores, entre outros. Foram registradas 3.108 gestantes com previsão de parto para outubro —517 com nascimento previsto entre 20 e 31 de outubro. O ministro destacou que os casos especiais contarão com todo o tipo de suporte necessário.

Acesse o Guia do Participante – A Redação no Enem 2013, também disponível no site do Inep.

Assessoria de Comunicação Social MEC

 

Melhoristas das principais regiões produtoras de café se reúnem na UFLA para debater cafeicultura e biodiversidade

05.09 foto café melhoristasA relação entre biodiversidade e cafeicultura foi o tema de uma das seis planárias do Simpósio Internacional de Biodiversidade, realizado na Universidade Federal de Lavras (UFLA) de 2 a 4 de setembro. Na terça-feira (3), melhoristas renomados das principais regiões produtoras de café apresentaram a aplicação da biodiversidade nos programas de melhoramento genético de café em Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Paraná.

O evento contou com a participação do professor Andre Charrier, da Ecole Nationale Superieure Agronomique de Montpellier e pesquisador do Institut de Recherche pour le Développement (IRD). Referência em melhoramento genético do cafeeiro, Charrier apresentou resultados de pesquisas para a descoberta de novas espécies de Coffea, principalmente na África e Madagascar. Citando a existência de 124 espécies de Coffea, comentou que conhecemos ainda pouco de todo o café selvagem existente no mundo.

Andre Charrier: conhecemos ainda pouco de todo o café selvagem existente no mundo
Andre Charrier: conhecemos ainda pouco de todo o café selvagem existente no mundo

Ao apresentar a variabilidade genética nas espécies cultivadas e selvagens, o pesquisador fez um alerta para o risco de os programas de melhoramento andarem em descompasso com a velocidade com que as florestas que abrigam espécies selvagens são destruídas.

Para ampliar o número de acessos nos bancos de germoplasma brasileiros, Charrier sugere aos pesquisadores identificarem a relevância de determinada espécie para seus programas e a buscarem a associação em grupos de pesquisas interinstitucionais e internacionais. Hoje, o IRD mantém parcerias de pesquisas com instituições como o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e Embrapa Café.

Biodiversidade nos Estados

O pesquisador do Consórcio Pesquisa Café, Luiz Carlos Fazuoli (pesquisador aposentado do IAC), apresentou a cafeicultura no Estado de São Paulo, reforçando que mais de 90% das lavouras paulistas, dispersas em 200 mil hectares, são da variedade Mundo Novo e Catuaí. Ele destacou que existe uma gama de cultivares promissoras, mas que não são adotadas e não chegam ao campo.

Problema semelhante ao enfrentado em Minas Gerais, como apontou o pesquisador da Epamig e um dos mais conceituados melhoristas do Estado, Antônio Alves Pereira. Coordenador do Banco de Germoplasma de Café da Epamig, em Patrocínio, com 1576 acessos, Tonico, como é conhecido entre seus pares, comenta que depois do Catuaí, que significa “muito bom”, tornou-se difícil atrair a atenção dos cafeicultores para outras cultivares, desenvolvidas por diferentes instituições e ainda pouco aproveitadas.

Já no Estado do Paraná, o uso diversificado de cultivares é questão de sobrevivência. Segundo o pesquisador Tumoru Sera, do Iapar, o programa de melhoramento paranaense utilizou materiais provenientes de outros estados para o desenvolvimento de 14 cultivares que tem atendido de forma satisfatória os cafeicultores. Com problemas de chuva durante a colheita, torna-se necessário o plantio de variedades com diferentes estágios de maturação para reduzir o risco e o custo de produção com infraestrutura e mão de obra.

Café robusta de qualidade

Contrário ao pensamento de que todo café robusta tem baixa qualidade de bebida, o pesquisador Romário Gava Ferrão, do Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural (Incaper), apresentou as especificidades do programa de melhoramento no Espírito Santo que, em apenas 28 anos, foi capaz de promover um aumento de mais de 300% na produtividade das lavouras, saindo de 8 para 34 sacas/ha.

Vencido o desafio da produtividade, o programa de melhoramento agora tem como foco o uso da variabilidade genética para a identificação de materiais promissores no quesito qualidade e em compasso com as demandas da indústria. Entre os desafios do estado, está o desenvolvimento de tecnologias para aprimorar o manejo da irrigação e de maquinários que permitam a colheita mecanizada.

