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Brasileiro gasta mais com carro do que com educação

Folha de São Paulo, 30/08/07

Fenômeno ocorre mesmo entre famílias com filhos, mais ricas e escolarizadas

Valor gasto com impostos também supera despesas destinadas a cursos, escolas ou material didático, aponta análise feita pelo IBGE

Os brasileiros, mesmo os mais escolarizados, mais ricos ou os que têm filhos, gastam mais mensalmente com carro do que com educação. O valor que pagam em impostos também supera os pagamentos destinados a cursos, escolas ou aquisição de material didático.

Segundo a análise feita pelo IBGE na POF, o valor destinado à educação nas famílias em que o responsável pelo domicílio tem ao menos o ensino médio completo (11 anos ou mais de estudo) corresponde a 4,9% de seu orçamento. Já o gasto com aquisição de veículos ou combustível representa 10,8%.

Entre brasileiros que chegaram a cursar o primeiro ciclo do ensino fundamental (que vai da 1ª à 4ª série), mas não o concluíram, o gasto familiar com educação é de 1,4% do orçamento, percentual igualmente menor do que o verificado para os gastos com aquisição de veículos ou combustível (6,9%).

O gasto com impostos também supera, nessas faixas de escolaridade, a despesa com educação. No caso dos mais escolarizados (11 anos ou mais de estudo), ele chega a 6,4%. Entre os que têm entre 1 e 3 anos de estudo, é de 2,1%.

A mesma realidade -gastos com veículos superando o investimento em educação- é verificada mesmo quando se compara apenas casais com filhos -que, em tese, teriam mais gastos educacionais. Nesse caso, a proporção do orçamento que vai para a educação, independentemente do nível socieconômico do chefe de família, é de 3,9%, enquanto o gasto com aquisição de veículo e combustível fica em 10,2%.

Para o pesquisador do IBGE José Mauro de Freitas Júnior, é preciso considerar nessa comparação que, no caso da educação, famílias com filhos na escola pública não têm gastos com mensalidades escolares. Como se sabe -pela Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio- que 87% das crianças de 7 a 17 anos estudam na rede pública, isso pode fazer a diferença na comparação.

‘É preciso lembrar que, até um determinado nível de ensino, a educação é uma obrigação do Estado. Também não estamos discutindo a qualidade da escola pública’, diz Freitas.
Porém, tabulação feita pela Folha nos dados da POF mostra que, mesmo quando se analisa apenas as famílias de maior renda – e com mais capacidade de pagar escola particular- e onde há mais de dois moradores no domicílio -não se tratando, portanto, de casal sem filhos-, o maior dispêndio em veículos em comparação com a educação se mantém.

Quando o investimento em educação é comparado com a faixa etária do chefe de família, o maior gasto proporcional aparece entre os brasileiros que estão entre os 40 e 49 anos.
O gerente da Pesquisa de Orçamentos Familiares, Edilson Nascimento da Silva, explica que essa é a população que está em seu pico de produtividade em termos de rendimento no mercado de trabalho. Com mais renda, é natural que sobrem recursos para despesas com educação.

A POF revela também que a presença de uma pessoa com nível superior eleva significativamente a renda familiar.Essa situação, no entanto, corresponde a apenas 16% das famílias. Nas demais, nenhum membro atingiu nível superior.

Em todas as classes sociais analisadas, no entanto, alimentação, habitação e transporte são os itens que mais pesam no orçamento familiar.

Bolsa para pós-graduação master “Utilities and Waste” na Alemanha

A Universidade (TH) de Karlsruhe está recebendo inscrições para candidatos a bolsas de estudo do DAAD para seu novo master internacional “Utilities and Waste – Sustainable Processing”. O curso terá sua estréia em outubro de 2008.

Engenheiros químicos, mecânicos e de processamento e graduados em geral na área ambiental formam o público-alvo. Ministrado em inglês, o curso terá apenas 25 alunos por turma e duração de quatro semestres.

