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Ufla entrega certificados aos concluintes do Programa Semear

A Universidade Federal de Lavras realizou, em 21/08, a solenidade de entrega dos certificados aos concluintes do curso de Eletricista Prático, Sanidade Básica na Bovinocultura Leiteira, Capacitação para Mestre-de-obras, Manejo Sanitário e Princípios de Enfermagem para Eqüinos, Formação de Jardineiros e Introdução à Microinformática.

Participaram da mesa de abertura, o reitor, professor Antônio Nazareno Guimarães Mendes, a prefeita de Bom Sucesso, Maria do Carmo Martins de Barros, o pró-reitor de Extensão, professor Rubens José Guimarães, o coordenador do Programa Semear, professor Silvério José Coelho, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Lavras, Alberto Moretti e o paraninfo dos formandos, engenheiro florestal Marcelo Xisto Ribeiro.

O Programa de Qualificação Profissional “Semear” é constituído por cursos de qualificação profissional ministrados por alunos de graduação, sob a orientação de servidores da Ufla, qualificando gratuitamente mão-de-obra profissional, com a estrutura existente na Instituição, e parcerias, em atendimento aos anseios da sociedade relativos à capacitação profissional, reabilitação, inclusão social e, oportunidades de entrada no mercado de trabalho.

Concluintes:

Eletricista básico – instalações de baixa tensão
Instrutor: Felipe Monteiro Silva

Lavras: Aparecida Nogueira Andrade, Caio Cezar Nunes Carvalho, Caio Cezar Pereira Oliveira, Daniel Pereira Faria de Souza, Danilha Onofra de Carvalho, Elizete de Fátima Santos, Fabiano Sebastião da Silva, Faustolo Francisco do Nascimento, Felipe Amaro Thomaz, Fernando Lucas Ribeiro de Silva, Gisele Aparecida Custódio, Gizlene Aparecida Almeida, Helder Aparecido da Silva, Jéssica Rodrigues França, Joathan da Cruz, Joyza Mariana Carvalho, Junio Cristovam Borges, Karlaylle Antônio Magalhães Brito, Laura Mariana Apipe Pereira, Leandro Silva do Nascimento, Marcelo In´´acio Vilela, Marclo Lopes Silva,Milton Cândido dos Santos, Nilson Pereira Barbosa, Pablo Frederico Souza, Rafael Mateus dos Santos Moraes, Rodolfo Alves dos Santos, Romildo Alvarenga da Silva, Ronaldo Alves do Santos, Vicente Paulo de Souza e Washington Correa Costa

Bom Sucesso:
Admir Antônio da Silveira, Aline Aparecida Caetano, Ana Cristina Barbosa, Decarla Olímpia da Silva, Edson de Carvalho Vivas Júnior, Elaine Alves de Morais, Elder Guimarães Santos, Flávia Cristina Martins Silva, Gislaine Aparecida Messias, Helder Eduardo Soares, Lucimara Lourdes do Nascimento Pereira, Neiliane Alves de Morais, Simone Aparecida dos Santos e Vimara Regina dos Santos Silva.

Sanidade Básica na Bovinocultura Leiteira
Instrutora: Enne Aiala Rodrigues de Paula

Bom Sucesso: Admir Antonio da Silveira, Aline Aparecida Caetano, Ana Cristina Barbosa, Decarla Olímpia da Silva, Edson de Carvalho Vivas Júnior, Elaine Alves de Morais, Elder Guimarães Santos, Flávia Cristina Martins Silva, Gislaine Aparecida Messias, Helder Eduardo Soares, Lucimara Lourdes do Nascimento Pereira, Neiliane Alves de Morais, Simone Aparecida dos Santos e Vimara Regina dos Santos Silva

Capacitação para mestre-de-obras
Instrutor: Diogo Reis Vilela Bretas
Ademir Silveiro Ferreira, Aldierre Luiz de Souza, Ariovaldo Teixeira de Andrade, Edson Machado de Oliveira, José Francisco da Silva Filho, Raimundo Pedro de Souza e Silvam da Silva Souza

Manejo Sanitário e Princípios de Enfermagem para Eqüinos
Instrutora: Juliana Hayashi Tannura
Antonio Ferreira da Silva, José Luiz Moraes Rodrigues, Rafael Vilas Boas e Sarah Fagundes Souza

Formação de Jardineiros
Instrutor: Luiz Fernando Mascarenhas
Alice Magalhães Luz Moreira, Claudemir Aparecido Machado e Layne Aparecida Alexandrino

Introdução à Microinformática
Instrutor: Ricardo Soares Bortolin
Allysson Jonas Moreira, Ana Maria dos Santos Castro, Cristina Auxiliadora de Castro, Dirceu Antonio Pereira, Elaine Aparecida da Silva, José Maria de Abreu, Lidiane Fátima da Silva, Rosemeire de Paulo, Roseneide Rocha dos Santos, Sabrina Silva Henrique, Samantha Silva Henrique, Simone Manoela da Silva, Sirlene Aparecida Maximo Pereira, Wendel Apolinário Moreira

