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Dicas de português

Dicas de Português: Obrigado ou obrigada

Obrigado ou obrigada

Segundo a gramática tradicional, a palavra obrigado é um adjetivo que, num contexto de agradecimento, significa que alguém se sente agradecido por alguma coisa, por algum favor que lhe tenha sido feito, sentindo-se obrigado a retribuir esse favor a quem o fez. Por ser adjetivo, deve concordar com o elemento ao qual se refere em gênero e número, podendo ser masculino ou feminino, singular ou plural, dependendo da pessoa que se sentir obrigada a retribuir um determinado favor.

Assim:

  • O homem ao agradecer deve dizer obrigado.
  • A mulher ao agradecer deve dizer obrigada.
  • O homem ao agradecer em nome de outras pessoas deve dizer obrigados.
  • A mulher ao agradecer em nome de outras pessoas, incluindo homens e mulheres, deve dizer obrigados.
  • A mulher ao agradecer em nome de outras pessoas, incluindo apenas mulheres, deve dizer obrigadas.

Cessão, sessão e seção

Cessão significa o ato de ceder, de dar, de transferir um direito ou um bem, sendo sinônima de cedência, entrega e concessão. Pode significar também uma renúncia ou desistência, bem como um empréstimo.

Exemplos:

  • Ele confirmou a cessão de suas roupas para uma igreja.
  • A cessão das instalações para a formação será confirmada amanhã.

Sessão significa o intervalo de tempo que dura alguma coisa, como uma reunião, uma assembleia, uma consulta, um espetáculo, uma apresentação ou qualquer outra atividade.

Exemplos:

  • Vamos assistir à próxima sessão desse filme?
  • A Câmara dos Deputados convocou uma sessão para amanhã de manhã.

Seção significa uma parte de um todo, ou seja, uma fração, um segmento, uma subdivisão. Pode significar ainda uma repartição de um serviço público ou privado.

Exemplos:

  • Os sabonetes se encontram na seção de limpeza.
  • A seção do jornal que fala sobre economia não veio.

Fonte: www.normaculta.com.br

Paulo Roberto Ribeiro – ASCOM

Dicas de Português: Dúvidas frequentes sobre o verbo ASSISTIR

1. Gostaria de saber se o verbo assistir, quando se refere à televisão, é transitivo direto ou indireto. Devo dizer: assistir televisão ou assistir à televisão? Esta é uma dúvida que tenho, e até agora não encontrei esse exemplo nas gramáticas que consultei

2. Gostaria de esclarecimento quanto à regência do verbo assistir, em seus dois sentidos, com uso ou não de crase.

Respostas

No sentido de “ajudar, prestar assistência ou socorro, tratar”, o verbo assistir é transitivo direto, isto é, seu complemento não é precedido por preposição:

Assistiu a doente assim como assiste muitas pessoas necessitadas.

Recordo-me que o padre assistia o bispo no desempenho de seu cargo.

Com o significado de “ver, presenciar, estar presente, observar, acompanhar com atenção”, ele é transitivo indireto, com complemento preposicionado:

Vamos assistir aos jogos de tênis.

Assistimos a uma conferência de nível internacional.

V. Exa. vai assistir à ópera?

No entanto, na linguagem coloquial brasileira, ouve-se (e também se lê, até em bons autores) habitualmente o verbo sem a preposição: assistir o filme/ a minissérie/ os jogos. No caso da televisão, valem as duas regências, já consagradas pelo uso (e anotadas por Celso Luft): assistir à TV ou assistir TV:

Aqui em casa todos gostam de assistir (à) televisão.

Sempre assistimos a (à) TV Futura.

Nesta segunda acepção, usa-se a ele/a ela (e não “lhe”) quando o complemento é um pronome pessoal:
Não posso dizer como andam as corridas de touros, pois não assisto a elas há muito tempo.

Fonte: linguabrasil.com.br

Paulo Roberto Ribeiro – Ascom

Dicas de Português: ASTERISCO ou ASTERÍSTICO?

  1. Como devemos dizer: ASTERISCO ou ASTERÍSTICO?

Eis aí uma dúvida fácil de resolver. ASTERISCO (sinal gráfico em forma de estrela) é o diminutivo de astro.

Ora, assim como se diz, por exemplo, CHUVISCO (diminutivo de chuva) e não CHUVÍSTICO, também se deve dizer ASTERISCO.

