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Violência contra a mulher é debatida por autoridades na UFLA

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Mais de cem pessoas participaram do debate realizado na UFLA 

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) sediou na última quinta-feira (27/10) um debate sobre violência contra a mulher. O evento contou com a presença da delegada titular, da delegacia especializada em atendimento à mulher, Ana Paula Arruda; do psicólogo, psicanalista e coordenador da Proteção Social Especial, Stenio Xavier e, da professora do Departamento de Educação Catarina Dallapicula.

O debate foi promovido pelo Centro Acadêmico de Administração Pública e apoiado pelo Departamento de Administração e Economia (DAE); Peti Pública; Alfa Pública Consultoria Jr. em Gestão; Coletivo Mulheres da UFLA e Diretório Central dos Estudantes (DCE).

“É necessário discutirmos esse tema para que o combate às agressões se torne mais forte e a mulher tenha força e liberdade para viver, em um ambiente sem ameaças e violência. Nosso objetivo principal é de debater e buscar soluções, com bom senso e sem radicalismo, sempre prezando cumprir a legislação”, afirmou a organização do evento.

Delegada Ana Paula Arruda
Delegada Ana Paula Arruda

De acordo com a delegada Ana Paula, pesquisas apontam que cinco mulheres são espancadas a cada dois minutos no Brasil, e 80% dessas mulheres foram violentadas pelo próprio parceiro. “Esses dados são alarmantes e é o que eu presencio na Delegacia. Em Minas Gerais a violência contra a mulher tem destaque na estatística. Além de delegada de mulheres, sou mãe de duas meninas, e é dentro de casa que começamos a mudar essa percepção da violência contra a mulher. Eu tenho o dever de passar para elas os valores, e os pais de meninos devem fazer o mesmo”, comentou.

A delegada relatou que a lei Maria da Penha apesar de já estar fazendo 10 anos, teve pouca efetividade, mesmo sendo uma lei muito bem elaborada e que prevê diversos mecanismos de proteção à mulher. “A lei Maria da Penha prevê cinco tipos de violência contra a mulher, mas não prevê o tipo penal e sim a atuação da polícia, do judiciário, dos órgãos de assistência social, para coibir e prevenir a violência doméstica. A lei endureceu o tratamento para com os agressores, mas existem outras partes que infelizmente ela não tem efetividade”, afirmou.

Psicólogo Stenio Xavier
Psicólogo Stenio Xavier

Para o psicólogo Stenio outro problema é a forma como a sociedade já está estabelecida. “Há o preconceito e a falta de interesse de lidar com essa situação. Muitas vezes a mulher nem consegue fazer a denúncia com medo do que acontecerá com ela. E trabalhamos isso, para que elas possam ver o quanto podem mais. Além disso, o assistente social e o psicólogo são profissionais que vão trabalhar a visão familiar onde a mulher foi agredida. E o profissional precisa entender o meio em que ele atua, para saber qual metodologia deve ser aplicada. É preciso falar a mesma língua da família em que se está inserido”, disse.

Professora Catarina Dallapicula
Professora Catarina Dallapicula

Ainda nessa temática, a professora Catarina salientou que as poucas conquistas relacionadas aos direitos das mulheres não foram por meio de concessões, mas sim como resultado de lutas. “A lei Maria da Penha não surgiu como uma concessão do governo, surgiu porque o Brasil foi denunciado na Comissão Interamericana de Direitos Humanos, por não garantir seguridade mínima às mulheres. O caso Maria da Penha é problemática porque o julgamento demorou 19 anos. Quando o agressor foi finalmente condenado ficou apenas dois anos recluso. Por isso, o que queremos é exigir que o Estado cumpra a sua função de garantir o bem-estar social das mulheres. Esse tem que ser o nosso investimento enquanto movimento feminista”, relatou.

Texto: Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA.

Fotos: Luciana Tereza- estagiária DCOM. 

Concurso para criação do logotipo do Departamento de Física da UFLA

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Imagem meramente ilustrativa

Visando criar uma identidade visual, o Departamento de Física (DFI) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) lançou um concurso para a criação do seu logotipo. O logotipo da proposta vencedora passará a ser de propriedade exclusiva do DFI e por ele poderá ser utilizada, em sua forma original ou adaptada, para identidade visual em manuais, folders, cartazes, papéis timbrados, convites, envelopes, bandeiras, site institucional, eventos e em outras aplicações definidas pelo Departamento.

