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Executivo encaminha ao Congresso Nacional PL para criação de vagas de docentes e técnico-administrativos nas IFES

Na última quinta-feira (27/03), o Poder Executivo encaminhou ao Congresso Nacional, em regime de urgência, o Projeto de Lei que cria cerca de 24 mil cargos, entre efetivos e comissionados, no âmbito do Ministério da Educação, destinados a docentes e técnico-administrativos das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). O PL institui, também, a criação de 900 cargos de direção (CD) e 2.400 funções gratificadas (FG)

De acordo com o PL n.º 3128/2008, serão criados 13.276 cargos de professor da carreira do magistério superior e 10.654 cargos de técnico-administrativos do plano de carreira. No que se refere à cargos de direção e funções gratificadas, serão criados: 300 CD-3, 600 CD-4, 1.200 FG-1, 400 FG-2, 300 FG-3, 150 FG-4, 150 FG-5, 100 FG-6 e 100 FG-7 (ver tabela).

As vagas destinam-se ao atendimento das necessidades decorrentes do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), lançado em abril de 2007 a partir do Decreto n.º 6.096. Os cargos criarão condições para a ampliação do acesso e a permanência na educação superior, no nível da graduação, por meio do melhor aproveitamento da estrutura física e de recursos humanos existentes nas universidades federais.

De acordo com o Projeto de Lei, “os cargos e funções, cuja criação é proposta, afiguram-se indispensáveis à viabilização da política de expansão do ensino superior. Sem eles, não haverá como constituir quadros funcionais e estruturar as novas unidades didáticas. A alternativa de remanejamento de cargos vagos disponíveis para as novas unidades acadêmicas já foi usada até o limite possível. Daqui por diante, ela poderá desfalcar as instituições de ensino de cargos indispensáveis à recomposição dos seus quadros funcionais”.

Confira alguns depoimentos:

“Este Projeto de Lei é fundamental para a garantir o cronograma de implantação do Reuni. Ali estão os cargos e as funções necessárias para beneficiar a expansão de todas as universidades federais, em todos os estados da Federação e no Distrito Federal. Por isso, é importante que o projeto seja aprovado com urgência” – reitor José Ivonildo do Rêgo (UFRN), vice-presidente da Andifes.

“Os cargos atenderão uma parte da demanda das IFES, indispensável para a consolidação da expansão em andamento e para o Reuni porque resolverá, pelo menos em parte, a questão do estrangulamento de recursos humanos que as universidades vivem” – reitor Amaro Lins (UFPE).

“A questão da criação de CDs e FGs é particularmente importante. As IFES já vinham se expandindo, o que causou uma carência de funções gratificadas para aqueles que ocupavam essas funções. Nesse sentido, precisamos avaliar se esta demanda supre as necessidades das universidades. Quanto à criação de cargos de docentes, estes são fundamentais para a expansão. A base ainda é estreita e talvez precisemos continuar reivindicando mais cargos para reposição e para expansão. Mas o Projeto de Lei representa, com certeza, um avanço” – reitor Aloísio Teixeira (UFRJ).

“As IFES deram um salto enorme na qualidade ao expandirem-se, tanto na fase já em andamento, quanto com o Reuni. E esta qualidade está diretamente relacionada à aquisição de recursos humanos para as universidades federais. Nesse sentido, o Projeto de Lei significa o crescimento com qualidade para todas as instituições e todos estamos com muita expectativa quanto a sua aprovação pelo Congresso Nacional” – reitora Ana Dayse Dórea (UFAL).

“Este é um momento histórico para a educação superior brasileira porque nunca antes na história deste país tivemos uma quantidade tão expressiva de cargos de docentes criados para a expansão das universidades federais. A partir da aprovação do Projeto de Lei, poderemos resolver passivos que já perduravam há anos nas IFES, onde era preciso trabalhar com professores substitutos para suprir a demanda de recursos humanos” – reitor João Carlos Cousin (FURG)

Retrocesso na educação

Sob a alegação de que “escola não é padaria” e “educação não é mercadoria”, o Ministério da Educação (MEC) pretende intervir, de modo indireto, nos processos de incorporações de universidades particulares, de lançamento de ações em bolsa por conglomerados educacionais e de participação de capitais internacionais em entidades brasileiras de ensino superior. A estimativa é de que o mercado educacional movimente anualmente cerca de R$ 40 bilhões.

