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Nepam promove ciclo de palestras comemorativo aos 10 anos do Núcleo

O Núcleo de Estudos em Painéis de Madeira (Nepam)  promove nesta quinta-feira (30/11), no Anfiteatro de Sementes um  ciclo de palestras em comemoração aos 10 anos de história do núcleo. O credenciamento terá início às 17h30 e será emitido  certificado de participação. 

Serão oferecidas palestras  com os temas: – Terra e Bambu: do passado ao futuro, ministrada pela professora Andréa Correa (UFLA); – Projetos, Estrutura e Atividades Relacionadas com a Qualidade da Madeira, apresentada pelo professor João Vicente Latorraca (UFRRJ); – Anatomia Ecológica de Madeira e Casca e Atividade Cambial em Espécies do Cerrado, ministrada pela professora Carmen Marcati (UNESP).

As inscrições podem serem  feitas das 9h às 16h no Centro de Convivência. 

Karina Mascarenhas- jornalista, bolsista Dcom/UFLA. 

Integrantes do Fesex/UFLA participaram do Seminário Internacional Diferenças e Educação

Professora Cláudia Maria Ribeiro

Nos dias 22 a 24 de novembro, ocorreu o III Seminário Internacional Diferenças e Educação na Universidade Federal de Juiz de Fora (Side/UFJF). O evento organizado pela Faculdade de Educação objetivou potencializar as discussões em torno das diferenças e educação e teve como tema principal “Diversidade, discursos, políticas, educação e subjetividades”.

Uma das mesas-redondas, “Provocações”, contou com a presença da professora da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Cláudia Maria Ribeiro, coordenadora do Grupo de Pesquisa Relações entre a filosofia e a educação para a sexualidade na contemporaneidade: a problemática da formação docente (Fesex).

A professora Cláudia Ribeiro, na discussão intitulada “Na contramão dos discursos conservadores: borbulhando resistências na educação menor” entrelaçou gênero, sexualidade e arte, expondo problematizações que perpassaram pela educação, política, diversidade e subjetividades. Esses temas também foram discutidos em profundidade na oficina executada juntamente com a professora Cláudia e as integrantes do Fesex: Juliana Guimarães, Priscila Bernardo e Silmara Santos.

Grupo Fesex UFLA

A oficina constituiu-se em um intenso espaço repleto de imagens de obras de arte, fotos de vários trabalhos com crianças e adolescentes, jogos desenvolvidos no âmbito do Pibid Pedagogia – gênero e sexualidade, livros, representações simbólicas e religiosas e diversos outros aparatos culturais.

Após as pessoas transitarem pelo ambiente, muitas questões foram problematizadas. “Questões essas que explicitaram as dificuldades dos tempos atuais e a necessidade de irmos na contramão de discursos que constroem e enraízam verdades, desvalorizando trabalhos que visam (des)construir enunciados que ignoram as diferenças”, destacaram o Grupo de Pesquisa Fesex.

 

 

Grupo Teatro Construção retorna à Lavras com a premiada peça “A Lição”- apresentação gratuita, 9/12

Após passar por dois festivais nacionais de teatro, o Grupo Teatro Construção retorna à Lavras, com a premiada peça “A Lição“, de Eugène Ionesco. A apresentação é gratuita, e será dia 9 de dezembro (sábado), às 20h30, no Salão de Convenções da Universidade Federal de Lavras (UFLA).

Com adaptação e direção de Ricardo Calixto, a peça conta a história de um professor conhecido da cidade que oferece aula das mais diversas disciplinas. Nesse ambiente, surge uma nova aluna, interessada nos conhecimentos do professor. O que acompanhamos após sua chegada são as diferentes relações de poder entre as personagens, destacando ainda uma criada aparentemente onisciente.

Através de diálogos absurdos, o problema universal da falha de comunicação e a procura incessante pela informação são expostos de forma extremamente cômica algumas vezes, mas também dramática, quando não trágica por essas três personagens.

A Lição, é uma das peças mais conhecidas de Eugène Ionesco que nasceu na Roménia em 1912, e é considerado um dos maiores dramaturgos do Teatro do Absurdo.

Toda comunidade está convidada a prestigiar o espetáculo!

