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Ministro anuncia criação de bolsa de iniciação à docência

Portal UOL, 27/07/07

O ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou, na tarde de sexta-feira (27/7), em Brasília, a criação de uma bolsa de iniciação à docência, nos moldes da bolsa de iniciação científica, para graduandos, concedida pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

‘Temos 20 mil bolsas de iniciação científica e teremos também o Pibid (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência) já em 2008’, disse. A medida foi anunciada durante seminário que discutiu o Programa de Reuni (Reestruturação e Expansão das Universidades Federais).

A idéia de criar a nova modalidade de bolsas surgiu das críticas e sugestões feitas pela população ao PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação). ‘Nos apropriamos de uma sugestão que nos chamou a atenção, pela preocupação de, já na graduação, darmos uma atenção especial à formação dos futuros professores’, contou Haddad.

Segundo o ministro, a concessão de bolsas sempre esteve voltada para a educação científica e para a pós-graduação, e não assistia a formação para a educação básica. ‘Precisamos de um programa de bolsas, sobretudo nas áreas onde há carência de licenciados, como química, física, matemática e biologia’, ressaltou Haddad. ‘Não havia um programa estruturado de apoio aos que queriam exercer o magistério na educação básica depois de formados. Essa medida não vai fazer parte do PDE, mas será complementar a ele’, explicou.

O ministro discutiu essa e outras ações relacionadas à educação superior com cerca de 200 reitores, vice-reitores e representantes de todas as instituições de ensino superior do país. O seminário buscou tirar dúvidas e discutir as diretrizes gerais acerca do Reuni.

Instituído pelo Decreto nº 6.096, de 24 de abril de 2007, o programa pretende ampliar o acesso e a permanência dos jovens na educação superior. A meta é a elevação da taxa de conclusão média dos cursos de graduação presenciais para 90% e aumentar a relação professor/aluno de nove para 18, num prazo de cinco anos, a partir do início do plano de reestruturação de cada instituição.

Peça central

‘O Reuni é uma peça central para a educação superior e um dos pilares do PDE, porque amplia o horizonte de autonomia das universidades, ao criar um colchão orçamentário para cada instituição que precisa repensar seu papel na sociedade e sua missão institucional’, disse Haddad.

Para receber recursos previstos no PDE e participar do Reuni, as universidades federais precisarão apresentar projetos de reformulação que incluam, além do aumento de vagas, medidas como ampliação ou abertura de cursos noturnos, redução do custo por aluno, flexibilização de currículos, criação de arquiteturas curriculares e ações de combate à evasão. Para possibilitar a reestruturação, o Reuni calcula ser necessário um acréscimo de 20% no orçamento das instituições, suficiente para suprir despesas com pessoal e custeio.

A participação no programa está condicionada à apresentação de projeto próprio de cada instituição. ‘Estamos construindo isso com os dirigentes das instituições e com a comunidade científica. Não estamos impondo nada de dentro de um gabinete, sem dar atenção às questões específicas de cada caso’, afirmou Haddad.

Para a vice-reitora da UFPR (Universidade Federal do Paraná), Márcia Helena Mendonça, as discussões caminharam na direção do consenso entre o ministério e as reivindicações das reitorias. ‘Esse crescimento com qualidade vai gerar uma mudança importantíssima na educação superior brasileira e na transformação social do nosso país’, acredita.

Seminário discute integração da educação, saúde, ciência e tecnologia

Portal MEC, 25/07/07

Os ministérios da Educação, da Saúde e da Ciência e Tecnologia promoverão nos dias 1º e 2 de agosto o seminário Os Hospitais Universitários e a Integração Educação, Saúde e Ciência e Tecnologia. O encontro será realizado no Parlamundi, na 915 Sul, em Brasília.

