Arquivo da categoria: Terciarias

Coletânea produzida na disciplina “Português como Língua Estrangeira” traz percepções sobre o Carnaval brasileiro

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Estudantes da disciplina, acompanhados da professora Débora Racy.

Os estudantes da disciplina “Português como Língua Estrangeira 3” evoluíram nos estudos da Língua e, ao final do período letivo 2015/2, suas produções textuais foram consolidadas em uma coletânea. O material foi organizado pela professora do Departamento de Educação (DED) Débora Racy Soares que, em interação com a Diretoria de Relações Internacionais (DRI), é a responsável pela condução dos trabalhos das disciplinas da área.

A coletânea intitulada “Olhares estrangeiros sobre o Carnaval brasileiro” reúne redações que tiveram como tema o Carnaval, a partir da percepção dos estrangeiros sobre a festa, sobre os brasileiros e o Brasil. “Estas redações são uma pequena amostra de um dos assuntos discutidos em sala de aula. A motivação para reuni-las e registrá-las deve-se ao fato de lidarem, de forma bastante sensível, com as diferenças culturais. Ademais, ampliam as possibilidades de sentido e de entendimento do Carnaval de forma reveladora, abordando questões de natureza multi/transcultural que nos interessam”, ressalta a professora. Essa iniciativa faz parte de um projeto mais amplo, de extensão e de pesquisa, denominado “Aquarela Cultural” e coordenado por Débora.

“A experiência de incentivo à leitura e produção textual, além de envolver positivamente os discentes na aprendizagem da língua-alvo, funciona como uma espécie de aclimatação à temperatura social brasileira, no microcosmo universitário”, explica a professora.

A turma também criou um blog (http://ple3ufla2015.blogspot.com.br), com a intenção de compartilhar, com seus colegas de departamento, as entrevistas realizadas pelos alunos. A ideia surgiu a partir do trabalho com gêneros textuais, mais especificamente resumos acadêmicos, blogs e entrevistas. “Todos estão convidados a ler as entrevistas sobre pesquisas desenvolvidas na UFLA, nos mais diversos departamentos, e conhecer seus autores. Leiam e comentem!”, convida a professora.

De acordo com Débora, a apresentação de seminários também foi um ponto alto da disciplina, pois funcionou como simulacro de situações reais. “O entrosamento da turma, que convive desde o primeiro módulo do curso, facilitou a exposição oral. Os seminários serviram como uma espécie de treino para a apresentação de trabalhos acadêmicos, solicitados em outras disciplinas de pós-graduação”.

As disciplinas de Português como Língua Estrangeira são recentes na UFLA, mas têm gerado frutos. Um exemplo é a aprovação de estudantes em níveis considerados difíceis no exame Celpe-BRAS (Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros). (Veja aqui o texto sobre a aprovação de uma das estudantes). Os cursos constituem mais uma iniciativa da Universidade em prol da internacionalização.

As disciplinas continuam no próximo semestre letivo, assim como os cursos de extensão. Para frequentar as aulas, é preciso fazer matrícula, dentro dos prazos estabelecidos no calendário acadêmico da pós-graduação. Já os cursos de extensão serão divulgados oportunamente e são abertos a todos os estrangeiros interessados.

Acesse o arquivo com as redações.

Com informações da professora Débora Racy Soares.

Atleta africano inicia nova trajetória na UFLA

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Youssouf Mahamat Goubaye, ao centro, aparece na imagem acompanhado de integrantes do projeto Cria-Lavras.

Youssouf Mahamat Goubaye é o novo estudante e atleta da Universidade Federal de Lavras (UFLA). Ele é natural de Tchad, um país localizado na parte central do norte da África, cortado pelo deserto do Saara, com temperaturas que ultrapassam a casa dos 45 graus. “Com uma história de milhares de anos, mantém tradições e costumes de seus ancestrais e, como em vários países, há disputas e guerras que se eternizam”, conta o professor de Educação Física da UFLA (DEF) Fernando de Oliveira, responsável pela vinda do atleta para a UFLA.

