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Vaga para Professor Substituto em Montes Claros

Encontram-se abertas, até o dia 15 de agosto de 2007, as incrições para uma vaga de Professor Substituto para o Setor Acadêmico de Zootecnia, do Núcleo de Ciências Agrárias (UEMG) – Campus Regional Montes Claros, Área de Conhecimento Forragicultura, Ciências Agrárias.

Período de inscrição: 8 a 15 de agosto de 2007
Horário: 08h00 às 11h00 e de 14h00 às 17h00
Entrevista: dia 16 de agosto de 2007

No ato da inscrição o candidato deverá comprovar ser graduado em Medicina Veterinária, Agronomia ou Zootecnia, Regime de Trabalho- 20 horas semanais.

Documentos exigidos: ver Edital nº 068, publicado no D.O.U, em 06 de agosto de 2007, seção 3 – www.in.gov.br

Mais informaçõe: (38) 2101-7730

Andifes busca parceria com a Organização dos Estados Americanos

O presidente da Andifes, reitor Aquimedes Diógenes Ciloni (UFU), recebeu, nesta manhã (08/08), as coordenadoras dos departamentos de Desenvolvimento Humano, Nelly Gochicoa, e de Bolsas Acadêmicas de Pós-Graduação, Patricia Quiroz, da Organização dos Estados Americanos. A reunião buscou estabelecer uma parceria entre a OEA e a Associação para a integração entre as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) brasileiras e as universidades internacionais. Esteve presente, também, o reitor Paulo Speller (UFMT)

De acordo com Nelly Gochicoa, as bolsas oferecidas pela OEA têm o objetivo de promover intercâmbios entre estudantes brasileiros e estrangeiros. Nesse sentido, a organização já iniciou as negociações com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “As instituições têm mostrado um grande interesse em reforçar essa integração entre os estudantes de todos os países e certamente o convênio também com a Andifes será o início de uma parceria de sucesso”, afirmou.

O professor Arquimedes Ciloni ressaltou a intenção da Associação em oficializar um convênio com a OEA. A parceria possibilitará uma maior internacionalização das IFES. “A Andifes congrega 58 Instituições Federais de Ensino Superior presentes em todos os Estados da Federação e no Distrito Federal. Nesse sentido, o programa de bolsas da Organização dos Estados Americanos abrangerá todo o território nacional”, acrescentou.

A formulação do contrato será discutida entre a OEA e a Comissão de Relações Internacionais da Andifes. Já na próxima semana, as representantes da organização entregarão uma minuta do documento à Diretoria Executiva da Associação.

As bolsas de pós-graduação são oferecidas pela OEA para um período de dois anos e incluem recursos para livros, seguro-saúde, moradia e alimentação. As inscrições para o período 2008/2009 já estão abertas. Os interessados têm até o dia 15 de outubro deste ano para fazer a solicitação da bolsa em seu país de origem e encaminhar os documentos. Para mais informações, clique aqui.

(Lilian Saldanha – Assessoria de Comunicação da Andifes)

Ufla abre processo seletivo de pós-graduação Lato Sensu – especialização em educação

A Pró-reitoria de Pós-Graduação da Universidade Federal de Lavras (Ufla), abre processo seletivo/2008 para o curso de pós-graduação “Lato Sensu”: Especialização em Educação.

O processo será realizado em três etapas, com finalidade de selecionar e classificar os candidatos para ingresso no curso de pós-graduação.

Serão oferecidas 10 (dez) vagas, podendo esse número ser ampliado, dependendo da capacidade do DED, com início das aulas previsto para 1º semestre de 2008. O preenchimento das vagas do curso será feito obedecendo rigorosamente à classificação final, até se completar o número de vagas.

O curso terá carga-horária mínima de 360 horas e duração prevista de dois anos, incluindo o tempo de elaboração da monografia.

O período da inscrição para o processo seletivo será de 27 de agosto a 06 de setembro de 2007, de 2ª à 6ª feira, das 08h00 às 10h00, e das 14h00 às 16h00, na secretaria do curso, no Departamento de Educação.

O Edital na íntegra e as informações sobre este processo seletivo estão disponíveis no site www.ded.ufla.br e na Secretaria de Pós-Graduação do Departamento de Educação da Ufla.

Tel: (35) 3829-1445.

Educação comunitária é a base do Projeto Aprendiz

O Projeto Aprendiz, que propõe a educação em tempo integral, serviu de base para a criação de programas semelhantes em outros municípios. Implantado na Vila Mariana, em São Paulo, há dez anos, o projeto trabalha o conceito de bairro-escola, que transforma os espaços potenciais da região em ambientes educativos. A proposta foi apresentada aos secretários municipais de educação das 106 maiores cidades do País nesta sexta-feira, 3, em Brasília.

