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UFLA sediará evento regional de Matemática Aplicada e Computacional

De 4/4 a 6/4, a UFLA sediará, pela primeira vez, o ERMAC – Encontro Regional de Matemática Aplicada e Computacional. O evento é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional (SBMAC), e tem como objetivo congregar pesquisadores, estudantes e professores de todo o estado de Minas Gerais e região, promovendo o intercâmbio de ideias entre as aplicações da Matemática e áreas científicas, tecnológicas e industriais.

O ERMAC UFLA é uma parceria de organização e os Departamentos de Ciências Exatas (DEX) e Ciência da Computação (DCC) da UFLA, e contará com palestras, mesas redondas, sessões técnicas e minicursos. Os temas tratados são interdisciplinares, abrangendo Solução Numérica de Equações, Otimização, Estatística Computacional, Uso de Tecnologias no Ensino de Matemática e Aplicações na Indústria e Engenharia.

Dentre os palestrantes, estão pesquisadores do CeMEAI – USP (Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria), do LNCC (Laboratório Nacional de Computação Científica), UFLA, UFMG, UFSJ, EESC USP, além da colaboração e parcerias de diversas instituições de Minas Gerais.

Segundo a coordenadora geral do evento, professora Evelise Roman Corbalan Góis Freire, “o ERMAC na UFLA é um momento de extrema importância para fortalecer o diálogo entre as áreas, favorecendo o intercâmbio entre as técnicas matemáticas e suas aplicações na solução de problemas reais e de interesse da sociedade. É uma oportunidade de unirmos todos os esforços de alunos, pesquisadores e professores da Matemática, Computação e Engenharia da região interessados neste diálogo”.

A data limite para submissão de resumos para apresentação no ERMAC é dia 31/01/2018. Mais informações podem ser encontradas na página do evento em http://www.eventos.ufla.br/ermac2018 ou na rede social, https://www.facebook.com/ermacufla.

Fábio Lima (bolsista Proat/Dcom)

 

Pitaia: conheça a fruta exótica, típica do verão, que tem conquistado o mercado brasileiro

Ela pode parecer estranha por fora, ganhou o nome de “fruta do dragão” em alguns países, mas o sabor suavemente adocicado da pitaia tem atraído muita gente. A fruta, da família cactaceae, é típica de regiões de clima quente e teve sua origem no México. No Brasil, o cultivo da pitaia começou na década de 90, com a produção concentrada no estado de São Paulo. Na Universidade Federal de Lavras (UFLA), o primeiro cultivo feito para estudos teve início em 2007, com o objetivo de ampliar as pesquisas com essa frutífera. Desde então, uma série de experimentos têm sido desenvolvidos como: propagação, adubação, poda, polinização artificial, colheita e pós-colheita.

Para o professor do Departamento de Agricultura (DAG/UFLA), José Darlan Ramos, o cultivo da pitaia pode ser uma grande alternativa de diversificação da propriedade, sendo indicada principalmente para o pequeno produtor “Ela é uma frutífera que tem uma boa aceitação, e se encaixa nos princípios da agricultura familiar, não exige muito em seu manejo, apresenta  certa rusticidade e por isso não necessita de uso de agroquímicos, consequentemente colaborando com a conservação do meio ambiente.”

A fruta é escamosa e possui três principais variedades para o consumo:  Hylocereus polyrhizus, vermelha por dentro com casca rosada, conhecida como pitaia vermelha, a Hylocereus megalanthus, com polpa branca e casca amarela, que é a pitaia-amarela, e a Hylocereus undatus, de polpa branca e casca rosada, que é a mais comum, a pitaia-branca.