Universidades com mais recursos. E maiores responsabilidades

Folha Dirigida, 21/08/2007

Bruno Vaz

Ex-secretário de Educação a Distância do Ministério da Educação (MEC), o físico Ronaldo Mota, 52 anos, assumiu em maio a Secretaria de Educação Superior do órgão em meio ao anúncio de um programa que promete revolucionar o ensino superior federal: o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). A meta do governo é investir R$2 bilhões no setor entre 2008 e 2011. ‘Nós queremos que as universidades repensem sua formação acadêmica, baseando-se nos modelos nacionais e internacionais. Isso, ao longo dos anos, significará que as instituições terão um orçamento que, em alguns itens, quase dobrará’, explica.

Segundo o dirigente, propostas como a implantação de um banco de professores equivalente, que permitirá às instituições suprir a perda de funcionários de forma imediata, e a mobilidade estudantil vão dar uma cara contemporânea à universidade brasileira. ‘As universidades têm a obrigação de estarem acompanhando isso e desenvolvendo atividades pioneiras. Temos todos os elementos para garantir um futuro muito positivo para a educação superior’, afirma Mota, que reconhece, porém, que a incapacidade para fechar cursos com baixo rendimento nos exames de avaliação é o calcanhar-de-aquiles do governo no setor. ‘Essa é a nossa grande deficiência e temos gastado boa parte do nosso tempo tentando corrigir isso’, admite.

Em entrevista, o secretário fala sobre o impacto do Reuni no ensino superior nacional, o estado atual da Reforma Universitária e comenta declarações do ex-ministro da Educação, Cristovam Buarque, sobre a ineficiência da área educacional no país.

Qual a importância do Reuni para o ensino superior?

Ronaldo Mota – Certamente é o maior investimento que temos, nas últimas décadas, tendo por foco principal os cursos de graduação das universidades federais. Ele nasce para consolidar algo que já está em curso. O que temos hoje são experiências muito boas que ocorrem de formas isoladas em algumas instituições. Este programa vai permitir que nós tenhamos uma grande troca de experiências no país e estímulo para que as universidades que ainda não estão lidando com a reestruturação acadêmica possam fazer isso corretamente. Tudo vai ser feito de forma que a autonomia da universidade seja respeitada. Nada será feito de forma obrigatória, mas voluntária, e a definição do modelo adotado será realizada pela própria instituição. Nós queremos que as universidades repensem sua formação acadêmica, baseando-se nos modelos nacionais e internacionais. A Universidade Federal do ABC, por exemplo, já nasceu atuando desta forma. Ela é uma instituição reestruturada academicamente, num modelo que racionaliza a utilização dos seus docentes, permite itinerários acadêmicos inovadores, condizentes com o mundo moderno. Boa parte dos nossos cursos de graduação foram moldados há mais de meio século. Cumprem um papel importante mas precisam ser repensados, dado que vivemos uma dinâmica acentuada. A característica do que o mundo do trabalho tem exigido dos profissionais tem mudado rapidamente. As universidades têm a obrigação de acompanhar isso e desenvolver atividades pioneiras. A Federal do ABC é uma das experiências que estão em curso neste sentido no país.

As universidades vão discutir internamente suas próprias propostas e enviá-las ao MEC. O processo de aprovação será automático?

Não há nada automático. As propostas serão analisadas do ponto de vista do mérito. Nós contamos com uma comissão altamente qualificada, que mostrou às universidades diretrizes nas quais as idéias devem ser baseadas. Elas devem atender a um conjunto de critérios e exigências e cada uma delas poderá apresentar as propostas no seu tempo. Quando isso for apresentado elas poderão dispor de até 20% do seu orçamento global para custeio, investimento e pessoal. Agora a aprovação se dará através de uma avaliação por parte desta comissão. No final, este montante ainda deverá ultrapassar os 20%, que devem ser direcionados exclusivamente para investimento. E vale ressaltar que estes recursos também não serão utilizados para pagamento de aposentados. Tudo aquilo que envolver pessoal, custeio, não temos como somar gradativamente ao longo dos anos. Então, por isso, estes recursos devem ultrapassar os 20%. Isso, ao longo dos anos, significará que as instituições terão um orçamento que, em alguns itens, quase dobrará. O custeio das universidades federais, em 2003, correspondia a algo em torno de R$350 milhões para as mais de 50 instituições. Nós estamos chegando este ano a R$1,2 bilhão. Ao final do Reuni, este valor ultrapassará os R$2 bilhões. Em uma década é bastante possível que nós passemos de R$350 milhões para R$2 bilhões. Isso é importante porque as instituições federais estão longe de serem improdutivas, pelo contrário. O que podemos garantir é que elas não estão sendo utilizadas em seu máximo potencial, por falta de investimentos e de uma política de longo prazo. O Reuni permite os dois. O potencial destas instituições pode ser maximizado e este é o espírito do Reuni. Todo este investimento está sendo feito porque os dados comprovam que, no Brasil, temos um conjunto de jovens talentosos que só não estão no ensino superior por limitação de oferta de vagas públicas. Além disso, nós temos a questão da territorialidade. Esta expansão está sendo realizada em direção ao interior. Não adianta para o país termos boas instituições apenas nos grandes centros urbanos. Nós precisamos atingir regiões mais remotas.