Só nos dois primeiros meses de 2008 foram realizadas 9 operações de incorporação de empresas do setor, no valor de R$ 81 milhões. Em 2007 ocorreram 25 aquisições, das quais 14 realizadas por 4 empresas de capital aberto. Elas obtiveram R$ 1,4 bilhão com a venda de ações em bolsa, tendo aplicado os recursos na aquisição de universidades concorrentes para aumentar sua participação no mercado.

As demais aquisições foram realizadas por empresas de capital fechado, que cresceram adquirindo faculdades de porte médio e pequeno. Bancos de investimento nacionais e internacionais constituíram fundos específicos para adquirir participações em conglomerados educacionais. Para as autoridades educacionais, esse processo poderia levar à desnacionalização do setor. O que o governo mais teme é que a abertura do mercado educacional seja incluída nas negociações do Acordo Geral para o Comércio de Serviços, na Organização Mundial do Comércio (OMC). “Até que ponto não se retirará do poder público nacional o controle da regulamentação no País? É um risco para o projeto de desenvolvimento do Brasil aderir à proposta da OMC, porque a educação, na concepção governamental brasileira, é um bem público e um direito, não uma mercadoria”, diz o secretário de Educação Superior do MEC, Ronaldo Mota.

Embora não existam obstáculos legais para a presença de capitais estrangeiros no setor educacional, o MEC vem tentando impor limites à sua participação. Pelo artigo 209 da Constituição, “o ensino é livre à iniciativa privada”, cabendo ao poder público a responsabilidade pela “autorização e avaliação da qualidade”. Numa interpretação extensiva desse artigo, o MEC tem elaborado pareceres nos quais afirma que quem tem competência para autorizar e avaliar também pode regular. Ou seja, pode estabelecer regras, sob a justificativa de exigir um padrão mínimo de qualidade.

Como disse Mota em entrevista ao jornal Valor, na década passada o poder público avaliava e o mercado regulava; agora, “o Estado é regulador”, obrigando algumas universidades a reduzir a oferta de vagas, diminuir o número de alunos por sala de aula e a elevar exigências de qualificação do corpo docente. Embora seja óbvio que o papel do MEC é zelar pela qualidade do ensino, o modo como a questão é colocada pelo secretário de Educação Superior tem um tom de repulsa ao capital estrangeiro. A preocupação com a qualidade, em outras palavras, seria pretexto para criar empecilhos para empresas multinacionais que pretendam investir no mercado educacional brasileiro.

Essa impressão ficou ainda mais nítida depois que o secretário, em entrevistas e artigos, passou a pedir ao Congresso a votação do Projeto de Lei do Ensino Superior. O projeto foi enviado pelo Executivo em regime de urgência. Mas, por causa das críticas que sofreu, o pedido de urgência foi retirado e o projeto passou a tramitar vagarosamente nas comissões técnicas. Antes que o secretário de Educação Superior começasse a fazer o seu lobby, até as próprias lideranças governistas pareciam ter perdido o interesse na aprovação do projeto. Um dos exageros do texto é o dispositivo que define ensino privado como “função pública delegada” e prevê que 70% do capital votante das universidades pertença a brasileiros natos ou naturalizados.

Trata-se de uma medida obtusa. Por razões ideológicas, os autores do projeto não admitem que boas idéias e tecnologia de ponta podem vir junto com investimentos estrangeiros.

Defender a retomada de um projeto absurdo, que parece não interessar nem mesmo às lideranças governistas no Congresso e que permitiria ao governo maior interferência regulatória nas universidades privadas a pretexto de assegurar a qualidade, e evitar a “desnacionalização” do ensino, como o MEC está pretendendo, é um enorme retrocesso.

Confira os lançamentos das editoras universitárias

“Guia das Tecamebas – Bacia do Rio Peruaçu – Minas Gerais: subsídio para conservação e monitoramento da Bacia do Rio São Francisco”, Maria Beatriz Gomes e Souza – os ambientes aquáticos do nosso Planeta encontram-se ameaçados pelo uso inadequado dos seres humanos. Esse Guia mostra as imagens de seres que vivem nas águas da Bacia do Rio Peruaçu, mas que são invisíveis para nós. São unicelulares e têm parentesco com as amebas. Constroem carapaças, de elementos que capturam nas águas ou nos sedimentos, chamadas de “tecas”. A ciência utiliza essas “Tecamebas” como indicadores da saúde ambiental, e a proposta é aplicar esse conhecimento na recuperação e conservação da Bacia do Rio São Francisco. (UFMG)