O programa multidisciplinar enfatiza a prática, permitindo uma especialização, com foco em planejamento e manejo, bem como aspectos da engenharia de processamento, de serviços públicos de gás, água, tratamento e armazenamento de lixo. As disciplinas abordam temas de ciências naturais, tecnologia avançada, sócio-economia e gestão.

O investimento é de 7.372 euros ao ano. Os interessados numa bolsa DAAD devem candidatar-se até 15 de setembro, diretamente com a universidade. As inscrições regulares no curso seguem até 30 de abril de 2008.

A TH Karlsruhe foi uma das três vencedoras da Iniciativa pela Excelência, na categoria “Universidade de Elite”, que selecionou os melhores projetos de clusters de pesquisa científica. Patrocinado pelo Ministério da Educação e Pesquisa da Alemanha (BMBF), a iniciativa teve seu júri formado unicamente por cientistas, indicado pela Fundação Alemã de Pesquisa (DFG).

Mais informações:
http://www.utilwaste.de

Esclarecimentos sobre o Cead na Ufla

Em função de dúvidas que estão surgindo a respeito da discussão do Regimento do Centro de Educação a Distância (Cead) nos departamentos e outras instâncias, o professor Marcelo Silva de Oliveira, membro da comissão encarregada de propor o Regimento, presta alguns esclarecimentos:

1. Qual o propósito geral do Cead?
– Não é ocupar o lugar de qualquer órgão ou instância já estabelecida, mas ocupar um lugar hoje que não é ocupado por ninguém: prestar assessoria interna integrada para estabelecer ações de Ensino a Distância (EAD) com excelência.
– Não é submeter departamentos e outros órgãos a si, mas auxiliar, em cooperação, colaboração, co-planejamento, co-execução, co-avaliação, todas as ações em EAD da Ufla. O Cead não terá poder deliberativo sobre outros órgãos: os Regimentos da Ufla, Departamentos, PRPG, PRG, PROEX, etc, todos permanecem os mesmos. Isto implica que, por exemplo, um curso de Lato sensu continua sendo criado nos Departamentos,aprovado na PRPG, Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), e Conselho Universitário (Cuni), e executado pelos mesmos, exatamente como é hoje. O que muda é que o sistema universitário passa a contar com um órgão dedicado a EAD, para auxílio em tudo que se refere a aspectos de Projeto, Pedagogia, Tecnologia de Informação, e Apoio Técnico. A idéia não é submeter o EAD na Ufla ao Cead, mas sim vincular o EAD na Ufla ao Cead. Submeter e vincular são conceitos diferentes: vincular é harmonizar, servir como plataforma de disseminação de benefícios, recursos, conhecimento, etc. É fazer todos ganharem, todos crescerem juntos, harmoniosamente. Vincular tem a idéia de formação de um corpo, de um sistema, que trabalha ajustado e consolidado, com o auxílio de todas as partes, para a saúde do todo. Hoje não é assim, e, sem o Cead, não será alcançada esta configuração de ótimo do todo. Quanto a submissão, esta continua, do mesmo jeito que é hoje, aos Departamentos,Pró-Reitorias, Cepe e Cuni.

2. Por que um Cead-Ufla?
– Antes, um dado importante: Universidade Federal de Ouro Preto, Universidade Federal do Paraná, Universidade Federal do Mato Grosso e Universidade Federal de Viçosa, entre outras, tem Cead. Essas universidades federais são menos fragmentadas que a Ufla (o que poderia, teoricamente, tornar menos necessário um Cead nelas) e mesmo assim o tem. Seriam todas estas insensatas? O próprio MEC criou uma secretaria só para cuidar de EAD: a Secretaria de Educação a Distância – SEED.
– Porque a legislação para EAD tem se tornado cada vez mais complexa e exigente, demandando expertises cada vez mais, específicas em EAD, e gerais institucionalmente falando: uma combinação que exige um centro especializado, transversal e colaborador em relação aos outros órgãos.
– Porque a exigência por qualidade é um imperativo de responsabilidade social, além de capacidade empreendedora. É um resultado comprovado da Gestão da Qualidade moderna que não é possível fazer qualidade de qualquer coisa, inclusive de educação, sem um núcleo (centro) dedicado e comprometido.
– Porque os órgãos internos tem chegado a conclusão que a estrutura atual para EAD tem um patamar limitador de crescimento: não conseguiremos, sem um Cead, vencê-lo, a não ser por ações pontuais com escopo limitado a frações da universidade. O problema com estas ações pontuais é que elas são, sempre: não compartilhadas, desperdiçadoras de recursos, subótimas, com respaldo institucional menor do que o necessário, pesadas e difíceis de gerenciar, operadas por pessoal não especializado, e não amparadas por regulamentos e diretrizes internas (tornando-as, possivelmente, irregulares)! Ninguém agüenta mais tamanha ineficiência e ineficácia! ‘Sem o Cead esse quadro não irá mudar’!!