O seminário colocará em discussão a melhoria do Sistema de Informações dos Hospitais Universitários Federais (Sihuf), a matriz de alocação de recursos, a busca de maior inserção da rede de hospitais universitários no Programa Nacional do Ministério da Saúde (Telessaúde) e a apresentação da expansão da Rede Universitária de Telemedicina (Rute) do Ministério de Ciência e Tecnologia. Vão participar diretores, superintendentes e servidores dos hospitais universitários, diretores e coordenadores de unidades de telemedicina e coordenadores do projeto-piloto nacional de telessaúde. O Ministério da Educação apresentará o Sihuf e a matriz de alocação de recursos orçamentários.

O Sihuf foi criado em 1997 para coletar e armazenar dados sobre o perfil dos hospitais universitários, identificar problemas e buscar alternativas para o desenvolvimento de ações de pesquisa, ensino e atividade assistencial. A matriz, criada em 1999, utiliza os indicadores do Sihuf para distribuir os recursos complementares para o custeio dos hospitais universitários.

O objetivo do Ministério da Educação é modernizar o sistema de coleta e garantir consenso no processo da distribuição orçamentária. Para alcançar essa finalidade, serão revistos os critérios existentes.

Rede — O Ministério da Ciência e Tecnologia lançará a Rede Universitária de Telemedicina. Ela conta com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e com o apoio da Associação Brasileira de Hospitais Universitários e de Ensino (Abrahue). A rede será responsável pela implantação da infra-estrutura física, serviços e aplicações em redes eletrônicas para integrar iniciativas de telemedicina existentes nos hospitais universitários. Na primeira etapa, serão beneficiadas 19 unidades hospitalares em 14 estados. O projeto de implantação da infra-estrutura, coordenado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), será expandido a partir deste ano para outros 38 hospitais do País.

Telessaúde — O Ministério da Saúde apresentará o projeto Telessaúde, no qual está inserido o projeto-piloto nacional aplicado à atenção básica, em fase de implementação. Um dos objetivos do projeto é desenvolver ações de apoio à qualificação da atenção básica por meio de processos de educação permanente. O projeto-piloto nacional atenderá cerca de 900 pontos de conexão, preferencialmente localizados em unidades básicas de saúde (UBS). Também será abordado o convênio firmado entre os ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia, por meio da RNP, para incentivar o surgimento de núcleos de telessaúde nos estados que estejam fora do projeto-piloto. Essa parceria prevê a implantação de 32 pontos nesses estados, que também farão parte da Rute.

Ufla divulga complemento de edital

UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS – UFLA
COMISSÃO PERMANENTE DE PROCESSO SELETIVO – COPESE
2º PROCESSO SELETIVO DE 2007 (VESTIBULAR)
COMPLEMENTAÇÃO DO EDITAL Nº 86 – COPESE/UFLA

A COPESE informa, para conhecimento dos interessados, que os candidatos da “Lista de Espera” do 2º Processo Seletivo 2007 (Vestibular), Edital nº 86 – COPESE/UFLA, realizado em julho/2007, independentemente do curso que optaram no ato da inscrição, poderão também manifestar interesse por matricular-se nos cursos noturnos de Educação Física (Licenciatura) ou Matemática (Licenciatura). A manifestação do interesse pela vaga poderá ser efetuada na Internet (www.drca.ufla.br ou www.copese.ufla.br) ou na DRCA (Prédio da Reitoria), no período de 7 a 16.8.2007, nos seguintes horários: das 7h15 às 10h45 e das 13h15 às 16h45.

O preenchimento das vagas decorrentes desses cursos será feito somente após a última chamada, em todos os demais cursos. Os candidatos serão convocados por ordem de pontuação, tendo preferência o mais bem classificado entre aqueles que manifestaram interesse por essas vagas.

INFORMAÇÕES: DRCA/Ufla,
Tel: 35.3829.1134/1135/1561/1562;
e-mail: drca@ufla.br;
www.drca.ufla.br.

Maioria dos cursos superiores têm iniciação científica, diz Enade

Portal UOL, 25/07/07

Uma nova análise do questionário socioeconômico aplicado aos estudantes que fizeram o Enade (Exame Nacional de Desempenho) no ano passado revela que, para 39,03% deles, os cursos de graduação oferecem programas de iniciação científica com aproveitamento curricular.

Já 12,2% disseram que existe aproveitamento, mas sem regulamentação pelo centro de ensino, e 6,5% apontaram a falta de aproveitamento dos conhecimentos para o currículo.

A análise foi divulgada na última sexta-feira (20), no boletim do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), sobre os resultados do exame divulgados no dia 31 de maio.

Em relação a programas de extensão, o resultado do questionário aponta que eles são oferecidos em 58,4% dos cursos superiores, sendo 40,5% com aproveitamento curricular, 12% sem regulamentação para o aproveitamento e 5,9% sem integralização curricular.

Programas de monitoria, em que os próprios estudantes ajudam outros colegas, estão presentes em 57,45% dos cursos superiores, segundo a análise do Inep. Já 11,5% das respostas indicam que não há oferta de monitoria, e 31,3% não souberam informar.

Entre os 386,5 mil estudantes que fizeram o exame no ano passado, 52,7% consideraram bem integrado o currículo de seus cursos, com vinculação clara entre as disciplinas. Para 36,2% deles, o currículo é relativamente integrado, e 6,5% responderam que o currículo é pouco integrado.

Em relação aos laboratórios, 55,7% consideraram os equipamentos atualizados e conservados; para 9,4%, são atualizados, mas mal conservados; e, para 10,2% dos estudantes, os equipamentos estão conservados, mas são desatualizados. As opções ‘Desatualizados e mal conservados’ e ‘Não há laboratório no meu curso’ tiveram, respectivamente, 5,0% e 19,7% das respostas.

Com o Enade de 2006, o Ministério da Educação concluiu o ciclo de avaliações de todas as áreas do conhecimento. O primeiro grupo avaliado foi nas áreas de saúde e agrárias, em 2004, seguido por engenharias e licenciaturas, em 2005, e ciências sociais aplicadas e jurídicas, no ano passado.

(As informações são da Agência Brasil)

Mais vagas para universidades

Correio Braziliense, 25/07/07

Planejamento autoriza seleção de 337 professores.

O Ministério do Planejamento autorizou a contratação por concurso público de professores para 337 vagas para as universidades federais. A quantidade específica para cada unidade será definida pelo Ministério da Educação e deve ser divulgada hoje. Os aprovados deverão ser nomeados a partir de setembro deste ano, mas o provimento dos cargos vai depender da existência de vagas na data da nomeação. Cada universidade será responsável pela realização do concurso que vai preencher seus cargos específicos.

Como ainda não existem editais, não foi confirmado o salário previsto para os professores. Nas seleções recentes da Universidade de Brasília valores variaram entre R$ 383 e R$ 2 mil, a depender da formação exigida (graduação, mestrado ou doutorado) e o tipo de cargo de professor (visitante, substituto, etc). Professores que passam ao corpo fixo da universidade recebem também uma gratificação de estímulo à docência, de R$ 897.

A cidade como sala de aula

O Globo, 25/07/07

FERNANDO PIMENTEL

O Brasil vive um momento muito especial. A estabilidade monetária, o crescimento econômico, a redução da pobreza e da desigualdade social são conquistas inequívocas, que se revestem de ainda maior importância por terem sido alcançadas em ambiente de absoluta normalidade democrática.

São sinais animadores, porém, insuficientes para nos colocar no patamar do que se denomina uma “nação desenvolvida”, ao qual só se chega com investimento em educação.

Promover uma educação de qualidade deve ser o objetivo de qualquer governo, seja municipal, estadual ou federal. Mas é ilusão deixar essa tarefa apenas com poder público e educadores.

O desafio terá que ser vencido coletivamente, por toda a sociedade.

E, hoje, o principal obstáculo a ser enfrentado é a distância entre quantidade e qualidade do ensino oferecido a nossos alunos.

A maioria absoluta das crianças brasileiras já tem acesso à escola, mesmo nas regiões mais pobres. Nos grandes centros, a rede municipal progressivamente atende a todas as crianças de até cinco anos de idade, e há muito já existem vagas suficientes para todos no ensino fundamental. Falta agora garantir a permanência na escola, transformandoa em local atrativo, que ofereça ensino de qualidade e também prepare o aluno para as demandas do mundo moderno.

A escola tem que acompanhar o ritmo da sociedade. Puxado pela tecnologia, o mundo passa por uma revolução cotidiana, com reflexos no fluxo de informações e no tipo de conhecimento adquirido. São mudanças que exigem ampla readequação de conteúdos, práticas e metodologias de ensino. Além de sintonizados com as novas tecnologias, escolas, professores e alunos devem estar conectados com a construção de novos valores de sociabilidade e ética.

Esse desafio exige que passemos a encarar a educação de qualidade como responsabilidade de todos, não só dos governos. Pais, igrejas, universidades, empresas e ONGs podem e devem ser parceiros desse esforço, sem o qual nosso salto para o grupo de nações desenvolvidas pode ficar pela metade. Em outras palavras: precisamos de ação imediata e conjunta.

O modelo de escola integrada, já adotado de forma pioneira e arrojada em 33 unidades do sistema educacional de Belo Horizonte, é uma proposta efetiva nessa direção.

Não se trata apenas de manter alunos o dia inteiro em sala de aula.

Nem de construir prédios grandes e caros e duplicar a folha de pessoal — modelo já tentado em outras cidades e incompatível com os orçamentos públicos vigentes. Educação de qualidade depende basicamente da formação e da motivação do material humano envolvido no processo de ensino.

A experiência da capital mineira se desenvolve através de uma rede de “arranjos educativos locais”, em que todos os parceiros têm responsabilidades, tarefas claras e o objetivo comum de construir esse novo modelo de ensino. Fora do turno escolar e em espaços cedidos pela comunidade, o aluno tem atividades paradidáticas monitoradas por estudantes universitários, devidamente coordenados por um instrutor. São aulas nos parques, deveres de casa nos salões paroquiais ou nas igrejas evangélicas, esportes nas quadras e clubes dos bairros, e muitas outras possibilidades que se abrem nesse caminho inovador e criativo.

Além de garantir as aulas e o rigor acadêmico, a escola torna-se pólo coordenador de um conjunto de interações com a sociedade, permitindo ao jovem se relacionar com o conhecimento e as experiências de seu contexto social e familiar. Assim, surgem lideranças positivas pelo exemplo e pela convivência, que vão desde o pastor ou o padre até o padeiro, a esteticista do salão da esquina ou o professor de capoeira que cedeu sua academia e seu tempo ao projeto.

Enfrentar os desafios do presente com os olhos postos no futuro: essa é a prática da escola integrada. Ao fim e ao cabo, o sucesso terá sido transformar a cidade numa grande e acolhedora sala de aula.

Instituto do Milênio gera novas tecnologias para estudo de estrelas e galáxias

Portal CNPq, 24/07/07

A astrofísica é considerada uma ciência de fronteira pelas pesquisas científicas que ampliam sem cessar os limites do universo conhecido e pelo desenvolvimento de instrumentação de ponta necessário às freqüentes descobertas, dois aspectos importantes para o avanço da ciência do Século XXI. O Instituto do Milênio para Evolução de Estrelas e Galáxias na era dos Grandes Telescópios, projeto apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), é centrado na montagem e no uso dos novos telescópios SOAR e Gemini, colocados à disposição dos cientistas brasileiros.

Os projetos SOAR e Gemini são consórcios internacionais dos quais o Brasil é membro participante e contribuiu com mais de US$ 20 milhões, a maior parte repassada pelo CNPq. O país ingressou no Projeto Gemini em 1993 e no projeto do Southern Astrophysical Research (SOAR) em 1995.

O Projeto Gemini é composto por dois telescópios com espelhos de 8 metros de diâmetro. O Gemini-Norte, localizado no Havaí, foi inaugurado em 1999, enquanto o Gemini-Sul, no Chile, começou a funcionar em 2002. É um projeto de US$ 180 milhões em consórcio com EUA, Inglaterra, Canadá, Austrália e Argentina.

Já o SOAR entrou em operação experimental em 2004 e consiste de um telescópio com espelho de 4,3 metros de diâmetro, localizado em Cerro Pachon, Chile, na mesma montanha onde se encontra o telescópio Gemini-Sul. Também é um consórcio entre o Brasil, National Optical Astronomical Observatory (NOAO), University of North Carolina e a Michigan State University. A Fapesp também apoiou a construção e a parte científica brasileira dos trabalhos é coordenada pelo Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA/MCT). O custo do telescópio foi de US$ 28 milhões.

O balanço da produção científica do Instituto do Milênio entre 2001 e 2004 resultou em 350 artigos em revistas de primeira linha. Os artigos dos projetos instrumentais só serão produzidos após a finalização dos instrumentos e outros testes, o que deve acontecer a partir de 2008. Mais informações sobre a produção podem ser encontradas em www.astro.iag.usp.br/~imilenio/.

Divulgação científica nas escolas

Dez mil cópias de CD-ROM com hipertexto de Astronomia e Astrofísica com imagens e animações, para PC, MAC e Linux, produzido por Kepler de Oliveira e Fátima de Oliveira, foram feitos dentro do Instituto do Milênio. Os CD-ROMs foram distribuídos a escolas em todo o país, dentro das Olimpíadas Brasileiras de Astronomia (OBA).

O Projeto Telescópios na Escola (TnE) – originalmente denominado Educação em Ciências Com Observatórios Virtuais – foi montado com recursos da Fundação Vitae e, posteriormente, vem recebendo apoio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP, FAPESP e CNPq. Seu objetivo é estimular o ensino de ciências por meio da astronomia. Quatro observatórios estão operacionais e trabalhando com escolas de nível fundamental e médio em Florianópolis, Valinhos, São José dos Campos e Rio de Janeiro.

Instrumentos desenvolvidos dentro do Instituto do Milênio

O principal objetivo foi o desenvolvimento de instrumentos astronômicos altamente complexos e precisos para o SOAR e o Gemini. Foram feitos projetos de engenharia para mais de 1500 peças: espectrógrafo SIFS, de campo integral, o espectrógrafo STELES, de alta resolução espectral, e o imageador no infravermelho SPARTAN.

Espectrógrafo SIFS

É um espectrógrafo de campo integral, cuja imagem é feita por grande quantidade de fibras ópticas. No caso do SIFS são 1300 fibras, que cobrem uma pequena área no céu. Para a região observada são obtidos 1.300 espectros ao longo da superfície do objeto. Esse tipo de instrumento é também chamado espectro-imageador. Na figura abaixo é mostrado o instrumento instalado no SOAR, que deve ser concluído em um ano.

Espectrógrafo de alta resolução STELES

A alta resolução espectral permite obter “abundâncias químicas” com grande precisão. No Instituto do Milênio foram desenvolvidos os desenho óptico, o desenho mecânico preliminar e foram comprados os detectores CCD, projeto de segunda geração para o SOAR.

Câmera imageadora no infravermelho SPARTAN

Teve participação brasileira importante, embora fosse de responsabilidade da Michigan State University, outro parceiro do SOAR. O Instituto do Milênio contribuiu com um dos quatro detectores infravermelhos, além do envolvimento de um astrônomo e um engenheiro óptico do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Abaixo o espectrógrafo completo, que segue para o Chile ainda em 2007.

Brasília recebe reitores para debater expansão

Portal MEC, 25/07/07

Será realizado nesta quinta-feira, 26, e na sexta, 27, no auditório do Parlamundi, em Brasília, o 1° Seminário Nacional do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Estarão presentes o ministro da Educação, Fernando Haddad, e o secretário de educação superior, Ronaldo Mota, além de reitores, pró-reitores de planejamento, administração e graduação de instituições federais de todo o País.

Nos dois dias de reunião, Mota apresentará a versão preliminar das diretrizes do Reuni, aspectos políticos e indicadores, elaborada por representantes de universidades federais de todo o Brasil. Na sexta-feira, o ministro Fernando Haddad apresentará as expectativas em relação ao programa de reestruturação.

Assessoria de Imprensa da SESu

Conselho Universitário toma posição a favor da greve

Reunido no dia 17 de julho, o Conselho Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, instância máxima de deliberação da Instituição, aprovou, por unanimidade, moção sobre a greve dos trabalhadores técnico-administrativos da Universidade. Segue, na íntegra, o documento “Insensibilidade diante da greve”.

Insensibilidade diante da greve

A greve dos trabalhadores técnico-administrativos das universidades federais está entrando no segundo mês sem merecer a devida consideração política e institucional do Governo Federal.

Apoiando claramente a pauta de reivindicações e reconhecendo a justeza do movimento paredista, reforçamos as ações políticas das entidades representativas no sentido de sensibilizar Brasília a abrir um efetivo canal de negociação com o Comando de Greve. Neste sentido, em nome da Administração da UFSC e também da Andifes, apelamos ao MEC para que intermedie uma solução rápida e justa, evitando, assim, maiores prejuízos à sociedade e danos irreparáveis ao conjunto das IFEs.

As reivindicações dos trabalhadores técnico-administrativos, vítimas de arrocho salarial e ausência de perspectivas de carreira, são legítimas e representam também a vontade política da Administração da Universidade. A pauta de greve confunde-se, inclusive, com muitas das ações e demandas que a Reitoria têm tratado, cotidianamente, com o Governo para a manutenção e fortalecimento da universidade pública, gratuita e de qualidade.

Ao mesmo tempo em que respalda a pauta salarial e por melhores condições de trabalho, a Administração posiciona-se contra a criação da fundação estatal de direito privado para os Hospitais Universitários (HUs), encarando a iniciativa como uma iminente ameaça ao acesso público e gratuito á saúde da população.

Compartilhamos também as preocupações e pleitos da comunidade universitária em relação à melhoria das condições de funcionamento do Restaurante Universitário (RU), da realização de concursos públicos, da ascensão funcional, da paridade de direitos entre efetivos, aposentados e pensionistas, da inclusão dos trabalhadores técnico-administrativos em projetos de pesquisa e extensão e da necessidade de novos investimentos na segurança do campus. São medidas, aliás, imprescindíveis para manter a qualidade e o conceito de uma instituição que já se consolidou como uma referência do ensino público no País.

Em nível nacional, é preciso reconhecer ainda que os avanços conquistados, historicamente, nas políticas salarial e de carreira somente têm se concretizado no bojo de movimentos grevistas. É lamentável, portanto, que os governos não desenvolvam e implementem Políticas de Estado capazes de prevenir reflexos periódicos danosos que recaem sobre toda a sociedade.

Finalmente, é importante frisar, mais uma vez, que a Administração da UFSC mantém-se firme e presente ao lado da comunidade universitária. Ou seja, eleita por servidores, estudantes e professores, é representante dessa comunidade junto ao Governo Federal e não o contrário.

Conselho Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Florianópolis, 17 de julho de 2007.

Confira os lançamentos das editoras universitárias

“Orientações Metodológicas para Produção de Trabalhos Acadêmicos”, Ana Rita F. Costa, Laura Cristina V. Pizzi, Maria Edna de Lima Bertoldo e Suzana Barrios – Seu conteúso introduz as questões mais comuns que envolvem a elaboração de um trabalho acadêmico, indo, assim, desde os procedimentos básicos para sistematização de um estudo mais produtivo, como aspectos lógicos e técnicos inerentes à estrutura e à redação de trabalhos científicos, até às orientações metodológicas e técnicas para a apresentação de trabalhos comumente utilizados no meio acadêmico. (UFAL)

“Os condenados da terra”, Frantz Fanon – alimenta os ideais de transformação e construção de uma sociedade melhor na Argélia e por toda a África. Um livro revelador para a massa colonizada, mostra quem lhes feriu a pele e a alma e lhes negava o ser. (UFJF)

“Da cidade de pedra à cidade de papel: projetos de educação, projetos de cidades (1959)”, Alarcon Agra do Ó – No final da década de 50 produziu-se, em Campina Grande, no interior da Paraíba, a percepção de que a cidade experienciava um caos, do qual decorria uma necessidade de organização. O autor analisa as eleições de 1959, quando os eleitores seriam chamados às urnas para escolher prefeito e os vereadores, e estava posta em circulação a crença de que este novo encaminhamento para a cidade seria uma função de uma boa escolha no dia da eleição. (UFCG)

“Manual para normalização de publicações técnico-científicas”, Júnia Lessa França e Ana Cristina Vasconcellos, colaboradoras: Maria Helena de Andrade Magalhães e Stela Maris Borges – Algumas pessoas se perguntam a razão da existência de normas (neste caso, as bibliográficas), com a sensação de que foram criadas não mais que como um instrumento de tortura do pesquisador. A resposta, contudo, é simples: seu objetivo é garantir a eficácia dos processos de comunicação. Sem elas, seria como se quem escreve falasse uma língua diferente de quem lê, multiplicando os ruídos. É com essa perspectiva que o Manual para Normalização de Publicações Técnico-científicas. (UFMG)

“José Genoino – Escolhas Políticas”, Maria Francisca Coelho – A publicação engloba desde a infância do deputado e sua época de militante no movimento estudantil em Fortaleza até a crise no PT. Entre os temas abordados pelo livro estão a opinião de Genoino sobre os processos de investigação da CPI do Mensalão e os erros do PT depois que chegou ao poder. (UnB)

“O Poder nas Organizações”, Cristina Amélia Carvalho e Marcelo Milano Falcão Vieira – A obra aborda as interferências econômicas, políticas e ideológicas das organizações na sociedade contemporânea. Ainda no livro, pode ser encontrada uma reflexão sobre o poder nas organizações e a análise de suas formas de exercício com ênfase no contexto social e histórico. (UFPE)

“Internet & Ensino: novos gêneros, outros desafios”, Júlio César Araújo (Org.) – O livro mostra a escrita digital e suas implicações pedagógicas. Com 19 artigos, a obra analisa o mundo digital e como ele cria novas práticas de linguagem, interferindo na realidade do ensino. (UFC)

“Controle social e política redistributiva no orçamento participativo”, Euzinéia Carlos – O livro insere-se no debate acerca dos dilemas e desafios para a consolidação da democracia na sociedade brasileira e lida, mais especificamente, com o tema da democracia participativa. Baseado em análise comparada das experiências de orçamento participativo de duas cidades da Região Metropolitana da Grande Vitória – Serra e a Capital – o livro busca tratar a relação entre políticas participativas e justiça social, na distribuição de bens públicos, e considera as políticas públicas sobre prioridades orçamentárias. (UFES)

“Arte, Educação e Cultura”, Marilda Oliveira de Oliveira (Org.) – A gênese da coletânea de artigos que compõem este livro é do Grupo de Estudos e Pesquisas em Arte, Educação e Cultura (GEPAEC) da UFSM que procurou contemplar as três linhas de pesquisa desse grupo: Arte e Cultura, Arte e Visualidade e Formação de Professores. Dessa forma medeia idéias, deflagra conceitos, aponta novas contribuições que podem servir aos estudantes e docentes da graduação e da pós-graduação das áreas da Arte, da Educação e da Cultura. (UFSM)