O concurso tem caráter exclusivamente cultural, com participação voluntária dos interessados que poderão se inscrever até 25 de novembro. Ao vencedor do projeto será concedido a título de prêmio o valor bruto de R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais).

O DFI foi criado em 20 de outubro 2014, em um cenário de intenso desenvolvimento institucional, com o objetivo de projetar um crescimento considerável em novas linhas de pesquisa e fomentar o interesse científico nos alunos dos diversos cursos de graduação oferecidos na Universidade, bem como, dedicar-se à criação dos novos Cursos de Engenharias.

Confira aqui o edital-completo.

Confira aqui as orientações para o uso da identidade visual da UFLA.

Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA. 

UFLA realiza evento internacional referência na área de coturnicultura

Evento será realizado até sexta-feira (27/10)
Evento será realizado até sexta-feira (27/10)

Único evento específico e direcionado à coturnicultura no mundo é realizado na Universidade Federal de Lavras (UFLA), com a organização do Núcleo de Estudos em Ciência e Tecnologia Avícola (Necta) conjuntamente com o Departamento de Zootecnia (DZO), desde 2001. São ao todo seis Simpósios e cinco Congressos. Desde a primeira edição, já passaram pelo evento palestrantes de diversos países, como EUA, Espanha, Japão, Estônia e Brasil.

O VI Simpósio Internacional e V Congresso Brasileiro de Coturnicultura teve início nesta quinta-feira (27/10) com participantes provenientes de diversas instituições de ensino, além de técnicos e empresários do setor avícola. O evento, que será realizado até sexta-feira (27/10), tem o objetivo de retratar a produção, a nutrição, a ambiência, o bem-estar, o melhoramento genético e o mercado de codornas de corte e postura.

Para o presidente do Necta, professor Antônio Gilberto Bertechini, o Brasil é o país em que a coturnicultura mais cresce, considerado referência mundial. “Por isso é preciso nos unir para continuar a crescer e melhorar a produção e segurança de alimentos”- comentou. A abertura do evento contou com a presença do professor aposentado da UFLA Benedito Lemos de Oliveira, que também enfatizou a importância da coturnicultura no agronegócio do país, um dos pontos chave da economia.

O chefe do Departamento de Zootecnia da UFLA, professor Carlos Eduardo do Prado Saad ressaltou a relevância da Universidade sediar um evento desse porte, em uma área de destaque. Na ocasião, o pró-reitor de Extensão e Cultura, professor João José Granate de Sá e Melo Marques, destacou a presença de produtores e técnicos que são de extrema importância.

Panorama atual e perspectivas da coturnicultura no Brasil

Professor Antônio Gilberto Bertechini
Professor Antônio Gilberto Bertechini

A primeira palestra do evento foi ministrada pelo professor Gilberto Bertechini, que abordou o panorama atual e as perspectivas da coturnicultura no Brasil. “As perspectivas são boas, basta aproveitá-las. O agronegócio representa 23% do PIB brasileiro, e é este setor que vem mantendo a economia, sempre com resultados positivos”, comentou.

O professor explicou que há um sério problema a ser enfrentado, o descompasso entre os custos de produção e os preços de venda dos ovos de codorna. “Houve muita exportação de milho, fazendo com que o preço aqui aumentasse. Por isso, hoje o custo de produção é alto, pois a alimentação das codornas representa 50%”.

Durante a palestra, o professor enfatizou a importância do ovo de codorna para a saúde humana. “Possui um alto conteúdo de nutrientes, alto valor biológico de proteínas, e ainda é baixa fonte de calorias. Nossa expectativa é de até convencer o governo a inserir o ovo de codorna na merenda escolar, devido aos seus grandes benefícios. É preciso que toda população entenda a qualidade dos ovos”.

