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UFLA recebe especialistas e discute febre amarela com comunidade

Organizadores e palestrantes na Mesa-Redonda sobre Febre Amarela

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) reuniu, na última terça-feira (15/3), representantes do poder público, professores, especialistas, alunos e a comunidade para debater um assunto de saúde pública que vem preocupando as autoridades nos últimos meses, principalmente em Minas Gerais. Trata-se da febre amarela, que já matou 110 pessoas no estado, conforme levantamento mais recente da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Em Lavras, há confirmação por teste de laboratório, da morte de um macaco em decorrência da doença. O evento – Mesa-Redonda sobre Febre Amarela – foi realizado no Salão de Convenções da Universidade e teve a coordenação do Núcleo de Estudos Uma Saúde, do Departamento de Medicina Veterinária (DMV) da UFLA.

A professora Christiane Maria Barcellos da Rocha, do DMV, abriu os trabalhos e disse que um dos objetivos do encontro foi reunir profissionais de diferentes áreas para discutir caminhos e estratégias de combate à febre amarela. “Esse é o primeiro grande evento do Uma Saúde. Nós defendemos a promoção da saúde coletiva, com o envolvimento multiprofissional”, ressaltou.

Coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Regional de Saúde de Varginha, Monique Borsato Silva Filardi destacou a pertinência do evento que proporcionou a oportunidade de informar à população as ações do governo de enfrentamento à doença. A febre amarela é uma enfermidade grave e pode levar à morte, além de não ter tratamento específico.

Com isso, a Secretaria de Saúde passou a atuar em três grandes frentes: redução da incidência da doença, impedimento da transmissão urbana e localização da circulação viral para orientar as medidas de controle. Além dessas ações, Monique lembrou que um dos grandes desafios das autoridades é ampliar a distribuição e aplicação da vacina. A regional de Varginha, que atende Lavras, já imunizou quase 140 mil pessoas entre janeiro e março de 2017, de acordo com a SES.

Evento reuniu estudantes e comunidade

A doutora Ana Carolina Campi Azevedo, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Minas Gerais, é especialista em vacinação contra a febre amarela e esclareceu algumas características da doença. Ela explicou, por exemplo, que a enfermidade não é contagiosa e, portanto, não pode ser transmitida de pessoa para pessoa e que a única forma de prevenção é a vacinação. No meio urbano, a transmissão ocorre por meio do mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue e da febre chikungunya.

A especialista considera importante que os profissionais da saúde estejam atentos aos sintomas da doença, uma vez que alguns deles podem ser confundidos com os de outra enfermidade. “Em algumas situações, os sintomas são tão difíceis que o paciente morre e descobre o motivo depois”. Ana Carolina esclareceu ainda a situação das pessoas que precisam tomar a vacina e aquelas que necessitam consultar o médico antes de recebê-la, como é o caso das gestantes e daqueles com 60 anos ou mais.

Tragédia de Mariana

Depois da participação dos convidados, houve uma mesa-redonda que recebeu perguntas a respeito da doença. Uma delas questionou se o desastre ambiental de Mariana, em novembro de 2015, contribuiu para o surto de febre amarela em algumas regiões de Minas. Na visão de Olindo Assis Martins Filho, da Fiocruz/MG, embora não haja comprovação cientifica, a tragédia pode ter influenciado para aumento dos casos da doença do estado. O especialista observou que o assunto tem sido tema de discussão entre pesquisadores do instituto, no entanto ainda não há uma conclusão a respeito da matéria.

Filho, porém, acredita não ser possível, por enquanto, relacionar o acidente ambiental às novas ocorrências da febre amarela. “Eu poderia associar o desastre de Mariana com eventos de febre amarela em Ribeirão Preto, no Sul de Bahia, no Rio de Janeiro? Não tem sentido. Pode ter ocorrido pelo desastre de Mariana uma contribuição sim e, por isso, Minas Gerais foi o primeiro estado a fazer a notificação (aumento dos casos da doença). Foi um desastre de proporções muito grandes, mas não foi um fator isolado. Há outros fatores que devem ser considerados”, opinou.

A Mesa-Redonda sobre Febre Amarela teve o apoio do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais (CRMV-MG). O reitor da UFLA, o professor José Roberto Soares Scolforo, foi representado no evento pelo pró-reitor de Extensão e Cultura, o professor João José Granate de Sá.

Texto: Rafael Passos, jornalista – bolsista DCOM/Fapemig.