“A minha história com o Tchad era inexistente (sem contato com o país nem pelas leituras da filosofia africana ou sobre a diáspora negra), até que viajei em 2015 para o mundial de atletismo sub18, realizado na Colômbia. No meu retorno ao Brasil, passando pela sala de espera do Aeroporto de Cali, encontrei um atleta tchadiano conversando com um treinador português – Luís Heredio – do Sporting Lisboa de Portugal e da Seleção Nacional”, relata o professor

Fernando conta que nunca tinha visto Youssouf correndo, mas ao conversar com Luís Heredio, soube que o jovem era muito bom, além de muito decidido. “Ele saiu sozinho do seu país e resolveu, também sozinho, todos os problemas encontrados em competições como aquela. Ataquei com o meu francês de baixa qualidade e conversamos rapidamente; então o atleta do Tchad demonstrou interesse de vir ao Brasil treinar e estudar. Trocamos e-mails e telefonemas”, comentou Fernando.

Após um tempo, o professor  volta a ter contato com o atleta. Assim, resolvem que Youssouf viria para o Brasil. “Primeiro, o visto deveria ser tirado em Yaoundé, Camarões, já que não temos representação consular em N`Djamena, capital do Tchad. Depois, o custo da passagem foi outra dificuldade, por ser muito alto para um jovem tchadiano e sua família. Por fim, seu pai conseguiu parte do dinheiro e ele vendeu seu computador e celular para completar a compra. De N´Djamena, na sua vinda, ele foi para a Ethiopia e passou um dia em Addis Abeba; no outro, chegou a São Paulo e veio para Lavras”, diz Fernando.

O professor relata que, logo de início, impressionou-se com as atitudes do jovem de 17 anos. “Chegando aqui, após dormir algumas horas, já estava treinando conosco. Ele me contou das dificuldades de seu país e de seu treinamento. Descobri que o campeonato mundial foi sua quarta competição e que seus treinos pareciam de outro mundo, de tão básicos e incompletos. Havia jogado apenas futebol até 15 meses antes. Ele nos impressionou em suas primeiras corridas em nossa nova pista, parecia ter nascido para correr com suas pernas finas e longas”.

Além das grandes habilidades, o professor Fernando tem admirado, cada vez mais, o caráter de Youssouf. “Outro dia me disse que havia recebido o convite do Canadá para ir treinar por lá. Caí na besteira de perguntar o porquê de não ter aceitado a proposta. Sua resposta: – Meu pai me ensinou que não posso ser duas pessoas – havia assumido um compromisso com o senhor. Naquele momento, vi que estava diante de algo diferente”.

Youssouf já está classificado para o mundial sub 20 neste ano, e a expectativa é de que também participe dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. “Ele é bom demais e corre como um guepardo. É um exemplo para os que vivem reclamando da vida, e demonstra uma segurança em suas decisões que espanta quem está por perto”, complementa Fernando. O atleta tchadiano cursará Educação Física na UFLA.

Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA

Projeto do Nenp garantiu doação de materiais escolares a escola municipal de Lavras

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Foto: Divulgação Nenp.

Duas palestras promovidas pelo Núcleo de Estudos em Novos Produtos e Análise Sensorial (Nenp) garantiram a arrecadação dos materiais escolares que foram doados à Escola Municipal Oscar Botellho, localizada no bairro Lavrinhas, em Lavras. Além das contribuições dos participantes dos eventos, os membros do Nenp contaram também com a colaboração de professores do Departamento de Ciência dos Alimentos da Universidade Federal de Lavras (DEN/UFLA) para tornar possível o projeto.