“As cantigas de D. Joan Garcia de Guilhade e estudos dispersos”, Oskar Nobiling – a obra, organizada por Yara Frateschi, traz ainda textos antes distribuídos em revistas européias de difícil acesso, além de importantes informações sobre o autor e sua trajetória, apêndice com correspondências, caderno fotográfico e bibliografia. Oskar Nobiling é considerado pioneiro e paradigma na crítica textual e um dos mais fecundos e originais estudiosos dos cancioneiros medievais. Ele se dedicou ao estudo da língua portuguesa e das manifestações luso-brasileiras e sua investigação filológica é de grande importância pela inovação e competência com que trata a lírica medieval galego-portuguesa. Nobiling ocupa um lugar de relevo no quadro de lusitanistas estrangeiros que conta com nomes da importância de Wilhelm Storck, Henry Lang e Jules Cornu. Com exceção de sua importante tese para a Universidade de Bonn, a edição de As Cantigas do Trovador Joan Garcia de Guilhade, os estudiosos brasileiros pouco tinham acesso aos trabalhos de Nobiling, publicados em revistas alemãs quase sempre inexistentes em bibliotecas do país. Todavia, tanto em Portugal quanto no Brasil, sua figura e seu valor para a investigação filológica foram sempre reconhecidos, pela profundidade de seu saber e pelo escrúpulo científico com que orientava suas pesquisas. (UFF)

‘O golpe de 1964 e o Regime Militar – novas perspectivas’, João Roberto Martins Filho – o trabalho foi idealizado durante simpósio internacional que ocorreu na Universidade em 2006. No evento foram discutidos diferentes aspectos relacionados ao golpe militar, desde 1964 até os nossos dias. Embora exista uma rica bibliografia sobre o assunto, a distância temporal, a investigação em fontes disponibilizadas recentemente, o aparecimento de novas temáticas e de novas gerações de pesquisadores (brasileiros e estrangeiros) fazem com que o tema possa ser observado por outros ângulos. Na coleção de textos, o leitor pode ter um bom panorama do que se tem produzido sobre o tema. (UFSCar)

“Ritual, risco e arte circense: o homem em situaçoes limite”, Guilherme Veiga – a publicaçao resulta da tese de doutorado de Veiga, defendida em 2004 no Departamento de Sociologia (SOL) da UnB. Para escreve-la, o filósofo baseou-se na literatura relativa ao assunto e em seu trabalho de campo, que incluiu a matrícula, como aluno, na Escola Nacional de Circo. O livro, da Editora UnB, foi organizado pela família de Veiga e pelo professor Joao Gabriel Teixeira, que orientou o estudante no trabalho, em homenagem r memória do autor, falecido ano passado, em um acidente de carro. Além de filósofo, o escritor também era artista plástico, músico, compositor e professor universitário. (UnB)

“Extensão Rural, Extensão Pesqueira: Experiências Cruzadas”, Maria do Rosário Leitão (Org.) – a obra reúne artigos resultados de pesquisas e atividades de extensão na comunidade A Ver-o-Mar, do município de Sirinhaém (PE). A partir de temas como gênero, desenvolvimento local, metodologia, meio ambiente, capital social, turismo, saúde e comunicação, o livro é dividido em três partes: a primeira sobre desenvolvimento local; a segunda prioriza a reflexão e a prática metodológicas; e a terceira reúne diversos textos sobre identidade, moda, educação e liderança. (UFRPE)

‘Modos de Brincar, Lembrar e Dizer: discursividade e subjetivação’, Fátima Vasconcelos, Veriana Colaço e Nelson Barros (Orgs.) – a obra é composta por trabalhos sobre as pesquisas desenvolvidas no grupo de estudos nos últimos dois anos e está dividida em duas partes: a primeira intitulada ‘Modos de Brincar, Modos de Ser’; e a segunda, ‘Modos de Lembrar, Modos de Dizer’. (UFC)

‘Democracia e sociedade civil: um debate necessário’, Maria Lúcia Durigueto – na obra, resultado da tese de doutorado, Maria Lúcia proporciona uma melhor compreensão do atual terreno de luta, tanto o da sociedade civil quanto o da democracia, sinalizando para a superação necessária do capitalismo. O livro é apontado como de importante leitura para estudantes e profissionais envolvidos com o assunto. (UFJF)