Destaques na programação

Sendo referência mundial, o evento contará com palestrantes de diversas instituições de ensino renomadas no Brasil e exterior. Seguem alguns dos destaques:

Professor Galal Abou Khadiga, Faculty of Desert and Environmental Agriculture, Alexandria University, Egito: Melhoramento genético em codornas de postura

Professor Sohail Ahmad, Department of Poultry Production, University of Veterinary and Animal Sciences, Paquistão: Manejo de dejetos e destino de aves mortas

Nair Katayama Ito, SPAVE: Salmonella e causas de mortalidade em codornas de postura

Daniela Duarte de Oliveira, Médica Veterinária do Aviário Santo Antônio: Legislação e boas práticas na indústria de ovos.

Luiz Fernando Teixeira Albino da Universidade Federal de Viçosa (UFV): Nutrição na fase de cria e recria de codornas japonesas.

Fernando Guilherme Perazzo Costa, professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB): Ferramentas nutricionais para otimização do período produtivo em codornas de postura.

Carla Cachoni Pizzolante e José Evandro de Moraes, Pesquisadores Científicos, do Instituto de Zootecnia, APTA, São Paulo: Atualização em bem-estar e ambiência para codornas.

Cristina Moreira Bonafé Professora Adjunta da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM): Avanços no melhoramento genético em codornas de corte.

Professor Ednardo Rodrigues Freitas, professor Adjunto da Universidade Federal do Ceará (UFC): Perspectivas e avanços para incentivar o mercado de carne de codornas de descarte.

Confira aqui a programação completa

Texto: Camila Caetano- jornalista/ bolsista UFLA.

 

Debate sobre violência contra a mulher será realizado hoje na UFLA

Será realizado na Universidade Federal de Lavras (UFLA), nesta quinta-feira (27/10), às 16 horas, um debate sobre violência contra a mulher. O evento contará com a presença da delegada titular, da delegacia especializada em atendimento à mulher, Ana Paula Arruda; do psicólogo, psicanalista e coordenador da Proteção Social Especial, Stenio Xavier e, da professora do Departamento de Educação Catarina Dallapicula.

Os palestrantes irão discutir e sanar dúvidas à comunidade acadêmica e sociedade civil lavrense sobre as ações existentes para solucionar os casos de violência contra as mulheres atualmente, políticas públicas, questões jurídicas e atuação do Estado. A mesa redonda terá como mediador o professor e chefe do Departamento de Administração e Economia Renato Fontes. Além disso, serão distribuídos materiais sobre a Lei Maria da Penha.

O debate será realizado no anfiteatro do Departamento de Ciências da Computação (DCC/UFLA) com capacidade para 130 pessoas. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas no site https://sig.ufla.br. O evento é promovido pelo Centro Acadêmico de Administração Pública e apoiado pelo Departamento de Administração e Economia (DAE); Peti Pública; Alfa Pública Consultoria Jr. em Gestão; Coletivo Mulheres da UFLA e Diretório Central dos Estudantes (DCE).

Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA.

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Da UFLA à Califórnia: a trajetória de um ex-aluno

Vicente de Paula foi um dos palestrantes da Semana de Tecnologia da Informação (Seti/UFLA)
Vicente De Luca foi um dos palestrantes da Semana de Tecnologia da Informação (Seti/UFLA)

Vicente De Luca, ex-estudante do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Lavras (DCC/UFLA) esteve na Universidade para contar um pouco da sua história antes de ingressar na UFLA, a trajetória durante a graduação, além da experiência no mercado de trabalho.

“Minha paixão por sistemas e redes de computadores começou aos 7 anos, quando meu pai, um engenheiro entusiasta, começou a compartilhar seu conhecimento enquanto nos divertíamos mantendo um BBS (Bulletin Board System – precursor da internet) em UNIX para nossos amigos e a comunidade local em Barretos. Três anos depois nós inauguramos o primeiro provedor de internet na nossa região, sendo um pouco responsável pelo crescimento da internet no interior do estado de São Paulo”, relata Vicente.