3. Por que outros órgãos não fazem o que está proposto para o Cead?
– Por que nenhum órgão da Ufla (nem Departamentos, nem Pró-Reitorias, nem etc) está regulamentado e nem estruturado para lidar adequadamente com EAD!
– Se fossemos estruturá-los e regulamentá-los estaríamos na contra-mão dos princípios mais elementares de boa gestão. Pense bem: estruturar cada um dos 16 Deptos com laboratórios, equipe de TI, pedagogos, expertise em projetos, acompanhamento de legislação específica, padrões de qualidade, participação em eventos, etc, etc ! Seria impossível, mesmo porque seria uma tremenda falta de bom senso fazer isto!! O mesmo valeria para as Pró-Reitorias.
– Retalhar a assessoria específica em EAD pelos órgãos já existentes (TI com o CIN-Ufla, Projetos com respectivas Pró-Reitorias, Legislação com Procuradoria Jurídica, etc) não funcionaria porque já não pode funcionar com a estrutura atual, e reestruturar estes órgãos para atender volta ao problema anterior. Enfim, não vai funcionar.

4. Por que vincular o CEAD a Reitoria?
Porque EAD toca em mais de um nível de ensino e em mais de uma necessidade de apoio. Toca em graduação (temos cursos de graduação a distância na Ufla) e pós-graduação. Vincularia a PRG? A PRPG? Ora, não há, hoje, outra opção. Outros órgãos já são assim, o CIN-Ufla, por exemplo. Porém, isto não precisa ser monolítico: quando da mudança de estruturação interna, ou mesmo por outro motivo, se achado uma vinculação melhor, muda-se.

5. Como você vê a discussão atual nos Departamentos?
– Muito bem-vinda, pois certamente teremos uma melhoria substancial no Regimento a partir das sugestões departamentais.
– Sabemos que, por exemplo, algumas palavras no Regimento proposto devem ser alteradas, para deixar mais exato o propósito do Cead, que alguns artigos devem ser reescritos, etc. e é isto que queremos: sugestões de melhorias, para o órgão que veio para somar melhorias.

6. Qual sua opinião sobre EAD na Ufla?
– Já existe há 20 anos! Não é uma coisa nova para nós. Porém, nunca houve tanta necessidade de fazermos EAD de um modo excelente com agora, até por causa da reputação que temos. Como diz o ditado: ‘o pior inimigo de um campeão é a sua própria vitória’!
– Mas não só por causa da reputação, nem principalmente por causa dela. Nós não podemos mais, como universidade pública, fazermos de conta que o acesso ao ensino superior está bom. Não é só por causa de escola pública ruim, ou faixa de renda, que um cidadão fica de fora da universidade: é também porque para ele o ensino presencial é inviável. Também não é prudente considerar que ‘isto é um problema dele’, que só o ensino presencial é que presta.Ensinar a distância, nos moldes preconizados pelos bons métodos (que é o que nós queremos com o advento do Cead), é uma questão de compromisso social, de cidadania, de atender a diretrizes governamentais, de atender a um ‘grande anseio e necessidade social’, enfim, de amor ao próximo.