“A política da capoeiragem: a história social da capoeira e do boi-bumbá no Pará republicano (1888-1906)”, Luiz Augusto Pinheiro Leal – o autor retrata a história da capoeiragem durante a república no Brasil. A obra faz um relato sobre capoeira no Brasil no início do século XX . Tem como foco a região do Pará, onde a capoeira tem peculiaridades diferentes da região da Bahia e do Rio de Janeiro. O livro é dividido em três capítulos e mostra a relação da capoeira com o Boi-bumbá e a capanagem. Revela, também, a participação da capoeiragem na implantação da República no Brasil e as campanhas repressivas à capoeira e à “vagabundagem” na cidade de Belém. (UFBA)

“O retrato na rua – memórias e modernidade na cidade planejada”, Myriam Ávila – memórias de belo-horizontinos e relatos de viajantes estrangeiros no Brasil são o ponto de partida para incursões nos temas da modernidade, alteridade e cultura, tratados de forma criativa, trazendo à cena nomes pouco freqüentados ou desconhecidos em diálogo com escritores brasileiros e estrangeiros, cuja literatura faz hoje parte do imaginário do cotidiano que nos circunda. (UFMG)

“Literalmente falando: sentido literal e metáfora na metalinguagem”, Solange Coelho Vereza – aborda a metáfora que, de simples ornamento de linguagem – característico dos discursos poético e retórico –, vem sendo, nas últimas décadas, abordada a partir de seu papel ao mesmo tempo cognitivo e discursivo na produção de sentidos. Assim, de figura de linguagem, a metáfora adquire um estatuto teórico de figura de pensamento, articulando-se à cultura e à ideologia para (re)criar realidades. (UFF)

“Poesia & Vida: Anos 70”, Alexandre Faria (Org.) – a obra é resultado do Colóquio ‘Relendo a poesia dos anos 70 aos dias atuais’, realizado no antigo Instituto de Ciências Humanas e de Letras (ICHL), em 2005. O livro revive a resistência à repressão no tempo da Ditadura Militar, ao alternar textos acadêmicos com poesias e depoimentos de poetas importantes como Ferreira Gullar e Affonso Romano de Sant´Anna. Além disso, revela em primeira mão anotações pessoais do saudoso Cacaso, ao citar trecho inédito de seu diário. (UFSCar)

Cerca de 14 milhões de brasileiros com até 17 anos não têm acesso à educação

Brasília – Divulgada hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), com dados coletados em 2006, mostra que cerca de 14 milhões de brasileiros com até 17 anos de idade estavam fora da escola ou creche em todo o país. Segundo a pesquisa, desse total, 82,4% correspondiam a crianças com até 6 anos; 4,6% estavam na faixa etária de 7 a 14 anos, e 13%, de 15 a 17 anos.

A pesquisa também revela que o número de crianças com até 3 anos de idade que freqüentavam creche cresceu entre 2004 e 2006. O percentual era de 13,4% no levantamento anterior e agora subiu para 15,5%.

“O Sudeste foi a região que apresentou o maior percentual de crianças freqüentando creche (19,2%). No outro extremo, a Região Norte registrou o menor percentual para este indicador (8,0%)”, comparou o IBGE.

A freqüência escolar de crianças matriculadas no ensino fundamental também melhorou no comparativo entre os dois levantamentos. A evasão continuou, conforme o IBGE, “relativamente baixa” – foi de 5,1%, em 2004, e de 4,6%, em 2006.

Pesquisa aponta que mais de 97% das pessoas de 7 a 14 anos frequentam a escola

A taxa de escolarização de crianças e adolescentes de 7 a 14 anos é superior a 95% em todas as regiões do país e a média nacional é de 97,6%.“No Brasil, em 2006, apenas 2,4% das pessoas nesta faixa etária não estavam na escola, e em termos regionais, as diferenças não são tão marcantes”, destaca a pesquisa.

No levantamento por estado, o Acre registrou a menor taxa referente às crianças do ensino fundamental (94%). Os melhores índices foram alcançados por Santa Catarina (99,0%), São Paulo (98,8%) e Distrito Federal (98,7%).

Todos os indicadores de freqüência subiram em relação à pesquisa realizada em 2004. Mas, em relação ao ensino médio, a evasão ainda é alta, por exemplo, na região Norte (20,9%).