Uma das palestras envolvida no projeto de arrecadação foi sobre “Marketing Pessoal”, proferida em fevereiro. Outra foi promovida em 7/3 e tratou do “Uso de realçadoes de saber como ferramenta para redução de sódio nos alimentos”.  Os materiais escolares adquiridos a partir dessa programação foram entregues à escola em 21/3 por membros do Núcleo. Antes disso, eles consultaram a direção da escola para saber quais eram as maiores necessidades. No volume doado estavam 1 aparelho de dvd, 30 pacotes de folhas chamex , 40 caixas de massinha, 35 caixas de tinta guache, folhas de colorset e folhas de EVA.

Os projetos sociais fazem parte da agenda do Nenp a cada novo período letivo. O Natal, o início das aulas em escolas públicas e outras datas específicas têm motivado iniciativas semelhantes por parte da equipe.

Para saber mais sobre o Nenp, acompanhe: https://www.facebook.com/UFLANENP/

Com informações de Mayck Barcelos, bolsista Ascom/DCA.

Plataforma digital criada na UFLA permite avaliação de cafés especiais

Projeto de Gestão em Ciência, Tecnologia e Inovação possibilitou a criação de plataforma digital para classificação, análise física e microestrutura de cafés especiais.

Janelas da aplicação de Análise Sensorial de Cafés Especiais
Janelas da aplicação de Análise Sensorial de Cafés Especiais

Com intuito de organizar, catalogar e agregar valor às diferentes etapas do processo de análise de cafés, o projeto desenvolvido pelo mestrando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Sistemas e Automação da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Dimas Samid Leme, analisou informações referentes aos cafés tratados pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT-Café) e pelo Polo de Tecnologia em Qualidade do Café, ambos situados na Agência de Inovação do Café (InovaCafé) da UFLA.

A plataforma “LeGusta” vem implementar e comparar diferentes técnicas de inteligência computacional para classificação de cores em grãos de café torrados desenvolvendo três aplicações para dispositivos mobiles nas versões Android e iOs, que possibilitará a representação do processo de análise sensorial definido pelo Concurso Mineiro de Cafés Especiais promovido pelo Polo de Tecnologia em Qualidade do Café, permitindo modelar e implementar o dispositivo para medição de temperatura das xícaras durante o processo de degustação que estejam sincronizadas com a aplicação, também através do aplicativo os modelos de comunicação serão lançados na web afim de disponibilizar informações em tempo real.

O sistema possui mecanismo automatizado para coleta do grau de torra de amostras de café baseada em escala Agtron, uma linha graduada definida pela Specialty Coffee Association of America (SCAA) e pela Agtron, empresa norte-americana que produz equipamentos para seleção de café, por meio de imagem, essa coleta possibilitará maior agilidade e garantia no controle de dados referentes as análises realizadas.

De acordo com orientador da pesquisa, professor da UFLA, Bruno Henrique Groenner Barbosa, a possibilidade de caracterização de diferentes níveis de torra por meio de imagens fotográficas possibilita, de imediato, uma grande redução dos custos de implementação se comparadas aos modelos convencionais. Além de permitir uma integração em tempo real com um sistema de armazenamento e controle. Ele explica que ao se utilizar uma aplicação portátil pretende-se reduzir o tempo de avaliação e ajudar os avaliadores a escolherem, dentre uma listagem de tipos de fragrância, aroma e sabor, aquelas que mais se pronunciaram naquela amostra.

“Este aplicativo veio para facilitar e agilizar o processo de análise sensorial, ao passo que o avaliador não necessita controlar uma prancheta e caneta, além de outros materiais. A importância está na construção de uma plataforma que organiza e armazena dados de cafés, podendo futuramente haver uma seleção de dados que poderá definir características de longo prazo, como por exemplo: quais cafés são os mais bem pontuados em Minas Gerais, quais são os mais doces, quais os mais aromatizados e etc.” explica Dimas.

A coorientadora da pesquisa e professora da UFLA, Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga Pereira, afirma que a plataforma exercerá um forte impacto nos diferentes segmentos do setor cafeeiro, por ser um instrumento científico e de inovação tecnológica que subsidiará de forma objetiva as avaliações qualitativas do café.