7. Você acredita, realmente, que sendo criado o Cead, na Ufla a reestruturação e melhoria irá acontecer?
Não há dúvida quanto a isto. Não é nem mesmo uma questão de “acreditar”, mas sim uma certeza absoluta. A EAD na UFLA vai experimentar uma melhoria sem precedentes, e, mais ainda, vai entrar num nível de qualidade de EAD estabelecido pelo Estado através de leis e diretrizes, e desejado pela sociedade e comunidade universitária.

8. Quem será o responsável pela fiscalização dessa qualidade?
A fiscalização será, como já é, um trabalho conjunto de todos. A diferença é que o Cead ajudará a alcançar efetivamente um padrão de qualidade que toda fiscalização espera.

9. Quais são as garantias para que esse não seja apenas mais um órgão, entre tantos na Ufla?
As garantias são, como sempre são para todos os demais órgãos da UFLA, a soma de uma boa equipe, um Regimento que lhe dá base para trabalhar, e o apoio e o trabalho colaborativo da Administração e da comunidade universitária. O somatório destes fatores, com seus respectivos coeficientes de ponderação, determinam o tamanho do êxito final. Neste momento, contamos com o apoio da comunidade universitária no sentido de contribuir para que o Regimento a ser aprovado no Cuni faça do Cead um efetivo órgão auxiliador para a excelência de nossa Ead.

Intercâmbio de alunos entre Brasil e Canadá deve aumentar

Portal MEC, 30/08/07

Aumentar a mobilidade de estudantes e professores brasileiros e canadenses, por meio de programas de intercâmbio, foi um dos temas discutidos na reunião que ocorreu na quarta-feira, 29, entre a delegação de Quebec, Canadá, liderada pela ministra de relações internacionais de Quebec, Monique Gagnon, e dirigentes do Ministério da Educação.

Para o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Jorge Guimarães, operações de intercâmbio são valorosas para o Brasil. Atualmente, há 119 bolsistas de pós-graduação no Canadá: 40 são do doutorado pleno, 22 do doutorado-sanduíche — o estudante se matricula em programa de PhD no Brasil e passa apenas uma temporada no exterior — e 38 do pós-doutorado. “Temos grande necessidade de cooperações internacionais. Dois pontos importantes são projetos conjuntos de pesquisa e o intercâmbio de estudantes”, enfatiza.

Segundo o secretário de educação superior do MEC, Ronaldo Mota, é essencial que, a exemplo do que já ocorre na pós-graduação, os estudantes de graduação possam ter oportunidade de cursar pelo menos um semestre em uma instituição estrangeira. “O Canadá é um dos destinos preferidos dos jovens, por isso, temos máximo interesse em manter contato com Quebec”, afirma.

Os canadenses que participaram da reunião consideram fundamental a parceria entre Brasil e Canadá na área de pesquisa. Monique Gagnon sugeriu que se estabeleçam um ou dois programas de mútuo interesse, no momento, para que o Ministério da Educação canadense possa trabalhar em projetos brasileiros, em regime de colaboração. Designar pessoas-chave para fazer a interlocução entre os dois países foi a proposta da ministra.

Aniversário — No próximo ano, a província canadense do Quebec, onde a maior cidade é Montreal, completa 400 anos. Monique Gagnon aproveitou para fazer um convite aos dirigentes do MEC, para que compareçam às comemorações, que culminam com a Cúpula da Francofonia.

Letícia Tancredi

CNE vai avaliar títulos de pós-graduação

Portal MEC,22/08/07

O Conselho Nacional de Educação (CNE) está convocando as instituições de ensino superior que ofereceram cursos de mestrado e doutorado entre os anos de 1983 e 2001, e não obtiveram avaliação favorável da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), a prestar informações. O objetivo do conselho é calcular o número de concluintes dos cursos para, se possível, validar os títulos obtidos.

Segundo o secretário executivo do CNE, Adalberto Carvalho, o conselho, como instância de análise de recursos, avaliará cada caso. “Vamos dimensionar o número de concluintes para análise de mérito sobre a convalidação dos estudos realizados e respectiva validade nacional dos títulos obtidos”, explica.