O crescimento mais significativo da taxa de escolarização foi registrado entre as crianças de 4 a 6 anos, em idade de cursar o nível pré-escolar. A melhora nesse quesito foi de 5,5 pontos percentuais.

A pesquisa também aponta que, entre os estudantes com até 17 anos de idade, a escolarização feminina supera a masculina.

Quase metade das crianças e jovens com até 17 anos executa tarefas domésticas

Mais de 22 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade – 49,4% do total dessa faixa etária – exerciam afazeres domésticos em 2006. A atividade em casa, que pode superar 21 horas semanais, atinge de forma mais direta as meninas e a faixa etária de 10 a 13 anos.

“O exercício de afazeres domésticos por crianças e adolescentes, em função das tradições que cercam a formação da família brasileira, é destinado com maior freqüência e intensidade às meninas, tendo em vista, entre outros motivos, a perspectiva de que futuramente assumirão a responsabilidade da sua realização e/ou do seu gerenciamento”, ressalta a pesquisa.

O percentual de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos do sexo feminino que desempenham atividade doméstica foi de 62,6%, contra 36,5% do sexo masculino.

A pesquisa também revela que entre as crianças de 10 a 13 anos está o maior percentual de ocupação com os afazeres em casa (60%). Para as crianças na faixa de 5 a 9 anos, o índice foi de 24,7%.

Pelas regiões do Brasil, o percentual das crianças que gastam mais de 21 horas por semana com atividades domésticas é detalhado da seguinte forma pelo IBGE: “Cabe o destaque para a Região Nordeste onde essa proporção era a mais alta, aproximadamente 14,7%. A Região Sul foi a que apresentou a menor proporção nesta faixa de tempo de dedicação (9,1%)”.

Apesar do número de crianças que executam tarefas domésticas, a pesquisa não aponta relação direta entre o quadro e a falta de escolaridade. É maior a porcentagem de crianças que freqüentam a escola entre as que exercem alguma atividade doméstica.

Combate ao trabalho infantil no Brasil ainda precisa ser intensificado, avalia OIT

A trajetória decrescente do percentual geral de trabalho infantil no Brasil demonstrada na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios não é suficiente para dispensar maior empenho governamental no combate à prática. A avaliação foi feita pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em nota assinada pela diretora do escritório brasileiro da entidade, Laís Abramo.

Apesar de reafirmar a crença de que as piores formas de trabalho infantil possam ser eliminadas do país até 2015, Laís Abramo condicionou o cumprimento da meta a um reforço de ações.

“A OIT-Brasil enfatiza a importância de que a sociedade em geral e, em especial, os governos federal, estaduais, distrital e municipais e as organizações de empregadores e de trabalhadores mobilizem esforços em prol da educação e adotem medidas imediatas e em caráter de urgência, para resgatar e proteger as meninas, meninos e adolescentes de toda forma de exploração”, avaliou.

Na nota, a diretora lembra a ocorrência recente de casos de mortes e violências extremas praticadas contra crianças e adolescentes e destaca como aspecto negativo revelado pela Pnad a estagnação, desde 2004, na redução do trabalho infantil para crianças entre 5 e 13 anos de idade. Em 2006, 4,5% dos brasileiros nessa faixa etária estavam no mercado de trabalho.

“A persistência deste núcleo duro demonstra a necessidade de intensificar os esforços para combater o trabalho infantil no Brasil, que se concentra hoje principalmente no trabalho familiar não remunerado e nas atividades informais urbanas, em especial nas cidades do Norte e do Nordeste do país.”

Laís Abramo ainda ainda critica o impacto do trabalho infantil na freqüência escolar. A pesquisa do IBGE indica que 20,4% das crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos deixaram de ir à escola por motivos relacionados ao trabalho. A OIT definiu a educação como tema deste ano do Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, que será celebrado em 12 de junho.

Benefício do café testado em ratos

VARGINHA – Cheiroso, quentinho, saboroso. Um cafezinho para começar bem o dia, reanimar no meio da tarde. Uma forma gentil de receber uma visita. A bebida ajuda ainda a regar o papo com aquele amigo que se encontra por acaso na rua. Além de proporcionar prazer, o café vem sendo cada vez mais fonte de pesquisas.