Vicente De Luca em São Francisco, Califórnia
Vicente De Luca em São Francisco, Califórnia

Posteriormente, ingressou no curso de Ciência da Computação na UFLA. Ainda durante a graduação recebeu uma proposta de emprego da empresa americana AT&T para trabalhar em Campinas, enquanto ainda cursava os últimos créditos. “Após uma estadia de quase dois anos nesta cidade a oportunidade de se mudar para Europa através da Zendesk foi como um presente. Após dois anos em Dublin, fui transferido para o Headquarter em São Francisco, Califórnia, onde trabalho atualmente com um sorriso imenso e agradecendo todos os dias por ter um dos meus sonhos realizado”, comenta.

Hoje, aos 31 anos, Vicente considera que a estadia na UFLA foi essencial na sua formação. “A UFLA não me ensinou as tecnologias que aplico, mas me deu uma sólida base para aplicá-las e ainda poder desenvolver novas tecnologias”, afirma.

Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA. 

Professora da UFLA recebe o prêmio de melhor tese do Programa de Pós-Graduação em Parasitologia da UFMG

Professora Nathália Maria Resende do Departamento de Educação Física da UFLA
Professora Nathália Maria Resende do Departamento de Educação Física da UFLA

A professora Nathália Maria Resende, do Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Lavras (DEF/UFLA), recebeu o prêmio de melhor tese do Programa de Pós-Graduação em Parasitologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Nathália iniciou o doutorado em 2012, realizando a defesa em 2015 e, ingressou na UFLA em 14 de junho de 2016.

A solenidade foi realizada no auditório da Reitoria da UFMG na última quinta-feira (20/10), sendo contemplados 44 trabalhos de doutorado defendidos em 2015 nos cursos de pós-graduação da Universidade.

A tese da professora da UFLA, intitulada “Efeitos do exercício físico na infecção experimental por Toxocara canis“, foi orientada pelo professor Ricardo Toshio Fujiwara e coordenada pelo professor Gustavo Tadeu Volpato.

A pesquisa foi idealizada pelo seu anseio em investigar e comprovar que o exercício físico também possui valioso papel modulador da resposta imunológica nas parasitoses. “Para isto, foi necessário padronizar o modelo de infecção experimental por Toxocara canis e aplicar o desenho experimental de exercício físico. Com esta pesquisa, conseguiu-se mostrar que a infecção por T. canis produz uma resposta pró-inflamatória sistêmica e alterações histopatológicas (lesão tecidual) causadas pela migração errática do parasito”, explica.

Solenidade de premiação da UFMG
Solenidade de premiação da UFMG

Além disso, de acordo com a professora, foi demostrado também que o exercício físico potencializa o sistema imunológico para um padrão de resposta anti-inflamatória, melhorando a capacidade do organismo de tolerar de forma mais adequada os danos causados pelos eventos inflamatórios da infecção por T. canis. “Assim, foi possível a compreensão dos eventos imunopatológicos que também podem ocorrer durante a toxocarose humana, contribuindo para futuras estratégias de diagnóstico e controle. Por conseguinte, novas perspectivas de investigação com outras linhagens de camundongos e outras doenças inflamatórias se fazem imprescindíveis”, complementa a professora.

A professora utilizou como protocolo de exercício a natação com intensidade moderada em modelo animal (camundongos) e, segundo ela, esses resultados podem gerar e contribuir com outras pesquisas e não só nas parasitoses, mas também em doenças inflamatórias como diabetes, aterosclerose e obesidade.

“Mais do que um símbolo de vitória, ganhar o ‘Prêmio UFMG de Teses’ se traduz em três nobres ações: valorização, reconhecimento e estímulo para as pesquisas de aplicabilidade na prática clínica e da importância da prática regular de exercício físico. Com certeza, ampliam a visibilidade da minha pesquisa e aprimoram meu trilhar acadêmico e crescimento profissional”, comenta Nathália.

Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA. 

Trabalhos da UFLA são premiados em Conferência Internacional Sul Americana das Humanidades

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Trabalhos da UFLA estiveram entre os melhores apresentados em Conferência

Dois trabalhos do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA) foram premiados na Conferência Internacional Sul Americana: Territorialidades e Humanidades, preparatória da Conferência Mundial de Humanidades que será realizada em 2017 (em Liège, Bélgica).