As instituições e os concluintes desses cursos têm até o dia 31 de outubro para enviar ao CNE informações como local e período do curso, estrutura curricular, carga horária, titulação do corpo docente responsável, entre outros. Os dados devem ser enviados para o endereço eletrônico md2001@mec.gov.br.

A chamada pública é realizada em virtude de solicitações ao CNE de alunos em situação semelhante. A íntegra da convocação está na página eletrônica do CNE.

Ufla concede isenção da taxa de vestibular

A Comissão Permanente de Processo Seletivo (Copese), da Universidade Federal de Lavras (Ufla), informa que as inscrições para solicitação de isenção da taxa de inscrição para o vestibular e Processo Seletivo Seriado – PAS, estarão abertas no período de 3 a 12 de setembro de 2007. Os interessados deverão acessar o site www.copese.ufla.br
ou procurar a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, Comunitários e Culturais (PRAECC), situada no campus histórico da Ufla.

Mais informações pelos telefones (35) 3829.1582 / 1586

Comemoração dos 10 anos do Curso de Ciência da Computação

Bacharelado em Ciência da Computação da Ufla comemora 10 anos

Em Agosto de 2007, o Curso de Ciência da Computação da Ufla comemora 10 anos de atividades. Para comemorar, o Departamento de Ciência da Computação – DCC, em parceria com a Ufla elaborou uma série de eventos a serem realizados entre os dias 29 de Agosto de a 01 de Setembro de 2007.

A solenidade de abertura será realizada às 18 horas do dia 29 de agosto com a inauguração do novo prédio do Departamento de Ciência da Computação (DCC). Em seguida, serão realizadas as aberturas de dois eventos promovidos pela SBC (Sociedade Brasileira de Computação), o IV SMSI – Simpósio Mineiro de Sistemas de Informação e VI ERI-MG – Escola Regional de Informática de Minas Gerais. Ao final da solenidade, todos serão convidados a participar de um coquetel.

No dia 30 de agosto, as comemorações continuam com a realização dos eventos IV SMSI e IV ERI-MG nas dependências do novo prédio a partir das 07 horas. O dia encerra às 16h30 com uma palestra de um convidado externo no Anfiteatro do DCC.

Na sexta-feira, dia 31 de agosto às 7 horas, acontecerá a abertura de mais um evento, o VI WEIMIG – Workshop de Educação em Computação e Informática do Estado de Minas Gerais. Este evento é também promovido pela SBC através da Diretoria de Educação e da Diretoria de Secretarias Regionais e apoiado pelo Conselho Estadual de Educação (CEE/MG). Ao final do dia, ocorrerá a solenidade de encerramento dos eventos: IV SMSI, IV ERI-MG e VI WEIMIG.

No sábado, dia 01 de setembro, será realizado o encerramento da semana de comemoração do Curso de Ciência da Computação com uma grande festa de confraternização a partir das 10 horas, contanto com a participação de ex-alunos do curso.

O Curso – O Projeto de criação do curso de Bacharelado em Ciência da Computação da UFLA foi concebido em meados de 1996, pela iniciativa dos professores Lucas Chaves (DEX – UFLA), Mirla (DEX-Ufla), Sandro (Unilavras), Olinda (DCC –Ufla), Wilian (DCC –Ufla) e Rêmulo (DCC – Ufla), na época, membros do Departamento de Ciências Exatas – DEX. A consolidação da criação do curso de Bacharelado em Ciência da Computação deu-se com a resolução do CUNI número 511 do dia 05 de maio de 1997, no vigente mandato do reitor professor Fabiano Ribeiro do Vale.

O primeiro vestibular ocorreu em julho de 1997 com 25 vagas a serem preenchidas. Os candidatos aprovados no vestibular formaram a Primeira Turma do curso iniciando suas atividades no mês de agosto desse mesmo ano.

No ano de 2000, foi criado o Departamento de Ciência da Computação (DCC) da Ufla, que ficou responsável pelo curso de Bacharelado em Ciência da Computação. O curso foi reconhecido pelo MEC, conforme Portaria nº. 2.011 de 11 de setembro de 2001, publicada no D.O.U. de 12 de setembro de 2001, de acordo com o parecer do Conselho Nacional de Educação.