Como vai funcionar a autonomia administrativa que permitirá aos reitores contratar professores sem a autorização do governo?

O irmão gêmeo do Reuni é o banco de docentes equivalente. Ele é um grande avanço do ponto de vista da gestão. Na verdade, este modelo poderá ser estendido a outros setores da administração pública. Significa dizer que a universidade, no gozo de sua autonomia, poderá determinar o que é o contingente máximo de professores que a instituição tem. Ocorrendo uma aposentadoria, hoje o processo é muito longo para repor esta perda. Agora, vai se definir o universo de professores que estão associados a uma universidade. Havendo uma vacância, no dia seguinte o reitor poderá contratar um professor substituto durante o período em que realiza, com tranqüilidade, um concurso público. Este banco também poderá crescer em 20% ao longo do processo do Reuni e cada substituto que as universidades têm hoje gerou um professor equivalente. Este banco já foi formado através de uma portaria interministerial, do MEC e do Ministério do Planejamento. Hoje, as universidades já sabem o seu número de professores equivalentes correspondentes. O setor público só tem modelos semelhantes de gestão na Advocacia-Geral da União e no Ministério das Relações Exteriores. Desta maneira, o papel do professor universitário das instituições federais está definitivamente listado como uma função de Estado.

Qual a importância da adoção da mobilidade estudantil, que vai permitir que os alunos possam mudar de instituição aproveitando créditos e disciplinas?

Cada universidade vai pensar o seu modelo. Mas não é o fato de que ela tenha autonomia para pensar que vai fazer com que ela pense sem ouvir as demais. Embora queiramos uma diversidade do sistema isso não significa que as instituições não vão dialogar entre si. É importante a troca de experiência e o diálogo, porque será possível que o estudante possa cumprir créditos em outra instituição. A mobilidade estudantil e de docentes é um ingrediente presente nas melhores experiências do mundo. Existe um programa na Europa, o Erasmus, que atinge dois milhões de alunos europeus que estão transitando em outras universidades. Eles diagnosticaram que isso é muito importante na atividade acadêmica de qualquer profissional. O conhecimento do novo, ter vivido em outro lugar e o processo de adaptação são elementos contemporâneos. O bom profissional deve estar preparado para enfrentar novos desafios – e esse é o espírito da mobilidade. Nós estamos criando o Sistema Brasileiro de Transferência de Créditos, que será a maneira de você estimular isso. Eu tenho confiança de que este sistema poderá se expandir para o restante do país. Nós não podemos chegar atrasados nisso e acho que, pelo contrário, o país será pioneiro neste tipo de experiência.

A educação a distância pode se tornar uma saída, apesar do receio quanto à qualidade deste tipo de ensino?

É normal que haja preconceito contra qualquer atividade inovadora, mas precisamos tratar preconceitos nos baseando em indicadores. E nós já temos indicadores, através dos programas de avaliação, que mostram que a educação a distância não deixa nada a dever à presencial. O Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), na sua última versão, já tratou alunos presenciais e a distância. As áreas examinadas não apontam diferença perceptível ou apontam ligeira vantagem para os alunos da educação a distância. E isso ressaltando o fato de que, no país, a educação a distância tem sido implementada com um marco regulatório que ainda demanda aprimoramento. O grande mérito da educação a distância é o papel transformador que ela está tendo na presencial. O fato de você ter na mesma instituição as duas modalidades, vai gerar transformações definitivas na presencial. O país caminha em direção a uma educação flexível, que incorporará os bons elementos da educação presencial com as ferramentas indispensáveis da educação a distância. A educação a distância faz uso positivo dos bons elementos da presencial e vice-versa. No futuro, o aluno, ao fazer a matrícula, terá ao seu dispor parte das disciplinas de forma presencial e parte a distância. A partir das suas características e do seu momento, ele selecionará disciplinas presenciais e a distância. Isso é muito interessante e é bom saber que o país está na fronteira destas duas áreas e temos todos os elementos para garantir um futuro muito positivo para a educação superior.

Algumas das medidas anunciadas no Reuni estão na Reforma Universitária, que aguarda votação no Congresso Nacional. O fato de o governo ter retirado o pedido de urgência para a votação da proposta significa que desistiu da sua aprovação?