Vanessa Trevisan (ASCOM InovaCafé)

Oportunidade para realização de Pós-Graduação na Nova Zelândia

Diversidade é um dos diferenciais deste programa de pós-graduação
Diversidade é um dos diferenciais deste programa de pós-graduação

A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais informa que a Embaixada da Nova Zelândia no Brasil está com vagas abertas para o programa de Bolsas de Estudos “New Zealand Development Scholarships“.

As bolsas são oferecidas para quem busca certificado de pós-graduação (6 meses), diploma de pós-graduação (1 ano) e mestrado (1 a 2 anos). As bolsas são destinadas a candidatos que demonstrem excelência acadêmica e comprometimento com o desenvolvimento econômico de seus países de origem.  Uma preferência é dada a candidatos que queiram desenvolver estudos acadêmicos nas áreas de Agricultura e Energias renováveis.

A duração dos estudos varia entre 6 meses e 2 anos, a depender do tipo de curso escolhido. As inscrições são realizadas online e estão abertas até o dia 30 de Abril.

Os interessados devem acessar o link para mais informações e para inscrição:

https://www.mfat.govt.nz/en/aid-and-development/scholarships/

Os programas de pós-graduação disponíveis em Agricultura estão disponíveis neste link. Para os cursos ligados à área de energia renovável, informações neste link.

Movimento Universidades Renovadas inicia na quarta (6/4) programação de missas semanais na UFLA

IMG_0014Todas as quartas-feiras, a partir de 6/4, haverá missa na Capela Ecumênica da Universidade Federal de Lavras (UFLA). A iniciativa é dos membros das Universidades Renovadas (MUR), que atuam na universidade por meio do Grupo de Oração Universitário do (GOU) e do Grupo de Partilha e Perseverança (GPP), ligados ao Núcleo Multidisciplinar de Estudos e Extensão em Espiritualidade Cristã (Numec).

As missas terão início sempre às 18h. A coordenadora do GPP Fernanda Costa incentiva os interessados a convidar também familiares, amigos e colegas de trabalho. “Todos serão muito bem-vindos em nossas celebrações. O saber é construído e somado a valores humanos, podendo ser conciliado com a fé e a razão”, diz.

A Capela Ecumênica fica próxima ao prédio da Reitoria. Em 16/3 houve uma primeira celebração; no entanto, a programação semanal ininterrupta terá início apenas em 6/4.

Açúcar é utilizado como alternativa para a desintoxicação de cafeeiros

Avaliação de trocas gasosas no experimento
Avaliação de trocas gasosas no experimento

As plantas daninhas competem com o cafeeiro por luz, água e nutrientes, e o manejo ineficiente dessas pode afetar negativamente o crescimento vegetativo e a qualidade dos frutos da lavoura. Uma das alternativas para solucionar esse problema é o controle químico das plantas daninhas por meio do uso do “glyphosate”, que é um herbicida sistêmico não seletivo, desenvolvido para eliminar as plantas indesejáveis. Porém esse herbicida de ação pós emergente e não seletiva quando aplicado nas áreas cultivadas com cafeeiro, pode afetar negativamente esses cafeeiros por efeito da “deriva”, quando parte do herbicida pulverizado é desviado para fora da área alvo (mato) pela ação do vento.

Inicialmente por observação dos próprios cafeicultores e em seguida por pesquisas realizadas na Universidade Federal de Lavras tem sido constatada a possibilidade da aplicação de sacarose (açúcar) com objetivo de reverter os danos causados pela deriva do herbicida, porém necessitando ainda de investigações complementares.