O evento organizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi realizado em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e com a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), com o objetivo de discutir a globalização nas dimensões internacional, nacional e regional. Entre as autoridades presentes, destaca-se o líder de equipe da Unesco John Crowley e, o secretário-geral do Conselho Internacional de Filosofia e Ciências Humanas (CIPSH) Luiz Oosterbeek.

Paulo Henrique e Isabela Gonçalves
Paulo Henrique e Isabela Gonçalves

Mais de cem pôsteres foram apresentados durante o evento. Os autores de 21 trabalhos receberam o Prêmio Destaque Humanidades. A UFLA foi premiada com as apresentações: “Plantando Futuro: Um mapeamento das organizações sociais da Serra do Espinhaço” da estudante de Administração Pública Isabela Gonçalves e, “Gestão Integrada de Território: Alternativas de educação e formação na microrregião de Gouveia/MG” do aluno de mestrado em Administração Pública Paulo Henrique Silva.

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Pôsteres apresentados na Conferência. Foto: Foca Lisboa / UFMG

O Projeto Plantando futuro é um projeto desenvolvido pelo estado de Minas Gerais e vem sendo implementado por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais  (Codemig) em parceria com o Instituto Espinhaço, com o objetivo de promover o reflorestamento e a revitalização de nascentes na Serra do Espinhaço no Vale do Jequitinhonha/MG.

Para potencializar este programa, existe um termo de cooperação com a UFLA com a finalidade de desenvolver estudos na região, sob a coordenação do professor José de Arimatéia (DAE). E um dos estudos desenvolvidos é um projeto que visa integrar a dimensão Econômica, Social, Ambiental e Cultural da região, tendo como base um novo modelo de desenvolvimento sustentável.

“O reconhecimento dos trabalhos apresentados é um reflexo da emersão dos estudos de Gestão Integrada do Território (GIT) no Brasil e no mundo. O destaque do trabalho no evento tem duas grandes importâncias: a primeira, porque a conferência reconhece o papel da GIT face aos desafios das humanidades e, a segunda, pelo fato de o projeto ser o único projeto de GIT desenvolvido no estado de Minas Gerais” relata Paulo, um dos premiados. Os desdobramentos do projeto serão submetidos à Conferência Mundial, em Liége.

Camila Caetano: jornalista/ bolsista UFLA. 

Os riscos e desafios jurídicos dos veículos autônomos são abordados em palestra na UFLA

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Advogada Andréa Martinesco

A advogada Andréa Martinesco, servidora do Ministério Público Federal do Paraná, e, atualmente, doutoranda em Direito na Université Paris-Saclay e no Instituto Vedecom/ França, ministrou, na última semana, na Universidade Federal de Lavras (UFLA), a palestra “Riscos e desafios jurídicos associados aos veículos autônomos e conectados”. 

Durante a palestra, a advogada apontou diversas questões que ainda devem ser discutidas com relação à aplicação da lei em caso de um acidente envolvendo um veículo autônomo (aquele capaz de se deslocar, cumprindo uma determinada trajetória, sem intervenção humana).

Na ocasião, a palestrante ressaltou também diversos pontos que devem ser levados em consideração para que haja mais segurança com relação ao veículo autônomo, como nas comunicações de infraestrutura. “Essas comunicações são de extrema importância, pois se nós estamos em modo autônomo ficamos propensos a não prestar atenção no ambiente e, se acontece um acidente a frente ou mesmo um trabalho na pista de rolagem? Então a câmera do veículo deve ser instalada no para-brisa dianteiro, na altura do olho humano. Por isso, existe toda uma infraestrutura que passa a ser comunicante”, relatou.

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Palestra realizada no Departamento de Adminsitração (DAE/UFLA)

Andréa também ressaltou que no Direito é fundamental saber qual é a divisão de tarefas entre o ser humano e a máquina. “Precisamos saber quem estava no controle do veículo no momento do acidente. Então, foi estipulado um sistema para começarmos a organizar essa questão. É como uma balança, ela vai gradativamente aumentando o nível de automação do sistema e diminuindo o do ser humano até chegar ao controle total”, explicou.