Segundo o jornalista Gilberto Dimenstein, idealizador do projeto, o trabalho desenvolve ações de educação comunitária e oferece atividades ligadas aos afazeres diários dos estudantes. “Todo o bairro é um lugar de aprendizagem, desde o seu posto de saúde até o clube. Já transformamos um beco em sala de aula para artes plásticas”, explica.

Segundo Dimenstein, as instituições de ensino que participam do Aprendiz têm média entre 6,5 e 7 no índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb). Ele avalia que o sucesso do projeto deve-se à união da escola, família e comunidade em torno de questões de saúde e psicologia.

O idealizador do programa destaca, ainda, a importância do diretor da escola na realização desse trabalho. “O diretor deve ser um agente comunitário engajado para garantir a aprendizagem das crianças e jovens”, salienta.

Desde que foi criado, o Aprendiz já beneficiou milhares de alunos em São Paulo, especialmente nos municípios de Praia Grande, São José dos Campos, Sorocaba, São Caetano e São Bernardo do Campo, e serviu de exemplo para cidades como Nova Iguaçu (Rio de Janeiro) e Belo Horizonte.
(Flavia Nery)

PDE: consultores visitam 80 municípios até 24 de agosto

Começou nesta segunda-feira, 6, mais um ciclo de visitas dos consultores do Ministério da Educação encarregados de fazer diagnósticos dos 1.242 municípios com os mais baixos índices de desenvolvimento da educação básica (Idebs). As vinte equipes continuam concentradas no Nordeste. Até 24 de agosto, os consultores visitarão 80 municípios dos nove estados da região.

Em três dias, duplas de consultores levantam informações sobre o contexto educacional local e traçam as metas a serem atingidas para melhorar o Ideb em cada uma das localidades.

A partir da assinatura do termo de adesão do município ao Compromisso Todos pela Educação, as localidades têm prioridade no repasse de recursos destinados a projetos educacionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC). A adesão é voluntária e prevê o compromisso do município com a implementação das 28 diretrizes. Entre as diretrizes, destacam-se a alfabetização de todas as crianças até os oito anos, combate à evasão e à repetência, promoção da educação infantil e manutenção de programa de alfabetização de adultos.

Laptops — No encontro da semana passada, os consultores receberam laptops com o software CTE Consultor, desenvolvido especialmente para a elaboração dos relatórios sobre cada localidade visitada. “Padronizados, esses diagnósticos vão prever as ações necessárias do Plano de Ações Articuladas em cada município”, diz o diretor de Programas e Projetos Educacionais do FNDE, Leopoldo Jorge Alves Júnior, que atestou, junto aos consultores, o interesse das prefeituras em firmar parceria com o governo federal para mudar a realidade da educação local. A liberação de recursos para os municípios se dará a partir de convênios firmados com o FNDE.

Nesta semana, começam a ser preparadas as ações a serem implementadas nos municípios visitados em julho. “Nossa previsão é que os primeiros convênios sejam assinados no final de agosto”, afirma o diretor.

Assessoria de Comunicação Social do FNDE

18 Estados não vão cumprir meta do MEC no prazo

O Estado de São Paulo, 07/08/07

Objetivo era atingir nota 6 até 2021, mas apenas 9 Estados conseguirão melhorar o ensino em 14 anos

A medo Ministério da Educação (MEC) para o Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb) é apenas a nota 6, a ser atingida em 14 anos. A maior parte dos Estados brasileiros, no entanto, vai precisar de mais tempo para conseguir esse índice. Uma projeção feita pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC), a pedido do Estado, mostra que, dos 27 Estados, 18 vão precisar de pelo menos dois anos além de 2021 para alcançar esse índice nas turmas de 1ª a 4ª séries. Em alguns casos, como Alagoas e Rio Grande do Norte, a nota só seria atingida pelo sistema público de ensino em 2031.

A meta de alcançar 6 pontos em uma escala de 0 a 10 foi estabelecida pelo MEC levando-se em conta que essa é a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para o mesmo nível de ensino. A OCDE reúne 30 países, incluindo Estados Unidos, Austrália, boa parte da União Européia e também México e Coréia.