A primeira turma concluiu o curso em julho de 2001. Na solenidade de colação de grau, formaram-se os primeiros vinte e um bacharéis em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Lavras. Até hoje, já se formaram onze turmas em um total de duzentos e setenta e cinco alunos.

O Curso Bacharelado em Ciência da Computação da Ufla objetiva formar profissionais com sólidos conhecimentos na área de computação. O curso tem a duração média de 8 semestres (4 anos) totalizando 36 disciplinas obrigatórias e 7 disciplinas eletivas.

Atualmente, o curso de Ciência da Computação possui um corpo docente formado por mais de sessenta professores compreendendo os Departamentos de Ciência da Computação (DCC), Departamento de Ciências Exatas (DEX) e Departamento de Administração e Economia (DAE). Seu corpo discente conta com cerca de 200 alunos de graduação.

Caem desigualdades regionais e raciais sobre freqüência escolar no Brasil

Agência Brasil, 29/08/07

Juliana Andrade

Brasília – Além de praticamente universalizar o acesso ao ensino entre os brasileiros de 7 a 14 anos, o Brasil está conseguindo reduzir as desigualdades regionais, raciais e também entre as áreas rurais e urbanas no que se refere à taxa de freqüência escolar. É o que mostra o 3º Relatório de Nacional de Acompanhamento dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM), divulgado hoje (29) pela Presidência da República.

Universalizar a educação primária é um dos oito ODMs, lançados em 2000 durante a Cúpula do Milênio das Nações Unidas, com a adesão de 189 países, entre os quais o Brasil. Segundo o estudo, entre 1992 e 2005, a proporção de pessoas dessa faixa etária na escola passou de 81,4% para 94,5% em todo o país. Os dados utilizados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE).

A região Nordeste continua sendo a que registra o menor percentual de crianças de 7 a 14 anos que estudam. Mas a diferença entre o Nordeste a as regiões que registram o maior índice caiu de cerca de 20% para menos de 4% no período. Em 1992, a taxa de freqüência escolar do Nordeste era de 69,7%, enquanto a maior do país era de 88%, do Sudeste. Já em 2005, o percentual nordestino era de 92,4% e o mais elevado, de 95,9% (região Sul).

As disparidades raciais no acesso à escola também tiveram queda, de acordo com o relatório. Em 1992, 87,5% dos brancos na faixa etária de 7 a 14 estavam na escola, contra 75,3% de pretos e pardos, uma diferença de 12,2 pontos percentuais. Em 2005, essa diferença caiu para menos de dois pontos percentuais, com 95,5% dos brancos e 93,7% dos pretos e pardos na escola.

Nas áreas rural e urbana, as desigualdades também recuaram. Se em 1992 66,5% das crianças de 7 a 14 anos tinham acesso ao ensino, em 2005 esse percentual subiu para 92,5% nas zonas rurais. Na área urbana, passou de 86,2% para 95%.

Embora tenha registrado avanços, o país ainda precisa superar alguns desafios, como assegurar que os brasileiros concluam o ensino fundamental, afirma o relatório. De acordo com o estudo, a taxa média esperada para conclusão é de 53,5%. Em média, os estudantes levam 10,1 anos para concluir essa etapa de ensino.

“Apesar dos avanços da sociedade brasileira, ainda é muito alta a proporção de alunos que progridem de forma lenta e dos que abandonam os estudos, o que contribui para manter em patamares baixos a taxa de conclusão no ensino fundamental”, diz o documento. O relatório também revela um aumento na taxa de alfabetização de brasileiros entre 15 e 24 anos, de 91,3% (1992) para 97,2% (2005).

