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Aposta no ensino de qualidade

Correio Braziliense, 14/08/07

Paloma Oliveto

Nova edição da Olimpíada de Matemática terá a participação de 17 milhões de estudantes da escola pública, a maior competição de conhecimento de lógica do mundo. Governo quer premiar talentos

“No dia de seu aniversário em 2006, o avô de Júlia disse a ela: ‘Eu nasci no ano x² e completei x anos em 1980. Quantos anos eu completo hoje?’ A resposta certa é: a)61; b)64; c)67; d)70; e)72”. Desafios como esse vão fazer a cabeça de 17 milhões de estudantes brasileiros, que participam hoje da primeira fase da 3ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas. Em duas horas e meia, crianças e adolescentes dos ensinos fundamental e médio terão de responder a problemas de cálculo e raciocínio lógico, na edição mais competida do evento, iniciado em 2005. Pelo número de inscritos, é a maior olimpíada de matemática no mundo.

Este ano, 38.453 escolas de 98% dos municípios brasileiros disputam medalhas de ouro, prata, bronze e menção honrosa em três níveis de provas: 5ª e 6ª séries, 7ª e 8ª séries e ensino médio. Na primeira edição, 93,4% dos municípios participaram. A alta adesão é comemorada por Suely Druck, diretora-acadêmica da olimpíada e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Matemática. “Várias escolas fizeram as inscrições por pressão dos próprios alunos. Esse projeto recoloca a questão da qualidade do ensino na agenda das escolas públicas”, aponta.

A Olimpíada de Matemática é promovida pelos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, e da Sociedade Brasileira de Matemática em parceria com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada. Para Suely Durk, a competição é uma oportunidade de reconhecer o talento, muitas vezes escondido, dos estudantes que não vêem nos números um bicho-de-sete-cabeças. “As questões são muito instigantes. A matemática é desmistificada, as crianças percebem que, mesmo que seja difícil, a matéria pode ser aprendida”, acredita.

O secretário para inclusão social do MCT, Joe Carlo Viana Valle, destaca que o evento não é importante apenas para os estudantes, mas para o país. “É uma mudança na forma como a matéria é vista. Acreditamos que, por causa da Olimpíada, no futuro teremos nosso Nobel de matemática”, prevê. Hoje, ele vai abrir oficialmente o início das provas, na 606 Norte. No Distrito Federal, há 218 escolas inscritas, sendo que 195.380 estudantes participarão do evento.

No ano passado, Jetulio Hugo Borges Silva, 11 anos, experimentou o gostinho da fama ao levar para casa a medalha de ouro do nível 1. O garoto, que sempre se empolgou com a matéria, saiu no jornal, na televisão e recebeu homenagens na escola, o Centro de Ensino Fundamental 4, na SQS 113. “Os colegas sempre me chamaram de ‘nerd’ e ‘cabeção’. Quando ganhei a Olimpíada, meu professor disse que eu era um ‘ninja’”, conta, orgulhoso.

Euforia

O sucesso de Jetulio inspirou os coleguinhas da escola. Todos os 502 estudantes dos turnos matutino e vespertino foram inscritos este ano. Muitos, porque pediram à diretora, Carmen Lúcia Silva Ribas. “Os alunos participaram da euforia da vitória, ficaram muito motivados”, conta. “Tem um monte de gente falando: ‘Este ano eu também vou ganhar’”, confirma Jetulio.

Além da medalha de ouro, o menino saiu vitorioso em um curso de matemática, oferecido por uma escola preparatória, e, neste sábado, começará outro, voltado aos campeões. Agora, Jetulio é bolsista júnior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que premia os ganhadores com uma bolsa mensal de R$ 100.

Jetulio está confiante em seu desempenho e no dos colegas. “Tenho certeza que vamos trazer mais medalhas nesta edição”, diz, confiante. O menino dá a dica àqueles que acham muito difícil lidar com números e equações: “Quando estou diante de um problema de matemática, é como se estivesse num jogo. Me sinto desafiado”.