No entanto, a qualidade atual da educação brasileira não permite que se imagine que todos os Estados conseguirão chegar a essa média juntos, em 2021. Por isso, o ministério fixou metas diferentes, partindo da situação atual de cada um. Nenhum dos 26 Estados brasileiros nem o Distrito Federal alcançam hoje uma nota no Ideb de 1ª a 4ª séries superior a 5 pontos – e apenas o Paraná chegou a essa pontuação.

Cinco deles têm médias inferiores a 3 pontos, sendo que Bahia, Rio Grande do Norte e Piauí são os que estão nos últimos lugares, com média de 2,6 pontos. Por isso, apenas sete Estados têm metas superiores a 6 e outros dois, próximos a isso (5,9 pontos).

São os mesmos nove Estados que, na projeção obtida pelo Estado, conseguem alcançar nota 6 em 2021: Minas, Rio, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Distrito Federal. É por causa desses Estados que o País como um todo consegue alcançar a média internacional em 2021.

PUXADORES DE MÉDIA

O presidente do Inep, Reynaldo Fernandes – responsável pela projeção – explica que a média é calculada pelo número de alunos. Isso significa que alguns Estados populosos como São Paulo, Minas e Rio, que vão atingir a meta antes de 2021, puxam a nota nacional.

“Essa é uma projeção feita com base no esforço que os Estados terão de fazer para alcançar a sua meta própria em 2021”, explica Fernandes. “Nada impede que, acelerando esse esforço, o Estado possa alcançar a média 6 antes disso.”

É o que pretende fazer, por exemplo, o Rio Grande do Norte. Hoje, o Ideb do sistema público do Estado é de apenas 2,5 pontos. Pela projeção feita pelo Inep, a meta para 2021 é de apenas 4,8. Para chegar a 6, o Rio Grande do Norte teria de esperar até 2031. Mas a intenção do governo do Estado é alcançar essa nota em 2021. “Trabalhamos com as nossas próprias metas e queremos alcançar a média em 2021. Estamos programando alcançar um investimento de 32% na educação nos próximos anos”, explica a secretária de Educação Ana Cristina Medeiros. Para isso, foi feito um plano específico para atacar analfabetismo juvenil, repetência e evasão, os piores indicadores do Estado.

PIONEIROS

As projeções mostram que três Estados e o Distrito Federal são os que primeiro devem alcançar a nota 6 no sistema de ensino público, em 2017. Quando se inclui o sistema privado, São Paulo e o DF baixam dois anos, e atingem a média em 2015.

De outro lado, o sistema público de Alagoas e do Rio Grande do Norte precisariam ainda de 24 anos para chegar lá. Incluindo-se o sistema privado, os mais lentos – Pará, Piauí, Alagoas, Rio Grande do Norte e Bahia – alcançariam a média em 2029. A diferença, como sempre, pesa contra a região Nordeste e contra os Estados mais pobres.

O MEC pretende trabalhar diretamente com os 1,2 mil municípios com os piores Idebs do País, com planos e investimentos específicos para melhorar os índices.

Para os Estados, no entanto, não existe a previsão de investimentos específicos. A presidente do Conselho dos Secretários Estaduais de Educação, Maria Auxiliadora Rezende, acredita que seria necessária uma elevação grande nos investimentos em educação nos próximos 10 ou 15 anos para superar as diferenças entre as regiões.

“Temos hoje Estados que vão receber complementação da União para alcançar um mínimo de R$ 900 de investimento por aluno, enquanto outros têm por conta própria um investimento de R$ 6 mil por aluno. Se não houver um investimento maior, vai se manter o desequilíbrio”, afirma.

Pesquisadores da Ufla desenvolvem pesquisas sobre o mercado e realizam análises virológicas de sementes de batata

Monalisa não é apenas a obra-prima de Leonardo da Vinci. Asterix e Baraka não servem somente para nomear personagens de jogos e desenhos animados. Atlantic, Bintje, Araucária, Elvira, Panda, Mondial. Todos esses nomes, na verdade, são variedades de uma velha conhecida que figura nas mesas de casas e restaurantes de todo o mundo. Originária dos Andes do Peru e da Bolívia, ela é cultivada há mais de sete mil anos. Pode ser cozida ou assada e, na forma frita, é sensação entre as crianças. Trata-se da batata, quarto alimento mais consumido no mundo, depois apenas de arroz, trigo e milho.

No Brasil, são produzidas cerca de 15 toneladas de batata por hectare, quantidade baixa, se comparada com a produção européia, que alcança a média de 40 toneladas por hectare. Minas Gerais, em especial a região sul do Estado, se destaca pela produção que, somada à de grandes produtores, como São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, alcança 90% da produção nacional.