Bebida consumida há séculos, por nove em cada dez brasileiros, vive um momento de crescimento da aceitação pelos consumidores de todo país, numa fase pós lua-de-mel com os achocolatados e refrigerantes. O café se reestabelece. Agora, quem diria, como bebida adequada, politicamente correta para uma geração mais preocupada com saúde, bem estar, e vem passando no teste por quem pesquisa suas mais intrigantes
propriedades.

Café para combater radicais livres? Prevenir doenças do fígado? Retardar o envelhecimento? Combater até mesmo o câncer? Pois é o que atesta uma pesquisa desenvolvida durante um ano e meio pela nutricionista Sheila Andrade Abrahão, 23 anos, que tratou de comprovar os benefícios da bebida em uma tese, durante o curso de mestrado na Universidade Federal de Lavras (Ufla), e acabou ela mesma surpreendida com os fantásticos resultados. Sheila conta que escolheu conduzir seu trabalho com base no produto influenciada pelo pai, que também trabalha em outras áreas de pesquisa voltadas para o cafeeiro, a planta. ‘Como sou nutricionista fui estudar o teor do produto’, conta. Ela informa que o seu trabalho se propôs a avaliar o potencial antioxidante e protetor de dois padrões da bebida café: rio considerado de qualidade inferior) e mole (café de excelente qualidade).

‘Nós utilizamos modelos in vitro (laboratório) e in vivo (animais)’, diz. Em todo o processo de pesquisa, utilizou-se a bebida preparada no momento do uso, ou seja, café coado em filtro de papel, preparado sem açúcar, tal qual o consumido pelo ser humano.

‘Investigamos o teor de compostos fenólicos, ácido clorogênico, cafeína, trigonelina e extrato aquoso das bebidas. A avaliação in vitro do potencial antioxidante foi investigada pelos métodos de captação de radical (DPPH) e pelo poder redutor. Já com o intuito de avaliar o papel hepatoprotetor do café contra o estresse oxidativo invivo, animais receberam doses diárias de café coado, na mesma forma como nós o ingerimos’, conta a pesquisadora.

De acordo com ela, como nos testes realizados in vitro, para análise da atividade antioxidante, os cafés não apresentaram diferenças significativas, foram então selecionadas amostras de café classificados como mole (excelente qualidade) para os testes com animais, por esta variedade apresentar melhor qualidade sensorial.

Os ratinhos foram distribuídos em três grupos de oito animais. O grupo um recebeu apenas água. O dois água e tetracloreto de carbono (substância que causa a doença no fígado, semelhante à cirrose), e o grupo três recebeu tetracloreto de carbono e café (de boa qualidade).

Esta fase de teste em animais teve duração de 30 dias. De acordo com a pesquisadora, a dose ingerida pelos ratinhos do terceiro grupo corresponde ao consumo humano diário de cinco xícaras (50 mls) de café.

Após o tratamento, a revelação: os ratos que consumiram água, permaneceram como estavam. Os que ingeriram a substância causadora da doença apresentaram um quadro agudo de cirrose com a afetação do fígado e os que consumiram a substância causadora da doença, mais o café, mantinham o órgão em perfeitas condições de saúde, ou seja, o café protegeu o organismo deles da doença, mesmo estando expostos e
sujeitos a ela.

A ingestão diária de café, em quantidade moderada, mostrou ser capaz de proteger o organismo destes animais, ou seja o fígado. ‘Isto é o que a gente chama de efeito hetoprotetor comprovado pelas provas da função hepática, pois no grupo dois, os animais apresentaram grave dano hepático e isto não ocorreu no grupo três, onde os fígados
permaneceram saudáveis’
, diz.

No teste in vitro (laboratório), a bebida café, independente da qualidade sensorial, apresentou alto poder redutor dos chamados radicais livres. ‘Neste teste tivemos a confirmação da atividade sequestrante de radicais livres, indicando ser este produto um potente antioxidante, podendo atuar no combate do envelhecimento, doenças cardiovasculares e o próprio câncer’, informa.

Nos dois casos, conforme ressalta a pesquisadora, a notícia é considerada excelente para os consumidores de café de forma moderada, pois os dados obtidos permitem sugerir que a bebida apresenta potencial de atividade
antioxidante e considerável efeito hepaprotetor.