Eu sei que tem uma corrente que acha que já que a reforma não passa no Congresso, pode ser implantada em partes e isso não é correto. O contrário sim. O processo de discussão da reforma foi tão profundo que impregnou um conjunto de ações decorrentes. A proposta do professor equivalente, por exemplo, foi discutida dentro do governo na época da reforma e não foi aprovada internamente. Posteriormente, nós conseguimos chegar a um acordo sobre a questão. Portanto, o debate da reforma foi muito profícuo, gerou um conjunto de iniciativas da comunidade que agora estão sendo normatizadas. Quanto ao Congresso, o governo fez o seu papel de formular uma proposta e solicitar urgência na sua votação. A pedido das associações de alunos e professores, o governo retirou o regime de urgência. A conseqüência disso é que agora não cabe ao Executivo ir além do limite para apressar o processo de discussão. Nós temos pressa e gostaríamos que o projeto fosse discutido logo, mas precisamos aguardar o Congresso.

Em entrevista à FOLHA DIRIGIDA, o ex-ministro da Educação, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), acusou o governo de privilegiar o ensino superior e disse que a área educacional não é prioritária no país. Qual é a sua opinião sobre essas questões?

O MEC atual se caracteriza por defender uma visão sistêmica, que vê a educação como um todo. Claramente, nós temos um problema grave na educação básica e no ensino médio. O fato de diagnosticarmos isso não significa que seja só esse o foco. Uma parte principal deste problema é a formação de professores e nós os formamos no ensino superior. Portanto, a melhoria da educação básica está relacionada a investimentos no ensino superior. Um dos elementos para melhorarmos a educação superior no país é melhorando o nível dos alunos que chegam à universidade. Isso implica melhorar a educação básica. Qualquer visão que desconecte as modalidades de ensino causa um prejuízo grande para se entender a educação como um todo. Já em relação à prioridade, existem várias maneiras de se entender o tema. Uma delas é medir a quantidade de recursos que se investe. Não há nenhum estudioso atento da educação que não confirme que estamos vivendo o melhor momento de todas as décadas próximas na área educacional, porque nunca se investiu tanto. É verdade que a participação da educação no Produto Interno Bruto, apesar de estar em crescimento, ainda não é a ideal para o que o país pretende. Ela é insuficiente, mas é mais do que havia no passado.

Porque os técnicos-administrativos das universidades, parados há mais de dois meses, ainda não voltaram ao trabalho?

Dos vários setores do Poder Executivo, a carreira que pior remunera os seus trabalhadores é a dos técnicos das federais, que forma um contingente muito grande, cerca de 150 mil. Portanto, a reivindicação é justa e a greve uma decisão autônoma, que tem trazido prejuízos. Mas é importante ressaltar que o Ministério do Planejamento e o MEC abriram mesas de negociações com um cronograma que previa que até meados de agosto seriam apresentadas propostas, que estão sendo analisadas pela categoria. Nós sabemos que as propostas não atendem totalmente os anseios, mas contemplam boa parte dos pedidos. E temos expectativa de que, eventualmente, possamos ter um final para a greve. Da mesma forma, há uma mesa de negociações com os professores das universidades federais, com reuniões marcadas e propostas a serem apresentadas. A educação precisa de mais recursos, mas precisamos guiar estes movimentos de uma forma que não prejudique a questão de podermos ter uma educação de qualidade.

Quais são hoje as principais carências do ensino superior?

A educação tem que cumprir o seu papel. Não há exemplo de país desenvolvido que tenha crescido sem ter investido em educação. A partir dela, você gera melhores condições dos profissionais que atuam em todas as áreas, gera tecnologia, deixando o país mais competitivo. A partir dela você melhora a vida da população. Para que isso aconteça, precisamos ter uma visão sistêmica e, em especial na educação superior, precisamos de uma política consistente de ampliação da oferta de vagas e de garantia de qualidade. Nós esperamos que, através do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior, possamos garantir cada vez mais qualidade para o setor e realizar um processo de inclusão social das camadas mais pobres. Um país só se transforma em nação a partir de vários ingredientes. E um deles é que a educação possa chegar aos seus diferentes pontos.

O senhor concorda que hoje a principal dificuldade do MEC é o fechamento dos cursos mal avaliados pelo Sinaes?

Integralmente. Se eu pudesse apontar nossa maior fragilidade eu diria que é a nossa incapacidade de, a partir do processo avaliativo, gerar um processo regulatório. Não é somente identificar que alguns cursos tenham deficiências. Nós precisamos aprimorar nossa capacidade de, a partir disso, ter uma ação concreta que gere melhorias. E, no limite, se não gerar, que proceda ao fechamento de um curso ou de uma instituição. Essa é nossa grande deficiência e temos gastado boa parte do nosso tempo no MEC tentando corrigir isso.

União cobra R$ 54 mi de ex-bolsistas do CNPq e Capes

Folha de S.Paulo, 19/08/07

ANGELA PINHO

Desde 2002, o governo federal pediu a devolução de cerca de R$ 54 milhões que ex-bolsistas de doutorado favorecidos por ajuda oficial teriam recebido de forma irregular.