Para estimular mais os estudantes, o número de medalhas e bolsas aumentou neste ano. Serão distribuídas 300 medalhas de ouro, 600 de prata e 2.100 de bronze. Todos os premiados receberão as bolsas de iniciação científica do CNPq. Os prêmios também serão distribuídos aos mestres: os professores dos 100 melhores alunos farão estágio de 15 dias no Instituto de Matemática Pura e Aplicada. As escolas recebem certificados e computadores.

A propósito, o avô de Júlia vai completar 70 anos. Para chegar a essa resposta é preciso fazer a equação x=1980-x². A questão foi solucionada pelos estudantes do ensino médio, que participaram da Olimpíada de Matemática no ano passado.

R$ 600 milhões para financiar ônibus escolar

O governo federal lança hoje mais uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), o programa Caminhos da Escola, de transporte escolar. Serão investidos R$ 600 milhões em linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para que prefeituras, estados e também microempresários possam comprar ônibus, vans e embarcações para serem usadas exclusivamente no transporte escolar.

Os veículos terão uma padronização, tanto em normas de segurança, pedidas pelo governo ao Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), quanto na aparência. Pintados de amarelo e preto, com a palavra “Escolar” escrita dos lados, os ônibus lembram os tradicionais veículos escolares dos Estados Unidos, mas no formato de ônibus modernos normais.

A padronização na aparência foi um pedido do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disse ao ministro da Educação, Fernando Haddad, que gostaria de ver o Brasil com um sistema semelhante para atender às crianças. Lula visita hoje um dos ônibus já padronizados.

Os recursos reservados a municípios e estados são exclusivamente para a compra de veículos para transporte de alunos da zona rural, cerca de 8,4 milhões de estudantes. O dinheiro virá do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. O MEC fará um pregão eletrônico nacional para a compra, calculada em 300 mil veículos novos.

Com a medida, prefeituras e governos estaduais já terão o preço previsto para o veículo e receberão o financiamento no valor estimado. Com a isenção de impostos prevista no programa — do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) — e a compra em larga escala, a previsão é de preços muito mais baixos do que os de mercado. Além disso, a possibilidade de desvios e superfaturamento das compras será menor.

A outra parte do financiamento do BNDES será direcionado a pessoas ou empresas que trabalham atualmente com transporte escolar, mesmo que não seja para escolas públicas. Os ônibus terão a mesma padronização dos comprados pelo setor público. A intenção do MEC é que todos os veículos de transporte escolar do país tenham o mesmo padrão, incluindo a pintura.

Modelos de sucesso

A Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados vai elaborar um plano de prioridades no Legislativo na área de educação. A proposta foi feita pelo presidente Arlindo Chinaglia (PT-SP), na abertura do seminário internacional “Educação no século 21: modelos de sucesso”, que discute, até outubro, soluções encontradas em vários países para a reforma educativa. O presidente da comissão, deputado Gastão Vieira (PMDB-MA), disse que, embora o Ministério da Educação tenha uma boa proposta para a área, é importante os deputados apresentarem projetos, principalmente em relação às primeiras séries de ensino. “Não existe um projeto de lei que regulamente a educação infantil”, lembrou.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, ressaltou a relevância de se discutir a qualidade do ensino. Ele reconheceu os problemas da educação brasileira, principalmente no ensino médio, mas disse que as melhorias virão. “Podemos resgatar essa dívida histórica que temos com o povo brasileiro”, garantiu.

Um dos debatedores, Stephen Heyneman, da Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos, lembrou, porém, que a reforma educativa não significa apenas melhorar a qualidade da educação. “Uma reforma requer mudanças estruturais, filosóficas e de governança”, disse. Para ele, o Brasil poderá evoluir bastante na área, pois o governo federal tem um grande poder sobre os recursos da educação.

Heyneman mostrou aos parlamentares exemplos das reformas educacionais na Finlândia, no Chile, na Nova Zelândia e na Coréia do Sul. E lembrou que, graças à revolução no ensino, a Coréia do Sul tem, hoje, o melhor índice no ranking de educação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Já o Brasil está incluído na lista de países com os piores desempenhos.