Ufla participa do II Encontro Técnico do Reuni, em Brasília

Nesta terça-feira (01/04), o vice-reitor da Ufla, Elias Tadeu Fialho e o pró-reitor de pós-graduação Joel Augusto Muniz participam do II Encontro Técnico do Reuni, no auditório do Ministério da Educação, em Brasília. O evento pretende debater a articulação da graduação com a pós-graduação no âmbito dos projetos aprovados no Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais e sua operacionalização.

A solenidade de abertura do II Encontro Técnico do Reuni contará com a presença do ministro da Educação, Fernando Haddad, do secretário executivo do MEC, José Henrique Paim, da secretária substituta de Educação Superior, Maria Ieda da Costa Diniz e do presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, Jorge Almeida Guimarães.

Durante o evento, serão apresentados: o módulo detalhamento de bolsas de pós-graduação no Sistema Integrado de Planejamento, Orçamento e Finanças do Ministério da Educação (Simec); a estratégia para operacionalização dessas bolsas inseridas no Reuni; e o Sistema Capes de cadastramento de bolsas de pós-graduação.

Moda outono-inverno já pressiona inflação

A taxa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (Ufla) ficou em 0,75%, no mês de março, contra 0,1% no mês anterior. Com esse comportamento dos preços, a inflação medida pela Ufla, em 2008, está acumulada em 1,98%.

Em março, a alta do IPC da Ufla ficou localizada, basicamente, no setor de vestuário, que aumentou 3,72%, devido à entrada no mercado da moda outono-inverno. Também pressionaram a inflação do mês os gastos com moradia (alta de 2,42%), principalmente os itens aluguel e serviços domésticos, influenciados pelo início do período escolar e pelo aumento do salário mínimo.

Os outros grupos levantados pela pesquisa e que tiveram aumentos de preços foram: bebidas (2,47%) e material de limpeza (0,75%).

A taxa de inflação de março só não foi maior devido à queda nos preços dos alimentos, que ficaram mais baratos para o consumidor 0,35% e dos bens de consumo duráveis (eletrodomésticos, móveis e informática), cujos preços médios caíram 1,43%. A queda dos preços dos alimentos localizou-se nos produtos semi-elaborados, que ficaram 2,66% mais baratos para o consumidor, principalmente o feijão (-3,74%), o arroz (-2,7%), a carne bovina (-4,66%) e a carne de frango (-3,23%). Os alimentos in natura subiram 4,1% e os industrializados tiveram alta de 0,63%.

Outras quedas de preços verificadas no mês foram nas categorias higiene pessoal (-0,12%), educação e saúde (-0,02%) e despesas com transporte (-0,04%). A pesquisa da Ufla não identificou variações na média dos preços dos itens que compõem os grupos serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) e gastos com lazer.

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas, de R$324,93, está 2,07% maior em março. Em fevereiro, custava R$318,31. O aumento do preço da cesta básica foi influenciado, exclusivamente, pelos preços dos alimentos in natura, como o do tomate (alta de 32,41%), dos ovos (aumento de 7,82%) e da banana (5,77%).

Estudantes da Ufla escolhem representantes para os Conselhos Superiores

Os estudantes da Universidade Federal de Lavras (Ufla), realizam eleições para sua representação nos Conselho Universitário, de Ensino Pesquisa e Extensão e de Curadores.

As eleições acontecem, hoje, dia 27 de março de 2008 (quinta-feira) na Cantina da Ufla, das 8h às 21 horas.

São oferecidas duas vagas para representantes dos cursos de graduação para o Conselho Universitário, três vagas para representantes do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão, e uma vaga para representante do Conselho de Curadores. Todos os cargos terão mandato de um ano.

A apuração será realizada ainda hoje, iniciando logo após o encerramento da votação, e será lavrada em ata contendo quadro sucinto dos resultados obtidos.

Bacia do Rio Grande é orientada para a regularização ambiental

Uma das principais bacias do Estado, a do Rio Grande, recebe, nas regiões do Alto Rio Grande e dos Rios Mortes e Jacarés, reuniões de divulgação da Campanha de Regularização do Uso dos Recursos Hídricos em Minas Gerais, “Água: faça o uso legal”. O objetivo é levar informações e orientações sobre a regularização do uso dos recursos hídricos, além de dar oportunidade ao usuário para que se regularize. As divulgações serão entre os dias 31 de março e quatro de abril.