  1. EMPECILHO ou IMPECILHO?

Muitas pessoas dizem “IMPECILHO”, certamente por associarem essa palavra com o verbo “IMPEDIR”

O correto, entretanto, é “EMPECILHO”, que é da mesma família de “EMPECER”, que significa estorvar, embaraçar.

  1. Nesse inteRIM ou nesse ÍNterim?

Na língua portuguesa, a sílaba forte das palavras terminadas por “IM” é, normalmente, a última.

Exemplos: capim, jasmim, quindim, etc.

Mas ÍNterim  constitui exceção.

  1. A mercadoria custa R$ 10,00 cada ou a mercadoria custa R$ 10,00 cada UMA?

O correto é empregar a palavra “CADA” seguida de um substantivo.

Exemplos:

Foi distribuído um ingresso para cada UM.

As maçãs custavam R$ 1,00 real cada UMA.

  1. Tenho DE trabalhar ou tenho QUE trabalhar?

Qual a frase correta?

É facultativo dizer “ter de” ou “ter que”.

Houve tempo em que se discutiu muito esse assunto, mas, atualmente, as bibliografias dão validade às duas construções, e o falante pode escolher tranquilamente a que melhor lhe soar.

 

Paulo Roberto Ribeiro – ASCOM

Dicas de Português: Chance e risco

Partes do corpo e atributos da pessoa permanecem no singular

É pergunta frequente se devemos usar o singular ou o plural para nos referirmos a partes do corpo de pessoas quando nos referimos a duas ou mais delas simultaneamente. Afinal, dizemos que “todos ergueram as cabeças” ou que “todos ergueram a cabeça”?

Em português, emprega-se o singular nesse tipo de situação, a menos que se esteja fazendo referência a determinadas partes do corpo, como mãos, olhos, dedos etc., que cada pessoa tem mais de uma. Assim: “Todos ergueram a cabeça” (cada pessoa tem uma cabeça) “levantaram as mãos para o céu” (cada pessoa levantou as suas duas mãos). Para fazer referência a uma só das mãos, vale o singular: “Quando o professor perguntou quem sabia a resposta da questão, todos os alunos levantaram a mão” (ergueram uma só das mãos).

O mesmo princípio vale para os atributos da pessoa: “Todos tinham consciência do problema”, “Eles mantinham a mente aberta a novas descobertas” etc. Na língua portuguesa, esses substantivos permanecem no singular.

Chance e risco

“Fumantes têm mais chance de ter bronquite e câncer no pulmão.”

A palavra chance é um empréstimo do francês, cujo significado é algo como “possibilidade ou probabilidade de que alguma coisa (sobretudo um acontecimento feliz) se produza, sorte favorável.

Como se vê, a palavra é mais bem usada quando seu complemento exprime situações favoráveis: chance de sucesso, chance de conseguir um bom emprego…

Se a situação for desfavorável, como ocorre com as doenças em geral, é melhor evitar esse termo. É possível, nessas situações, empregar termos como “risco”, “perigo” ou mesmo “possibilidade” e “probabilidade”, estes de teor neutro.

Dizemos, então, que alguém corre risco de perder algo, corre perigo de sofrer um acidente ou tem probabilidade de ter alguma doença.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/

Paulo Roberto Ribeiro – ASCOM

Dicas de Português – PÓS, PRÉ, PRÓ

É frequente as pessoas me perguntarem sobre as regras para formação de palavras com expressões “pré”, “ante” ou “pós”. Quando se acrescenta hífen ou ocorre aglutinação (como preexistente, em oposição a pós-graduação)?

Vamos acrescentar o prefixo pro/pró, que se encaixa na mesma orientação.

I – Quando tônicos, pós, pré e pró grafam-se separados da palavra seguinte:

O sistema de refeição-convênio surgiu na Europa durante o período de fome e reconstrução do pós-guerra .

Ficam proibidas novas admissões em período pré-eleitoral .

Pré-datar cheques é prática comum em todo o Brasil.

O Estado subsidia um programa pró-criança de aleitamento materno e creches.

A pós-graduação nessa área perdeu o status e o charme que tinha.

II – Quando átonos (sons ê e ô fechados), pos, pre e pro associam-se ao radical:

Vive a pospor suas decisões, principalmente as de cunho pessoal.