Biodiversidade e sistemas de produção

O pesquisador do IAC, Oliveiro Guerreiro Filho apresentou um modelo de aplicação e uso da biodiversidade no desenvolvimento de novas variedades de café, em especial, no manejo de pragas como o bicho mineiro. Questionado sobre novas variedades, Guerreiro disse que existe a previsão de uma variedade com baixo teor de cafeína estar disponível para o plantio comercial em 2015.

O coordenador técnico estadual da Emater-MG, Julian Silva Carvalho, apresentou a biodiversidade em sistemas de produção integrados de café no Brasil, com ênfase no Programa Certifica Minas Café, que promove e incentiva a sustentabilidade da produção no Estado.

A planária Cafeicultura e Biodiversidade teve a coordenação dos professores de cafeicultura da UFLA Antônio Nazareno Guimarães Mendes e Rubens José Guimarães, com o apoio do Núcleo de Estudos em Cafeicultura – Necaf.

Na quarta-feira (4), os participantes da Plenária fizeram uma visita técnica à Fundação Procafé, em Varginha, e em uma grande fazenda de café de Alfenas. Na quinta-feira (5), o grupo visitou mais quatro fazendas de café na região.

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Simpósio Internacional de Biodiversidade promove integração e incentiva cooperação internacional – veja fotos

05.09 SinbioDe 2 a 4 de setembro, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) realizou o Simpósio Internacional de Biodiversidade, como parte da programação da Semana de Ciência, Cultura e Arte, que celebra os 105 anos da Instituição. Durante três dias de intensa programação, estudantes e pesquisadores do Brasil e do exterior participaram de palestras, mesas-redondas e minicursos com a abordagem de seis temas principais: Biodiversidade do Solo; Biodiversidade Microbiana e Inovações para a Indústria; Diversidade Cultural e Biodiversidade no Brasil; Coleções de Culturas e Taxonomia de Cogumelos e Algas; Café e Biodiversidade; e Biodiversidade dos Biomas.

Ao todo, foram 27 prelecionistas de instituições renomadas no cenário nacional e 14 palestrantes convidados de oito países. Cada plenária contou com a participação de pesquisadores de referência em diferentes áreas, visando à discussão de assuntos relevantes e à ampliação de parcerias para a busca de soluções que tragam impacto no cenário ambiental e no agronegócio brasileiro.

Durante o evento, estudantes, pesquisadores e alunos de escolas públicas de Lavras percorreram a Feira Planeta Futuro: Cultura e Sustentabilidade, com a exposição de produtos e tecnologias em diversos estandes e apresentações culturais. Seis núcleos de Estudos da universidade também apresentaram resultados de pesquisa com a interação dos visitantes.

O reitor da UFLA, professor José Roberto Scolforo, avaliou o Sinbio de forma positiva, em especial por propiciar um fórum entre estudantes e pesquisadores sobre temas da atualidade que influenciam o desenvolvimento humano e a preservação da biodiversidade, favorecendo novos contatos e parcerias de pesquisa com renomados pesquisadores. Além disso, o Sinbio foi uma oportunidade para alunos de Lavras visitarem a Universidade, incentivando-os a prosseguirem os estudos com a possibilidade de inserção no ensino superior.

Para o pró-reitor de Pesquisa, professor José Maria de Lima, o Sinbio foi uma oportunidade de mesclar cultura, arte e ciência, favorecendo parcerias em pesquisas que vão ao encontro do projeto de internacionalização da UFLA. A coordenadora do evento, professora Rosane Freitas Schwan, enalteceu o Sinbio pela proposta de chamar a atenção de estudantes e docentes para a biodiversidade brasileira.

O Simpósio representa uma preparação para o Congresso Internacional de Biodiversidade, que a UFLA sediará em 2015.

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Fotos Cibele Aguiar

Fotos Luiz Gustavo Pereira (estudante Letras EAD)

Assista a reportagem da TV Universitária

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Show de Oswaldo Montenegro no Estádio da UFLA (Veja mais de 500 fotos)

04.09 Oswaldo MontenegroNa terça-feira (3/9), cerca de cinco mil pessoas assistiram ao show de Oswaldo Montenegro no Estádio da Universidade Federal de Lavras (UFLA), na programação da Semana de Ciência, Cultura e Arte, que marca os 105 anos da Instituição. Com nuanças instrumentais e um seleto repertório do álbum “De passagem” e outros grandes sucessos, o show refletiu a alma inquieta do compositor.

O show faz parte da programação que busca envolver não apenas a comunidade acadêmica, mas também a sociedade de Lavras e região, fortalecendo a relação com a sociedade.