O levantamento da CGU (Controladoria Geral da União) envolve a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) –principais fomentadores do benefício.

Os motivos dos processos variam de irregularidades como o abandono dos estudos até a falsificação de documentos. A maioria dos casos, porém, é de ex-bolsistas que fizeram doutorado no exterior e não cumpriram a norma de ficar no Brasil por igual período.

Os ‘doutores que se formam no exterior’ foram alvo de crítica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele disse haver ‘contra-senso’ entre os que criticam o Bolsa Família e não a ‘bolsa de US$ 2.000 para um doutor se formar no exterior’.

O número de cobranças é pequeno em relação ao de bolsas concedidas. Só o CNPq ofereceu 249.632 entre 2002 e 2006, em um total de R$ 2,6 bilhões. Mas o valor pode ser alto para uma só pessoa, e quem não paga ainda tem o nome enviado ao Cadin -banco de dados de devedores do governo.

É o caso de Cristina Campolina, coordenadora do curso de história da Universidade Federal de Minas Gerais. O TCU a condenou a devolver R$ 655 mil de sua bolsa de doutorado para a Universidade de Illinois (EUA) entre agosto de 1986 e fevereiro de 1991.

Em sua defesa, ela disse que vive em ‘extrema penúria financeira’, mas não adiantou. O tribunal determinou que ela quite a dívida e lhe aplicou uma multa de R$ 22 mil. Campolina afirma que não terminou a tese porque seu orientador dizia que só aceitaria o trabalho se ele tivesse documentos inéditos, os quais ela nunca achou.

Diante da impossibilidade de quitar a sua dívida, ela diz que tentará revalidar os créditos do doutorado no Brasil e defender a tese na UFMG. Porém, como não cumpriu o prazo para a devolução do dinheiro –acrescido de juros pela demora no pagamento–, deve ser acionada pela Advocacia Geral da União.

É o mesmo caso do físico Ricardo de Paula e Silva Masetti Lobo. Em 2004, ele foi condenado pelo TCU a devolver R$ 184 mil. Lobo fez doutorado na França entre 1992 e 1996. Após apresentar sua tese, passou um período nos Estados Unidos e foi para Paris, onde vive hoje.

Embora afirme que há ‘excelentes’ órgãos de pesquisa no Brasil, ele diz que desistiu de voltar porque, na época, não havia laboratórios em sua área de pesquisa no país -uma propriedade específica de ‘luz síncrotron’, no campo da física de partículas. O TCU, porém, rejeitou seu argumento.

‘Se a obrigação [voltar ao Brasil] não foi cumprida (…) significa que recursos pertencentes à sociedade brasileira, sabidamente escassos, foram empregados em proveito pessoal do bolsista e, até mesmo, em proveito do país que passou a abrigá-lo’, disse na decisão o relator, Augusto Cavalcanti.

Lobo lamenta que a questão tenha chegado ao tribunal. ‘A discussão deixou de ser científica e virou administrativa.’ A Capes e o CNPq, porém, argumentam que a caso só vai ao TCU depois do fracasso de uma ‘negociação amigável’.

O presidente da Capes, Jorge Guimarães, cita como medidas para tentar impedir que pesquisadores não voltem ao Brasil acordos com embaixadas para não renovar o visto de bolsistas e até uma análise mais criteriosa antes de conceder bolsas em áreas que o risco do não-retorno é maior, como economia.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, fala também no programa de pós-doutorado criado pela pasta e na contratação de 10 mil professores para universidades federais desde 2003 como incentivos à permanência dos doutores no Brasil.

Para quem já tem as dívidas, contudo, o entendimento agora é com o tribunal

Fapemig divulga resultado de edital para incubadoras

A Fapemig acaba de divulgar o resultado do edital 11/2007 Apoio às Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica. Das 18 propostas enviadas, 16 foram recomendadas para contratação. Juntas, elas receberão cerca de R$812 mil.

O objetivo deste edital é promover o desenvolvimento e a consolidação de incubadoras de empresas de base tecnológica, visando à indução e à implementação de projetos de inovação em micro e pequenas empresas de Minas Gerais. De grande importância, as incubadoras são locais que oferecem todas as condições de desenvolvimento para as empresas instaladas até que elas estejam estruturadas e organizadas para operarem sozinhas.

Entre as instituições beneficiadas pelo edital estão o Cefet-BH, a Fundação Educacional de Patos de Minas, a Universidade Federal de Juiz de Fora, a Fumsoft e a Biominas.

Assessoria de Comunicação Social / Fapemig
Tel: 31 3280-2141 / 2105
acs@fapemig.br

Centro Educacional NDE/Ufla comemora 20 anos de dedicação ao ensino infantil e fundamental

São 20 anos de profissionalismo e aprendizado! Uma escola de qualidade se constrói com fundamentação pedagógica adequada ao contexto histórico social, experiência educacional e a busca plena do desenvolvimento humano. O Centro Educacional da Ufla vivencia um momento especial, pois conseguiu alicerçar a maturidade das experiências obtidas juntamente com a competência técnica de seus professores/as e funcionários/as para formar cidadãos preparados para a vida que saibam fazer escolhas coerentes no seu dia a dia.