Cada uma delas com sua particularidade, de acordo com o professor: “A pitaia de casca vermelha e polpa branca e a vermelha de polpa vermelha possuem um mercado equilibrado entre si, contudo a de casca amarela e polpa branca pode apresentar tem o dobro do preço”. A explicação de acordo com o pesquisador, é por conta da baixa produtividade, ainda, das espécies devido à ao fato do cultivo ainda ser recente: “Existe uma série de dificuldades que a pesquisa ainda não conseguiu resolver, na verdade, as pesquisas estão se iniciando com a pitaia vermelha de polpa branca e com a de polpa vermelha. Das três, a amarela é a que tem melhor sabor, mas demora muito para se desenvolver e atingir a maturação. Ainda há muito para ser estudado. ”

No mercado, o valor comercial da pitaia é alto já que a oferta é menor que a demanda, conforme explica o professor Darlan: “Apesar de ter tido um alto crescimento no plantio nos últimos dois anos, essas plantas ainda não começaram a produzir. Na nossa região, a produção do fruto vai de novembro a maio. No início desse período o preço é alto, contudo em janeiro e fevereiro o preço cai. O quilo chega a variar de R$100 no início e final da colheita e chega a R$8 no pico da oferta.” Para o especialista, com o tempo é possível que esse preço se estabilize e que a fruta possa ser encontrada com mais facilidade “Talvez num curto período tenhamos tecnologias disponíveis para prolongar esse período de oferta, que facilite tanto para o mercado quanto para o produtor.”

E você, já conhece a pitaia? Em breve uma série de matérias sobre a fruta serão disponibilizadas aqui na nossa página.

Karina Mascarenhas- jornalista, bolsista Dcom/Fapemig. 

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Native Language College abre inscrições para curso de espanhol em Madrid, Espanha

A escola de idiomas Native Language College, localizada em Madrid (Espanha), está com inscrições abertas para o curso de espanhol geral. A instituição oferece alojamento, seguro de saúde, cafeteria, wi-fi , além de suporte personalizado em português durante as 24 semanas de curso.

Para mais informações, entre em contato com a NLC College pelo www.nlcollege.es ou pelo e-mail info@nlcollege.es.

 

 

Texto: Fábio Lima (bolsista Proat/Dcom)

6ª Feira de Marketing Social e Mídias Alternativas (FEMAS) será realizada no próximo domingo (28), na Praça Dr. Augusto Silva

Estudantes do curso de Administração Pública da Universidade Federal de Lavras (UFLA) promovem no próximo domingo (28), de 8h às 13h, na Praça Dr. Augusto Silva, mais uma edição Feira de Marketing Social e Mídias Alternativas (FEMAS). O tema este ano é  “Saúde” , e o objetivo do evento é gerar propostas alternativas de marketing social para mudanças de hábitos e comportamentos utilizando de mídias não convencionais.

Na programação estão cinco projetos de intervenção abordando temas como os cuidados com alimentação, a prática de exercícios físicos e a prevenção de doenças. Toda população está convidada a participar.

FEMAS

A Feira de Marketing Social e Mídias Alternativas (FEMAS) é um projeto de extensão, realizado semestralmente na UFLA desde 2015, através do uso de metodologias ativas para o ensino-aprendizagem permitido aos estudantes desenvolver ações práticas, já que incentiva a elaboração e apresentação de projetos de intervenção social que se colocam como um importante instrumento gerador de políticas públicas no nível local. São apresentadas propostas de marketing social que contemplem questões sociais, econômicas, ambientais, culturais nas mais diversas áreas (saúde, educação, segurança, saneamento, transporte, etc.) com o objetivo de incentivar a mudança de hábitos e comportamentos sociais por meio de mídias não convencionais/alternativas.

Karina Mascarenhas- jornalista, bolsista Dcom/Fapemig. 

UFLA na Mídia: pesquisas sobre cachaças são destaque em imprensa especializada

A reportagem sobre as pesquisas desenvolvidas no Laboratório de Análises de Qualidade de Aguardente (LAQA), do Departamento de Química da Universidade Federal de Lavras (UFLA) foi replicada no “Site da Cachaça”, um portal específico sobre a bebida.

Na matéria, a professora Maria das Graças Cardoso fala sobre os estudos que são realizados em toda a cadeia produtiva da cachaça, com profissionais de vários departamentos da universidade.

Confira aqui a matéria. 

Karina Mascarenhas- jornalista, bolsista Dcom/Fapemig. 