Karina Mascarenhas- jornalista, bolsista Dcom/Fapemig. 

Faepe oferece curso de inglês voltado ao perfil de estudantes de mesmos departamentos

A primeira turma do curso de Inglês Departamental, constituída por discentes do Departamento de Biologia (setor Microbiologia), já iniciou suas aulas. A metodologia do curso, disponibilizado para a comunidade acadêmica e lavrense, é voltada para atender ao perfil e objetivos dos estudantes universitários. Customizado, o curso permite ao participante o aprendizado da língua inglesa e aprimoramento de conhecimentos adquiridos durante a graduação ou pós-graduação, com turmas formadas por discentes do mesmo departamento.

De acordo com a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe), novas turmas estão sendo formadas para oferecimento do curso. Como diferenciais, a Faepe destaca que as turmas são formadas por estudantes com horários afins; o conteúdo é específico para a área; há possibilidade de flexibilização das aulas e ênfase na conversação; e curta duração. Para outros detalhes, os interessados podem entrar em contato pelo telefone: (35) 3829-1834, ou pelos e-mails: faepecursos@gmail.comalexmarc@hotmail.com.

 

Campus France abre candidaturas para graduação e pós na França – ano letivo 2018/2019

A Campus France, agência oficial do governo francês responsável pela promoção do ensino superior, abriu as inscrições para estudantes que desejam fazer graduação e pós-graduação na França no ano letivo 2018/2019 e para testes de proficiência na língua francesa (TCF DAP e do TCF Tout Public). O processo de candidatura destina-se exclusivamente aos estudantes brasileiros ou estrangeiros residentes no Brasil que desejam realizar candidaturas em uma universidade/instituição francesa.

As candidaturas são oferecidas nas seguintes áreas de estudo:

  • PACES (primeiro ano comum na área da saúde): formação que dá acesso aos cursos de odontologia, medicina, farmácia e obstetrícia (sage-femme) na França 
  • 1º ano de Licence(“graduação”) em uma universidade francesa 
  • 2º ano de Licence(L2 – “graduação”) em uma universidade francesa. 
  • 3º ano de Licence(L3 – “graduação”), terceiro e último em uma universidade francesa. 
  • 1º ano do Master(M1), primeiro ano de “pós-graduação” na França. 
  • 2º ano do Master(M2), segundo e último ano de “pós-graduação” na França. 
  • Arquitetura (diplomas de nível Licence ou de nível Master) ministradas nas Escolas Nacionais Superiores de Arquitetura (Écoles Nationales Supérieures d’Architecture– ENSA) 
  • Diplôme Universitaire de Technologie(DUT) nos Instituts Universitaires Technologiques – diploma nível tecnólogo
  • Réseau Polytech– inscrição no terceiro ano universitário (primeiro ano do ciclo de engenharia) ou no primeiro ano do ciclo preparatório (2 anos) nas três Polytech que oferecem possibilidade para ingresso no primeiro ano. Duração total dos estudos: 5 anos. Seja qual for a via de acesso a uma formação Polytech, você inicia o procedimento pela plataforma Études en France, continua o processo de candidatura no site Polytech e depois você retorna para a plataforma Études en France para concluir o procedimento.

A organização oferece ainda vagas para o Bolsa Eiffel para brasileiros em mais de 20 programas para estudantes de mestrado e doutorado.

Para se candidatar, o estudante deve seguir as orientações da Campus France Brasil, pelo site www.bresil.campusfrance.org ou pelo email belohorizonte@campusfrancebrasil.com.br .

UFLA é TOP 10 no IGC/MEC – 2ª melhor universidade em Minas Gerais e a 8ª do Brasil

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) avançou no ranking do Índice Geral de Cursos (IGC), que avalia instituições de ensino superior brasileiras. Em resultado divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) nesta segunda-feira (27/11), a UFLA evoluiu uma posição em 2016, alcançando o 8º lugar no País e o 2º em Minas Gerais entre as universidades avaliadas. Também foi a 1ª colocada entre as universidades mineiras no Conceito Médio da Graduação.