A receita do sucesso da reforma na Coréia do Sul foi passada por Chong Jae Lee, presidente do Instituto de Desenvolvimento da Educação Coreana e professor da Universidade Nacional de Seul. Segundo Lee, o incremento de recursos para infra-estrutura das escolas, o aumento dos salários dos professores, a autonomia dos colégios, a revisão curricular e a decisão governamental de dar prioridade à educação foram fundamentais para o país obter os resultados positivos.

No Senado, a Comissão de Educação realiza hoje a oitava audiência pública para debater idéias e propostas para a educação brasileira e o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que ficou conhecido como ‘PAC da Educação’, numa referência ao Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) do governo federal. A audiência faz parte de um ciclo com 12 debates que terá como desfecho a apresentação de um documento com as conclusões dos encontros, a ser entregue aos ministros da Educação, da Fazenda e da Casa Civil.

Brasil melhora em ranking mundial

O Estado de São Paulo, 14/08/07

Renata Cafardo

Cinco universidades brasileiras estão na lista das 500 melhores; UFMG é novata e USP chega à 128.ª posição

Todas as universidades brasileiras subiram de posição neste ano no ranking internacional de produção científica feito pelo Instituto de Altos Estudos da Universidade Xangai Jiao Tong, na China. O estudo é considerado atualmente um dos mais importantes do mundo na área acadêmica. A melhor posicionada no País é a da Universidade de São Paulo (USP), em 128º lugar, seis acima do que em 2006. Uma nova instituição brasileira, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), passou a fazer parte do ranking em 2007 e se juntou às outras quatro que já estavam no ano passado.

Mais números do ranking

O ranking aponta as 500 melhores instituições do mundo. A primeira delas é a Universidade Harvard, em Cambridge, nos Estados Unidos. Entre os critérios usados estão o número de prêmios Nobel – tanto de atuais alunos e professores quanto de formandos -, publicações dos pesquisadores da instituição em artigos de revistas científicas como Nature e Science e quantidade de vezes que os trabalhos são citados por outros profissionais pelo mundo.

Segundo o pró-reitor de pós-graduação da USP, Armando Corbanni, as seis posições ganhas pela instituição são muito significativas. “Estamos concorrendo com universidades centenárias e a USP tem pouco mais de 70 anos”, diz. A instituição, assim como no ano passado, é a melhor colocada também na América Latina.

As universidades de Buenos Aires e Autônoma do México estão empatadas na 165ª posição. Acima da USP há, entre outras, uma grande parte de instituições americanas, inglesas, japonesas, alemãs e uma russa.

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) é a segunda melhor colocada do Brasil, em 304º lugar. No ano passado, a instituição havia ficado na 312ª posição. Segundo o pró-reitor de pesquisa da instituição, a Unicamp tem desvantagem no ranking por ser uma instituição de menor porte, já que não é levada em consideração a proporção entre o número de pesquisadores e de trabalhos científicos publicados. A Unicamp tem 1.761 professores; na USP são 5.222.

EXCELÊNCIA FORA DE SP

O ranking de Xangai referenda dados recentes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação (MEC). Eles mostram que, em 30 anos, o número de trabalhos publicados por pesquisadores brasileiros aumentou de 0,3% para quase 2% de todo o conhecimento científico mundial. As seis primeiras colocadas no País, segundo a Capes, são semelhantes às citadas pelo estudo chinês. São elas USP, Unicamp, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Unesp, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e UFMG. Dessas, apenas a instituição gaúcha não aparece no ranking internacional de Xangai.

Dados da Capes também destacam a UFMG, que teve um crescimento de 258% na sua produção científica nos últimos dez anos – o maior entre as grandes universidades no período. De acordo com o reitor da UFMG, Ronaldo Tadêu Pena, a instituição tem valorizado políticas de verificação e avaliação de trabalhos dos docentes desde a década de 80.

