A descoberta das ondas gravitacionais. Esse é o trabalho que resultou na premiação do Nobel de Física 2017. O tema foi abordado em uma palestra nessa sexta-feira, no Centro de Convivência da Universidade Federal de Lavras, na programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT).
O professor Luiz Cleber de Brito, do Departamento de Física, foi responsável por falar sobre o assunto. Ele explicou que o prêmio foi concedido aos cientistas Rainer Weiss, Barry Barish e Kip Thorne pelo trabalho de colaboração junto a uma comunidade de pesquisadores envolvidos no assunto.
Na prática, segundo o professor, onda gravitacional diz respeito aos efeitos de oscilações de espaço-tempo que se propagam na velocidade da luz. Brito ressaltou que a Teoria Geral da Relatividade consegue oferecer uma descrição muito precisa dessas ondas quando elas estão distantes das fontes, ou seja, de onde elas partiram. “O que acontece é que elas são produzidas em diferentes tipos de sistemas. Em geral, podemos citar os efeitos de eventos astrofísicos muito intensos, como conflito de buracos negros, que produziram a primeira onda gravitacional”, complementou.
Afinal, o que a descoberta das ondas gravitacionais pode impactar na vida do cidadão? Para o professor, no futuro, o feito que recebeu o Nobel de Física pode contribuir, por exemplo, no avanço das comunicações e nos sistemas de isolamento sísmico. “O tempo todo as pessoas têm que lidar com problemas de ordem tecnológica que precisam ser superados”, disse.
Apesar da complexidade e densidade dos assuntos, o professor avalia ser fundamental levar informações sobre a Física à comunidade no sentido de agregar conhecimento e de contribuir para o conhecimento dos países. “As pessoas conseguiram construir uma ideia de que quem domina a ciência e o conhecimento básico são países que dominam as tecnologias novas. Isso eu acho mais importante”.
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Texto: Rafael Passos – Jornalsista/bolsista – Fapemig
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.