UFLA realiza o II Simpósio de Melhoramento Animal e Biotecnologia – inscrições até 6/4

O II Simpósio de Melhoramento Animal e Biotecnologia da Universidade Federal de Lavras (UFLA) será realizado entre os dias 6 e 9 de abril. Será abordado temas de melhoramento genético aplicado à ruminantes, monogástricos e ao agronegócio. Sendo destaque um curso teórico/prático sobre avaliação visual de raças zebuínas.

O evento é organizado pelo Grupo de Melhoramento Animal e Biotecnologia (GMAB), sob a coordenação da professora do Departamento de Zootecnia (DZO) Sarah Laguna Conceicao Meirelles. Clique aqui para se inscrever.

O GMAB foi fundado em abril de 2012, com a orientação e motivação da professora Sarah e o professor Rilke Tadeu Fonseca de Freitas. O grupo tem como intuito congregar estudantes de graduação, estudantes de pós-graduação, professores, pesquisadores, profissionais e produtores que se interessam e/ou tenham atividades relacionadas ao estudo e aplicação do Melhoramento Animal e Biotecnologias envolvidas, como por exemplo na área de reprodução animal. Em 2014 foi realizado o I Simpósio de Melhoramento Animal e Biotecnologia, em que foram recebidos palestrantes de diversas instituições e participantes de diferentes estados do Brasil.

Confira a programação completa do II Simpósio de Melhoramento Animal e Biotecnologia

Camila Caetano, jornalista – bolsista DCOM/Fapemig.

Estudantes estrangeiros já podem se inscrever para o exame Celpe-Bras

Já estão abertas as inscrições para a primeira aplicação do exame Celpe-Bras neste ano. A segunda aplicação acontecerá no segundo semestre. O Celpe-Bras é o único certificado de proficiência em Língua Portuguesa para estrangeiros, reconhecido oficialmente pelo governo brasileiro, sendo desenvolvido e outorgado pelo Ministério da Educação (MEC).  Os estudantes estrangeiros da Universidade Federal de Lavras (UFLA) que tenham interesse podem se inscrever pelo site http://celpebras.inep.gov.br/inscricao/ até o dia 20/3, próxima segunda-feira.

As provas serão realizadas entre os dias 23 e 25 de maio e ocorrerão, simultaneamente, em todos os postos aplicadores, no Brasil e no exterior. Em Belo Horizonte, os exames podem ser realizados na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e no Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET).

A professora Débora Racy Soares, responsável pelas disciplinas de Português como Língua Estrangeira na UFLA,  explica que “o exame tem como objetivo certificar o nível de proficiência do aluno, por meio da avaliação do domínio de suas habilidades na língua-alvo, em situações de uso”. No exame, composto pelas partes oral e escrita, tanto a produção quanto a compreensão em língua estrangeira são avaliadas. “Para efeito de certificação são considerados, em um único exame, quatro níveis de proficiência: intermediário, intermediário superior, avançado e avançado superior”, afirma a professora.

No ato da inscrição, além dos dados pessoais do candidato, será solicitado o preenchimento de um pequeno questionário, com informações sobre aspectos culturais do Brasil e aprendizado da língua portuguesa, entre outras. Após o preenchimento da ficha de inscrição, disponibilizada online, é preciso entrar em contato com o Posto Aplicador escolhido para a realização da prova.

Para a devida efetivação da inscrição, além do pagamento da taxa para a realização do exame, será necessário enviar comprovante de pagamento e cópia do documento de identificação com foto. O valor da taxa de inscrição varia entre R$150,00 e R$180,00, a depender do posto aplicador.

Veja a matéria: Aluna estrangeira da UFLA alcançou proficiência em Língua Portuguesa e foi aprovada no exame Celpe-Bras

 

Estudantes da UFLA recebem certificados de participação no Projeto Rondon/ Operação Tocantins

Os rondonistas da Universidade Federal de Lavras (UFLA) receberam os certificados de participação na Operação Tocantins do Projeto Rondon. O grupo, formado por estudantes dos cursos de Agronomia, Engenharia Agrícola, Engenharia Florestal, Administração Pública e Medicina Veterinária, com a orientação dos professores Mariana Esteves Mansanares, do Departamento de Biologia (DBI/UFLA) e Gustavo Costa de Souza, do Departamento de Administração e Economia (DAE/UFLA), desenvolveu oficinas e outras atividades de extensão, de 22 de janeiro a 5 de fevereiro, na cidade de Aliança.