“É muito importante que a excelência atinja outros Estados para que o País todo possa avançar”, afirmou ele, sobre o fato de Minas Gerais e Rio fazerem também parte do ranking, junto com as três universidades estaduais paulistas. A UFMG aparece no 453º lugar.

A Unesp foi a instituição brasileira que mais subiu no ranking, indo do 480º lugar para o 449º lugar neste ano. A UFRJ saltou da 348ª posição para a 338ª.

Entre as 20 melhores universidades do mundo estão 17 do continente americano, 2 da Europa e 1 da Ásia, a Universidade de Tóquio. Já as 100 melhores incluem 9 asiáticas, 34 européias e 58 das Américas (54 delas estão nos Estados Unidos). Os americanos só não têm uma das cinco melhores do mundo: a Universidade de Cambridge, que fica na Inglaterra (veja lista acima).

A LISTA DE XANGAI

1.ª: Universidade Harvard (EUA)

2.ª : Universidade Stanford (EUA)

3.ª: Universidade de Berkeley (EUA)

4.ª : Universidade de Cambridge (Reino Unido)

5.ª : MIT (EUA)

6.ª: Instituto de Tecnologia da Califórnia (EUA)

7.ª: Universidade Columbia (EUA)

8.ª: Universidade de Princeton (EUA)

9.ª: Universidade de Chicago (EUA)

10.ª: Universidade de Oxford (Reino Unido)

128.ª: USP

304.ª: Unicamp

338.ª: UFRJ

449.ª: Unesp

453.ª: UFMG

Andifes realiza seminário ‘Reestruturação e Modernização das IFES em busca da expansão com qualidade’

A Andifes promoveu, na tarde da última terça-feira (07/08) o seminário ‘Reestruturação e Modernização das IFES em busca da expansão com qualidade’. O objetivo foi favorecer a troca de informações e experiências entre as instituições e debater de forma mais ampla o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

O seminário contou com apresentações de algumas Instituições Federais de Ensino Superior, que se inscreveram para mostrar aos dirigentes os modelos de expansão em estudo por elas. Entre as IFES, as Universidades Federais do Rio Grande do Norte (UFRN), da Bahia (UFBA), de Minas Gerais (UFMG), do Rio de Janeiro (UFRJ), de Goiás (UFG), do Paraná (UFPR) e de Sergipe (UFS).

Conselho Pleno da Andifes aprova criação de uma rede para permuta de programação entre as emissoras universitárias

Os dirigentes aprovaram, por unanimidade, a criação da “RedeIFES: uma infovia para rádio e televisão”. A proposta foi apresentada pelo Grupo de Trabalho, criado pela Andifes para estudar a Rede, durante a LXIVª reunião ordinária do Conselho Pleno da Associação, realizada na última quarta-feira (08/08). Com a decisão, a entidade está credenciada como interlocutora na relação entre as rádios e TVs universitárias para a participação na rede, para a proposição de políticas públicas, para a busca de recursos para a área de difusão de sons e de imagens e para o apoio à luta pela concessão de canais para as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) que ainda dispõem desses veículos.

O projeto “RedeIFES: uma infovia para rádio e televisão” envolve as áreas de Comunicação e de Informática, trazendo um novo modelo de se fazer rádio e televisão no país, o que só se tornou possível com o advento das mídias digitais. Essa nova tecnologia vem ao encontro da antiga discussão sobre a preservação e difusão da diversidade regional por proporcionar a permuta de programação entre as emissoras das IFES de todo o país. Por conseqüência, proporciona a difusão do pensamento científico, a popularização da ciência, a reflexão sobre os direitos e os deveres do cidadão e o conhecimento e valorização dos grupos culturais.