Além disso, a advogada afirmou que com relação à responsabilidade penal há uma grande diferença entre o Brasil e a França, por exemplo. “No Brasil, se um carro autônomo provocar um acidente a fabricante do veículo será acionada na esfera cível e, não na criminal. E neste caso como fazemos? Não temos o motorista, a fabricante não pode ser acionada, vai sobrar para quem? Isso não pode, tem que ser resolvido de alguma forma. Já na França, a responsabilidade penal pode ser imputada a fabricante em várias circunstâncias”.

Para que essas questões sejam esclarecidas, há diversas correntes pensantes tentando desvendá-las. Andréa explica que há, por exemplo, uma corrente que entende que deve ser criado um Código de Inteligência Artificial. “O desenvolvimento de veículos autônomos avança rapidamente a nível mundial e esses avanços tecnológicos estão impulsionando de maneira significativa a evolução do quadro jurídico associado, envolvendo a regulamentação, a certificação e a legislação”, comentou.

O evento foi realizado pela Diretoria de Relações Internacionais (DRI/UFLA) em colaboração com a Embaixada da França através do Projeto Embaixadores Universitários, e com os Professores Arthur de Miranda Neto e Danilo Alves de Lima do Departamento de Engenharia (DEG/UFLA). O Instituto Vedecom e a UFLA possuem colaboração formalizada desde o primeiro semestre de 2016.

Texto: Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA. Colaboração e fotos: Noelly Alves Lopes (DRI) 

Gerente de Educação na Intel ministra palestra na UFLA- A Internet das Coisas que eu posso criar

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Rubem Saldanha, gerente de Educação na Intel

Rubem Paulo Torri Saldanha, gerente de Educação na Intel, esteve na Universidade Federal de Lavras (UFLA), nesta quarta-feira (19/10) na Semana de Tecnologia da Informação (SETI). O palestrante abordou “A Internet das Coisas que eu posso criar”. Na ocasião, Rubem fez uma apresentação sobre a Intel, os produtos desenvolvidos, e compartilhou com os participantes uma visão de como é possível iniciar suas próprias descobertas.

Formado pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Rubem relatou que durante a faculdade sempre foi movido pela curiosidade, em busca de algo novo. “Organizar eventos assim, de aluno para aluno, era algo que eu também fazia. E isso me deu experiência e vivência além da sala de aula”, comentou.

O palestrante também defendeu a importância das aulas práticas aos estudantes, proporcionando maior vivência de mercado. “Uma coisa que acho importante e que a Intel defende é você poder dar a possibilidade para os alunos de colocarem a mão na massa e não verem só a teoria. A teoria é necessária, mas sozinha faz com que o aluno desista do curso, não compreenda o porquê de estar fazendo isso. Então, é preciso fazer com que o estudante desenvolva um processo do início ao fim”.

Além disso, Rubem ressaltou a relevância de se ter profissionais capacitados para realizar pesquisas significativas. “A Intel desenvolve pesquisa internamente, então há profissionais doutores que se dedicam para ver qual a próxima onda, o que vai ser tecnologia em 10 anos”.

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Palestra: A Internet das Coisas que eu posso criar

Rubem enfatizou que a Intel há três anos é livre de minerais em conflito, monitorando a sua cadeia de fornecedores de metais preciosos para garantir que eles não usem trabalho escravo, metais contrabandeados, dentre outras ilegalidades. Além disso, como papel social, os funcionários da Intel tem o dever de fazer trabalhos voluntários. “A empresa dá todas as condições para que isso ocorra, ou seja, tem que ser em horário de trabalho da empresa (segunda a sexta, das 8h às 17h)”, disse.

O palestrante também apresentou aos participantes a nova era da atualidade, a IOT, em que é possível desenvolver novas tecnologias para solucionar problemas enfrentados no cotidiano, onde tudo passa a ser conectado em um universo online. “Conseguimos coletar dados dos mais diferentes tipos, que permitem novas experiências e tomadas de decisões, capazes de mudar a vivência do usuário. Até o final de 2020, teremos cerca de 50 bilhões de dispositivos conectados, e a previsão é que haja 212 bilhões de sensores espalhados pelo mundo. Você tem que pensar na IOT conectada (transmitindo dados), inteligente (conectando os dados e avisando que há algo a ser feito), e autônoma”, relatou.

Texto: Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA; Colaboração: Luciana Tereza – estagiária DCOM. 