A cerimônia foi realizada nesta terça-feira (14/3), no Salão dos Conselhos da Reitoria/UFLA, sendo conduzida por Jardel Maximiliano dos Santos Dias, da Coordenadoria de Cursos e Eventos da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec). Na ocasião, o pró-reitor adjunto de Extensão e Cultura, professor Dany Flávio Tonelli, ressaltou a participação dos estudantes como protagonistas. “Sem os alunos não seria possível realizar esse projeto tão expressivo. Também é preciso destacar a participação dos professores envolvidos, que primeiramente precisam gostar muito de desafios”.

Para a coordenadora da equipe, professora Mariana Mansanares, o Projeto Rondon é uma lição de vida e cidadania. “Voltamos sempre diferentes. Encontrei-me no Rondon, virou parte da minha vida”. O professor Gustavo Costa, também participante da Operação Tocantins, comenta que retornou com o anseio de replicar as ações do Rondon. “A metodologia é espetacular, então voltamos com a vontade de envolver mais pessoas aqui, enriquecer ainda mais. Ainda me emociono quando encontro todos que estiveram comigo na operação. Este sentimento é um dos grandes presentes que esse projeto nos proporciona”.

Para a estudante de Administração Pública Marcella Ricci Fonseca, participar do Rondon é uma experiência única, que proporciona um conhecimento enriquecedor. “Quando a gente muda ajudando os outros, crescemos muito. Isso vai muito além da graduação”.

As ações desenvolvidas pela equipe foram no âmbito do conjunto B do projeto: envolvem Comunicação, Tecnologia e Produção, Meio Ambiente e Trabalho. Serão realizadas oficinas sobre finanças pessoais, constituição de cooperativas, horta vertical, produção de doces e construção de ar-condicionado a partir de garrafas pet. A equipe da UFLA executou as atividades com um grupo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O Projeto Rondon é uma iniciativa do Ministério da Defesa, direcionada a comunidades carentes do Brasil, com o objetivo promover o desenvolvimento sustentável e o bem-estar dos cidadãos.

Camila Caetano, jornalista – bolsista DCOM/Fapemig.

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Obras de Monet traduzidas em movimento corporal: Espetáculo Expressão, Música e Dança surpreendeu público

Impressão, nascer do sol (1873); Crepúsculo em Veneza (1908); Os Parlamentares de Londres (série 1900-1904); Mulher com Sombrinha (1875); Springtime (1862); Nymphéas (serie 1920-1926); Iris no Jardim de Monet (1900); Ramo de Girassóis (1881); A Ponte Japonesa (1900) e, Jardim de Sainte-Adresse (1867). Estas foram as obras coreografadas no 10º Espetáculo Expressão, Música e Dança da Universidade Federal de Lavras (UFLA). Além de expressarem o movimento Impressionista e, ainda, a biografia de Monet.

O evento ocorreu na noite desta quarta-feira (15/3) no Salão de Convenções da UFLA. O espetáculo é realizado uma vez a cada semestre letivo pelos alunos da disciplina de “Atividades Rítmicas e Expressivas” do Departamento de Educação Física (DEF/UFLA), sob a coordenação da professora Priscila Carneiro Valim-Rogatto. Sua primeira edição ocorreu no ano de 2012. 

Na sua décima edição, foram exibidas 12 apresentações. Destas, seis produzidas pelos estudantes da disciplina, as demais por grupos de dança de Lavras. Além de oferecer à comunidade lavrense momentos de entretenimento cultural, o evento tem como objetivo avaliar o desenvolvimento dos estudantes da disciplina, tendo como embasamento alguns fundamentos cruciais, como ritmo, expressão corporal, cultural, artística, composição coreográfica, entre outros.

Para a professora Priscila, este ano os estudantes contaram com um grande desafio, buscar a inspiração nas obras de Monet. “Toda pesquisa realizada e, ainda, traduzir da tela para o movimento corporal foi de extrema importância para a formação deles”, comentou. O espetáculo contou com a participação de aproximadamente 90 dançarinos. 

 

Camila Caetano, jornalista – bolsista DCOM/Fapemig.

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Fotos: Camila Caetano

Prêmio Cientistas e Empreendedor Instituto Nanocell – indicação de cientistas deve ser realizada até 31/3

Seis cientistas (professores e/ou alunos / graduação ou pós-graduação) e empreendedores já podem ser indicados para o Prêmio Cientistas e Empreendedor do Ano Instituto Nanocell, que tem como finalidade valorizar, incentivar e divulgar trabalhos de Inovação em Ciências, Educação e Saúde Pública. A primeira fase, que consiste nesta indicação pelo público e comunidade científica, poderá ser realizada até o dia 31/3 no site www.institutonanocell.org.br.