Autor da pesquisa, o professor do curso de Comunicação Social Carlos Rocha, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), frisou que “o que difere a RedeIFES das outras redes é a autonomia”, uma vez que a adesão é uma escolha de cada emissora. Um grande cardápio de programação ficará à disposição para que cada rádio e TV possa baixá-los conforme seu interesse, via Rede Nacional de Pesquisa (RNP). Para o coordenador do Grupo de Trabalho da Andifes, reitor Carlos Augusto Moreira (UFPR), o projeto da RedeIFES proporcionará a todas as instituições a oportunidade de manterem suas TVs e Rádios funcionando. “Isso possibilitará, também, que cada instituição poste os seus programas, disponibilizando a sua grade de programação a todo o território brasileiro”, afirmou.

O coordenador da Divisão de Mídias Audiovisuais da Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também membro do GT, Sérgio Duque Estrada, acredita que os benefícios da rede ultrapassam o livre acesso à informação. “A RedeIFES vai fortalecer, dar mais qualidade à programação de emissoras, com sotaque e respeito á autonomia das instituições, além do avanço que irá proporcionar do ponto de vista do ensino-aprendizagem”, idealiza.

A primeira a baixar e a veicular programas da Rede – o Scientia, produzido pela UFPR – foi a TV da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), seguida da TV da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A Universidade Federal de Mato Grosso já baixou o programa por uma banda mais estreita com um resultado muito satisfatório e a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) começará a utilizar os programas ainda neste semestre. “Com esse projeto os veículos saltam para um novo momento, com tecnologia, conteúdo e formatos diferentes, com difusão diversificada produzida em todas as regiões”, acredita o diretor de Comunicação, Paulo Roberto Franco Andrade, membro do GT RedeIFES.

O GT é coordenado pelo reitor da UFPR, Carlos Augusto Moreira, e tem como membros, também, o diretor da TV da Federal Fluminense (UFF), José Luiz Sanz, o coordenador da Divisão de Mídias Audiovisuais da Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Sérgio Duque Estrada, a Coordenadora de Comunicação Social da UFMG, Maria Céres Pimenta Spínola Castro e o diretor da TV UFMG, Marcílio Lana.

Horizontal – A RedeIFES é configurada com base na plataforma de software livre, como uma ferramenta destinada a possibilitar a criação de uma rede de compartilhamento — distribuição e permuta — de programas de rádio e televisão universitária . Sustentado em uma nova concepção de gerenciamento de rede, na qual se pretende superar o modelo clássico de cabeça de rede, este projeto busca um formato descentralizado, mais democrático, atento à dinâmica das necessidades dos usuários. Além disso, um sistema de compartilhamento de produtos televisivos e radiofônicos amplia as possibilidades de divulgação científica e pode, ainda, facilitar as interações entre as IFES, particularmente no campo da Extensão Universitária.

Histórico – O projeto foi desenvolvido na UFPR com a participação do Departamento de Informática. Alunos de graduação integrantes do Programa e Educação Tutorial (PET), sob a orientação do professor Luciano Silva, desenvolveram a ferramenta que agora está à disposição de todo o sistema federal de educação superior do país. A RedeIFES foi apresentada pela primeira vez durante o I Encontro de Rádios e TVS das Instituições Federais de Ensino Superior, em Outro Preto, em 2003. Em 2004 foi defendido no I Encontro de Assessores de Comunicação da Andifes, que também reuniu os representantes dessas emissoras. Desde então, considera Carlos Rocha, houve uma convergência de fatores tecnológicos e conjunturais que levaram à conclusão dessa primeira etapa.

A segunda etapa começa agora, com a aprovação pelo Conselho Pleno da Andifes. A Associação será interlocutora na busca dos recursos de implantação e manutenção do sistema. O investimento inicial é da ordem de R$ 1.525,00, calculando a aquisição de equipamentos e sobre o custeio para 12 meses. O custo anual de manutenção do sistema é próximo de R$ 183 mil. O financiamento será buscado por meio da alocação de recursos no orçamento das IFES, na participação em editais públicos das agências governamentais de fomento à educação e à pesquisa, em editais lançados pelos ministérios da Educação, Ciência e Tecnologia, Telecomunicações, Cultura e na publicidade governamental.