A Bacia Hidrográfica do Alto Rio Grande e a dos Rios Mortes e Jacarés ficam localizadas na região do Campo das Vertentes, com abrangência de 51 municípios e cerca de 600 Mil habitantes. As bacias contam com o Comitê da Bacia dos Afluentes Mineiros do Alto Rio Grande, que já está em funcionamento e uma comissão pró-comitê da Bacia dos Rios Mortes e Jacarés.

As reuniões são organizadas em parceria com o comitê, comissão e as prefeituras e visam reunir o máximo possível de usuários de água. “A água é um bem público e deve ser usada com responsabilidade. Cabe ao Estado zelar por sua qualidade e por sua quantidade e aos usuários utilizá-la de forma correta”, esclarece a diretora de Monitoramento e Fiscalização do Igam, Marília Melo.

Água: Faça o uso legal!

A Campanha de Regularização do Uso dos Recursos Hídricos em Minas Gerais, “Água: faça o uso legal” foi lançada pelo Igam em 2007. A iniciativa, pioneira no Brasil, tem como objetivo conhecer os usos e usuários de água em Minas por meio da regularização do uso dos recursos hídricos.

Foi instituída a realização do registro de uso da água, que é gratuito e será recebido pelo Igam de setembro de 2007 a julho de 2008. Este instrumento concede ao usuário uma regularidade temporária, quanto à intervenção em água. Para se registrar deve-se preencher um formulário, que é bastante simplificado. Além de regularizar o uso até a convocação para emissão de outorga ou certificado de uso insignificante, o registro servirá para o Igam conhecer o universo de usuários de água em Minas, quais os usos e as demandas. A partir desses dados o Estado poderá propor políticas de gestão de recursos hídricos mais eficazes.

Os formulários para o registro estão disponíveis nas Superintendências Regionais de Meio Ambiente (Suprams), escritórios do Instituto Estadual de Florestas (IEF), nas entidades parceiras e no site www.igam.mg.gov.br. O Igam irá disponibilizar também postos temporários de atendimento em diversos municípios de Minas.

Plantões de atendimento para o registro

Para facilitar ainda mais o acesso dos usuários a regularização o Igam iniciou em novembro de 2007 um sistema de plantões de atendimento para realização do registro. Desta forma, coloca sua equipe à disposição para em conjunto com prefeituras, sindicatos rurais, cooperativas realizar o plantão.

As requisições para plantão devem ser feitas à Diretoria de Monitoramento e Fiscalização Ambiental (DMFA) por meio do e-mail dmfa@igam.mg.gov.br. Fica a cargo da instituição requerente a mobilização dos seus associados.

Mais Informações pelo site www.igam.mg.gov.br, e-mail: usodaagua@igam.mg.gov.br ou telefone (31) 3219-5760.

Reuniões

Data: 31/03/2008
Horário: 16h
Local: UBS – Rua Justino José Santana, 20 – Centro – Liberdade – MG.

Data: 01/04/2008
Horário: 18h
Local: Salão Paroquial, Rua Vereador Fernando Hermes – Centro – Madre de Deus de Minas – MG.

Data: 02/04/2008
Horário: 17h
Local: Escola Maria Ilinéia, Travessa Rabino Gabriel – Centro – Itutinga – MG.

Data: 03/04/2008
Horário: 09h
Local: 6ª Cia de Meio Ambiente e Transito – Rua João Teodoro, 825, Bairro Santa Efigênia – Lavras – MG.

Data: 04/04/2008
Horário: 18h
Local: Salão Multiuso do Albergue, Praça São Vicente – Centro – São Tiago – MG.

Contato: Renata Fernandes
(Assessoria de Comunicação – Sisema)
(31) 32195208/ 86172154

Mostra Tecnológica de Arroz e Feijão

O Centro Tecnológico do Sul de Minas (CTSM) da Epamig, a Gerencia da Fazenda Experimental de Lambari e a Coordenação do Núcleo de Transferência e Difusão de Tecnologia do CTSM, realizam hoje (27/03) a Mostra Tecnológica – Arroz e Feijão.

Na programação atividades como: palestras a pesquisa e a evolução do arroz; importância do arroz com feijão na alimentação; degustação de produtos à base de arroz e feijão, Exposição de trabalhos de pesquisa, e visita aos experimentos de arroz no campo.

O evento acontece na Fazenda Experimental da Epamig – Bairro Nova Baden – Lambari/MG, Acesso: BR 381 até Trevo de Três Corações – BR 267 Cambuquira/Lambari.