Predizer catástrofes é uma de suas especialidades.

No Brasil, a época de procriação das aves silvestres vai de setembro a fevereiro.

Entretanto, a regra não é de todo confiável, pois foram oficialmente registradas palavras sem hífen apesar de o prefixo ser pronunciado como tônico, com som aberto. Fiquemos atentos a cinco vocábulos relativamente comuns: preconceber, preexistir, preestabelecer, predefinir, predeterminar:

Toda sua tese foi elaborada com base em ideias preconcebidas .

As condições preexistentes não permitiram à diretoria recém-empossada tomar novos rumos.

O ajuste foi aceito em vista do acordo preestabelecido .

Serão predefinidas as condições em que faremos as negociações.

Todos os passos estão sendo minuciosamente predeterminados .

Em suma, é mais seguro recorrer a um dicionário quando surgirem dúvidas.

Fonte:  www.linguabrasil.com.br

Paulo Roberto Ribeiro – ASCOM

Dicas de Português – Consultas

Consulta 1: Caso tenha que fazer uma retificação onde há um sujeito composto ligado pela conjugação “e”, devo utilizar: onde se lê: “banana e abacate…”, leia-se: “morango e abacaxi…” ou onde se leem: “banana e abacate…”, leiam-se: “morango e abacaxi…”?

Grata pela atenção.

Resposta:

O certo é, por exemplo, “leia-se morango e abacaxi”, pois aí não se trata de voz passiva (já que não se quer dizer que morango e abacaxi devem ser lidos). Mas sim: onde se lê isso, leia-se aquilo.

Consulta 2: Quando usar o termo “bibliografia”, e quando usar o termo “referências bibliográficas”? Como funciona?

Resposta

Esta não é propriamente uma questão de português, mas de metodologia. O que posso lhe dizer é que bibliografia diz respeito aos livros lidos pela pessoa para elaborar seu trabalho (citados no texto ou não). Já nas referências bibliográficas colocam-se apenas os livros referenciados (isto é, citados) no texto.

Consulta 3: Segue a dúvida: Qual o feminino de “Gramático” e “Músico”?

Resposta

Pela regra, o feminino de músico é música. Mas dados a estranheza e o risco de ambiguidade em certos contextos, costuma-se usar musicista para denominar a mulher que interpreta ou faz música. Além desse, existem substantivos femininos como carteira, torneira, gramática, física, que designam outras coisas que não o gênero feminino de  profissões ( carteiro, torneiro, gramático, físico). É por essas razões que, em alguns casos, lança-se mão do sufixo ista para indicar que se trata de uma função feminina.

Consulta 4: Neste período de transição da vigência do acordo ortográfico, até 31 de dezembro de 2016, gostaria de saber se um texto é considerado correto quando “mistura” vocábulos da nova e antiga ortografia ou se somente quando se opta por todos da nova ou todos da antiga.

Resposta

Há quem diga que é preciso escrever todo o texto em uma ou outra forma, mas eu discordo, pois entendo que a pessoa já pode eliminar o trema de toda a redação, mesmo sem atender rigorosamente a outros aspectos da reforma ortográfica que se configuram de mais difícil assimilação. O Acordo traz tantos detalhes que seria o maior absurdo penalizar uma pessoa só por não saber aplica-lo em sua totalidade. E querer que o vestibulando ou outro concursando escreva tudo pela grafia antiga é dar oportunidade ao atraso na vigência das novas regras no Brasil.

Fonte: www.linguabrasil.com.br

Paulo Roberto Ribeiro – ASCOM

Dicas de Português: Bem feito, bem-feito e benfeito (atualizado)

Bem feito, bem-feito e benfeito (atualizado)

Segundo o novo acordo ortográfico, “bem” se agrega com hífen a palavras que com ele formam uma unidade semântica (adjetivo ou substantivo composto): bem-aventurado, bem-criado, bem-humorado, bem-educado, bem-nascido, bem-sucedido, bem-vindo, bem-visto (estimado).

O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp) da Academia Brasileira de Letras, em sua quinta edição, publicada logo depois do início da vigência do novo acordo, registrava “benfeito”, valendo tanto para o substantivo como para o adjetivo.

No entanto, a Academia Brasileira de Letras voltou atrás e ressuscitou a forma “bem-feito”, que é adjetivo.