Em 2006, o Brasil registrou a maior crise do setor produtivo de batata dos últimos 30 anos. Devido à superoferta do produto, o preço chegou a ficar muito abaixo do custo de produção, ocasionando graves prejuízos aos produtores. Além disso, as chuvas de dezembro e janeiro impossibilitaram muitos bataticultores de escoarem a produção. O resultado foi o desperdício noticiado na grande imprensa, quando toneladas de batatas foram parar no lixo.

Muitos bataticultores tiveram sérios problemas com a acentuada queda dos preços, chegando a perder boa parte da produção. Foi o caso do empresário rural Nelson Hiroshi Hasui, que planta anualmente cerca de 300 hectares de batata, na cidade de Ibiá, região do Alto Paranaíba, em Minas Gerais. No ano passado, o prejuízo de Hasui ultrapassou R$ 1 milhão. Segundo ele, durante a crise, o preço da saca variou entre 8 e 12 reais. “Hoje o preço subiu um pouco, varia entre 40 e 45 por saca”, diz o empresário. De acordo com empresário, muitos produtores tradicionais estão desistindo de plantar batata porque se tornou um negócio muito instável. “É porque muitos desistiram de plantar que o preço melhorou”, explica.

Casos como o de Nelson Hasui mobilizaram a equipe do Centro de Inteligência da Batata (CIB), localizado na Universidade Federal de Lavras (Ufla), em busca do desenvolvimento de uma metodologia de previsão e acompanhamento das safras de batata em Minas Gerais. “A previsão de safra será utilizada com o intuito de subsidiar os produtores em suas tomadas de decisões a respeito da produção. Na sua construção, serão aglutinadas todas as informações referentes ao setor, como intenção de plantio, volume de insumos negociados, entre outras”, explica o coordenador geral do Centro de Inteligência em Mercados (CIM), Luiz Gonzaga de Castro Júnior.

O CIB é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e o CIM, da Ufla. Foi criado com a missão de viabilizar a captação e a produção da informação sobre o agronegócio batata em Minas Gerais, além de criar conhecimento por meio de análises e estudos e catalisar esforços estratégicos para definir políticas e ações para o desenvolvimento sustentável.

Em 2006, ano de criação do Centro, a equipe de pesquisadores do CIB, coordenada pela administradora Nádia Carvalho, desenvolveu um projeto de caracterização dos principais municípios produtores de batata nas regiões do sul de Minas, Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro. O estudo identificou tipos e variedades do produto, destacando os principais usos e percentuais de produção, caracterizando os sistemas produtivos com suas respectivas porcentagens de aplicação e apontando os canais e as margens de comercialização.

Na pesquisa, foram aplicados questionários, respondidos por técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), nos 25 municípios que mais produzem no Estado. “Levantamos informações como área, mão-de-obra e escoamento da produção, identificando para onde ela se destina, ou seja, se é para consumo in natura ou para indústria, por exemplo”, explica Nádia Carvalho.

Os resultados apontaram que o número de produtores nos municípios pesquisados fica, em sua maioria, abaixo de 50. Em alguns, localizados no sul de Minas, o número é mais alto, variando entre 100 e 330. Quanto à produção, nem todos os municípios listados plantam nas três safras do ano, que acontecem, normalmente, nos períodos de janeiro a março, abril a julho e agosto a dezembro. Grande parte da produção regional é destinada a Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória e Campinas.

A pesquisa levou em conta detalhes diversos como mão-de-obra, infra-estrutura, maquinário, sistema de irrigação e produção, insumos, plantio, colheita, cultivares plantadas, forma de gestão, entre outros. Muitos desses dados serão utilizados na pesquisa para previsão de safra, que será desenvolvida neste ano nos principais municípios produtores de batata do Estado. “Vamos levantar as potencialidades desses municípios em relação à produção de batata, ver desse potencial o que está sendo utilizado e, a partir daí, fazer um planejamento e o acompanhamento para dar suporte ao setor”, diz Nádia Carvalho.

O projeto, encaminhado à Fapemig pelo Edital Universal 2007, visa a criar uma rede de informações com os principais agentes do setor, identificando métodos de produção e potencialidades dos principais municípios produtores, a fim de orientar bataticultores e fortalecer a cultura da batata. A proposta será aplicada durante as três safras, analisando quatro fases em cada uma delas: intenção de plantio, plantio, colheita e comercialização. “Vamos acompanhar não só a questão do produtor, mas também a parte dos insumos e a do comércio”, explica Nádia.