Os Indicadores de Qualidade da Educação Superior são apurados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e revelam, em uma escala de notas de 1 a 5, como estão avaliados os cursos de graduação de todas as instituições de ensino superior do País. São considerados o conceito obtido pelos estudantes no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade); o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC). Em 2016, ano base sobre o qual foram calculados os resultados recém-divulgados, integraram a avaliação cursos das áreas de Saúde, Ciências Agrárias e áreas afins, e os Eixos Tecnológicos em Ambiente e Saúde, Produção Alimentícia, Recursos Naturais, Militar e Segurança.

Das 2132 instituições de ensino superior avaliadas, 230 são universidades – grupo em que apenas 12 obtiveram o conceito 5, considerado de excelência.

O resultado coloca a UFLA no estrato das 3% melhores universidades do País, sendo motivo de orgulho e comemoração para a toda a comunidade acadêmica, de acordo com o reitor, professor José Roberto Soares Scolforo. Ele considera que os resultados alcançados só foram possíveis graças ao trabalho colaborativo. “A excelência tem sido busca constante da UFLA. Estamos colhendo os frutos da dedicação de nossos estudantes, professores e técnicos administrativos, nossa equipe de gestão com modelos transformadores de ensino, além do apoio de colaboradores e parceiros que acreditam na Universidade como um espaço de educação integral do ser humano. Os rankings refletem pilares sobre os quais construímos a nossa trajetória, e são uma forma simples e efetiva de mostrarmos à sociedade como realizamos nosso trabalho: com dedicação,  comprometimento, eficiência e respeito ao ser humano”, ressaltou.

O pró-reitor de Graduação, professor Ronei Ximenes Martins, também reconheceu o trabalho em equipe como promotor dos avanços da UFLA no IGC 2016. “A excelência na avaliação da graduação se deve ao trabalho dos colegiados dos cursos, coordenadores, docentes, discentes, técnicos e do empenho de uma gestão que nos proporciona infraestrutura de qualidade. Sabemos que a qualidade é um processo de aprimoramento contínuo, e os resultados demonstram que estamos no caminho certo”, destacou.

Na pós-graduação, a evolução dos resultados positivos ainda esbarra na proporção do número de alunos, uma vez que a UFLA viveu uma grande expansão do número de vagas na graduação. Segundo o pró-reitor de Pós-Graduação, Rafael Pio, a Universidade avançará nos índices à medida que novos programas de pós-graduação forem abertos nos próximos anos. “Nós temos hoje 2070 pós-graduandos, 180 a mais que o número que tínhamos no início da gestão. Também abrimos novos programas, de Ciências da Saúde e Nutrição e Saúde, e submetemos uma série de novas propostas junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para os próximos anos. Temos realizado, com o incentivo da diretoria executiva, trabalhos que visam a inserção de novos docentes e o estímulo à ampliação do número de discentes nos programas de pós”, explicou.

Nesse sentido, a direção executiva tem se reunido periodicamente com pró-reitores, chefes de departamentos e coordenadores de programas de pós, propondo e incentivando projetos que gerem mais conhecimento, tecnologias e produtos inovadores, parar tornar a UFLA cada vez mais qualificada e próxima dos padrões internacionais de ensino e pesquisa – onde 30% a 35% do total de discentes são pós-graduandos.

Em reunião no início de 2017, ficou estabelecida junto à Pró-reitoria de Pós-Graduação a meta de aumento de, pelo menos, 20% ao ano no número de matrículas entre os anos de 2017 e 2021. De acordo com Scolforo, o cumprimento dessa meta, com o apoio dos coordenadores dos programas de pós, contribuirá, mais uma vez, para evolução da UFLA no cenário internacional e para sua consolidação no rol das boas universidades do mundo.

Os indicadores considerados pelo Inep

Conceito do Enade: baseado no desempenho obtido pelos dos estudantes concluintes da graduação na prova do Enade, que avalia pontos de formação geral e de conhecimentos específicos.

CPC: inclui variáveis como o resultado do Enade, titulação e regime de trabalho do corpo docente; percepções dos estudantes sobre a organização didático-pedagógica, infraestrutura e oportunidades de ampliação da formação acadêmica e profissional. 

IGC: calculado com base na média dos CPCs dos cursos de graduação avaliados (ponderada pelo número de matrículas) e na média dos conceitos de avaliação da Capes dos programas de pós-graduação stricto sensu.