Um artigo científico sobre a “Rede Ifes: uma Infovia para Rádio e Televisão” acaba de ser aceito em Portugal para apresentação, nos dias 6, 7 e 8 de setembro na Universidade do Minho, pelo professor Carlos Rocha.

(Lilian Saldanha – Assessoria de Comunicação da Andifes e Maria Santíssima – Assessoria de Comunicação da UFMT)

Ufla participa de reunião sobre patentes em biotecnologia com potencial de licenciamento

A professora Soraya Alvarenga Botelho, presidente do Núcleo de Inovação Tecnológica (Nintec), da Universidade Federal de Lavras irá participar da reunião ‘Café Empresarial’ com outros representantes de núcleos de inovação tecnológica, integrantes da Rede Mineira de Propriedade Intelectual.

A reunião, que acontecerá em setembro, em Belo Horizonte, pretende promover uma maior interação entre universidade-empresa, estimulando a capacidade de inovação, de geração de negócios e de absorção de tecnologias das empresas do setor de biotecnologia, além de divulgar a Rede Mineira de Propriedade Intelectual e suas ações.

O evento contará, também, com a presença de Elza Fernandes de Araújo, presidente da Comissão Permanente de Propriedade Intelectual, da Universidade Federal de Viçosa, atual coordenadora da Rede Mineira de Propriedade Intelectual e Sônia Aparecida Goulart de Oliveira, diretora da Agência Intelecto, da Universidade Federal de Uberlândia.

Para a professora Soraya Botelho “a participação da Ufla neste encontro é fundamental para divulgar seus produtos com potencial de licenciamento e o seu potencial de pesquisa na área de biotecnologia, possibilitando o desenvolvimento de novas parcerias de pesquisa com outras instituições públicas ou privadas.”

Ufla obtêm aprovação de projeto de Inovação Tecnológica na Fapemig

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) divulgou o resultado do edital 08/07, ‘Apoio à Criação e/ou Manutenção de Núcleos de Inovação Tecnológica e de Proteção ao Conhecimento’. Foram aprovadas 16 das 27 propostas recebidas, incluindo a Universidade Federal de Lavras, com o projeto “Apoio à Manutenção do Núcleo de Inovação Tecnológica e de Proteção ao Conhecimento da Ufla – Nintec” coordenado pelo professor José Roberto Soares Scolforo. Com este edital, a Fapemig pretende dar continuidade à política de desenvolvimento e consolidação da cultura de propriedade intelectual em Minas Gerais, iniciada em 2005 com o lançamento do programa e a criação de núcleos em todo o estado. Nos últimos três anos, 30 instituições foram contempladas, 43 bolsas foram concedidas e 85 profissionais foram capacitados, contabilizando um investimento R$1,7 milhão. Na nova versão do edital, o valor destinado ao conjunto de propostas atendidas é de R$1 milhão.

O edital tem como objetivo induzir e fomentar a criação, a estruturação e a capacitação de equipes para os Núcleos de Inovação Tecnológica, que têm a função de orientar, assessorar, apoiar e gerir atividades direcionadas aos processos de inovação, proteção à propriedade intelectual e comercialização de resultados de pesquisas.

Ufla se prepara para as comemorações dos seus 99 anos

Fundada em 1908, neste quase um século de existência, a Universidade Federal de Lavras (Ufla) consolidou-se pelo seu pioneirismo na extensão, pela extraordinária geração de conhecimentos científicos e tecnológicos, e, sobretudo, pela qualidade do ensino na formação de mais de 30.000 profissionais graduados, especialistas e pós-graduados em áreas estratégicas para o desenvolvimento do País, particularmente nas ciências agrárias.