Confira também a matéria realizada pela TV Universitária:

UFLA participa de Dia de Mercado de Café

Foi realizado nesta terça-feira (18/10) o Dia de Mercado em Café, evento que reuniu cafeicultores, engenheiros agrônomos, técnicos e lideranças classistas da região no município de Linhares (ES). Promovido pela Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes), o evento contou com o apoio do Centro de Inteligência em Mercados (CIM) da Universidade Federal de Lavras (UFLA).

Durante o evento foram apresentadas palestras e realizados debates com especialistas do setor sobre temas ligados à atividade cafeeira, com o objetivo de obter mais conhecimento técnico e aprimorar a gestão da propriedade.

Palestras

O coordenador de pesquisas e serviços em gestão do CIMUFLA, Diego Humberto de Oliveira, falou sobre os custos de produção do café
O coordenador de pesquisas e serviços em gestão do CIMUFLA, Diego Humberto de Oliveira, falou sobre os custos de produção do café

O coordenador de pesquisas e serviços em gestão do CIM/UFLA, Diego Humberto de Oliveira, foi o primeiro expositor e falou sobre os custos de produção no café. Ele também apresentou dados do Projeto Campo Futuro, desenvolvido pela CNA em parceria com diversas universidades. O projeto consiste no levantamento de custos das principais culturas produzidas no País. Segundo ele, o produtor rural precisa ter planejamento para administrar suas despesas na propriedade. “Dados isolados não auxiliam o produtor na tomada de decisões. O custo de produção é a informação primordial para que ele consiga comercializar sua produção a preços que remunerem sua atividade e mantenham margens favoráveis”, destacou o pesquisador.

O coordenador do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, Eduardo César Silva, abordou o tema “Terceira Onda do Café”
O coordenador do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, Eduardo César Silva, abordou o tema “Terceira Onda do Café”

Na sequência, o coordenador do Bureau de Inteligência Competitiva do Café do CIM/UFLA, Eduardo César Silva, abordou o tema “Terceira Onda do Café” – uma nova etapa do consumo da bebida, que engloba apreciadores cada vez mais exigentes, que buscam qualidade superior e se interessam por detalhes do método de produção, desde o grau de torra e beneficiamento, até o nome do produtor. “É um nicho que pode representar uma boa oportunidade para o produtor que atenda às exigências deste mercado”, explicou. A terceira onda veio precedida da primeira e da segunda onda, que mostram diferentes fases de consumo. Na primeira, as pessoas procuravam o café por conta do efeito estimulante causado pela cafeína, pouco se importando com a qualidade. Na segunda, há um pouco mais de preocupação com a qualidade, ainda que não fosse de alto padrão.

O terceiro palestrante foi o assessor técnico da Comissão Nacional de Café da CNA, Maciel Aleomir da Silva, que fez a palestra “A importância da informação no mercado de café”. Na sua avaliação, esse fator é essencial para a tomada de decisões na atividade. “Muitas vezes trabalhamos com fatores que não estão no controle do produtor. Mas usando a informação da forma correta, as incertezas diminuem porque temos maior possibilidade de saber a hora de tomar as decisões”, ressaltou. Segundo ele, questões como aumento da rentabilidade e aquisição de insumos estão diretamente ligadas à utilização correta da informação.

O último expositor foi o consultor Carlos Brando, sócio-diretor da P&A Marketing, que passou para os produtores as tendências e perspectivas do mercado mundial. Ele destacou que o consumo de café em 2025 pode chegar a 175 milhões de toneladas e que o Brasil será responsável por boa parte do fornecimento do produto. Segundo ele, 75% da produção mundial virão de seis países: Brasil, Colômbia, Vietnã, Honduras, Etiópia e Indonésia.  Brando explicou, também, que nos últimos anos, a melhoria de renda em países com grande população, como China, Índia, Brasil e Indonésia, fez aumentar o consumo. Lembrou, ainda, que o Brasil é o maior caso de sucesso mundial na produção de café, com crescimento de 50% em 10 anos, sem expansão de área.

Texto e Fotos: Assessoria de Comunicação CNA com adaptações da Assessoria de Comunicação da InovaCafé.