Ranking do Índice Geral de Cursos (IGC) 2016

Ranking do Conceito Médio da Graduação

Acesse o site do Inep e consulte os relatórios completos.

Premiação da I Olimpíada Trespontana de Matemática (OTM) e Concurso de Poesias foi realizada em Três Pontas

Foi realizada no sábado (25/11), no anfiteatro da Cocatrel em Três Pontas, a cerimônia de premiação da I Olimpíada Trespontana de Matemática (OTM) e do I Concurso de Poesias. 

O evento promovido pelo Departamento de Ciências Exatas (DEX) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) foi marcado pela alta qualidade dos trabalhos realizados pelos estudantes. Foram agraciados: 39 medalhistas em Poesia; 17 medalhistas em Matemática; além de menções honrosas para professores. Participaram da premiação alunos das escolas:  E.E. Prefeito Jacy Junqueira Gazola, E. E. Presidente Tancredo Neves, E. E. Monsenhor João Batista da Silveira, E. E. Professora Marieta Castro, E.E. Estadual Deputado Teodósio Bandeira, Cootec Instituição de Ensino, Escola Coração de Jesus e Escola Municipal José Vieira Mendonça.

A professora do  Departamento de Ciências Exatas (DEX), Andréia da Silva Coutinho, presidente da OTM representou o reitor da UFLA, professor José Roberto Soares Scolforo, e o pró-reitor de Extensão e Cultura (Proec), professor João José Granate de Sá e Melo Marques. Também estiveram presentes o professor Celso Vallin (DED), coordenador do Concurso de Poesias, e os professores Antônio Marcos Ferreira da Silva e Helvécio Geovani Fargnoli Filho, do DEX. A cerimônia contou ainda com a presença do prefeito de Três Pontas, Luiz Roberto Laurindo Dias, do secretário municipal de educação, Paulo Vitor da Silva, de representantes da comissão de organização do evento e de membros da comunidade escolar.

A competição abrangeu  alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio de escolas públicas e particulares de Três Pontas com o apoio  da Proec; da Associação de Atletismo de Três Pontas (AATP); do Centro Acadêmico de Licenciatura em Letras; Centro Acadêmico de Licenciatura em Matemática; dos Departamentos de Educação, Ciências Humanas, e Ciências Exatas; da Fundação de Desenvolvimento Científico e Cultural (Fundecc); da Academia Brasileira de Letras; dos Engenheiros Sem Fronteiras – Núcleo Lavras; da Prefeitura Municipal e Secretaria de Educação de Três Pontas; da Diretoria Regional de Educação de Varginha; da Editora UFLA; do cerimonial da UFLA, e parceiros empresariais. 

Como projeto de Extensão em Educação, a I Olimpíada Trespontana de Matemática e Concurso de Poesias de Três Pontas foi apresentada durante a programação do XII CONEX – Congresso de Extensão, realizado na UFLA, pelos representantes da comissão de organização, Tiago Henrique da Silva e Lucas Fré Campos.

Acesse o Facebook da I Olímpiada de Matemática e Concurso de Poesia de Três Pontas e confira as fotos do evento.

Texto: Karina Mascarenhas, jornalista- bolsista Dcom/Fapemig. 

Novembro Azul: Minuto da Saúde realiza roda de conversa na próxima quinta, 30/11

Novembro é o mês dedicado a ações voltadas à saúde do homem, com foco na prevenção e no combate ao câncer de próstata. Dados do Ministério da Saúde indicam que 14.484 homens morreram em decorrência da doença no Brasil em 2015, e as estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que, este ano, devem ser registrados 61,2 mil novos casos de câncer de próstata.

Apesar de simples, os exames preventivos são cercados de preconceito. Por isso, a UFLA realiza uma roda de conversa para debater e esclarecer dúvidas sobre o tema na próxima quinta-feira, 30/11, às 12h, no Centro de Convivência. Em referência à campanha, a Universidade também iluminou com a cor azul o letreiro da rotatória de acesso principal ao câmpus e em frente ao prédio administrativo.

A iniciativa faz parte Minuto da Saúde, projeto que tem desenvolvido ações periódicas com orientações sobre saúde junto à comunidade acadêmica e à população de Lavras e região.