É importante salientar que no 1o Prêmio Cientistas e Empreendedor do Ano Instituto Nanocell, que ocorreu em 2016, o professor Teodorico de Castro Ramalho da Universidade Federal de Lavras (UFLA) foi um dos seis mais votados influentes cientistas brasileiros na área de Nanotecnologia: da produção à aplicação. Na segunda fase, foi selecionado pelos pares dos cientistas mais renomados de sua área e indicado como finalista para o prêmio. Nesta oportunidade, foram mais de 10 mil votos. O professor Teodorico foi o mais jovem dentre os finalistas da área de Nanotecnologia.   

O Prêmio tem como foco iniciativas que proponham melhorias em gestão de saúde, ciência e educação públicas e privadas, políticas de prevenção, qualidade de atendimento e tratamento, além de revelar talentos, impulsionar a pesquisa no país e investir em estudantes e jovens pesquisadores que procuram inovar na solução dos desafios da sociedade brasileira.

Neste ano serão contempladas as seguintes categorias: Biologia geral, Biotecnologia Agro&Industrial; Produtos Naturais: Novos fármacos e abordagens terapêuticas; Doenças Emergentes: Novas estratégias terapêuticas e alvos letais; Saúde Mental: Descobertas que facilitam a vida; Biologia Sintética ou Engenharia Genética: Da básica ao cerco ao alvo; Química fina de materiais: Rotas sustentáveis e novos (nano)materiais.

Datas importantes:

1ª Etapa (de 5/2/2017 a 31/3/2017) – Os seis cientistas (professores e/ou alunos / graduação ou pós-graduação) e empreendedores mais indicados pelos inscritos no website www.institutonanocell.org.br de cada área serão automaticamente classificados para a segunda fase.

2ª Etapa (de 1/4/2017 a 1/6/2017) – Os usuários cadastrados no portal Instituto Nanocell (todos e quaisquer usuários reais) votam nos seus favoritos, por meio da internet, (votação no site www.institutonanocell.org.br) e os cientistas/empreendedores mais votados somam pontos na média final das notas recebidas pela comissão da 1ª banca, sendo que: – O 1° indicado mais votado pelos usuários de cada área e categoria somará 1 ponto na média. – O 2° indicado mais votado pelos usuários de cada área e categoria somará 0,8 ponto na média. – O 3° indicado mais votado pelos usuários de cada área e categoria 0,5 ponto na média.

3ª Etapa (de 5/6/2017 a 25/7/2017) – Votação e escolha dos quatorze ganhadores: um Professor e um Estudante do Ensino Superior (graduando ou pós-graduando) de cada área listada no Art. 3º. e uma Empresa da categoria Empreendedor, dentre os 39 finalistas da 2ª Etapa, realizada por uma comissão composta por membros de Comitês de Assessoramento, fundações, associações e sociedades científicas e educacionais brasileiras e estrangeiras de diferentes instituições públicas e privadas.

A divulgação dos resultados ocorrerá até setembro de 2017, por meio de uma coletiva de imprensa e painel com os agraciados, onde os nomes dos ganhadores serão anunciados pelo presidente do Instituto Nanocell, em local a ser divulgado e publicados no endereço: www.institutonanocell.org.br. O Prêmio Cientistas e Empreendedor do Ano Instituto Nanocell será entregue pelo Presidente do Instituto Nanocell, até outubro de 2017, em local a ser divulgado, com a presença dos ganhadores, e de autoridades governamentais da área da Ciência, Tecnologia e Inovação e da comunidade científica, tecnológica e empresarial.

Acesse o regulamento completo aqui. 

Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA. 

Com quase 50 publicações, professor da UFLA é destaque em pesquisa sobre Gestão Social

Professor José Roberto durante evento realizado na UFLA em 2016.

Um professor do Departamento de Administração e Economia (DAE), da Universidade Federal de Lavras (UFLA), é destaque em dissertação sobre Gestão Social. De acordo com a pesquisa, José Roberto Pereira é o autor com maior número publicações no âmbito da “Rede de Pesquisadores de Gestão Social (RPGS)”, com 49 trabalhos, entre 2005 e 2015. A dissertação foi apresentada à Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo ainda o estudo, o professor apresentou suas produções científicas em cinco importantes eventos ligados à Administração Pública e à Gestão Social que foram objeto de análise da pesquisa, além de publicar artigos em seis dos oito periódicos destacados no estudo.