A Ufla conta com 16 departamentos didático-científicos em uma área de 600 hectares, com mais de 160.000 m2 de área construída. Com 358 professores e 345 servidores técnico-administrativos, um reduzido número, se comparado com outras instituições de ensino, a Ufla está entre as principais instituições de educação superior do País. São ofertados 13 cursos de graduação, com uma estrutura curricular flexibilizada, atendendo cerca de 3.000 estudantes. De acordo com o primeiro censo realizado no Brasil sobre Educação a distância, a Ufla lidera o ranking nacional de estudantes de pós-graduação a distância, com 8500 profissionais matriculados; em 2007, estão sendo oferecidos 45 cursos de especialização e, nos últimos 8 anos, mais de 20.000 profissionais do agronegócio procuraram a Ufla para sua especialização. Na pós-graduação Stricto sensu, são 19 cursos de mestrado e 15 cursos de doutorado, com cerca de 1200 estudantes matriculados.

A pesquisa científica e tecnológica na Ufla organiza-se em grupos, contando, atualmente, com 65 grupos certificados pelo CNPq, os quais desenvolvem 340 linhas de pesquisa e cerca de 1200 projetos em mais de 100 laboratórios. A produção científica é crescente, atingindo atualmente cerca de 2500 publicações científicas por ano. Isso equivale a cerca de 8 publicações/docente/ano; certamente, uma das mais elevadas do Brasil.

Além do seu papel histórico na extensão voltada ao agronegócio, a Ufla tem se destacado na promoção de eventos e na transferência de tecnologias, coordenando projetos de extensão que beneficiam anualmente mais de 300.000 pessoas.

As comemorações dos 99 anos de fundação, estão previstas para o período de 31 de agosto a 9 de setembro de 2007 e, conta com intensa programação. Posteriormente, se dará o início às comemorações do seu centenário.

Mais informações: www.ufla.br
E-mail: ione@ufla.br
Tel: (35) 3829-1861

Ufla prepara livro para comemoração de seus 100 anos

Recheado de belas imagens, história e curiosidades, a publicação histórica do centenário da Ufla promete surpreender a todos

Aneliese Castro

A Universidade Federal de Lavras vai comemorar, em setembro de 2008, 100 anos de fundação. Pensando na grandiosidade desta data foi reunida uma comissão para programar toda a festividade. As solenidades terão início em 31 de agosto deste ano e se estenderão até 07 de setembro de 2008, data de encerramento.

Mais de 100 eventos, farão parte da programação. Divididos em grupos, a comunidade lavrense terá a oportunidade de participar de acontecimentos Sócio Culturais, Esportivos e Técnico Científicos. Entre os sócio culturais está a produção e lançamento de um livro que conta toda a biografia da Universidade nesse século de existência.

“A idéia de lançar um livro vem da necessidade de se eternizar a história da Universidade, algo que remonte os primórdios de sua fundação, narrando desde a Escola Agrícola, passando pela antiga Esal – Escola Superior de Agricultura de Lavras – e chegando a Ufla”, explica atual reitor da Ufla, Antônio Nazareno Mendes.

Aclamado e defendido pelos professores que fizeram parte de todo processo de evolução, o “livro centenário” será mais que um documento atemporal, com narrativas, fotos e curiosidades, tudo contado com poesia, beleza e bom humor.

De acordo com Ângelo Alberto de Moura Delphin, ex diretor do Museu Bi Moreira e profundo conhecedor da história da Ufla, este livro tem o objetivo de resgatar a memória da instituição e deixar para a posteridade um legado de valor de toda a obra. “Samuel Gammon, já idealizava uma grande Universidade quando criou a Escola Agrícola. Ele acreditou e pôs em prática, agora resta a nós darmos continuidade em seu sonho e não deixarmos que a história se perca”, comenta Ângelo.

O lançamento do livro está previsto para 2008, juntamente com o fechamento das comemorações.

Criado o Centro de Educação a Distância

Com o objetivo de responder pelo planejamento estratégico e diretrizes operacionais para a Educação a Distância (EAD) na Universidade Federal de Lavras (Ufla), foi criado o Núcleo de Educação a Distância (Nead). A comissão encarregada de propor a criação do núcleo e seu regimento interno foi composta pelos docentes Marcelo Silva de Oliveira (DEX) – Presidente, Daniel Carvalho de Rezende (DAE), João Chrysóstomo de Resende Júnior (DMV), Ila Maria Silva de Souza (DED) e o Diretor da Faepe, professor Edson Ampélio Pozza.