Histórico
Localizado no Campus Histórico da Ufla, foi inaugurado em 01 de agosto de 1987 com os recursos do MEC e, vinculada diretamente à Escola Superior de Agricultura de Lavras, hoje Universidade Federal de Lavras, visando dar atendimento aos filhos/as de servidores da Instituição. O nome de origem dado, inicialmente, a instituição foi Creche Escola Semente do Amanhã. Atualmente, o Centro Educacional NDE/Ufla é aberto a toda comunidade Lavrense, propiciando a todos uma educação de qualidade.

Em março de 1994, os recursos para manutenção da Creche Semente do Amanhã, vinham diretamente da Universidade. Entretanto, a partir desse período, foram repassadas verbas mensais, diretamente aos servidores/as, para a manutenção de seus filhos/as nessa instituição educacional em forma de assistência Pré-Escolar. Em decorrência, a instituição tornou-se uma entidade particular sem fins lucrativos, mantida e dirigida por seus associados, através da Associação dos Usuários do Núcleo de Desenvolvimento Educacional – Aunde e vinculada diretamente à Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, Comunitários e Culturais através do Núcleo de Desenvolvimento Educacional (NDE).

Em 1998, foi autorizado todo o segmento do Ensino Fundamental, pela portaria 434/98, entretanto, o segmento da 5ª a 8ª série só se implantou, efetivamente, em 2006. Em seguida, em 1999, a instituição recebe o título de “Entidade de Utilidade Pública” da Câmara Municipal de Lavras, e busca a cada ano retribuir com dignidade, através do trabalho compromissado o contínuo reconhecimento social.

A instituição consciente de sua maior potencialidade, estar inserida numa Universidade centenária, constrói parcerias com diversos segmentos dentro da Ufla no intuito de agregar possibilidades na construção do conhecimento, utilização do espaço físico e da infra-estrutura existente. Assessorias pedagógicas nas múltiplas áreas do conhecimento, promoção de formação continuada e desenvolvimentos de projetos são realizados em parcerias com os Departamentos e Setores especializados da Ufla. Evidenciam-se constantes contribuições advindas da Fundação de Apoio ao Ensino Pesquisa e Extensão (Faepe).

Para a Presidente da Aunde, professora Cristina Lelis Leal Calegario, “toda essa experiência tem colaborado para que o Centro Educacional NDE/Ufla, seja reconhecido como uma escola de excelência e referência na esfera da Educação Infantil e de todos os segmentos do Ensino Fundamental na cidade de Lavras”.

Metodologia
Partindo de uma interação social que provoque o desejo do aprender, desenvolve-se a metodologia utilizada no Centro Educacional. Na educação infantil, as salas são organizadas em áreas ou centros de interesse e todas as atividades são oferecidas de acordo com um planejamento semanal disponibilizado aos pais. O ambiente é preparado com materiais de forma a propiciar às crianças a estimulação adequada ao seu nível de desenvolvimento. No ensino fundamental I e II, a partir da série introdutória são utilizados como base para o aprendizado, livros publicados por editoras respeitadas que ajudam a praticar um conteúdo mais dinâmico, competitivo e sistematizado. Faz parte desta proposta educacional visitas constantes aos departamentos da Universidade por meio de excursões aos laboratórios especializados e ainda a participação destes profissionais no Centro Educacional para que os alunos percebam na prática todo o conhecimento teórico absorvido nas salas de aula. A possibilidade de contato com esses profissionais universitários tem contribuído de forma excepcional para o enriquecimento da escola, através do aprendizado por parte dos educadores que tem oportunidade de estar em crescente transformação e ainda de seus alunos pela riqueza de experiências.

Depoimentos:
Pai professor – “No começo, a escolha da escola das minhas filhas gêmeas, Clara e Júlia, foi muito determinada pela comodidade devido à sua boa localização e facilidade de acesso. Ao conhecermos a escola, contou bastante o bom “astral” do lugar, que conjuga a delícia dos espaços externos disponíveis com árvores, oferecendo sombra e frescor, com o aconchego dos recintos internos, adequados para o trabalho com turmas pequenas. Mas acima de tudo, o que determinou a nossa escolha foi a qualidade do trabalho desenvolvido na escola, pois, acima até mesmo da ótima orientação pedagógica do trabalho, percebemos, como regra geral, que as pessoas que ali trabalhavam o faziam com amor e dedicação, o que, para nós, seria o ingrediente fundamental para uma bem sucedida história na formação pessoal de nossas filhas, que continuam se desenvolvendo felizes como alunas da escola, para a nossa satisfação. Sérgio Alves Bambirra – Profº do Departamento de Veterinária”.