Durante a pesquisa, inicialmente com algumas visitas de campo, serão aplicados questionários para levantamento de dados, que serão tratados e posteriormente disponibilizados para consulta no site do centro(www.cimagro.com.br/cib). “Depois que montarmos a rede de informações, o processo ficará mais dinâmico, com os próprios informantes enviando informações”, diz Luiz Gonzaga de Castro Júnior.

A proposta é ampliar a pesquisa realizada em 2006, aumentando a variedade de dados e o número de produtores envolvidos. “Pretendemos atender todos os produtores, pois muitos já ligam para o CIB pedindo informações que, para eles, são fundamentais”, conta o pesquisador. Segundo ele, a primeira pesquisa foi uma caracterização voltada principalmente para técnicos e grandes produtores. O novo projeto abrange número maior de produtores e considera todos os elos da cadeia produtiva. “Quando se monta uma previsão, não se pode considerar somente a intenção de plantio por parte dos produtores. É preciso cruzar informações entre todos os elos da cadeia para ver se de fato haverá aumento produtivo da batata ou redução”, esclarece.

Segundo afirma o coordenador do CIM, a idéia é que a previsão de safra seja um projeto contínuo, garantindo uma prestação de serviço aos bataticultores. “O lançamento do projeto vai dar suporte ao produtor e isso não pode começar e parar”, diz. Há uma grande oscilação no mercado produtor de batata por questões vinculadas à demanda. “As pessoas brincam que o produtor fica rico em um ano e pobre em outro”, comenta Gonzaga. “Se aumenta a oferta, o preço cai e podem acontecer casos extremos, como no ano passado”, diz. “Se houver a previsão de safra e o setor tentar organizar essa safra através da informação, no final não haverá questões de superação da oferta ou escassez do produto e,
conseqüentemente, não haverá grandes oscilações no preço, reduzindo o risco para o produtor.”

Da semente à indústria

A completa caracterização do sistema produtivo implica em detalhar cada uma das etapas e instrumentos do processo. No caso da batata, significa acompanhar desde a semente até a comercialização, seja na forma in natura ou processada. No Brasil, os dois extremos não têm tradição. O País importa 98% da batata processada consumida, o que inclui a forma congelada pré-frita, a batata em flocos (para sopa) e a frita industrializada. Segundo Nádia Carvalho, o consumo interno desse tipo de produto é alto, mas a produção é muito pequena. “É uma questão financeira, é preciso fazer um investimento muito alto e trabalhar com parceiros fortes para sobreviver no mercado”, afirma. “O Brasil tem mercado para a batata processada, mas muitos empresários acham que é arriscado”, diz a coordenadora do CIB.

No caso da batata semente, o número de importação também supera o de produção própria. França e Holanda são os principais exportadores para o Brasil. De acordo com Nádia Carvalho, o solo brasileiro é apropriado para plantio, mas a produção é cara. “Tem que haver toda uma estrutura para produzir e armazenar essa batata,” observa. De acordo com o bataticultor Nelson Hasui, o negócio de batata semente é ainda mais arriscado que a produção de batata para consumo. “Quando temos crise no mercado de batata, ninguém compra a semente; então, só nos resta plantar ou jogar fora”, afirma. “O prejuízo pode chegar a 100%,” complementa.

Apesar dos riscos, Hasui também investe nesse tipo de produção. Para atender às exigências do Ministério da Agricultura e Abastecimento, o empresário envia amostras ao Centro de Indexação de Vírus de Minas Gerais, localizado na Ufla, sob a coordenação da professora Antônia dos Reis Figueira. Esse é o único laboratório do gênero em Minas Gerais, desde 1986. Nele são realizados testes virológicos em batatas semente, semelhantes ao teste de HIV, capazes de detectar quatro tipos de vírus, causadores de doenças na plantação: o vírus do enrolamento (PRLV), o vírus do mosaico (PVY), o PVX e o PVS.

O vírus do enrolamento (ou PRLV) torna as folhas da planta quebradiças e enroladas, gerando tubérculos menores e menos numerosos que os de plantas sadias. Já o vírus PVY pode causar de mosaico a necrose (morte da célula), além de levar ao subdesenvolvimento da planta, sendo capaz de provocar perdas de até 100% da plantação. O PVS e o PVX são caracterizados por não induzirem a sintomas visíveis, podendo, entretanto, causar perdas significativas, principalmente se estiverem associados ao PVY e ao PRLV.