Encontro da Rede de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares

O III Encontro da Rede de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares da Região Sudeste reuniu 13 universidades no campus da Ufla, entre os dias 24 e 26 de agosto, e foram representadas por estudantes e professores. Estiveram presentes a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de Lavras (Ufla), Cefet / RJ, Universidade Estadual de São Paulo (UNESP / Assis), Fundação Santo André, Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Ufla (INCUBACOOP/Ufla), órgão integrante da estrutura organizacional da Pró-Reitoria de Extensão – Proex, por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento Tecnológico e Social – CODETS, compõe a Rede Universitária de ITCP’s, que surgiu em 1999 para vincular de forma interativa e dinâmica as incubadoras, favorecendo o intercâmbio de metodologias, práticas e conhecimentos produzidos no contato das universidades com os grupos incubados. A rede nacional de ITCPs conta hoje com a participação de 31 (trinta e uma) instituições de ensino superior, sendo 13 (treze) da região sudeste.

A experiência das Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares (ITCP’s) abriu um novo conjunto de ações de apoio às iniciativas de geração de trabalho e renda, pois têm como objetivo desenvolver atividades voltadas para a inserção de setores economicamente marginalizados no mercado formal de trabalho. Seu público-alvo é um grande contingente de trabalhadores, desempregados ou vinculados ao plano da economia informal, que pode conquistar requisitos básicos de cidadania a partir da organização do trabalho em cooperativas. As Incubadoras foram criadas pelas universidades públicas, formando-se uma rede complexa de parcerias, de âmbito regional e nacional. Através da prática de extensão universitária fundamentada em metodologias participativas, a rede de ITCP’s propõe um modelo de ação coletiva focado na valorização do trabalho e do trabalhador.

Para o professor José Roberto Pereira, coordenador do evento “Esta rede conta com encontros anuais, nas diversas regiões do país, para potencializar as atividades das incubadoras, possibilitando a socialização de debates relacionados à autogestão e à economia solidária, visando sistematização das experiências acumuladas nas ITCP’s, grupos incubados e movimentos populares. Na região Sudeste, o I Seminário de Metodologia de Incubação da Rede ocorreu em 2005, na Universidade Federal de Viçosa (ITCP/UFV). Em 2006, o II Seminário da Rede Sudeste foi realizado na cidade de São Carlos, na UFSCar e, em 2007, foi realizado em Lavras no campus da Ufla. A Ufla, com este III Encontro, contribuiu significativamente para pensar e propor mudanças na relação entre Universidade e Sociedade por meio dos projetos de extensão universitária, demonstrando responsabilidade e competência na organização do evento”.

Campo continua recuperando renda

Depois de diversas quedas na renda do setor agrícola durante este ano, que se iniciaram em janeiro e se propagaram até abril, os indicadores da economia rural sinalizam uma melhora no campo nos quatro últimos meses, ou seja, entre maio e agosto. Conforme dados levantados pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla), por meio dos cálculos dos Índices de Preços Agrícolas, o índice que mede a renda do setor agropecuário teve uma recuperação nesses quatro meses, influenciado principalmente pela alta do leite pago ao pecuarista.

Em agosto, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos do setor rural teve aumento de 11,48%, puxado pelas cotações dos grãos, principalmente o feijão, que teve alta, para o produtor, de 26,28%, e o arroz, com aumento de 13,04%.

Contribuíram também para a melhoria da renda agrícola em agosto, os preços pagos aos produtores de milho, com alta de 1,47% e aos do café, cuja valorização foi de 6,52%. Já os hortifrutigranjeiros tiveram uma queda, em média, de 3,91%.

Mas foi o setor leiteiro que mais contribuiu para essa recuperação de renda em 2007. Em agosto, os pecuaristas receberam 7,6% a mais pela venda do leite fluido tipo C e 34,29% pelo leite tipo B. No acumulado do ano, o preço do leite recebido pelos pecuaristas acumula alta de 22,89% e de maio a agosto, esse aumento atinge 70,04%.

Agosto foi o mês em que os preços médios dos insumos agrícolas estiveram em queda. O Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agropecuários ficou em -2,73%. Entre os 187 itens pesquisados, as maiores quedas foram nos setores ligados a sementes e mudas (9,38%), antibióticos (7,26%), vermífugos (7,71%), animais de tração (8,16%), serviços gerais (9,51%) e manutenção de equipamentos, cuja queda foi de 7,05%.