Pai técnico-administrativo – “Acompanhar desde o início de sua implantação foi gratificante. Hoje eu e minha família participamos em seu crescimento e com certeza a Creche, Escola Semente do Amanhã e hoje Centro Educacional NDE/Ufla, também nos faz crescer, pois dão suporte ao que temos de mais importante – Nossas Filhas. Hoje quem está lá é a Yasmim, no ano que vem a Isabele. Que bom termos pessoas que se preocupam com o bem estar de nossas crianças. Meu agradecimento a todos que participaram e participam da consolidação desta casa de ensino. Esperamos que cresça e com você os nossos filhos como cidadãos e cidadãs de bem. Sandro Araújo – Servidor Técnico Administrativo da Ufla”.

Pais da Comunidade – “Escolhemos há muito tempo o Centro Educacional NDE-Ufla para os nossos filhos, não só pela busca contínua de qualidade que toda equipe almeja, mas também, por sentir um forte comprometimento das pessoas que administram a escola. Além de facilitar o relacionamento entre pais e administradores a escola tem entre suas grandes preocupações formar cidadãos conscientes de seu papel na sociedade. Desde o início percebemos a preocupação da escola em passar para seus alunos e para os pais a importância de se respeitar o próximo, bem como o meio ambiente. Por se tratar de uma associação ainda podemos participar das decisões relevantes para o funcionamento da escola, o que é um diferencial importante em relação às demais instituições de ensino em nossa cidade”. Roger Tadeu Morais Penido e Silvana Haddad Penido.

Novos prefeitos dos alojamentos

A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, Comunitários e Culturais, através da Coordenadoria de Moradia e Alimentação informa os novos prefeitos dos alojamentos que terão gestão de 01/08/2007 a 31/07/2008.

Alojamento Feminino
– Amanda Duarte Coelho
– Cínara Libéria Pereira Neves

Alojamento Misto
– Cleiton Lourenço de Oliveira
– Felipe Monteiro Silva
– Teotônio Soares de Carvalho

Comissão de Relações Internacionais promoverá Curso de Gestão da Internacionalização Universitária

A Comissão de Relações Internacionais da Andifes (CRIA) reúne-se, no dia 27 de agosto, para definir os detalhes logísticos para o Curso de Gestão da Internacionalização Universitária. A idéia é gerar o conhecimento necessário para técnicos e professores que exercem a função de secretários de Relações Internacionais nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), proporcionando a criação de Assessorias de Relações Internacionais e a qualificação das já existentes nas instituições.

O encontro de abertura será realizado, em Brasília, no próximo mês. A partir desta data, encontros regionais mensais acontecerão no sul (Porto Alegre), sudeste/centro-oeste (Brasília) e norte/nordeste (Belém ou Recife). Ao final do curso, em abril de 2008, será formatada uma cartilha sobre gestão de Secretaria de Relações Internacionais.

A CRIA é presidida pelo reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, José Carlos Ferraz Hennemann. Mais informações sobre o curso poderão ser obtidas diretamente com o professor pelo email: reitor@gabinete.ufrgs.br.

(Lilian Saldanha – Assessoria de Comunicação da Andifes)

Ufla tem projeto aprovado para a compra de livros em Edital da Fapemig

A Ufla teve aprovado projeto na Fapemig, Edital 006/2007, sob coordenação da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG), contemplada com R$ 270 mil para aquisição de livros.

O projeto “Melhoria do acervo da Biblioteca Central da Ufla por meio de aquisição de livros técnico-científicos visando atender às demandas dos programas de pós-graduação” concorreu com outras 18 instituições, sendo superada, em captação de recursos financeiros, apenas pela UFMG que receberá R$ 285 mil.

Para o pró-reitor, professor Joel Augusto Muniz, “esta conquista representa um marco importante para a pós-graduação da Ufla, uma vez que cada um dos 19 programas de pós-graduação contará com 14,2 mil reais para a compra livros de acordo com suas demandas, totalizando 377 obras nacionais e 946 obras importadas que preencherão lacuna existente na Biblioteca Central, relacionada à falta de livros atuais ligados a temas de interesse abordados em disciplinas e exigidos nas pesquisas de dissertação e tese.

O acervo da biblioteca será enriquecido em 1323 livros novos, melhorando o nível das disciplinas oferecidas e pesquisas, possibilitando a publicação pelos docentes e estudantes de artigos classificados no Qualis, da Capes como A (Nacional e Internacional) alavancando os conceitos nas futuras avaliações, viabilizando a busca das almejadas notas 6 e 7 de excelência”.

Em 2006 a Ufla realizou a aquisição de R$ 100 mil em livros para a Biblioteca Central, também com financiamento em projeto da Fapemig. Os dois editais (2006 e 2007) são resultado de negociação com o Conselho Curador da Fapemig, pelo reitor da Ufla, professor Antônio Nazareno Mendes, quando ocupava a presidência do fórum das universidades mineiras, assessorado pelos pró-reitores de pesquisa e de pós-graduação; foram aportados recursos da ordem de R$ 4,5 milhões nos dois anos.