Oswaldo Montenegro possui 42 CDs e sete DVDs lançados (2 CDs de ouro, 1 de platina e um DVD de ouro). O currículo do músico e compositor é diversificado, com atuações no cinema, teatro e literatura. No cinema, seu primeiro longa-metragem “Léo e Bia”, lançado em 2010, foi elogiado pela crítica e recebeu os prêmios de Melhor Trilha Sonora (Oswaldo Montenegro) e Melhor Atriz (Paloma Duarte), no Festival de Cinema Cine PE. Oswaldo também é autor de diversas trilhas para teatro e, em 1994, lança seu primeiro livro – O Vale Encantado – livro infantil indicado pelo Ministério da Educação para ser adotado nas escolas de 1º grau. O vídeo homônimo foi gravado e lançado em 1997, com a participação de Zico, Roberto Menescal e Luísa Parente.

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Fotos Cibele Aguiar

Fotos Mateus Lima

Fotos Luiz Gustavo

Fotos Leonardo Assad

 

 

Espetáculo Domdeandar atrai a atenção e encanta o público na Cantina Central da UFLA

03.09 domdeandar“Eu vou partir, eu vou deixar esse lugar…por um outro lugar…Se meu destino é partir não é ficar, tenho de caminhar”

Este não foi o primeiro espetáculo apresentado na Cantina Central da Universidade Federal de Lavras (UFLA), mas talvez tenha sido o que mais chamou a atenção da comunidade acadêmica, incluindo os estudantes que ficaram com os olhos vidrados nas cenas trágico-cômicas da peça Dondeandar. O espetáculo foi encenado pela Companhia Teatral Manicômicos, de São João del-Rei, na sexta-feira (30/8), na programação da Semana de Ciência, Cultura e Arte, que comemora os 105 anos da Instituição.

O 11º espetáculo da Companhia convida o público para uma viagem mágica, por recantos e encantos do Campo das Vertentes. A trama de um amor de toda a vida percorre as cidades do projeto “Dom de Minas”, que levou arte e oficina teatral a jovens e adultos de São João del-Rei, Barroso, Coronel Xavier Chaves, Lagoa Dourada, Resende Costa, São Tiago, Nazareno e Madre de Deus de Minas.

O espetáculo fica ainda mais atrativo com a participação da Banda Martelo de Pano, que desenvolve uma trilha sonora especial e os integrantes também participam de algumas cenas. Alguns estudantes também foram chamados para encenar com a trupe.

Elaborado para ser encenado em praças e ruas, o espetáculo não abre mão do lirismo e elementos cênicos que se transformam num jogo lúdico e mágico, criando diversas paisagens percorridas pelos personagens em suas peregrinações na busca por um amor de toda a vida!

A direção é de Juliano Pereira, e os atores são: Anderson Rail, Cyntia Botelho, Gheysla Nascimento, Jean Fábio, Marcos Fonseca e Orlando Talarico. Da Banda Martelo de Pano: Gabriel Resende, Luis nascimento, Nei Barbosa e Rafael Wolbert.

“Eu vou partir, eu vou deixar esse lugar…por um outro lugar…Se meu destino é partir não é ficar, tenho de caminhar”. E com esta música o espetáculo foi encerrado, sendo aplaudido de pé por todos os presentes.

Conheça mais sobre a Companhia Teatral Manicômicos

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UFLA e John Deere apresentam novas tecnologias do setor agrícola aos produtores da região

03.09 parceiros da tecnologiaNa semana passada (26 a 30/8), representantes da John Deere (multinacional do setor agrícola), juntamente com membros do Departamento de Engenharia da Universidade Federal de Lavras (DEG/UFLA), apresentaram aos produtores da região equipamentos de última geração que podem auxiliá-los em diferentes sistemas de produção.

“O curso tem o objetivo de transmitir conhecimentos aos agricultores e comerciantes”, disse Leonardo Pereira, gerente de Território da John Deere. Ele conta que a empresa tem investido muito em treinamentos. “Investimos 3 milhões de dólares por dia de treinamentos no mundo todo, U$ 60 milhões na fábrica de pulverizadores de Catalão/GO e R$ 6 milhões na Minas Verde (Arcos, Boa Esperança e Três Corações) este ano”, diz.

“A parceria com a UFLA é importante por conseguir atingir um maior número de instituições, além de a universidade ser formadora de opinião. Tem um corpo técnico capacitado e transmite credibilidade ao produtor”, concluiu.

O curso foi ministrado para produtores de Carmo do Rio Claro, Passos, Perdões, Pouso Alegre e Varginha.

Leonardo Assad – jornalista – bolsista/ASCOM