A pesquisa utilizou uma categorização para diferenciar a regularidade de produção dos pesquisadores. Nesse sentido, Pereira aparece na “continuantes”, o que significa que ele tem mais de uma publicação em cinco ou mais anos diferentes e ao menos uma nos últimos três anos, conforme o estudo.

“Fiquei extremamente satisfeito com o resultado da pesquisa que leva em conta também os trabalhos compartilhados com diferentes autores da esfera da Gestão Social”, avaliou o professor. Para ele, os números do estudo consolidam a UFLA como universidade de destaque em trabalhos sobre Gestão Social. “Os números nos dão credibilidade para seguir com os estudos”.

José Roberto Pereira ressaltou ainda que o Brasil é um dos protagonistas na produção de pesquisa sobre Gestão Social. Apesar dessa condição, ele entende que o país ainda pode avançar e ampliar suas ações nesse campo do saber.

Na UFLA, José Roberto Pereira e a professora Ana Alice Vilas Boas coordenam um grupo de pesquisa formado em 2007 e que trata de Administração Pública e Gestão Social. A universidade já sediou o Encontro Nacional de Pesquisadores em Gestão Social (Enapegs), cujo tema foi “Gestão Social e Gestão Pública: Interfaces e Delimitações”. A pesquisa também cita três professores e três professoras com formação acadêmica na UFLA e atuação de destaque na esfera da Gestão Social por outras instituições de ensino.

A pesquisa

O estudo faz parte da dissertação “Gestão Social como campo do saber no Brasil: uma análise de sua produção científica pela modelagem de redes sociais (2005-2015)”, cuja autora é Isabela de Oliveira Menon, do Programa de Pós-Graduação em Gestão de Políticas Públicas da USP. Em linhas gerais, a pesquisa propôs mapear e construir a rede de produção científica do campo do saber em Gestão Social na última década, no Brasil.

Com isso, o trabalho buscou identificar as principais características do segmento associadas à formação acadêmica e à vinculação institucional, além da concentração temática e dinâmica de relacionamento dos pesquisadores.

Texto: Rafael Passos, jornalista – bolsista DCOM/Fapemig.

Plano Ambiental da UFLA é objeto de estudo em tese de doutorado

Adelir Aparecida Saczk (UFLA), Chalissa Beatriz Wachholz (PUCRS) e Isabel Cristina de Moura Carvalho (PUCRS).

Tese de doutorado, apresentada ao Programa de Pós-Graduação da Escola de Humanidades da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), utilizou como objeto de estudo o Plano Ambiental da Universidade Federal de Lavras (UFLA). O foco principal da pesquisa foi de compreender como a sustentabilidade vem se inserindo nas atividades das instituições e qual o maior desafio na permanência das ações.

A tese “Campus Sustentável e Educação: Desafios ambientais para a Universidade”, da pesquisadora Chalissa Beatriz Wachholz, também teve como objeto de estudo a PUCRS e a Universidad de Alcalá de Henares (UAH). A escolha por estas universidades se deu a partir da experiência de Chalissa como estudante da PUCRS e da colocação em primeiro lugar da UFLA e da UAH no GreenMetric World University Ranking, que mensura a sustentabilidade das instituições do mundo inteiro. 

“Esta pesquisa teve como objetivo principal compreender como esta preocupação ambiental chegou no ensino superior, quais são as práticas de sustentabilidade realizadas pelas universidades e os fatores institucionais condicionantes a sua implementação (…) Em 2013 quando comecei a pesquisa, a UFLA já se destacava como primeira colocada entre as universidades brasileiras pelo segundo ano, com uma posição bastante significativa na classificação geral do ranking, direcionando minha atenção e dando início ao acompanhamento das ações desta universidade pela internet”, relata Chalissa em sua pesquisa.

A pesquisadora esteve na UFLA ao final de 2016 para reconhecer, na prática, as ações que havia acompanhado a distância, encerrando assim as atividades da sua pesquisa. “Tanto a escolha como objeto de pesquisa, quanto a oportunidade de conhecer o câmpus e o processo de ambientalização desta instituição foi, sem dúvida, um passo importante neste processo doutoral para que eu pudesse compreender mais amplamente as inúmeras possibilidades da ambientalização universitária”.