Agora “benfeito” é apenas substantivo, o mesmo que “benefício”, “benfeitoria”: “O benfeito da prefeitura ajudou a comunidade”.

Em resumo:

“Benfeito” = substantivo: “O benfeito dele foi de grande valor para o país”.

“Bem-feito” = adjetivo: “Achei o serviço muito bem-feito”.

“bem feito” = quando “bem” é advérbio e não está agregado a “feito”: “O serviço foi [bem] feito por Mariana”; e quando é uma expressão interjetiva: “Ele escorregou na gramática. Bem feito!”

 Bem vindo ou bem-vindo?

A norma culta só registra a forma “bem-vindo”, com flexão de gênero e número sempre que houver um nome a exigir isso, pois se trata de adjetivo composto.

Portanto, escreva sempre com hífen:

 Bem-vinda, professora!

Bem-vindos sejam os honestos e os trabalhadores.

As crianças sempre são bem-vindas.

Paulo Roberto Ribeiro – ASCOM

Dicas de Português: Recurso x recursos

Recurso x recursos

A palavra “recurso” não tem o mesmo significado da palavra “recursos”.

Ou seja, são duas palavras.

“Recurso”, sem “s” no fim, significa invocação de ajuda, de socorro, meios para vencer dificuldades:

Ele está estudando muito para passar e seu único recurso são os livros.

“Recurso”, sem “s” no fim, ainda significa “meio para provocar a revisão de uma decisão judicial desfavorável”:

O advogado entrou com um recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo.

A outra palavra, “recursos”, com “s” no fim, significa “aptidões naturais, dons, talentos; meios pecuniários, bens materiais, posses, riquezas, meios de que se pode dispor”.

Ou seja, quando houver ideia de dons, de dinheiro, de riqueza, de posses, usa-se sempre “recursos”, com “s” no fim:

Ela é linda e tem maravilhosos recursos estéticos.

O bom escritor é possuidor de recursos estilísticos.

O Brasil é um país rico em recursos naturais.

Aprenda a não confundir dá, está, lê e vê com dar, estar, ler e ver

Muita gente, quando vai escrever, usa “dá”, “está”, “lê” e “vê” no lugar de “dar”, “estar”, “ler” e “ver”.

Essa confusão tem dois motivos: quando pronunciam o infinitivo desses verbos, normalmente as pessoas o fazem sem enfatizar o “r”.

O apagamento do “r” na fala é, portanto, o primeiro motivo.

O segundo é o fato de esses verbos terem, na terceira pessoa do indicativo, formas oxítonas acentuadas  – dá, está, lê, e vê –, cuja pronúncia muito se assemelha à da fala relaxada em que ocorre o apagamento do “r”.

Nos verbos em que a terceira pessoa do presente do indicativo não é oxítona, esse problema não ocorre.

Ninguém confunde, por exemplo, “ama” com “amar”, nem “pode” com “poder”.

A boa notícia, para os que têm dificuldade de saber quando é dá/dar, está/estar, lê/ler, vê/ver, é que é muito simples desfazer essa dúvida.

Basta saber que o infinitivo (dar, estar, ler e ver) pode ser substituído por outro infinitivo; a forma flexionada (dá, está, lê e vê) não pode.

Vejamos isso na prática.

Surgiu a dúvida: é “Ele pode está ou estar certo”?

Vamos tentar a substituição por um infinitivo: “Ele pode andar certo”.

A substituição por um infinitivo é possível, logo: “Ele pode estar certo”.

Mais um teste: “Governador dá ou dar nova função a secretário”?

Neste caso o certo é “dá”, pois a substituição por outro infinitivo não é possível.

Não pode ser “Governador oferecer nova função a secretário”.

Questão de sentido: anteontem x antes de ontem

Muitos usam “antes de ontem” no lugar de “anteontem”.

No entanto, essas expressões não têm exatamente o mesmo sentido.

“Antes de ontem” é mais genérica.

De modo prático: se hoje é quinta-feira e eu digo que um fato ocorreu antes de ontem, esse fato pode ter ocorrido terça-feira, segunda-feira, domingo, sábado, ou seja, qualquer dia antes de ontem.

“Anteontem” é específica, refere-se apenas a um determinado dia.

Por exemplo: se hoje é quinta e eu digo que um fato ocorreu anteontem, esse fato ocorreu exatamente terça-feira.