Em sucessivas reuniões, o Nead finalmente propôs ao Conselho Universitário (Cuni) seu Regimento Interno, também sugerindo a sua transformação em Centro de Educação a Distância. Posteriormente, foi instituído o Centro de Educação a Distância (Cead), o qual deverá suceder o Nead/Ufla. O Regimento Interno está sendo objeto de apreciação pelos departamentos, para posterior deliberação no Cuni.

Como exemplo de grandes universidades no Brasil que já possuem um núcleo ou centro específico (Nead’s / Cead’s) para apoiar o ensino a distância, podemos citar: Universidade de Brasília (UNB), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), de Juiz de Fora (UFJF), dentre outras, alguns dos quais já atuando a aproximadamente 10 anos, incentivando, auxiliando e capacitando docentes, discentes e órgãos competentes.

Na Ufla, a educação e distância já completa 20 anos de existência.

Para o professor Marcelo Oliveira, “diante disso e vislumbrando a necessidade de acompanhar os novos rumos da Educação a Distância, apoiadas pelos avanços tecnológicos e demandados pela Sociedade e pelas novas políticas educacionais governamentais, a Universidade resolveu criar um órgão específico para coordenar esta modalidade de ensino, em função da sua complexidade peculiar e da solicitação de outros órgãos que desenvolvem nossa EAD. Todos estes anos de experiência têm mostrado que, a principal razão pela qual nosso Ensino a Distância ainda não está, de modo geral, no padrão de qualidade que nós mesmos idealizamos, é a falta de um Cead”.

O Cead atuará como um centro de vinculação de todas as atividades de EAD na Ufla, promovendo ações para assegurar o envolvimento de toda a comunidade acadêmica nesta modalidade de ensino, mediante a articulação com todas as Pró-Reitorias, Departamentos e demais setores e órgãos da universidade.

Ainda como parte das atribuições a serem desenvolvidas pelo Cead, destacam-se na proposta de regimento em discussão: zelar pelo cumprimento à legislação específica vigente em vigor; propor diretrizes e normas de organização, gestão e avaliação da EAD na Ufla; propor e manter critérios e padrões de qualidade; assessorar e dar suporte a todas as iniciativas e experiências em EAD; acompanhar os processos de auditoria internas e externas relativas a todas as atividades do ensino a distância, dentre outras. “Desta maneira, espera-se que o EAD na Ufla possa continuar crescendo em eficiência e qualidade e, assim, manter a Ufla entre as universidades consideradas como um centro de excelência, inclusive em Educação a Distância”, finaliza o professor Marcelo Oliveira.

Bolsas DAAD de especialização em artes e música na Alemanha

Estão abertas até 19 de outubro as inscrições para o programa de bolsas do DAAD para aperfeiçoamento em artes plásticas e música na Alemanha.

Artistas brasileiros de renome mundial já se beneficiaram deste programa, tais como o maestro Isaac Karabtchevsky, o compositor Marlos Nobre, os músicos Hermeto Paschoal, Miguel Proença, Fany Solter, Ney Rosauro e Flo Menezes, e o artista plástico Carlito Carvalhosa.

Os candidatos devem possuir no máximo 32 anos e ser graduados nas áreas em questão, tendo esgotado todas as oportunidades de formação no Brasil.

Antes de inscrever-se, é imprescindível que o candidato já possua informações sobre a instituição superior alemã pretendida, bem como sobre o professor com o qual deseja estudar.
Os candidatos deverão apresentar amostras de sua produção artística (pinturas, desenhos, esculturas e gravações musicais), conforme suas especialidades e as normas descritas no edital.
A bolsa compreende 715 euros mensais, além de passagem aérea e seguro-saúde. O benefício terá a duração de 12 meses; em geral não prorrogável.

Para mais informações, acesse o edital do programa no site do DAAD.

Edital:
http://rio.daad.de/download/Bolsas%20artes%20musica%2007.doc