Segundo esclarece a responsável técnica pelo laboratório, Luciene de Oliveira Ribeiro, as análises são solicitadas por produtores, a fim de identificar o índice de vírus nos tubérculos que serão utilizados como sementes, seguindo exigências do Ministério da Agricultura para sua certificação e classificação. A exigência tem a finalidade de efetuar o controle de pragas e doenças e estabelecer parâmetros para comercialização. “Atendemos produtores de todo o Estado de Minas Gerais e de qualquer outro que nos procure”, diz a coordenadora Antônia Figueira. Para emitir o resultado, é realizado o teste Elisa (Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay), que permite a detecção do vírus através do uso de anticorpos. Todos os procedimentos seguidos são estabelecidos e acompanhados pelo Ministério da Agricultura. “Nosso laboratório está passando por uma reforma completa, que vai atender às exigências do Ministério para que tenhamos o ISO 17025”, diz Luciene.

Ao chegar para análise, as batatas semente que não possuem broto recebem a aplicação de uma substância denominada bissulfureto, que provoca a brotação no prazo máximo de 10 dias. Os brotos da batata são retirados, isolados em saco plástico, identificados e macerados. Com o auxílio de uma pipeta, o extrato da maceração é colocado em uma placa Elisa, onde permanece de um dia para outro na câmara fria, a uma temperatura de 4ºC.

Após as etapas finais de processamento, a placa é colocada no espectrofotômetro, aparelho que faz a leitura da placa Elisa por meio de coloração e, acoplado a uma impressora, imprime os resultados. Cada placa leva o anticorpo destinado ao vírus que se quer identificar. Quando o resultado é positivo, os orifícios da placa ganham coloração amarela, o que significa que o vírus está presente e reagiu com o anticorpo colocado. A medida é feita pela absorbância (quantidade de luz absorvida a 405 nm) da substância durante o teste. É detectada a presença de vírus, quando o valor da absorbância é igual ou maior a duas vezes a absorbância do controle sadio. “Ao fim do teste, emitimos um laudo, sendo uma cópia enviada ao produtor e outra para controle do Ministério da Agricultura”, relata Luciene.

Dicas e Curiosidades

• Nutricionistas da Food Agriculture and Organization (FAO) afirmam que uma dieta composta de batata e leite poderia suprir, em caráter de emergência, todos os nutrientes dos quais o organismo humano precisa para se manter.

• No Brasil, o tubérculo ficou conhecido por batata inglesa porque era exigido nas refeições de técnicos ingleses que trabalhavam na construção de ferrovias.

• Durante a II Guerra Mundial, a batata consagrou-se como o alimento que salvou milhões de pessoas da morte por desnutrição.

• Alguns governantes impuseram medidas para a difusão da batata na Europa, como Frederico Guilherme, da Prússia, que ordenou a amputação do nariz de todos os camponeses que não cultivassem o tubérculo.

• Ao comprar batatas, procure as firmes, com poucos olhos e sem manchas pretas.

• Quando houver brotos, remova-os. Eles produzem sabor amargo e podem conter solamina, substância tóxica capaz de causar diarréia, cãibras e fadiga.

• Conserve as batatas em local escuro e fresco, mas não na geladeira. Temperaturas menores que 7ºC transformam amido em açúcar, dando à batata um sabor adocicado e tornando-a escura ao ser frita.

• Batatas e cebolas não devem ser armazenadas juntas. Os ácidos das cebolas estimulam a decomposição das batatas, e vice-versa.

• Antes de fritar, coloque as batatas já cortadas por cerca de meia hora no congelador. Elas ficarão secas e macias após a fritura.

FONTE: CIB e Associação Brasileira da Batata (ABBA)

Ariadne Lima

Diretório Nacional da Andifes organiza pontos para próxima reunião do Pleno

O Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) foi um dos pontos abordados, na manhã de hoje (07/08), durante a LXVª reunião ordinária do Diretório Nacional da Andifes. A Associação realiza, internamente, nesta tarde, o seminário ‘Reestruturação e Modernização das IFES em busca da expansão com qualidade’.

O seminário contará com apresentações de algumas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), que se inscreveram para mostrar aos dirigentes os modelos de expansão em estudo por elas. O objetivo é favorecer a troca de informações e experiências entre as instituições.

O Reuni será debatido durante a LXIVª reunião ordinária do Conselho Pleno da Andifes, que acontecerá amanhã (08/08), na sede da Associação, em Brasília. Na ocasião, os dirigentes formularão um documento, que será entregue ao MEC, com sugestões de ajustes ao programa.