Confira a ação da UFLA no Novembro Azul, em 30/11:

12h – Roda de Conversa no Centro de Convivência:

– Luide Sena Maia – Médico Urologista

– Renato Ferreira de Souza – Psicólogo e Professor do Departamento de Ciências Humanas da UFLA

– Alfredo Scheid Lopes – professor emérito da UFLA, voluntário do Departamento de Ciência do Solo

 

 

Dicas de Português: Saiba usar corretamente os verbos pronominais

Verbos pronominais são aqueles acompanhados por pronomes “me”, “te” “se”, “nos” (pronomes oblíquos átonos). Esse tipo de verbo é usado para indicar ações relativas ao sujeito que as pratica. Sendo assim, o verbo deverá ser conjugado sempre acompanhado do pronome oblíquo correspondente à pessoa gramatical do sujeito.
Exs.:
Eu me queixo/ Tu te queixas / Ele se queixa / Nós nos queixamos

“Queixar-se”, gramaticalmente, é classificado como um verbo essencialmente pronominal, isto é, que invariavelmente é conjugado acompanhado do pronome oblíquo. Outros exemplos são os verbos: arrepender-se, sentar-se, zangar-se, pentear-se, enganar-se, suicidar-se.

Há verbos classificados como eventualmente pronominais, isto é, que podem ou não ser conjugados acompanhados do pronome oblíquo.
Exs.:
O analista debateu os assuntos do relatório com os gerentes.
Como não sabia qual era a melhor opção, o colaborador se debateu dias e dias até chegar a uma decisão.

Apenas no segundo exemplo o verbo “debater” está na versão pronominal. A diferença de sentido nos dois exemplos é visível: no primeiro, “debater”, sem ser pronominal, significa “discutir”; no segundo, sendo pronominal, o sentido é de “passar por dificuldades”.

Entretanto, cabe ressaltar que a mudança de sentido não é quesito para diferenciar um verbo essencialmente pronominal de um eventualmente pronominal. Não há diferença de sentido, por exemplo, no uso dos verbos “envolver” ou “lembrar”:
Exs.:
Lembrou-se de enviar os documentos / Lembrou meu nome.
Envolveu-se na discussão. / Envolveu todos os colaboradores na decisão.

A alteração, neste caso, é da regência do verbo. O verbo “lembrar”, quando pronominal, requer a preposição “de”; sem ser pronominal não. O verbo “envolver”, quando pronominal requer a preposição “em”, sem ser pronominal, não necessariamente.
Mas, tem-se percebido que os falantes, ao usar o idioma rotineiramente, às vezes, usam um verbo não pronominal como se ele o fosse, Por exemplo, o sentido do verbo “interagir” já contempla a ideia de ação mútua ou compartilhar algo com o outro, por isso, é redundante utilizá-lo acompanhado de um pronome oblíquo átono. É incorreto (e redundante) escrever ou dizer: “eles se interagem”, “eu me interagi”.

Por isso, atenção aos verbos pronominais (os essencialmente ou eventualmente pronominais) e evite usar “me” e “se” acompanhado de verbos que não requerem esses pronomes.

Fonte: www.escreverbem.com.br

Paulo Roberto Ribeiro – DCOM

Semana da Consciência Negra na UFLA: DCE realiza atividades para promover reflexões sobre a questão racial no Brasil

Em referência ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20/11, o Diretório Central dos Estudantes (DCE – Gestão Por Todos os Cantos) realizou uma série de atividades na UFLA com o objetivo de promover reflexões sobre a questão racial no Brasil. A Semana da Consciência Negra seguiu até o dia 24/11, contando com oficinas, mesas redondas, exercícios de reflexão e apresentações culturais, em uma programação aberta a toda comunidade acadêmica.

Entre os principais assuntos debatidos, estiveram o empoderamento de mulheres e homens negros, a intolerância para com as religiões de matriz africana, os aspectos da desigualdade racial e a implementação do sistema de cotas raciais no Brasil para ingresso nos cursos de graduação em universidades públicas.