SP anuncia universidade virtual

O Estado de São Paulo, 17/08/07

Simone Iwasso

Carlos Vogt, novo secretário de Ensino Superior, quer parceria de instituições estaduais, federais e TV Cultura

O novo secretário de Ensino Superior, o lingüista Carlos Vogt, ex-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), apresentou ontem um projeto ambicioso para sua gestão: a criação de uma universidade aberta e virtual do Estado de São Paulo. A proposta foi elaborada por Vogt antes de assumir o cargo e preenche o que ele acredita ser a função da pasta, alvo de polêmica desde sua criação no início do ano: otimizar os recursos disponíveis para organizar políticas que atendam à demanda de todas as classes sociais pela universidade, sem interferir na autonomia universitária.

Outra mudança divulgada pelo novo secretário tem relação com a própria Fapesp, que a partir desta semana passa a ser vinculada à Secretaria de Ensino Superior, e não mais à de Desenvolvimento, que até o ano passado chamava-se Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia. A agência é uma das principais fomentadoras de pesquisa no País e cerca de 70% de seus recursos acabam sendo destinados para trabalhos desenvolvidos nas três universidades estaduais paulistas.

“Quanto à Fapesp, não fazia sentido mantê-la separada das universidades, elas estão muito ligadas. Agora a secretaria poderá elaborar uma visão mais organizada do ensino superior, que é muito complexo no Estado, pela quantidade, qualidade e produção científica. Ela deve ser parceira na discussão de questões referentes à universidade”, disse, refutando qualquer alusão à interferência na gestão dos reitores.

“A autonomia, depois da discussão nesse ano em torno do tema, acabou sendo reforçada, e ainda mais garantida, pelo decreto declaratório assinado pelo governador”, afirmou.

Em maio, a reitoria da Universidade de São Paulo (USP) foi ocupada por parte de alunos, funcionários e professores. Eles permaneceram por mais de um mês no local protestando contra a criação da Secretaria de Ensino Superior e decretos assinados por José Serra (PSDB), que consideravam uma ameaça à autonomia das instituições. O titular da pasta era o médico José Aristodemo Pinotti.

PARCERIAS

A idéia da universidade aberta, o principal foco da secretaria a partir de agora, seria colocada em prática por meio de parcerias com as universidades estaduais (USP, Unesp e Unicamp) e federais (Unifesp e UFSCar), TV Cultura (por meio da disponibilidade do sinal aberto), Secretaria da Educação (responsável pelo ensino fundamental e médio) e Fapesp. Além disso, contaria com pólos presenciais, telefone para atendimento, site na internet e material didático impresso e digital.

Vogt estima que o investimento necessário para os três primeiros anos seja de R$ 170 milhões. Mesmo não tendo nada concreto ainda, ele pretende dar início no ano que vem ao menos a um pólo experimental da universidade. “O governo se comprometeu com esse projeto, que é inclusive um dos motivos de eu ter aceito vir para o cargo”, explicou.

A instituição atuaria em três eixos principais. O primeiro, a formação de cerca de 60 mil professores da rede pública estadual que ainda não têm formação em ensino superior (hoje, a Secretaria da Educação tem contratos com várias universidades para formar os professores). O segundo objetivo seria oferecer cursos de graduação e licenciatura em várias áreas, como Língua Portuguesa e Literatura, Matemática, Biologia, Química, Física.

O terceiro foco da universidade aberta seria a oferta de cursos de pós-graduação, que iriam desde pós lato sensu e stricto sensu, especializações, extensões universitárias e atualização profissional.

No Brasil, o maior modelo do tipo foi colocado em prática pelo Ministério da Educação (MEC), que já tem espalhados em todos os Estados 290 pólos da Universidade Aberta do Brasil (UAB), que oferece cursos de graduação e formação de professores a distância.

PT indica nomes para compor comissão especial da Reforma Universitária

O líder do PT na Câmara, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), indicou nesta semana os membros do partido que farão parte da Comissão Especial que dará parecer ao projeto de lei nº 4212/2004, do deputado Átila Lira (PSB-PI), referente à Reforma Universitária.

Os deputados Ângelo Vanhoni (PT-PR), Paulo Rubem Santiago (PT-PE) e Pedro Wilson (PT-GO) serão os titulares, e os deputados Carlos Abicalil (PT-MT), Maria do Rosário (PT-RS) e Reginaldo Lopes (PT-MG), suplentes da Comissão.

De acordo com Vanhoni, a educação superior carece de uma legislação própria, adequada ao atual estágio de desenvolvimento e as mudanças na educação brasileira. “Integrar a Comissão é contribuir com o debate, fortalecer a reforma universitária e a Universidade Pública”, destaca o deputado.

O projeto altera dispositivos da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional e fixa normas para a educação superior das instituições públicas e privadas de ensino. A comissão iniciará os trabalhos anda neste semestre.

Agência Informes (www.informes.org.br)