 

UFLA recebe presidente do Comitê Técnico da Confederação Brasileira de Ginástica Aeróbica – seleção brasileira treina e se prepara para mundial

De olho no mundial de Ginástica Aeróbica, que será disputado entre os dias 01/6 e 03/6 na cidade de Guimarães, em Portugal, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) recebeu, na última sexta-feira (19/1), a presidente do Comitê Técnico da Confederação Brasileira de Ginástica Aeróbica (CBG) e membro da Federação Internacional de Ginástica (FIG), Maria Eduarda Poli, para o treino da Seleção Brasileira.

A ex-atleta acredita que o Brasil tem boas possibilidades de conquistar um lugar no pódio com o aerodance, prova que colocou os ginastas da UFLA nas primeiras posições no mundial da Coréia do Sul, em 2016. “Para o Brasil, as expectativas são de estar entre as finalistas no aerodance com esta equipe formada na Universidade Federal de Lavras, pois já conquistou este lugar nas finais do último Mundial”, opinou.

Segundo o técnico da Ginástica Aeróbica da UFLA e da Seleção Brasileira, professor Luiz Maciel, a experiência de Maria Eduarda, que possui um lastro histórico dentro do esporte, contribui para um melhor desenvolvimento da equipe, aumentando as possibilidades de conquistar as primeiras colocações. “Ela é árbitro internacional extremamente conceituada e vem com informações importantes para conseguirmos uma preparação e a elaboração mais correta possível das rotinas, para termos boas chances nessa competição mundial”, falou.

Christian Andrade, atleta e graduando no curso de Educação Física da UFLA, também falou sobre a importância do suporte de Maria Eduarda para que o Brasil chegue ao topo das competições. “Estando dentro da FIG como dirigente, pode nos dar um feedback daquilo que estamos fazendo e serve como motivação para quando formos participar de algum campeonato fora do Brasil, para chegarmos no nível de quem está lá em cima”, disse antes de retornar para o treino.

Ginástica aeróbica como possível modalidade olímpica

Na Ginástica de Gala, evento que encerrou a participação das ginásticas nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, a modalidade aeróbica foi uma das atrações, embora ainda não configure nos quadros do Comitê Olímpico Internacional (COI).

De acordo com Maria Eduarda, existe dentro da FIG um movimento que visa transformar a ginástica aeróbica em uma modalidade olímpica, mas ainda não encontraram um formato de competição atraente. O aerodance, especialidade dos atletas brasileiros, tem grandes possibilidades de conquistar este espaço.

“Hoje, nós estamos com sete provas na ginástica aeróbica. Uma das provas mais novas, que é o aerodance, na qual a equipe da UFLA vai nos representar mais uma vez no Mundial, tem bastante chance de ser uma prova atraente para o Comitê Olímpico, e é isso que a gente espera conquistar”, disse.

Pode ser que a Martha Mazochi, estudante de 13 anos e ginasta na UFLA, tenha a oportunidade de disputar uma Olimpíada futuramente. Ela contou como ficou conhecendo a Ginástica Aeróbica UFLA. “Na minha escola existia uma ginástica, e resolvi experimentar. Mas quando minha professora saiu, conheci uma amiga que fazia na UFLA e resolvi vir para cá. Gostei muito e continuei”, contou enquanto observava as atividades.

Leonardo Assad, jornalista, bolsista UFLA

Terra Jr. Consultoria promove ação social no CRAS Cruzeiro do Sul

A Terra Jr. Consultoria Agropecuária promove em parceria com o Governo Municipal, neste sábado (20/1), no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) do Cruzeiro do Sul, o “Integração Social”, com diversas atividades das 9h às 12h.

Na oportunidade, será realizado um ato solidário nos 16  bairros amparados pela instituição , onde haverá apresentações artísticas e culturais das atividades desenvolvidas no CRAS, entre elas a “Percussão Show”, que receberá da Terra Jr. uma nova bateria. Também estará presente a equipe do Bolsa Família para fazer o Cadastramento nos Programas Sociais.

Toda comunidade está convidada a participar das atividades que contarão ainda com Aulão de Ginástica, dança, pula-pula, algodão-doce, piscina de bolinha, pipoca, brincadeiras e muita diversão para toda família. O CRAS Cruzeiro do Sul fica na Rua Vicente Canestri, 145.