Para o coordenador de Diversidade e Diferenças da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec), professor Renato Belo, a UFLA deve cumprir seu papel no debate sobre a questão racial no Brasil, pois a universidade é um lugar de conhecimento aceito como legítimo pela sociedade e indutora de ações do Estado. “Esse papel se amplia cada vez mais pela demanda interna, pois mais negros e negras adentraram nas universidades nos últimos anos, e, também, pela consciência histórica de um passado nacional que conviveu com as hoje intoleráveis atrocidades, para qualquer cidadão minimamente civilizado, cometidas contra a população negra. A avaliação analítica e crítica desse passado, que deveria nos assombrar, é decisiva para nosso presente e futuro como nação”, ressaltou.

Cotas raciais em pauta

Instituído pela Lei nº 12.711/2012, o sistema de cotas no Brasil prevê que as universidades públicas reservem, no mínimo, 50% de suas vagas na graduação para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas, com vagas destinadas a pessoas autodeclaradas pretas, pardas e indígenas, e a pessoas com deficiência. Dos 10.779 estudantes hoje na UFLA, 3.186 são cotistas.

O debate realizado pelo DCE no Centro de Convivência abriu espaço para que a comunidade pudesse levantar questões e esclarecer dúvidas sobre o tema. A mesa redonda foi composta pelo coordenador de Diversidade e Diferenças, Renato Belo, pelo chefe do departamento de Ciências Humanas, Marcelo Sevaybricker Moreira, pelo professor do Departamento de Direito, Gustavo Seferian, e pela estudante do 3º período de Direito e integrante do DCE, Isabela Maria.

O professor Marcelo Moreira apontou os principais argumentos contrários e favoráveis às cotas raciais, normalmente veiculados na imprensa. De acordo com o pesquisador, o sistema de cotas faz parte de um conjunto de políticas de ação afirmativa, que são medidas implementadas com foco na promoção da justiça social. “Essas ações são desenvolvidas após um diagnóstico para detectar grupos que vivem uma situação de injustiça social e, a partir disso, constitui-se uma medida focalizada em cada grupo. Elas têm objetivo de reparação imediata, diferente das políticas universalistas, que têm efeitos a longo prazo. No caso das cotas, as reservas de vagas são direcionadas àqueles grupos diagnosticados como inseridos em uma condição de exclusão socioeconômica”, explicou.

Para o professor Renato Belo, as cotas raciais objetivam reparar parte da injustiça social oriunda de um período escravocrata tão duradouro. “As cotas funcionam no sentido de abrir espaço a populações que estiveram e ainda estão marginalizadas – como é o caso dos negros no Brasil – de lugares de produção do conhecimento. Sua importância também está em pluralizar e diversificar o acesso e a composição das universidades brasileiras, que têm papel fundamental na formação dos quadros e nas decisões políticas do país”, reforçou.

A estudante e representante do DCE, Isabela Maria, mostrou o desejo de ver o aumento de estudantes negros dentro das universidades. “Por muitas dificuldades socioeconômicas vividas pela população negra, o ambiente acadêmico continua sendo um privilégio predominantemente usufruído por brancos. Representamos 54% da população brasileira, mas ainda somos poucos no ensino superior. Precisamos ter mais voz nesses espaços”, defendeu.

Estética negra como empoderamento

O orgulho e a aceitação de ter o cabelo crespo ou cacheado também foi pauta de discussão, durante uma roda de conversa realizada no Anfiteatro da Biblioteca.

Isabela Maria contou sobre seu processo de transição capilar e de como o contexto em que vivia, em determinado período de sua vida, influenciou para que fizesse intervenções químicas de alisamento do cabelo. A estudante relatou que era difícil a convivência social com os colegas de escola por causa do cabelo considerado “diferente” e da falta de referências de pessoas negras que utilizavam o cabelo crespo ou cacheado.

O estudante de Educação Física e organizador do coletivo Orgulho Crespo, Cleyson Duarte, também apresentou suas experiências. Para além da transição capilar e a aceitação do cabelo crespo/cacheado, o debate envolveu assuntos como o racismo, a sexualização da mulher negra, os estereótipos comuns à população negra, e a dificuldade de socialização dentro das escolas e universidades.

Colaboração: Mayara Toyama- estagiária Dcom/UFLA 

Confira as fotos da Semana da Consciência Negra: