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Ufla realiza III Curso de Bioinformática

O terceiro curso teórico-prático de bioinformática, intitulado “Bioinformática: do seqüenciamento a função biológica”, foi realizado na Ufla de 21 a 25 de maio de 2007 por iniciativa do Projeto PRODOC/Capes do Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas – DBI, sob a coordenação da Dra. Magnólia de Araújo Campos (PRODOC/GENÉTICA/PRPG/UFLA) e do Núcleo de Estudos em Genética – GEN.

O curso foi ministrado por cinco professores, incluindo as seguintes palestras: O seqüenciamento de DNA (proessor. Luciano Vilela Paiva, LCBM/DQI, Ufla), Bancos de dados: arquitetura e utilização (professor Ricardo Martins A. Silva, DCC, Ufla), Caracterização estrutural de genes e de proteínas (Dra. Magnólia A. Campos), Alinhamentos de seqüências DNA e de proteínas e desenho de primers (professor Antonio Chalfun Junior, DBI, Ufla) e Inferências evolucionárias e geográficas a partir da diversidade de seqüências (Dra. Magnólia A. Campos e Dr. Cristiano S. Lima, RD/CNPq/DFP, Ufla).

Além de preencher lacuna nesta área, o curso teve caráter multidisciplinar, integrando vários departamentos e estudantes de diversos Programas de Pós-Graduação da Ufla. Dentre os 21 participantes, 16 eram estudantes de pós-graduação (Genética e Melhoramento de Plantas, Microbiologia Agrícola, Solos e Nutrição de Plantas, Ciências dos Alimentos, Zootecnia, além da presença dos novos estudantes do curso de Pós-Graduação em Biotecnologia), 03 eram estudantes de graduação (Agronomia e Ciências Biológicas) e 2 eram profissionais, incluindo a presença do professor João Bosco Barreiro Filho, do Departamento de Veterinária da Ufla. Como resultado e em virtude da demanda, o curso será oferecido, no segundo semestre ou em fevereiro de 2008.

Os objetivos do curso são explicar, em termos gerais, como biólogos e agrônomos utilizam programas de computadores para analisar seqüências de DNA e de proteínas para inferir funções biológica e evolucionária; despertar no estudante o interesse pela Bioinformática e a utilidade em seus trabalhos de pós-graduação e cumprir com uma etapa do projeto PRODOC ligado à Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas – DBI.

O apoio institucional se fez notar de várias formas: O DCC apoiou com a liberação do Laboratório de Computação contendo 30 computadores, fundamental para a parte prática. A Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Ufla apoiou, com o fornecimento do Projetor (datashow). A Coordenação de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento incentivo e apoio com inscrições do evento.

Estiveram presentes na abertura do curso o pró-reitor de Pós-graduação professor Joel Augusto Muniz, chefe do Departamento de Biologia professor César Augusto Brasil Pereira Pinto, coordenador do Laboratório Central de Biologia Molecular professor Luciano Vilela Paiva, os professores do curso Antonio Chalfun Junior, a diretora do Núcleo de Estudos em Genética – GEN, a estudante de Pós-Graduação em Genética Francine Ishikawa.

A Bioinformática é uma área da Biologia Computacional, que utiliza computadores para a realização de tarefas em biologia. A importância da Biologia Computacional está em extrair a informação biológica contida na seqüência de DNA, vulgarmente conhecida como “sopa de letrinhas”.

Para o pró-reitor de Pós-Graduação, professor Joel Muniz “uma vez que a Ufla está definitivamente inserida na era Genômica, esperamos que este curso provenha uma direção para o leigo, através da introdução dos principais conceitos relacionados à biologia molecular e a bioinformática, softwares e sites mais usados”.

Oportunidade para especialistas em recursos hídricos, ex-bolsistas do DAAD

O DAAD (Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico) está convidando seus ex-bolsistas da área de recursos hídricos para participar do programa “Groundwater well digging and rural water supply’, de 3 a 15 de setembro de 2007, a cargo da Universidade de Siegen.

A iniciativa prevê um workshop de nove dias em Hof, na Alemanha, uma excursão e a participação de três dias na feira especializada Geofora, inclusive simpósio científico “Well Drilling, Well Development and Geothermal Energy Resources”. Durante o workshop, os participantes terão a oportunidade de preparar apresentações para a feira. O programa visa proporcionar compreensão técnica e ecológica na área de abastecimento de água potável através de poços, bem como integrar aspectos de higiene e saúde.

Todos os custos (viagem, visto, hospedagem, alimentação etc.) serão assumidos pelos organizadores (Universidade de Siegen). O seguro-saúde (em grupo) será providenciado pelo DAAD.

Para participar, o ex-bolsista precisa ter bons conhecimentos do idioma alemão. Os interessados devem confirmar seu desejo de participar até 20 de junho de 2007.

Contatos e mais informações:

Frau Ingrid Althoff
ingrid.althoff@uni-siegen.de

Na internet:
www.wasserwirtschaft.uni-siegen.de
(clicar em “German Alumni Water Network (GAWN)” e depois em “News” www.geofora.org

REUNI – para onde caminha a Universidade

Thompson Fernandes Mariz

Reitor da UFCG

O Decreto Nº. 6.096, de 24 de abril de 2007, que institui o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, tem como objetivo ampliar o acesso e a permanência na educação superior, e traz à luz do debate a necessidade de revisão do modelo acadêmico em voga na maioria das Instituições Federais de Ensino Superior do país. Inegavelmente, os dados fornecidos pelo censo da educação superior mostram a necessidade de ações enérgicas e imediatas de combate à alta taxa de evasão verificada no atual modelo acadêmico, bem como a premência de ampliar a oferta de vagas no ensino público superior. Portanto, não há, aparentemente, o que discutir quanto ao objetivo do REUNI.

O que, de imediato, nos preocupa no Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais é a sua meta nada modesta: “a elevação da taxa de conclusão média dos cursos de graduação presenciais para noventa por cento e da relação de alunos de graduação em cursos presenciais por professor para dezoito, ao final de cinco anos”.

Esta preocupação aumenta bastante quando lembramos que o Decreto em referência é fruto do Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, que tem como escopo a duplicação da oferta de vagas no ensino público superior. Como o Plano de Reestruturação não pode estar descontextualizado do Plano de Aceleração do Crescimento – PAC, que prevê, para os próximos dez anos, uma significativa limitação na expansão das folhas de pagamentos, não permitindo aumento superior a 1,5% por ano, o objetivo do REUNI se revela assustador.

Nesta hora percebemos que o aparentemente inquestionável objetivo do REUNI de ampliar o acesso e a permanência na educação superior se dará pelo muitíssimo questionável “melhor aproveitamento da estrutura física e de recursos humanos existentes nas universidades federais”. Duplicar a oferta de vagas e aumentar, pelo menos em 50%, o número de concluintes, a partir de um incremento de apenas 20% das atuais verbas de custeio e pessoal (excluídos os inativos!) é a indicação sub-reptícia de que a reestruturação proposta pelo Decreto Nº. 6.096 cobra uma subutilização dos recursos existentes nas Universidades Federais e aponta somente dois caminhos para o cumprimento de sua meta global: a aprovação automática ou a certificação por etapas de formação.

Não desconhecemos que a maioria dos projetos pedagógicos dos cursos de graduação oferecidos pelas Instituições Federais de Ensino Superior tem uma feição que prioriza a educação instrumental e dá pouca atenção ao desenvolvimento de habilidades e competências que possam levar o educando a “aprender a aprender”, que capacitem o estudante para a pesquisa básica. Todos nós concordamos que a educação deve ser continuada e que não termina com a formação profissional. Da mesma forma, sabemos da necessidade urgente de “redução das taxas de evasão, ocupação de vagas ociosas e aumento de vagas de ingresso, especialmente no período noturno”.

Mas será que, para resolver estes problemas, temos que necessariamente optar por uma “diversificação das modalidades de graduação, preferencialmente não voltadas à profissionalização precoce e especializada”? Não estaríamos, assim, indo na contramão do modelo pactuado no Tratado de Bolonha, que propõe uma circulação do conhecimento mais rápida e ampla para conquistar os jovens que estavam fugindo do meio acadêmico para ir para o mercado de trabalho, mais atrativo do que os cinco anos indispensáveis para se obter uma graduação, ou os dez ou doze anos necessários para se formar um doutor?

Na reorganização dos cursos de graduação, com vistas à “implantação de regimes curriculares e sistemas de títulos que possibilitem a construção de itinerários formativos, mediante o aproveitamento de créditos e a circulação de estudantes entre instituições, cursos e programas de educação superior” não estaria implícita uma orientação para uma certificação conferida antes do tempo, em flagrante contradição com a dita preocupante profissionalização precoce e especializada?

O certo é que a aprovação automática se contrapõe a qualidade sempre defendida para a educação nacional e a certificação por etapas mascara a atual evasão sob o discurso perverso – porque enganoso! – da inclusão social. Não temos dúvidas de que uma saída fácil para o cumprimento da meta de elevar a taxa de conclusão para noventa por cento do ingresso seria optar pela certificação por etapas. Ao aluno que concluir uma etapa de sua formação global dá-se um certificado e contabiliza-se esta certificação como uma conclusão. Alguns egressos da primeira fase de formação migrarão para a fase seguinte de formação, outros, por falta de condições competitivas, “serão migrados” para o mercado de trabalho, precocemente, porque ainda estarão sem uma profissão.

Resta saber que tratamento o mercado de trabalho, a cada dia mais competitivo, dará aos egressos do ensino superior que, apesar de poderem demonstrar capacidade de expressão e de raciocínio lógico, conhecimento de ética, política e filosofia, domínio de técnicas da informática, e espírito empreendedor observado na criatividade e flexibilidade de suas iniciativas, não tenham um diploma de graduação, nos moldes estabelecidos pelas Diretrizes Curriculares Nacionais, ainda em vigência, e exigidos pelos Conselhos Profissionais, cada vez mais atuantes na definição do perfil do profissional.

Verbas são necessárias para a melhoria da qualidade do ensino que hoje é ofertado nas Instituições de Ensino Superior, mas não sob a forma de uma mesada que será dada, por cinco anos, “na medida da elaboração e apresentação dos respectivos planos de reestruturação” e do “cumprimento das metas fixadas pela instituição, em atendimento aos objetivos do Programa”.

Aumentar a oferta de vagas no ensino superior e ampliar as políticas de inclusão e assistência estudantil são objetivos que exigem significativo investimento, não sendo um alvo possível de se atingir apenas em melhor aproveitar a estrutura física e os recursos humanos existentes, até porque estes recursos estão já há muito tempo defasados.

Encontrar solução para a redução das altas taxas de retenção e evasão hoje existentes na educação superior passa necessariamente pela busca de novas metodologias de ensino que contemplem novas formas de avaliação. E isto requer tempo dedicado à pesquisa, o que já se mostra difícil com a atual relação de um professor para cada dez alunos de graduação: realidade que revela o perigo que o estabelecimento da relação de um professor para cada dezoito alunos de graduação representa para o ensino público superior, em sua constante busca da elevação da qualidade.

Não estamos discordando da necessidade de se reestruturar o ensino superior, de se evitar a evasão desenfreada, de se ocupar as vagas ociosas, de se ampliar a oferta de vagas, notadamente no turno noturno. Tampouco estamos fugindo da responsabilidade que nos cabe neste processo de revisão da estrutura acadêmica e de atualização das metodologias de ensino. Apenas esperamos uma revisão que contemple a adequação das metas do Programa às ferramentas disponibilizadas para o seu cumprimento, para que não caiamos simplesmente na redefinição da função da Universidade.

Por fim, fica a pergunta inevitável: para onde caminhará uma Instituição que resolva não aderir ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, uma vez que o Ministério da Educação estabelecerá parâmetros de cálculo dos indicadores que compõem a meta global do REUNI?

Ex-aluna da Ufla defende tese de doutorado no Canadá

Cibele Ferreira Machado acaba de defender sua Tese de Doutorado, intitulada: “Expressão gênica durante e após germinação de sementes de tomate em diferentes estádios de maturação (Gene expression during germination and post-germination of dried and non-dried.developing seeds of tomato)”. Cibele iniciou seu curso de Doutorado em 2002, na Universidade de Guelph, no Canadá, após realizar curso de Graduação em Engenharia Florestal na Ufla(1996-2000) e Mestrado na ESALQ, Piracicaba (2000-2002).

Trata se de estudo que focaliza diversos aspectos da qualidade de sementes de tomateiro em relação ao processo de secagem em diversas fases de seu desenvolvimento. Neste trabalho, que contou com a orientação acadêmica do professor Dr. Derek Bewley, um dos mais renomados cientistas na área de sementes em todo o mundo, Cibele teve a oportunidade de utilizar avançadas ferramentas em estudos biológicos, com destaque para metodologias moleculares aplicadas a este tipo investigação. Além do apoio do governo brasileiro, na forma de bolsa e parte das taxas acadêmicas, concedidas pela Capes, este projeto contou também com recursos complementares da Universidade de Guelph e da Empresa Syngenta.
De volta ao Brasil, a recém-doutora terá a oportunidade de oferecer sua parcela de contribuição para o desenvolvimento da área biológica voltada para sementes, que é uma das áreas mais carentes e estratégicas para o crescimento e sustentabilidade da Agricultura brasileira.

Com a realização deste curso deu se início a uma fase de intercâmbio entre alguns setores da Ufla e daquela Instituição canadense. Segundo professor José da Cruz Machado, atual diretor do Escritório de Assuntos Internacionais da Ufla, que esteve presente nas solenidades de defesa de Cibele, a renovação de um Acordo de Cooperação mais amplo e duradouro entre a Ufla e a Universidade de Guelph encontra-se em apreciação neste momento devendo ser o mesmo concretizado ainda neste semestre.

Ufla amplia sua inserção internacional

Em recente visita ao Canadá, o professor José da Cruz Machado, atual diretor do Escritório de Assuntos Internacionais da Ufla, teve a oportunidade de tratar da renovação de mais um Acordo de Cooperação acadêmico-cientifico, em nível Institucional, desta vez com a Universidade de Guelph, uma das mais qualificadas Instituições daquele país, detentora de reconhecimento internacional pelas suas importantes contribuições em áreas de biotecnologia, ecologia, segurança alimentar, engenharia e inúmeras outras de grande interesse da Ufla.

Durante sua visita, reuniões e encontros foram realizados com setores estratégicos daquela Instituição, incluindo encontro com o diretor de Cooperação e Relações Internacionais. O novo termo de cooperação da Ufla com aquela Universidade encontra-se em fase de elaboração entre os setores responsáveis por este assunto em ambas Instituições, havendo expectativa de assinatura do mesmo pelos respectivos reitores ainda neste semestre. Com o Acordo, diversos setores da Ufla poderão ser beneficiados de diversas formas, principalmente no que tange a atividades de pós-graduação e graduação, com a realização de intercâmbios em ambos os sentidos. Oportunidades estão sendo criadas para a aproximação de grupos de pesquisa em áreas de interesse mútuo.

Mais detalhes sobre a Universidade de Guelph, podem ser obtidos em consulta ao site: www.uoguelph.ca ou dirigir-se diretamente ao ESAI na Ufla: esai@ufla.br .

Notícias sobre esses acordos e outros temas de natureza internacional podem ser também acompanhadas pelo site do Escritório na página da Ufla.

Federais do Rio e Uerj fora da lista das 10 mais

Avaliação do Enade mostra a PUC-RJ em 8º lugar, a melhor posição conquistada pelo estado

BRASÍLIA Nenhuma universidade pública do Rio de Janeiro está entre as dez instituições do país com melhores resultados nas três edições do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) — teste do Ministério da Educação que substituiu o antigo Provão.

Levantamento realizado pelo GLOBO mostra que a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) é a instituição brasileira com melhor aproveitamento no Enade: 80% dos cursos avaliados tiraram o conceito 5, o maior na escala de 1 a 5. A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) ficou em 8ºlugar, com 40%, o melhor desempenho no estado. Foram consideradas apenas instituições de médio e grande porte que já receberam pelo menos 12 conceitos no exame, nos últimos três anos.

O ranking do Enade revela que as cinco instituições com maior proporção de notas 5 são públicas e de Minas Gerais.

Em segundo lugar, atrás da UFMG, aparece a Universidade Estadual de Montes Claros, com 59,09% de notas máximas, seguida pela Universidade Federal de Juiz de Fora (57,14%), a Universidade Federal de Viçosa (56,52%) e a Universidade Federal de São João delRei (53,84%). Em números absolutos, a UFMG tem também a maior quantidade de cursos com conceito máximo: 32.

A instituição pública fluminense em melhor posição é a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 12olugar, com 38,09% de conceitos máximos. Das 50 melhores instituições no ranking, apenas sete são privadas. A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) ficou em 17a, com 29,72%, e a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), ficou na 23aposição com 21,42%. Já a Universidade Federal Fluminense, em 25º com 19,56%. A Católica de Petrópolis ficou em 24º com 12,5%.

A Universidade de São Paulo (USP), a mais prestigiada no ensino superior brasileiro, e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) não participam do Enade. Portanto, estão fora do ranking. Pela primeira vez, em 2006, um curso da Unicamp — o de teatro — fez o exame, tendo sido reprovado com o conceito 1, o que sugere boicote dos estudantes. Já a Universidade Estadual Paulista (Unesp) ficou em 14ºlugar no ranking proporcional, embora acumule o segundo maior número de notas máximas: 30.

O desempenho das universidades mineiras surpreendeu o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes. Ele ressalvou, porém, que seria apressado concluir que Minas Gerais tem o melhor sistema de ensino superior do país. Segundo Fernandes, é preciso analisar o rendimento médio dos estudantes em todas as instituições: — É uma surpresa. Pode-se falar que Minas tem as melhores instituições, mas não o melhor sistema de ensino superior. O estado pode ter também as piores instituições.

Criado em 2004, o Enade avalia áreas diferentes do conhecimento a cada ano. Em 2006, o exame completou o primeiro ciclo, cobrindo 48 áreas, o que abrange a maioria dos cursos de graduação do país: de direito a medicina, passando por administração, odontologia, comunicação social e todas as engenharias.

O objetivo do teste é avaliar os cursos isoladamente, revelando quais são os melhores e os piores. Ao analisar a maioria dos cursos do país, o Enade permite traçar um panorama das instituições de ensino. O máximo que o Provão avaliou foram 20 áreas.

O ranking elaborado pelo GLOBO considerou apenas instituições que tenham recebido pelo menos 12 conceitos nas três edições do Enade.

O número mínimo de 12 cursos equivale a 25% das 48 áreas avaliadas. O objetivo foi verificar o desempenho de instituições de médio e grande portes, que atuam em diferentes áreas. Do contrário, faculdades que oferecem um único curso ou instituições de excelência, como o Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA), liderariam o ranking, uma vez que tiram a nota máxima na área em que lecionam.

Nas três edições do Enade, 529 cursos receberam nota máxima. Isso equivale a quase 6% do total de 9.144 cursos que ganharam conceitos de 1 a 5. O levantamento do GLOBO, feito a partir dos resultados divulgados na página do Inep na internet, mostra que 148 instituições de ensino receberam pelo menos um conceito 5.

A maioria das instituições privadas nunca recebeu uma única nota máxima.
Considerado o critério mínimo de 12 cursos avaliados, restaram 82 instituições.
Fernandes lembra que o Enade é feito de tal forma que, independentemente da nota dos alunos, sempre haverá cursos com conceito 1 e 5. A finalidade da prova é apontar qual curso é melhor do que outro, com efeito comparativo, e não afirmar que o curso é bom ou ruim.

Segundo ele, a predominância de universidades públicas no ranking não surpreende: — Já sabíamos, desde o Provão, que as públicas vão melhor. Elas têm um processo de seleção de estudantes mais difícil. E, que o Enade mostra, é que elas agregam, em média, mais conhecimento, seja por terem melhores professores ou infraestrutura.

Como é feito o exame

O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) é uma prova anual feita por universitários que estão no início e no fim do curso.

A prova consiste em questões de conhecimento geral, iguais para todas as áreas, e conteúdos específicos.

Uma amostra de estudantes é sorteada para fazer o teste. Os alunos são obrigados a comparecer, mas podem entregar a prova em branco. Os resultados individuais dos universitários não são divulgados.

Eles não sofrem qualquer conseqüência, a não ser contribuir para baixar a nota do curso que expedirá seu diploma.

Já foram avaliados cursos de 48 áreas.

Confira os lançamentos de livros universitários

“Gestão da pesca de pequena escala: diretrizes e métodos alternativos”, Fikret Berkes, Robin Mahon, Patrick McConney, Richard Pollnac e Robert Pomeroy, tradução organizada por Daniela C. Kalikoski – Apresenta conceitos, ferramentas, métodos e estratégias de conservação alternativos e mostra como usar esses métodos de maneira prática, com forte ênfase no manejo de ecossistemas e na tomada de decisões participativas. Contém alguns exemplos de como a gestão da pesca de pequena escala está sendo desenvolvida no Brasil. (FURG)

“Metais em fertilizantes inorgânicos – avaliação de risco à saúde após a aplicação”, organizado pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) a partir da tradução e adaptação do original editado pela The Fertilizer Institute (TFI), nos EUA, em 2000. Adaptado pelos agrônomos Luiz Roberto Guimarães Guilherme e Giuliano Marchi Louis Hay – Uma ferramenta científica e fundamentada em rigorosas avaliações técnicas que garantirá segurança alimentar aos brasileiros e confiabilidade nas exportações dos produtos e derivados do agronegócio. Distribuição gratuita para escolas de agronomia, agrônomos, técnicos, cientistas e indústrias ligadas ao agronegócio. (Ufla)

“Concepções contemporâneas da arte”, Luiz Nazario e Patricia Franca (organizadores) – Nesta coletânea, os organizadores reuniram textos de professores, artistas e pesquisadores de diversas instituições, a fim de oferecer um conjunto de reflexões sobre a natureza da arte e seus tangenciamentos – a arquitetura, o cinema, a conservação e restauração, a música, a tecnologia da imagem –, a partir de variados pontos de vista, abordando as condições onde emergem uma produção artística e sua contextualização. (UFMG)

“Filhos adotivos, pais adotados”, Lídia Weber – O livro tem a finalidade de contrapor-se a mitos e preconceitos sobre a adoção, através de depoimentos tanto de pais que adotaram como de filhos que ganharam uma família. (UFPR)

“Sobre a humilhação: sentimentos, gestos, palavras”, Izabel Marson e Márcia Naxara (Org.) – busca situar sua genealogia e apresentar a humilhação sob prismas diversos, estrecruzando as fronteiras da história, literatura, sociologia, psicanálise, filosofia, ciência política. (UFU)

“O baú das piratas poetas”, Maria Helena Sleutjes e Cláudia Freire Lima – composto por poesias e ilustrações e transmite uma mensagem lúdica e de brincadeira, mas ao mesmo tempo de reflexão. (UFJF)

“Caminhos por onde andei”, João Rolim da Cunha – o livro relata com firmeza a memória de um jovem de 92 anos, os caminhos vividos e andados por João Rolim da Cunha. É uma leitura com riqueza dos detalhes que levam o leitor a percorrer cidades, ruas e caminhos por onde passou o personagem. (UFPB)

O desafio da qualidade

O principal desafio de uma universidade é a qualidade. A qualidade do produto acadêmico. Qualidade da pesquisa e qualidade do ensino – a da extensão é decorrente das duas primeiras, na medida em que esta não deve ser assistencialismo, mas modalidade de formação em relação direta com a sociedade.

O fundamento da qualidade é o preparo e a competência dos atores do mundo acadêmico: professores atualizados em seu campo de conhecimento, inovadores e comprometidos com um projeto socialmente relevante de educação; técnico-administrativos capacitados na gestão universitária, do planejamento ao controle e eficiência dos processos; e alunos interessados em estudar e aprender, com envolvimento participativo. Tudo isso requer uma cultura acadêmica desenvolvida e aberta aos desafios delineados nos horizontes da contemporaneidade. Valores, projetos e tipos de ação coerentes com os objetivos institucionais mais exigentes e avançados.

Na moldura da universidade pública brasileira, este salto implica na transferência do foco dos investimentos político-institucionais das eleições para a gestão colegiada. Não que as conquistas do movimento docente – eleições diretas para dirigentes – não sejam importantes e não continuem a cumprir a sua finalidade democrática. O fato é que os tempos são outros, este valor já está consagrado na cultura universitária nacional, e a nova agenda, que é a busca da qualidade, exige, agora, inovação na arquitetura da gestão.

A construção de uma universidade sintonizada com as exigências e desafios do tempo presente, e apta a enfrentá-los, envolve a superação da fragmentação, do corporativismo e do individualismo acadêmicos. A necessidade de se resgatar a integridade dos campos de saber (interdisciplinaridade), ofuscada, nas últimas décadas, pela crescente especialização; a constatação da obsolescência do conhecimento ter deixado de ser um acidente para se tornar um fato esperado e, mesmo, programado; a crescente sofisticação dos recursos tecnológicos, tudo isso obriga a uma transformação profunda do ethos tradicional da academia brasileira, desafiada a cumprir novas funções, a exemplo da educação continuada, da pesquisa de ponta e a formação para a cidadania solidária.

O aumento da complexidade dos desafios postos pela dinâmica social hodierna, as exigências dos novos patamares de interatividade e o crescimento das redes de cooperação em escala planetária são fenômenos que alteram medularmente o tempo acadêmico, a lógica da relação professor-aluno e o espaço e a forma em que se desenrola o exercício da aprendizagem. Não é mais possível enfrentar a nova agenda com as estratégias e procedimentos tradicionais e obsoletos de gestão – tecnologias e mentalidades. Urgem sistemas computacionais adequadamente programados para circular as informações estratégicas e espaços mais públicos e partilhados de cooperação e comunicação: em nível interno à Instituição e em nível externo, na relação desta com outros agentes e atores sociais.

Não será a forma de eleição ou a fórmula de composição de colegiados e conselhos universitários que, em si, assegurarão essa transformação. O mais difícil é organizar ambientes adequados para a germinação de projetos e ações coletivamente partilhados, em vista de objetivos acadêmicos comprometidos com os interesses republicanos e nacionais mais legítimos e com lastro de qualidade.

A Universidade precisa estar aberta ao mundo, à sociedade, ao seu tempo. Os problemas da contemporaneidade são imensos e infinitos. Há muito que pensar, refletir, experimentar, sugerir, realizar. Novos paradigmas educacionais se impõem. Perfis profissionais de inéditos caracteres. Inovação em todas as áreas da atuação humana. Não há mais tempo para perder.

Diante das exigências da história não se pode brincar. Ou construímos Universidades com “U” maiúsculo, aptas ao enfrentamento dos desafios cognitivos crescentes do mundo contemporâneo, ou não se sai do lugar, não se vai a lugar nenhum, não se ilumina o futuro. A conhecida advertência de Ortega Y Gasset continua válida e mantém o seu poder de interpelação: “uma instituição em que se finge dar e exigir o que não se pode exigir nem dar é uma instituição falsa e desmoralizada”.

Sim, não se pode brincar! A superação do populismo e da demagogia em favor do mérito e da qualidade se anuncia, assim, como a nova palavra de ordem da universidade brasileira. A hegemonia desses novos valores é o único antídoto contra a obsolescência e a mediocridade dos chavões de sempre.

Frente parlamentar em Defesa da Vida será reinstalada na ALMG

Será relançada, hoje, segunda-feira (4/6/07), às 20 horas, no auditório da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, a Frente Parlamentar em Defesa da Vida e Contra o Aborto. Os deputados Eros Biondini (PHS) e Célio Moreira (PSDB) foram co-autores do requerimento que solicitaram o relançamento e serão os coordenadores da frente. ‘O aborto é um crime; a prevenção não é somente uma questão religiosa, é também moral e ética’, afirmou o deputado Cèlio Moreira. Eros Biondini é da mesma opinião: ‘A luta contra o aborto é uma bandeira que levantamos explicitamente e que se encaixa também na defesa da vida’.

Na opinião do deputado Eros Biondini, a vida, que é o bem maior de todo ser humano, vem sofrendo ataques contínuos através de inúmeras formas de violência, abortos, morte de anencéfalos, recém nascidos abandonados pelas próprias mães, crianças exploradas pelos próprios pais e abandonados nas ruas. ‘O relançamento dessa frente, com certeza, mobilizará vários segmentos da sociedade. É o grande marco do primeiro semestre deste início de mandato’, observou o deputado.

O deputado Célio Moreira lembrou que o direito à vida e à dignidade humana é um princípio consagrado internacionalmente, e vem sendo reafirmado ao longo dos séculos. ‘A Constituição da República de 1988 é nitidamente a favor da vida, ao inserir como cláusula pétrea o seu artigo 5º, que define como garantia fundamental a inviolabilidade do direito à vida’, observou o deputado. Para ele, a luta contra o aborto provocado é uma questão de ética, já que todos os seres humanos, independentemente da sua idade, ou de qualquer outra condição, dever ser tratados com dignidade.

Chamada para a apresentação de trabalhos no Conex

No período de 22 a 26 de outubro de 2007, será realizado o III Congresso de Extensão da Universidade Federal de Lavras (Ufla) – III CONEX que faz parte da programação da I Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão em comemoração aos 100 anos da Ufla. Com o tema “Extensão Universitária e Desenvolvimento Sustentável”, o Congresso contará com a seguinte programação: 1) Conferências; 2) Minicursos; 3) Mostras e Clínicas Tecnológicas; 4) Experiências Comunitárias; 5) Oficinas e Apresentações Culturais; 6) Diálogo de Concertação e 7) Apresentação de Trabalhos de Extensão.

A Comissão Organizadora (Proex) convida docentes, técnicos e estudantes da Universidade Federal de Lavras e de outras Instituições para participarem da Apresentação de Trabalhos de Extensão. As inscrições já estão abertas e a chamada dos trabalhos está disponível no site: www.proex.ufla.br