O mestrando do Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Fitotecnia da UFLA, Ademilson de Oliveira Alecrim, desenvolveu estudo para verificar o efeito do uso de sacarose na desintoxicação de plantas de cafeeiro sob efeito da deriva de glyphosate. O orientador da pesquisa e professor da UFLA, Rubens José Guimarães, explica que a utilização do glyphosate sem a observância dos princípios da tecnologia de aplicação pode provocar deriva causando injúrias ao cafeeiro. Ele afirma que, “há necessidade da pesquisa científica para esclarecer a forma correta da utilização da sacarose no cafeeiro por ser fundamental aos cafeicultores que poderão utilizar essa tecnologia tão simples quanto importante, no cultivo sustentável do café”. O professor ressalta também que o sucesso dessas novas descobertas é devido a ação de uma equipe multidisciplinar envolvendo também outras instituições como a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e a Embrapa Café.

RESULTADOS

Mudas do experimento alocadas na estufa da Agência de Inovação do Café
Mudas do experimento alocadas na estufa da Agência de Inovação do Café

Por meio de experimento conduzido na casa de vegetação da Agência de Inovação do Café (InovaCafé) da UFLA, a pesquisa constatou que a intoxicação por glyphosate em plantas de cafeeiro em fase de implantação na lavoura, prejudica o crescimento da parte aérea, porém sem prejuízos do sistema radicular, motivo pelo qual após um período de intoxicação o cafeeiro retoma seu crescimento normal. Essa intoxicação temporária também foi constatada na pesquisa pois “a intoxicação causada pela “deriva” alterou a anatomia de folhas novas que cresceram sob o efeito do herbicida, porém não alterou a anatomia de folhas velhas que já estavam totalmente desenvolvidas por ocasião da exposição ao glyphosate. Segundo dados da pesquisa, para que ocorra a desintoxicação das plantas que sofreram deriva de glyphosate durante o período de implantação na lavoura, a melhor dose de aplicação de sacarose foi na concentração de 5%, próximo a uma hora após a intoxicação, com um volume de calda na ordem de 400 litros por hectare”, explica Ademilson.

Vanessa Trevisan (ASCOM – InovaCafé) ​

 

 

Exposição sobre os solos de Minas no Museu Bi Moreira permanece até final de abril

Escolas do município,  visitam exposição no Museu Bi Moreira.
Alunos visitam exposição no Museu Bi Moreira. Conhecer o solo mineiro, para melhor preservá-lo. 

“Solos de Minas, a riqueza da terra mineira”, em exposição no Museu Bi Moreira da Universidade Federal de Lavras (UFLA), já recebeu diversas visitas, dentre elas, estudantes de escolas do município de Lavras e atletas do Centro Regional de Atletismo (CRIA).

As visitas são mediadas pela equipe do Museu e do Núcleo de Estudos em Ciência do Solo (NECS). Na ocasião, os visitantes tem a oportunidade de observar através dos monólitos a diversidade de solos que o Estado de Minas Gerais possui em diferentes regiões, visualizarem como o solo é formado, e ainda refletirem sobre questões relacionadas à conservação do solo e a sua importância para a agricultura e o meio ambiente.

Por meio da arte, a ciência do solo é desmitificada e desperta na população o interesse por entender e preservar esse recurso que interfere diretamente em sua qualidade de vida.

Parceria entre o Museu Bi Moreira e d Núcleo de Estudos em Ciência do Solo: para facilitar o conhecimento!
Parceria entre o Museu Bi Moreira e d Núcleo de Estudos em Ciência do Solo: para facilitar o conhecimento!

A exposição foi lançada em 2015 por iniciativa da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam). A coleção de perfis em exposição pertence ao acervo do Banco de Solos do Estado, criado por meio de parceria entre a Feam e a Universidade Federal de Viçosa (UFV). O Banco é resultado da instituição do Programa Solos de Minas, em 2008, que envolveu também a UFLA e a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), além da Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec) e do Centro de Desenvolvimento de tecnologia Nuclear (CDTN). O Programa já desenvolveu diferentes projetos, com a participação de pesquisadores de instituições e centros de pesquisa do Estado, e com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig).

O Museu Bi Moreira está localizado no Campus Histórico da UFLA e encontra-se parcialmente aberto para as visitas à exposição até 29 de abril. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h. Para agendamento de grupos, especialmente os escolares, é necessário entrar em contato pelo telefone: (35) 3829-1205.

Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA, com informações do estudante de Agronomia Rayner dos Reis

Implicações do corte etário são retratadas no Fórum Sul Mineiro de Educação Infantil realizado na UFLA

Sediado na UFLA, o Fórum contemplou 23 cidades de Minas Gerais. Mais de 80 profissionais da Educação estiveram presentes.
Sediado na UFLA, o Fórum contemplou 23 cidades de Minas Gerais. Mais de 80 profissionais da Educação estiveram presentes.

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) sediou nessa quinta-feira (31/3) o 117º Fórum Sul Mineiro de Educação Infantil, com o tema central “Corte etário: implicações e contradições no cotidiano da educação infantil”. O evento contou com o apoio do Departamento de Educação (DED/UFLA) e do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) Pedagogia, Gênero e Sexualidade.

“Nós temos que estar presentes em todos os espaços da Educação”, enfatizou na abertura do evento a Superintendente Regional de Ensino Suely Alves Tereza Tavares. “É de supra importância que se tenham os Fóruns Regionais para engrandecer nossa luta”, complementou a coordenadora do Comitê Gestor do Fórum, professora do DED, Kátia Batista Martins.

Os educadores Sandra Maria Lara, Cláudia Ribeiro e João Paulo Pereira apresentam apreciações sobre a temática
As educadoras Sandra Maria Lara e Cláudia Ribeiro e o conselheiro tutelar João Paulo Pereira apresentam apreciações sobre a temática

A temática de discussão desse encontro, deve-se ao fato de que a matrícula das crianças de quatro anos passa a ser obrigatória a partir deste ano em todo o País. As adaptações vêm ocorrendo desde 2009, e agora deve ser cumprida em todas as redes de ensino.

Essa mudança ocorreu devido a Emenda Constitucional 59/2009. Antes da alteração na Constituição, a única fase escolar obrigatória no Brasil era de 6 a 14 anos. Depois da emenda, o ensino passou a ser obrigatório dos quatro aos 17 anos, incluindo assim a pré-escola, o ensino fundamental e o ensino médio.

“O corte etário representa um impasse muito grande. Essas implicações para nós ainda ficam em suspenso devido à falta de estudos sobre o assunto. Por isso, devemos estudar e ter essa troca de experiência como estamos fazendo aqui hoje”, comentou a professora Andressa Maria Ferreira de Souza Oliveira, representante da Secretaria de Educação de Lavras.

A professora titular da Educação Básica da Rede Pública, em exercício na Superintendência Regional de Ensino de Campo Belo, Sandra Maria Baldone Lara, explicou durante o Fórum, que atualmente em Minas Gerais prevalece a lei 20.817/2013, em que se estabelece a data corte no Estado para 30 de junho.

Assim, para o ingresso no primeiro ano do ensino fundamental em Minas Gerais, a criança deveter seis anos de idade completos até o dia 30 de junho do ano em que ocorrer a matrícula. Sandra enfatizou que esta é uma determinação que vigora hoje, contudo, em um futuro breve pode ser que ainda haja alterações. “Fórum é um lugar de debates, onde surgem novas ideias e aspirações”, complementou Sandra.

“Para os pais ou responsáveis que não adimplirem com sua obrigação legal é possível a determinação da matrícula e o acompanhamento pela autoridade competente com, inclusive, cominação de multa por descumprimento, como também a sanção prevista no artigo 249 do ECA como infração administrativa e, em última análise até a responsabilização penal e a destituição da autoridade parental. Muito embora tenha se argumentado que estas não parecem atender aos melhores interesses da criança, regra geral”, relataram os professores do Departamento de Direito (DIR/UFLA) Feliipe Guerra David Reis e Luciana Fernandes Berlini, os quais emitiram um parecer jurídico informando todas as mudanças que ocorreram na Constituição com relação ao corte etário e à Educação Infantil.