Karina Mascarenhas- jornalista, bolsista Dcom/Fapemig. 

10° Camping de Atletismo reúne profissionais e futuras promessas do esporte brasileiro

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) contou nesta semana com o 10° Camping de Atletismo, evento anual realizado pelo Centro Regional de Iniciação ao Atletismo (CRIA) e pela Secretaria Municipal de Esporte, Lazer, Turismo e Cultura (SELTC) de Lavras/MG. Nas arquibancadas, se encontravam acomodadas crianças, adolescentes e adultos, que sonham em alcançar voos mais altos no esporte. E na pista, a presença de grandes atletas do País. 

A programação de atividades vai até sábado (20/1), envolvendo desde o treinamento de atletas e crianças, até palestras abertas à comunidade. Segundo o professor do Departamento de Educação Física da UFLA (DEF) e coordenador do CRIA, Fernando Oliveira, o projeto tem como objetivo incentivar a prática do esporte. “Apesar de todas as dificuldades que envolvem o atletismo, nos empenhamos para que este evento acontecesse e que mantivéssemos essa tradição, contando com a participação de equipes de Lavras e região. O que percebemos é uma evolução do atletismo em Minas Gerais, e as pessoas estão integradas na disseminação do esporte, o que era nosso objetivo inicial”, explicou.

A principal atração do 10° Camping de Atletismo é Keila da Silva Costa, campeã dos Jogos Sul-Americanos (2013 e 2014), dos Jogos Ibero-Americanos do Rio (2016), e oito vezes medalhista de ouro no Troféu Brasil, além de ser recordista brasileira no salto triplo com a marca de 14,58m.

Keila da Silva Costa

Passando orientações aos mais jovens, cujos olhares estavam atentos durante as atividades, Keila conta que se vê como uma referência para eles e procura transmitir tudo o que aprendeu ao longo da carreira. “Eu sempre falo que eles podem sonhar, podem acreditar e mudar suas vidas com o esporte, porque foi assim que eu fiz com a minha. Foi o esporte que transformou a minha vida”, disse a atleta que participou dos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008.

Vitória Sena Batista Alves, campeã brasileira na prova de 100m com barreira e salto em distância, conta que deu os primeiros passos no atletismo graças ao apoio de sua mãe. “Minha mãe fazia condicionamento físico na pista de atletismo e me levou. Esse foi o primeiro contato que eu tive”, revelou a vice-campeã sul-americana de 2017 na Guiana Inglesa.

Já Thiago Moura, filho do técnico Neilton Moura, cujas melhores marcas foram o 2,20m no salto em altura e 15,95m no salto triplo, conta que não gostava do atletismo quando criança, por se sentir ausente na vida de seus familiares. “Eu não gostava porque não tinha meus pais, meus irmãos. Eles são todos do esporte, e isso não me permitia ter tempo com eles. Então eu gostava da ideia de ir para uma pista para poder ter participação na vida deles, e depois de um tempo eu fui gostando disso”, finalizou sorridente.

Cansados, Marcele Peniche e Alexandre Inocêncio, ambos de 16 anos, encontravam-se encostados em uma grade observando atentamente as atividades na pista. Era como se estivessem sonhando alto, talvez com os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020.

Marcele conta que está aproveitando cada momento do Camping para adquirir experiência junto aos mais velhos. “Eu estou achando ótimo, porque você conhece pessoas novas que têm mais experiência que você, e isso ajuda na carreira de atleta”, disse a jovem de Pindamonhangaba/SP.

Alexandre compartilha a mesma opinião de sua colega. “Eu estou achando uma grande experiência, que nos traz conhecimentos para conseguir bons objetivos pela frente”, contou o garoto, que faz parte do Instituto Edson Luciano Ribeiro.

Texto: Leonardo Assad, jornalista, bolsista UFLA. 

Galeria de fotos, crédito Leonardo Assad. 