Em resumo:

antes de ontem – qualquer dia antes de ontem.

anteontem – o dia anterior a ontem.

Fonte: www.portuguesnarede.com

Paulo Roberto Ribeiro – ASCOM

Dicas de Português: Questão de gênero: a herpes ou o herpes?

Questão de gênero: a herpes ou o herpes?

Muitos dizem “a herpes”.

O correto, porém, é “o herpes”.

Trata-se, portanto, de palavra do gênero masculino.

Por que as pessoas dizem “a herpes”?

Talvez contaminadas pela ideia de doença.

Mussarela ou Muçarela?

O duplo “z” de palavras italianas vira, em português, “ç”:

carrozza – carroça

piazza – praça

razza – raça

Na Itália, escreve-se “mozzarella”, com dois “z”.

É por isso que os principais dicionários (Aurélio e Houaiss) e o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp) prescrevem a grafia “muçarela”, com “ç”.

De baixo ou debaixo?

Grafa-se “de baixo”, separado, nos seguintes casos:

a) quando “baixo” é adjetivo ou faz parte de uma locução adjetiva: “Disse várias palavras de baixo calão”; “Estava sem a roupa de baixo”;

b) em correlações com “cima” ou “alto”: “Olhou a moça de baixo a cima”; “Observou o quadro de baixo a alto”; “A cortina rasgou-se de baixo a cima”;

c) ou quando pode ser substituído por “de cima”: “Saiu de baixo (de cima) da árvore”.

Nos demais casos, escreve-se “debaixo”, junto: “O menino está debaixo da mesa”; “Vivem debaixo do mesmo teto”; “Debaixo de um sol forte, centenas de pessoas disputaram um espaço na fila”; “Sport joga com o regulamento debaixo do braço”.

Como reforço, perceba que em “de baixo” está presente, normalmente, a ideia de “lugar de onde” (Saiu de baixo da mesa = saiu de onde) enquanto em “debaixo” a ideia é de “lugar onde” (O menino está debaixo da mesa = o menino está onde).

Observe também que “debaixo”, na maioria das vezes, é seguido da preposição “de” (“O menino está debaixo da mesa”; “Vivem debaixo do mesmo teto”; “Timbu com o regulamento debaixo do braço”) e que o mesmo não ocorre com “de baixo” (“Disse várias palavras de baixo calão”; “Olhou a moça de baixo a cima”; “Sai de baixo, que lá vem pedra!”).

Fonte: http://www.portuguesnarede.com

Paulo Roberto Ribeiro – ASCOM

Dicas de Português: “Risco de vida” e “correr atrás do prejuízo”: é correto usar essas expressões?

Qual a expressão certa: risco de morte ou de vida?

Com frequência, ouvem-se essas duas perguntas.

E a resposta é… as duas!

“Risco de morte” (ou “de morrer”) é mais recente e, à primeira vista, mais lógica, pois em geral “risco de…” se associa a algo ruim: corre-se risco de morrer afogado, de ser sequestrado, de eleger um demagogo, etc.

No entanto, temos de reconhecer que “risco de vida” tem forte e tradicional uso e este uso torna-a legítima.

Além disso, há os que veem nesta expressão a ocorrência de uma elipse, ou seja, um trecho dela está subentendido: “risco de [perder a] vida”.

Ou seja, sem a elipse, a expressão seria “risco de perder a vida” e, desse modo, ela também teria sua lógica.

Em resumo, pode-se dizer que hoje essa questão é muito mais um caso de preferência.

Use, pois, a expressão que melhor lhe convier.

Quanto a “correr atrás do prejuízo”, não há o que se discutir: é uma expressão consagrada e muito lógica.

Quando digo que o “A seleção brasileira está perdendo por 1×0 e tem que correr atrás do prejuízo”, o sentido é de “diminuir o prejuízo, acabar com o prejuízo”.

Não embarque, portanto, nesta história de que o certo é “correr atrás do lucro, e não do prejuízo”.

Isso é bobagem.

Na língua portuguesa, não existe a expressão “correr atrás do lucro”.

O que há é “correr atrás do prejuízo”, que, como foi mencionado anteriormente, quer dizer “correr atrás para diminuir ou acabar com o prejuízo”.

Fonte: http://www.portuguesnarede.com

Paulo Roberto Ribeiro – Ascom