A reunião do Conselho Pleno analisará, também, a proposta de transformação dos Hospitais Universitários em fundações estatais de direito privado. Estarão presentes no debate o presidente da Associação Brasileira de Hospitais Universitários e de Ensino (Abrahue), José Roberto Ferraro, a secretária executiva do Ministério da Saúde, Márcia Bassit Lameiro da Costa Mazzoli, a diretora do Departamento de Desenvolvimento da Educação Superior (Dedes/SESu/MEC), Maria Ieda Costa Diniz, o secretário do Departamento de Residências e Projetos Especiais na Saúde (Derem/SESu/MEC), o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Lúcio José Botelho, procuradores gerais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), José Humberto Nozella, e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Giuseppi da Costa.

O coordenador nacional do Fórum Nacional dos Auditores Internos das Instituições Federais Vinculadas ao Ministério da Educação (Fonai/MEC), Francisco Monteiro, participou da reunião do Diretório Nacional, ocasião em que apresentou o fórum, um organismo de estudos e pesquisa que visa a interação das auditorias internas para a criação, a implantação e o aperfeiçoamento de métodos e técnicas de auditoria.

Francisco Monteiro ressaltou ser fundamental a estruturação do trabalho desenvolvido pelos auditores internos das IFES. Para ele, treinamento, capacitação e especialização, aliados à autonomia dos profissionais responsáveis pela auditoria interna das universidades contribuirão para que a melhoria das relações entre as instituições e a Controladoria Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (CGU). ‘Queremos ser vistos pela comunidade acadêmica como parceiros na defesa de uma gestão de qualidade’, afirmou.

O Diretório Nacional solicitou um documento formalizando as propostas do Fonai quanto à questão da auditoria interna das IFES. Após a apresentação deste, os dirigentes poderão compreender quais os objetivos específicos do fórum e, se for o caso, encaminhar a demanda ao Conselho Pleno da Associação para um debate mais aprofundado.

(Lilian Saldanha – Assessoria de Comunicação da Andifes)

Andifes lança Plano Nacional de Assistência Estudantil

A Andifes lança, na noite desta terça-feira (07/08), o Plano Nacional de Assistência Estudantil. Meta prioritária da Associação, a proposta apresenta as diretrizes norteadoras para a definição de programas e projetos dessa natureza, satisfazendo essa que é uma demanda da sociedade e dos alunos.

Em 2004, o Fórum Nacional de Pró-reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (Fonaprace) realizou estudos que demonstram que o perfil socioeconômico da sociedade brasileira está reproduzido no perfil dos alunos das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Esse trabalho identificou as dificuldades socioeconômicas de uma parcela significativa do segmento estudantil como uma das causas da evasão e da retenção.

O Plano Nacional de Assistência Estudantil busca a solução dessa demanda por meio da articulação de ações assistenciais para a permanência e a conclusão de curso por parte dos estudantes carentes, na perspectiva de inclusão social, de melhoria do desempenho acadêmico e de qualidade de vida. A meta é a criação de um Fundo para Assistência Estudantil, com valor equivalente a 10% do orçamento anual de Outros Custeios e Capitais (OCC) das IFES. Esses recursos, providos pelo Ministério da Educação, serão adicionados aos já aplicados atualmente pelas instituições.

Na ocasião, serão homenageados os ex-presidentes da Andifes, Wrana Maria Panizzi e Emídio C. de Oliveira Filho. A professora Wrana é a atual vice-presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O professor Emídio atua como diretor de Programas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior(Capes).

(Lilian Saldanha – Assessoria de Comunicação da Andifes)

Confira os lançamentos das editoras universitárias

“Cartilha do diabetes”, Crésio Alves – trata-se de um livro com 117 páginas e mais de 100 ilustrações coloridas, escrito em linguagem simples e fácil, organizado em perguntas, respostas e quadros explicativos com dicas e orientações sobre como conviver com o diabetes de forma saudável. São discutidas questões como: O que é diabetes? Quantos tipos de diabetes existem? Como tratá-lo? Quais suas complicações? O que existe de novo em termos de tratamento? Quais as perspectivas para o futuro? Quais os endereços de associações de diabéticos no Brasil? O livro está sendo lançado pelo próprio autor, com apoio da Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape). (UFBA)

“Condutas em Clínica Médica” – A obra reúne textos escritos por 120 profissionais médicos, a maioria deles ligados à Universidade Federal de Pernambuco. São professores do Centro de Ciências da Saúde (CCS) e médicos e residentes do Hospital das Clínicas (HC). O livro, de 878 páginas, tem 63 capítulos. Dor torácica, diarréia crônica, pneumonia hospitalar, filariose bancroftiana, terapia transfusional e imunização em adultos são alguns deles. A editora é a Guanabara Koogan. (UFPE)