 

 

Editora UFLA doa livros à biblioteca da Universidade Federal Rural da Amazônia – campus Paragominas

A Editora UFLA, da Universidade Federal de Lavras, realizou a doação de 30 títulos de livros (117 exemplares) para a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Campus de Paragominas, que abrangem as áreas específicas de atuação do campus. Após passarem por um processo técnico, as obras farão parte do acervo da biblioteca e serão disponibilizadas para a comunidade.

|Texto: Fábio Lima (bolsista Proat/Dcom)

UFLA é destaque em pesquisas sobre cachaça: conheça o Laboratório de Análises de Qualidade de Aguardente (LAQA)

Laboratório desenvolve diversos estudos sobre a bebida, que é a cara do Brasil

O terceiro destilado mais consumido no mundo é brasileiro: a cachaça, que movimenta um mercado anual de R$ 7 bilhões, gerando 600 mil empregos diretos e indiretos, segundo o Instituto Brasileiro da Cachaça. Sua importância é tamanha que, em 2001, tornou-se a bebida nacional do Brasil por Decreto Federal. Também é por lei Patrimônio Cultural de Minas Gerais e Patrimônio Histórico e Cultural do Rio de Janeiro.

Referência quando se trata de estudos, o Laboratório de Análises de Qualidade de Aguardente (LAQA), do Departamento de Química da Universidade Federal de Lavras (UFLA), realiza pesquisas e cursos que têm auxiliado os produtores brasileiros a obter um produto de maior qualidade.

Pesquisas sobre toda a cadeia produtiva da cachaça são desenvolvidas na Universidade: “São leveduras selecionadas por outros departamentos, análises físico-químicas mostrando a qualidade, envelhecimentos, economia, etc. Isso faz com que a UFLA seja um modelo em estudos da cachaça. Vale ressaltar que além dos pesquisadores da universidade, nós trabalhamos em conjunto com pesquisadores do Ministério da Agricultura”, ressalta a professora Maria das Graças, coordenadora do Laboratório.

Entre os estudos que já foram desenvolvidos, a professora Maria das Graças destaca aqueles relacionados com a qualidade das bebidas; um deles é sobre a origem do carbamato de etila. Esse composto é um contaminante carcinogênico, que vem aparecendo em diferentes tipos de alimentos fermentados e fermentos destilados, sendo sua origem ainda desconhecida.  Uma pesquisa desenvolvida pela estudante de mestrado em Ciências dos Alimentos Francielli D’Carlos Cravo, orientada pela professora, promete pôr fim a esse questionamento “Estudamos extratos de diferentes variedades de cana e correlacionamos com a presença ou não do carbamato de etila na bebida.  Nas quais aparecia esse composto proveniente de variedades de cana que tinham a presença do precursor do carbamato, o glicosídico cianogênico Dhurrin. Agora, o trabalho continua em uma pesquisa de doutorado, com diferentes variedades de cana e suas respectivas cachaças de todo o pais. (destiladas, industriais e de alambique)”.

As análises realizadas no Laboratório seguem os procedimentos estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em que constam análises de teor alcoólico, densidade, exame organoléptico, acidez volátil, extrato seco, álcoois superiores (butílico, sec-butílico, isoamílico, isobutílico e propílico), metanol, aldeídos, ésteres, furfural, carbamato de etila, cobre e soma dos componentes secundários. Os laudos são emitidos de acordo com os parâmetros estabelecidos pela legislação brasileira, atestando a qualidade do produto comercializado.

Para que o produto receba a denominação de cachaça, ele deve obedecer aos parâmetros estabelecidos pelo Decreto n° 2.314, de 4 de setembro de 1997, que regulamenta a padronização e classificação de bebidas no País. A coordenadora do Laboratório explica que o produtor tem se tornado cada vez mais exigente em relação ao seu produto: “Durante esses 20 anos que trabalho com a cachaça, é engrandecedor para mim, como pesquisadora, ver essa evolução com os produtores, que exigem mais qualidade para que seus produtos estejam dentro dos padrões estabelecidos. Com isso, a bebida teve uma alavancada e está com uma saída muito grande. Nós estamos satisfeitos, pois tudo isso é fruto do nosso trabalho aqui na universidade.”

Karina Mascarenhas, jornalista- bolsista Dcom/Fapemig. 

Produção: Núcleo de Divulgação Científica/Dcom

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.