Professores participantes registram a situação de cada escola sobre o corte etário
Professores participantes registram a situação de cada escola sobre o corte etário

Também foi ressaltado no Fórum que de acordo com a lei, a criança deve ser matriculada na instituição de ensino mais próxima à sua residência. Dessa maneira, o Poder Público tem a obrigação de destinar recursos para a ampliação de vagas, assegurando o direito à educação infantil.

De acordo com o conselheiro tutelar de Lavras João Paulo Santos Pereira, é dever dos pais matricular seus filhos a partir dos quatro anos e obrigação das redes de ensino garantir a vaga para todas as crianças.  Assim, é necessário ampliar o número de escolas e vagas para atender toda a demanda.

O Fórum sediado na UFLA contemplou 23 cidades de Minas Gerais. Mais de 80 profissionais da Educação estiveram presentes. “Não dá para fazer nada sozinho, por isso, hoje temos aqui várias representações. Para termos força. Não podemos esquecer-nos da qualidade da Educação infantil. Dos direitos dessas crianças”, ressaltou a professora do DED Cláudia Maria Ribeiro, coordenadora do Pibid Pedagogia, Gênero e Sexualidade.

É válido ressaltar que durante o Fórum foram formados pequenos grupos com os professores presentes a fim de discutirem de maneira ampliada a temática proposta no encontro. Após as discussões, pontos importantes foram destacados em um documento/proposição, que será enviado ao Fórum Mineiro de Educação Infantil e a Secretaria de Educação de Minas Gerais.

 

Camila Caetano – jornalista / bolsista UFLA

 

 

 

 

Parceria entre UFLA e Embrapa prevê o lançamento de cultivares de café tolerantes à seca em tempo recorde

Lavoura experimental no câmpus da UFLA
Lavoura experimental no câmpus da UFLA

O estresse hídrico tem sido um dos efeitos frequentes das mudanças climáticas, causando prejuízos na cafeicultura, e para mudar essa realidade pesquisadores têm trabalhado na seleção e obtenção de novas cultivares tolerantes ao déficit hídrico. Diante disso, uma pesquisa desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (Embrapa) analisou clones da espécie Coffea Canephora com tecnologias inovadoras para a pré-seleção de materiais tolerantes à seca, envolvendo anatomia e fisiologia do cafeeiro.

O trabalho desenvolvido pela mestranda do Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Fitotecnia da UFLA, Nagla Maria Sampaio de Matos, avaliou sete clones da espécie Coffea canephora Pierre buscando características anatômicas e fisiológicas que apresentaram modificações após um período de estresse hídrico controlado e, ou após a hidratação com o retorno da irrigação, para possível utilização no pré-melhoramento genético para tolerância à seca. “Nas condições experimentais estudadas foi possível perceber que a espessura da cutícula, da epiderme adaxial, do floema e do parênquima paliçádico, bem como o potencial hídrico, eficiência do uso da água e o índice de área foliar são potenciais características que podem ser utilizadas na seleção de plantas de cafeeiro no pré-melhoramento para tolerância à seca” explicou Nagla.

Falta de água afeta produção

Corte transversal da espécie Coffea canephora Pierre
Corte transversal da espécie Coffea canephora Pierre

Segundo levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção brasileira de sacas de café tem apresentado quedas causadas pela restrição hídrica, atingindo as principais regiões produtoras de café do país, o que ocorreu principalmente na safra de 2015. Como estratégia importante para o combate a essa causa de queda de produção, a seleção de plantas tolerantes e o lançamento de novas variedades é uma alternativa sustentável no campo.

“Com a técnica proposta como pré-melhoramento genético, espera-se que num futuro próximo haja expressiva redução no tempo necessário para o desenvolvimento de novas cultivares de café, que serão oferecidas aos cafeicultores como mais uma ferramenta para mitigação dos efeitos da seca na cafeicultura” explica o professor titular da UFLA e orientador da pesquisa, Rubens José Guimarães.

Vanessa Trevisan – Assessoria de Comunicação InovaCafé