“Ensinar Saúde: a integralidade e o SUS nos cursos de graduação na área da saúde”, Roseni Pinheiro, Ricardo Burg Ceccim, Ruben Araujo de Mattos (Orgs.) – O Sistema Único de Saúde – maior empregador da área, com quase um milhão e meio de funcionários – serviu como campo de pesquisa para uma reflexão sobre a formação do profissional de saúde no país. O livro reúne artigos de dezesseis professores ligados ao Laboratório de Pesquisa sobre Práticas de Integralidade em Saúde (LAPPIS), nos quais são problematizadas questões como ensino e produção de conhecimento, integralidade, operacionalização de pesquisas e as relações ético-políticas em saúde, entre outras. (UFF)

“CHRONOS n.º 3 (“O Senhor das Águas”)”, publicação que contempla os saberes e a produção de conhecimento das diversas áreas desta universidade, editada pela Reitoria/Projeto Cultural – Nessa terceira edição, é abordada a questão ambientalista e suas injunções sobre os recursos hídricos mundiais, através da prospecção da vida e obra do pesquisador, cientista e professor José Galízia Tundisi, presidente do Instituto Internacional de Ecologia, Membro da Academia Brasileira de Ciências e ex-presidente do CNPq. (UNIRIO)

“A memória viva de Onofre Lopes”, Tarcísio Gurgel (Org.) – O livro é originado da série de programas produzidos pela TV Universitária na década de 80. Além da reprodução da entrevista, a edição especial também traz farto material fotográfico, ilustrações, e, também, um DVD com o programa veiculado pela TVU. Nascido em São José de Mipibu, Onofre Lopes estudou em Natal e formou-se em medicina. Recebeu uma proposta de emprego para o interior do Estado, mas foi na Capital que construiu sua história, marcada pela obstinação. A partir da convivência com os problemas na área da Saúde do RN, Onofre Lopes liderou a criação da Faculdade de Medicina, consumada em 1955. (UFRN)

“Tratado de animais selvagens – Medicina Veterinária”, Jean Carlos Silva e Zalmir S. Cubas e José Luiz Catã – É um dos classificados para a primeira fase dos finalistas do Prêmio Jabuti 2007, o mais tradicional e importante prêmio literário do Brasil. A obra, que é interessante para os médicos veterinários especializados em animais selvagens, estudiosos e curiosos, reúne informações inéditas e exclusivas de 88 especialistas brasileiros e quatro convidados estrangeiros, sendo útil para o clínico de pequenos animais que atende bichos exóticos, como hamsters, papagaios, periquitos e tartarugas. A publicação também aborda os animais selvagens a respeito do envolvimento dessas espécies no ciclo de zoonoses (doenças adquiridas em contato com animais domésticos) e doenças emergentes, atingindo diretamente epidemiologistas, microbiologistas e médicos veterinários sanitaristas. (UFRPE)

“Incontrolável Marx”, Jorge Névoa (Org.) – A coletânea, co-edição da Edufba/Edunesp, reúne textos de especialistas brasileiros e estrangeiros , entre os quais Pierre Fugeyrollas, Louis Gill, François Chesnais, Jean Marie Brohm, Michel Lowy, Denis Collin, Edmundo Fernandes Dias , Antônio Câmara e Mauro Castelo Branco de Moura. Os ensaios da coletânea rebuscam o pensamento de Marx, sua atualidade e dimensão, discutem a relação do marxismo com as diversas ciências sociais e revelam a presença e atualidade do legado de Marx nos grandes debates do mundo contemporâneo. (UFBA)

‘Unidades de Conservação: Gestão e Conflitos’, Dora Orth e Emiliana Debetir (Orgs.) – Em seis capítulos, dez pesquisadores de diferentes regiões e especialidades dividem as suas experiências na área de gestão ambiental. O objetivo é oportunizar uma alternativa de repasse desses conhecimentos à sociedade, para que se possam aplicá-los na gestão de seu território. O GrupoGE começou a estudar os espaços de preservação ambiental em 2000, mas foi durante os anos de 2004 e 2005 que esse passou a ser o principal tema tratado pelo grupo. Essa é a primeira publicação da Coleção GrupoGE, que pretende divulgar os principais resultados das pesquisas executadas pelo grupo. (UFSC)