‘Análise Sensorial para a Avaliação da Qualidade dos Alimentos’, Maria Isabel Queiroz e Rosa de Oliveira Treptow – é um livro dirigido tanto a iniciantes quanto aos profissionais experientes na área, visando também a indústria de alimentos, para que seus técnicos possam aplicar os testes de análise sensorial no controle de qualidade dos alimentos produzidos. A obra é resultado de quase três décadas de estudos e pesquisas, além da experiência em sala de aula, das duas professoras. (FURG)

“Pesquisa de Marketing”, Stael Barquette e Alfredo Chaoubah – a obra estabelece as bases conceituais e metodológicas para o planejamento e a execução de uma pesquisa de marketing. Dividido em 5 capítulos, o livro mostra a metodologia adequada para o planejamento, a execução e a apresentação das informações e dados obtidos na pesquisa de marketing. Para tal, ele traz uma abordagem da conceituação, tipos e etapas da pesquisa, traçando os mecanismos usados para a definição do problema, coleta de dados e apresentação dos resultados. A obra aborda também os aspectos estatísticos de uma pesquisa de marketing, produzidos pelo professor Alfredo Chaoubah. (UFJF)

“O trabalho da citação”, Antoine Compagnon Cleonice P. B. Mourão (Tradução) – em novo formato, esta é uma edição reduzida de La Second Main ou Le Travail de la Citation de Antoine Compagnon, com uma seleção de 39 tópicos que preenchem uma lacuna na bibliografia teórica sobre a escrita como exercício da intertextualidade. Neles acompanhamos um trabalho de reconstrução da escrita, onde cada passo é um nó de uma imensa rede que liga este texto a outros lidos e recortados. Através de metáforas, o autor constrói uma análise do texto em sua materialidade. O livro torna-se corpo, objeto que é cirurgicamente manipulado pelo autor. Nesta operação, Compagnon persegue as marcas do sujeito-autor, que é ao mesmo tempo leitor de outros textos, mergulhado em uma trama intrincada, onde a tarefa é redizer o que já foi dito por outros. (UFMG)

“Iulana”, Pablo de Carvalho – Iulana é uma crítica sutil e delicada feita ao lugar-comum, à hipocrisia e à banalização da vida, ambientada em Gricolá – uma cidade cheia de sons, símbolos, música, bailarinas e andorinhas. (UFAL)

“O Brasil como Império Independente: analisado sob o aspecto histórico, mercantilístico e político”, Georg Anton von Schäfer, tradução: Arthur Bl. Rambo – A obra retrata um país que supera a condição de colônia de Portugal, para tornar-se um Império Independente. Uma transformação de tamanho alcance e profundidade que veio acompanhada de tensões e conflitos, manifestações inevitáveis de ressentimento, descontentamento e revolta contra os colonizadores. Publicada originalmente em alemão, em 1824, a obra ganha sua primeira tradução para o português através do trabalho de Arthur Bl. Rambo, que também a apresenta e anota. (UFSM)

“ForGrad em Revista – nº 1”, organizado por vários autores – A publicação traz uma pequena amostra do que foi debatido no decorrer de 2005 e 2006, nos encontros regionais de pró-reitores de graduação, que culminou com o Encontro Nacional de Pró-Reitores, ocorrido em maio de 2006, no Espírito Santo. ForGrad é um fórum interinstitucional, constituído por todos os pró-reitores de graduação das universidades brasileiras, e tem por objetivo básico contribuir para a formulação de políticas e diretrizes que permitam o fortalecimento das ações comuns entre as instituições de ensino. A distribuição é gratuita. (UFES)

“Derramando susto: Os escravos e o Quebra-Quilos em Campina Grande”, Luciano Mendonça de Lima – Para o autor, as ações escravas no interior do movimento do Quebra-Quilos (1874) podem ser lidas como uma “resposta mental e emocional (…) de um grupo social a muitos acontecimentos inter-relacionados”, tudo isso assentado num mundo político e cultural em construção e que informou fortemente aqueles eventos, dando-lhes uma inteligibilidade toda especial. Ao recontar a história do movimento Quebra-Quilos (1874) a partir da ótica dos escravos campinenses, o autor pretende ter aberto uma porta estreita pela qual possam penetrar estilhaços de esperança e de vida. (UFCG)

(Lilian Saldanha – Assessoria de Comunicação da Andifes)