Melhoria da infraestrutura elétrica do câmpus; gerenciamento dos resíduos sólidos (coleta seletiva) e químicos (redução, reutilização e reciclagem); proteção das nascentes e matas ciliares; ampliação e reestruturação da estação de tratamento de água; saneamento básico e tratamento de esgoto; sustentabilidade das novas construções; prevenção e controle de incêndios e sistema de prevenção de endemias são alguns dos pontos positivos da UFLA mencionados na tese de doutorado.

No que se refere à água do câmpus, Chalissa ainda destaca que a UFLA é a “única universidade do país autossuficiente na produção deste recurso natural e conta com a Coordenadoria de Saneamento para assumir a responsabilidade direcionada ao tratamento de água e esgoto da Universidade, propondo e orientando ações que buscam a racionalização do uso da água e geração de esgoto dentro do campus. A água das nascentes do câmpus são acumuladas em duas barragens e bombeadas para uma estação de tratamento (ETA) de modelo compacto e tratamento convencional, construída no próprio campus e que garante o abastecimento de toda Universidade”.

Banca examinadora 

A pesquisa realizada traz os pontos positivos do Plano, bem como as oportunidades de melhoria verificadas para a UFLA e para as demais instituições estudadas. A defesa foi realizada no dia 22 de fevereiro. A banca examinadora foi composta pelas professoras da PUCRS Isabel Cristina de Moura Carvalho (orientadora), Mônica de La Fare e Letícia Hoppe, além da professora Adelir Aparecida Saczk (do Departamento de Química/UFLA), que participou desde o início da implementação do Plano Ambiental na UFLA. 

“Foi um momento ímpar participar como membro de banca examinadora do trabalho da Chalissa e poder vivenciar todas as ações ambientais da nossa Universidade. Atuo na coordenação do Laboratório de Gestão de Resíduos Químicos (LGRQ) juntamente com a professora Zuy Maria Magriotis. O Plano Ambiental e Estruturante na UFLA contou com a colaboração de toda a comunidade acadêmica (direção executiva, docentes, técnicos administrativos e de laboratórios, estudantes de graduação e pós-graduação). A expectativa é seguir com as ações já consolidadas e desenvolver novas ações, dentro do planejamento estratégico, para que a Universidade continue trabalhando no horizonte de referência em sustentabilidade pelos próximos anos”, ressalta a professora Adelir.

Texto: Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA.

Exposição “A arte de ser mulher: O que te movimenta?” está disponível para visitação no Museu Bi Moreira

 “A arte de ser mulher: O que te movimenta?”, exposição organizada pelo Coletivo Mulheres da UFLA, estará aberta ao público no Museu Bi Moreira até o dia 22 de maio. A mostra de artes está disponível para visitação de segunda a sexta-feira, de 9h às 12h e das 14h às 18h.

Como extensão do evento “Nem tudo são flores 2.0: O que mexe com seu corpo?”, em menção ao Dia Internacional da Mulher, a exposição tem como intuito divulgar as artes das mulheres, exaltando as incríveis artistas presentes em Lavras. 

A exposição conta com trabalhos das artistas Ana Luiza C. Correia, Eliane Oliveira Moreira, Josiane Oliveira Pinto Ribeiro, Juliana R. G. Zeni, Sara Souza Bastos, e Tamyres Serra. “A exposição demonstra o quanto as mulheres conseguem expor todo o tipo de sentimento expresso em várias maneiras, desde um simples poema até uma bela pintura, cada uma de seu jeito mostra um pouco de si e de todas as outras mulheres que se encontram em cada pedaço da exposição”, enaltece Tamyres.

A mostra de artes coincidirá também com a 15ª Semana Nacional de Museus, celebrada entre os dias 15/5 e 21/5.  Evento que tem como intuito fazer a comunidade refletir, discutir e trocar experiências sobre o tema sugerido pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM): Museus e histórias controversas: dizer o indizível em museus. “Nossa temática feminina faz uma interlocução com esta supracitada, visto que as artes produzidas por mulheres ainda são invisibilizadas e/ou não tão valorizadas quanto às demais, portanto é necessário ocuparmos esse espaço e darmos fim ao nosso silenciamento – dizer o indizível”, destaca a organização da exposição.

Curadoria da exposição: Larissa do Vale (estudante do 3º período de Direito na UFLA) e Patrícia Muniz (Coordenadoria de Museus e Patrimônio Histórico )

Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA.