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Cotãções dos grãos sustentam renda agrícola em março

O Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla) divulgou os Índices de Preços Agrícolas do mês de março. Neste período, as cotações dos grãos tiveram alta, em média, de 14,29%, concentrada no preço do feijão, cujo valor pago ao produtor aumentou 15,48% e no preço do milho, com alta de 14,33%. Em média, os hortifrutigranjeiros também ficaram mais caros no campo, com aumento de 7,03%.

Em março, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agropecuários teve variação positiva de 2,88%, enquanto o Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agrícolas aumentou 2,53%. Estes índices estimam, respectivamente, a variação da renda agrícola e o comportamento dos custos de produção do setor.

Na análise por produto vendido pelo produtor rural, além das altas nos preços do feijão e do milho, a cebola aumentou 25,0%; a couve-flor, 25,0%; o repolho, 30,0%; o tomate, 25,0% e a arroba do suíno, alta de 8,33%. No segmento da pecuária leiteira, o preço recebido pelo leite tipo C aumentou 1,31% e não identificou variação no preço pago pelo leite tipo B. Já a cotação do café teve uma ligeira queda, em março, de 1,28%. Entre os produtos que tiveram as maiores quedas de preços no mês, destacam-se a banana(-11,35%), a alface (-14,1%), a batata (-15,78%), a cenoura (-11,67%), o pimentão e o quiabo (-35,96% para ambos).

Entre os insumos agrícolas que ficaram mais caros em março, destacam-se os fungicidas (5,32%), os formicidas (8,98%), os carrapaticidas (5,37%) e os animais de rebanho (vacas leiteiras), cuja alta foi de 17,32%.

Professores da Ufla opinam sobre legislação federal de banho-e-tosa em animais de companhia

Um dos maiores problemas que o setor de pets (animais de companhia) vem enfrentando é o crescimento acelerado dos serviços auxiliares de beleza e estética animal, vulgarmente denominados “banho-e-tosas”. Nesses estabelecimentos, em sua esmagadora maioria, está lotado pessoal sem qualificação médico-veterinária, provocando acidentes diversos que vão desde lesões de pele, injúrias oculares, alterações comportamentais e traumatismos (como fraturas), até mesmo o óbito dos animais.

O crescimento nesse setor é um dos maiores já verificados nos últimos anos no Brasil, e sem uma legislação eficaz, o que acaba propiciando a abertura e o funcionamento desordenado, com saturação do mercado e conseqüências graves à saúde animal.

Desde 2001, o Departamento de Medicina Veterinária (DMV), da Universidade Federal de Lavras (Ufla) vem atuando ativamente nesse segmento, principalmente visando estabelecer uma padronização para a atuação desses estabelecimentos. Como pioneiro no Brasil em estudos relacionados à área, o DMV/Ufla serviu como elemento norteador para o início das conversações sobre o tema.

Em 2007, sob consulta do Conselho Regional de Medicina Veterinária do estado de Goiás (CRMV-GO), o professor Carlos Artur Lopes Leite, docente do DMV, auxiliou a Comissão Nacional do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) a elaborar o que hoje se conhece como Resolução 878, promulgada em 15/02/2008. Essa lei obriga a todos os estabelecimentos de Banho-e-tosa a registrarem suas atividades com responsáveis médicos veterinários, o que anteriormente não era necessário. Dessa forma, buscou-se valorizar a classe veterinária, ao mesmo tempo em que se impôs maior controle sobre a atividade desses prestadores de serviços. As multas para quem não cumprir as regulamentações dessa diretriz são pesadas, desestimulando a contravenção por parte dos “banho-e-tosas”.

Os trabalhos ainda continuam no sentido de melhorar a qualidade de serviços desses estabelecimentos, fornecendo segurança para todos que usufruem desta atividade. Os próximos passos serão dados buscando treinar o pessoal técnico por meio de cursos de curta duração, palestras e material impresso. Mais uma vez o DMV/Ufla é quem liderará essa iniciativa em todo o país, tornando-se uma referência nacional para o mercado pet.

Nova ação do CNPq vai investir R$ 36 milhões em jovens doutores

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) abre inscrições para o novo programa de apoio a centros liderados por jovens pesquisadores. O edital, que terá recursos da ordem de R$ 36 milhões, foi lançado nesta sexta-feira (14/03) e visa financiar atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação de pesquisadores que estão iniciando a carreira científica de todas as áreas do conhecimento.

O novo programa faz parte das ações que o CNPq planeja desenvolver neste ano em consonância com o Plano de Aceleração do Crescimento da Ciência, Tecnologia e Inovação (PAC de C,T&I 2007-2010). “O comprometimento do CNPq com o PAC terá também o relevante papel de investir na formação de recursos humanos, na expansão de bolsas, na ênfase nas ciências experimentais e áreas tecnológicas, em reforçar os sistemas de C&T regionais e incentivar o desenvolvimento científico e tecnológico”, ressalta o presidente do CNPq, Marco Antonio Zago.

Com o objetivo principal de dar continuidade ao processo de expansão e consolidação de competências nacionais e ao avanço do conhecimento científico e tecnológico, o edital irá apoiar projetos de pesquisadores doutores formados a partir do ano 2000. As propostas devem visar o desenvolvimento de pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação, ou a instalação de infra-estrutura para o desenvolvimento destas pesquisas. “Além de apoiar projetos de pesquisa fundamental e tecnológica, experimental ou teórica, este edital permitirá fomentar também a inovação, mediante o apoio a projetos de desenvolvimento de novos produtos e processos”, disse Zago.

30% para NO, NE e CO

Dos recursos globais disponíveis para o edital, R$ 30 milhões são oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Para reforçar os sistemas de C&T regionais, será destinada uma parcela mínima de 30% do recursos totais para apoiar projetos coordenados por pesquisadores vinculados a instituições sediadas nas regiões Norte, Nordeste ou Centro-Oeste.

Os pesquisadores interessados em apresentar seus projetos deverão enquadrá-los em uma das duas categorias disponíveis no edital. A Faixa A receberá projetos em áreas de ciências experimentais, com valor máximo de R$ 500 mil, e a Faixa B receberá propostas que atenderão prioritariamente às áreas não-experimentais, como matemática, física teórica, humanidades e ciências sociais aplicadas, entre outras, no valor máximo de R$ 120 mil.

As propostas podem ser encaminhadas para o CNPq por intermédio do Formulário de Propostas Online, disponível no endereço http://efomento.cnpq.br/efomento, a partir do dia 20 de março. Os projetos serão aceitos até as 18 horas do dia 16 de maio, no horário de Brasília. Os resultados estão previstos para a segunda quinzena de julho e as contratações deverão iniciar no mês de agosto.

Confira o Edital na íntegra: www.cnpq.br/editais/ct/2008/006.htm

Universidades alemãs ao seu alcance

Quem pensa em estudar ou pesquisar na Alemanha vai ter, de 29 de março a 4 de abril, em São Paulo e no sul do Brasil, uma grande oportunidade para se informar diretamente com instituições alemãs de ensino superior (IES), de pesquisa e outras.

A ocasião será igualmente excelente para pesquisadores e coordenadores de cursos das IES brasileiras interessados em cooperações com instituições alemãs.

Neste período, uma delegação de representantes de IES e outras instituições alemãs, organizada pelo DAAD Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico, irá visitar São Paulo, Caxias do Sul, Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis.
Em cada cidade, haverá uma feira com estandes informativos e palestras, tendo uma instituição local como anfitriã. Serão elas: Goethe-Institut São Paulo, Universidade de Caxias do Sul (UCS) e as universidades federais do Rio Grande do Sul (UFRGS), do Paraná (UFPR) e de Santa Catarina (UFSC).

O DAAD é a maior organização de intercâmbio acadêmico e científico do mundo, com mais de 55 mil estudantes, docentes e pesquisadores, alemães e estrangeiros, fomentados anualmente.

Expositores
•TU 9 (associação de nove universidades técnicas: Munique*, Dresden, Aachen*, Berlin, Braunschweig, Darmstadt, Hannover, Karlsruhe* e Stuttgart),
* TU Munique, RWTH Aachen e TH Karlsruhe possuem o status de “Universidades de Excelência”, obtido através do concurso promovido pela Iniciativa pela Excelência, que selecionou em 2006 e 2007 as melhores concepções para desenvolver pesquisa universitária, oferecendo generoso reforço orçamentário durante dez anos.

•Centro de Pesquisa de Jülich** (exceto em Caxias do Sul),
** Esteve no noticiário mundial no fim de 2007 devido ao Prêmio Nobel de Física a seu cientista Peter Grünberg. Em fevereiro de 2008, o FZ Jülich passou a ter operação o mais rápido computador civil do mundo.

•Universidade de Colônia (a maior da Alemanha),
•Universidade de Kaiserslautern,
•Universidade de Leipzig,
•Universidade de Stuttgart,
•Universidade de Ciências Aplicadas (Hochschule) de Furtwangen,
•Baden-Württemberg International (bw-i, agência que representa no exterior as universidades do estado alemão de Baden-Württemberg),
•FaDaF (associação de alemão como língua estrangeira),
•DAAD Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico,
•Goethe-Institut (exceto em Florianópolis)
•Consulado Geral da Alemanha (somente São Paulo e Curitiba),
•CampusFrance (convidada especial),
•bem como as universidades anfitriãs em suas cidades.

Em São Paulo, o evento também contará com estandes da Deutsche Welle, Senator Turismo, Associação Paulista de Professores de Alemão (APPA) e livraria Buchladen.

Concurso Garota Expocafé 2008

A Expocafé em parceria com a TV Alterosa – Varginha abre inscrições para o Concurso Garota Expocafé 2008.

Segundo o Regulamento poderão se inscrever garotas entre 18 e 27 anos, independente do seu estado civil, enviando a ficha de inscrição devidamente preenchida, que está à disposição no site www.expocafe.com.br, com duas fotos (uma de corpo inteiro e outra de rosto). A inscrição também poderá ser realizada através do endereço eletrônico garotaexpocafe@yahoo.com.br, mas só serão aceitas as inscrições cujas fotos estiverem anexadas.

O período de inscrição via internet será de 1º de abril a 25 de maio de 2008 e via correio será de 1º de abril a 20 de maio de 2008. As inscrições enviadas via correio, só terão validade se tiverem o carimbo dos Correios com data até 20 de maio de 2008.

O concurso acontecerá no dia 19 de junho de 2008, durante o Expocafé 2008, na Fazenda da Epamig, na cidade de Três Pontas, MG.

Para cada garota participante, os jurados darão uma nota, em uma escala de 0 a 10, nos quesitos simpatia, beleza, desenvoltura e carisma. As duas garotas que obtiverem as maiores pontuações, imediatamente subseqüentes à primeira colocada, também serão premiadas.

O concurso será divulgado durante a programação semanal da TV Alterosa, outdoor e panfletos. Durante o período de inscrição, serão selecionadas duas garotas por semana e, aos domingos, no programa Café com TV, os nomes e as fotos das selecionadas serão divulgadas.

A 11ª Expocafé acontece nos dias 18 a 20 de junho de 2008, na fazenda da Epamig, em Três Pontas/MG

Mais informações: garotaexpocafe@yahoo.com.br – www.expocafe.com.br

Inscrições abertas para bolsas da Fundação Ford

Programa concede 40 bolsas de pós-graduação no Brasil ou exterior

Estão abertas as inscrições para a Seleção Brasil 2008 do Programa Internacional de Bolsas de Pós-Graduação da Fundação Ford (International Fellowships Programa – IFP). A iniciativa oferece 40 bolsas de mestrado (por até 24 meses) e de doutorado (por até 36 meses) para o aperfeiçoamento acadêmico de líderes em questões relacionadas à justiça e igualdade social. As oportunidades são para cursos no Brasil e no exterior. Os interessados podem se inscrever até o próximo dia 26 de maio de 2008.

A iniciativa é destinada a profissionais com potenciais de liderança em seus campos de atuação que pretendam prosseguir seus estudos superiores para promover o desenvolvimento de seus países. Para participar, é preciso ter o diploma da graduação com comprovado desempenho acadêmico, experiência em trabalhos comunitários ou voluntários e, ainda, ter residência permanente no Brasil.

O Programa é implementado em diversos países da África, América Latina, Ásia, Oriente Médio e na Rússia – locais onde a Fundação Ford atua. No Brasil, a iniciativa, além de estar atenta à igualdade de gênero, destina-se prioritariamente a pessoas negras ou indígenas, originárias das regiões Norte, Nordeste ou Centro-Oeste do Brasil ou provenientes de famílias de baixa renda e pouca escolaridade.

É vedada a participação de ex-bolsistas do IFP, das pessoas já matriculadas, inscritas ou que cursem o mestrado, dos profissionais que já disponham de doutorado ou que tenham iniciado o curso antes do 2º semestre letivo de 2007.

A bolsa exige dedicação exclusiva aos estudos, dessa forma incompatível com atividade remunerada, Com exceção para atividades acadêmicas relacionadas ao projeto de dissertação ou tese em situações específicas e mediante aprovação prévia.

Além da bolsa de estudos, são oferecidos diversos apoios aos selecionados. Para aqueles que ainda não estão matriculados na pós-graduação, a iniciativa pode oferecer assistência para a inscrição no processo de seleção. E mais, quando necessário, o programa apóia a participação dos bolsistas em cursos de curta duração, como de idiomas, informática e de aperfeiçoamento para elaboração de projetos. Há auxílios também para a constituição de rede de bolsistas internacionais e de ex-bolsistas.

Processo Seletivo

Os candidatos interessados em participar do IFP 2008 devem acessar o site oficial do programa e fazer o download do Caderno de Instruções da Candidatura 2008, para conhecer todas as regras do processo seletivo. Em seguida, o candidato deve fazer o download do Formulário para Candidatura 2008, preenchê-lo e enviá-lo, em duas cópias, exclusivamente por correio à sede da Fundação Carlos Chagas, no seguinte endereço:

Fundação Carlos Chagas
Programa bolsa
Av. Prof. Francisco Morato, 1565
Jd. Guedala- São Paulo/SP
CEP : 05513-900

Junto com o Formulário de Candidatura devem ser anexados o pré-projeto de dissertação ou tese (com, no máximo, dez laudas), o currículo (no formato que consta no Caderno de Instruções para Candidatura) e o comprovante de atuação em programas, trabalhos ou atividades comunitárias, voluntárias ou militantes. Além disso, é exigido cópias do histórico escolar da graduação, da carteira de identidade, da certidão de nascimento e da declaração do imposto de renda e duas fotos coloridas, em formato de passaporte, datadas e identificadas com o nome do candidato no verso. É preciso enviar, ainda, cartas de recomendação de um professor e de um profissional.

Os candidatos à bolsa de doutorado devem incluir também uma cópia da dissertação de mestrado, duas cópias do diploma ou certificado de conclusão do mestrado, duas cópias do histórico escolar do mestrado, duas cópias da inscrição no doutorado – caso já esteja inscrito – e duas cópias do currículo do orientador – caso já tenha escolhido.

A Fundação Carlos Chagas é a instituição responsável pela coordenação, no Brasil, do Programa Internacional de Bolsas de Pós-Graduação da Fundação Ford. As candidaturas serão avaliadas por uma comissão de seleção brasileira, composta de especialistas dos diversos campos do conhecimento. A comissão nacional fará a indicação para o ingresso do candidato no Programa Internacional de Bolsas de Pós-Graduação. A decisão final será tomada pela Secretaria Técnica do Programa, com sede em Nova York, nos Estados Unidos.

Os bolsistas são selecionados com base em seu potencial acadêmico e de liderança e compromisso com a solução de problemas de sua comunidade, grupo social, região ou país. Os selecionados poderão cursar programas de mestrado ou doutorado em qualquer área do conhecimento, desde que relacionada aos interesses e objetivos da Fundação Ford, que visam fortalecer os valores democráticos, reduzir a pobreza e a injustiça, fomentar a cooperação internacional e, ainda, promover o desenvolvimento humano.

Áreas prioritárias

Os pré-projetos devem estar relacionados a um dos campos de atuação da Fundação Ford listados a seguir:

Formação de recursos e desenvolvimento comunitário
– Desenvolvimento comunitário
– Financiamento para o desenvolvimento e segurança econômica
– Qualificação da força de trabalho
– Meio ambiente e desenvolvimento

Conhecimento, criatividade e liberdade:
– Artes e cultura
– Educação e Ensino Superior
– Mídia
– Religião, sociedade e cultura
– Sexualidade e saúde reprodutiva

Paz e justiça social:
– Sociedade civil
– Governo
– Direitos humanos

O programa

No Brasil, são realizadas seleções anuais com início de inscrições todo o mês de março. As seis seleções brasileiras já realizadas concederam em torno de 250 bolsas. Mais informações sobre o programa podem ser obtidas no site www.programabolsa.org.br, pelo e-mail programabolsa@fcc.org.br ou com a Fundação Carlos Chagas pelo telefone 11-3722-4404.

Governo Federal disponibiliza proposta de remuneração dos docentes de nível superior

O Governo Federal disponibilizou a tabela com a proposta de remuneração dos docentes de nível superior. De acordo com o documento, o vencimento básico dos professores será mantido até fevereiro de 2009, reajustando-se os valores da Gratificação de Estímulo à Docência (GED). Após esta data, a Gratificação de Atividade Executiva (GAE) será incorporada ao vencimento básico.

No início deste ano, o Ministério da Educação informou que as propostas de tabelas apresentadas nos acordos assinados com as entidades sindicais seriam mantidas, tanto as de docentes, quanto as de técnicos-administrativos. Contudo, em função da não aprovação do orçamento de 2008, seria debatida com as entidades a possibilidade de revisão dos prazos e da discussão sobre a carreira dos docentes de 1º e 2º graus.

Ufla participa de evento em comemoração ao Dia Mundial da Água

A Universidade Federal de Lavras (Ufla), por meio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) participou de evento em comemoração ao Dia Mundial da Água – anualmente comemorado no dia 22 de março.

O evento foi realizado nos dias 17, 18 e 19 de março, com a seguinte programação: Visitação de uma nascente – área verde do bairro Ouro Verde, em frente a Rodoviária; Blitz educativa em frente a Laveli Veículos; e Exposição de trabalhos pelas entidades locais na Praça Dr. Augusto Silva.

A abertura oficial aconteceu dia 19 e contou com a presença do reitor da Ufla, Antônio Nazareno Guimarães Mendes, do secretário de Meio Ambiente, Jânio Bragança, Itamar Mazochi, representando a prefeita municipal Jussara Menicucci, o gerente distrital da Copasa, José Marcílio Dias Carvalho, e o presidente do Codema, Luiz Tadeu Damachi, representando a Fundação Pró Defesa Ambiental.

Representando a Ufla participaram alunos dos cursos de ciências biológicas e engenharia florestal e bolsistas do Núcleo de Pesquisa e Apoio à Agricultura Familiar Justino Obers – Núcleo PPJ – vinculado ao Departamento de Administração e Economia (DAE).

Prêmio Destaque do Ano na Iniciação Científica abre inscrições

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) lança a 6ª edição do Prêmio Destaque do Ano na Iniciação Científica , em parceria com o British Council, destinado a bolsistas de Iniciação Científica do CNPq e instituições participantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científicia (PIBIC). As inscrições acontecem diretamente nas instituições de ensino superior e podem ser feitas até o dia 15 de agosto de 2008.

O prêmio é atribuído em duas categorias: Bolsista de Iniciação Científica e Mérito Institucional. Na categoria do Bolsista de IC serão concedidas até nove premiações, sendo três para cada grande área de conhecimento: Ciências Exatas, da Terra e Engenharias; Ciências da Vida; e Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes.

Os vencedores receberão uma quantia, em dinheiro, equivalente a 12 meses de bolsas de IC; uma bolsa de mestrado para estudantes que estejam em final de curso e passagem e hospedagem para permitir a sua participação na reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) de 2009.

Visita a centros de excelência no exterior

Há dois anos o prêmio possui a novidade de conceder uma viagem ao Reino Unido, patrocinada pela British Council , para visitar centros de excelência. Esta premiação é concedida a uma das áreas da categoria de bolsistas de IC, em sistema de rodízio. Em 2008, o agraciado contemplado será da área de Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes.

Podem concorrer ao prêmio bolsistas de iniciação científica do CNPq, com pelo menos 12 meses de bolsa. Na categoria Mérito Institucional, poderão concorrer instituições que participam do PIBIC e que têm bolsistas concorrendo ao prêmio.

As inscrições podem ser feitas, individualmente pelo bolsista, nas pró-reitorias de Pesquisa e Pós-Graduação ou órgão similar e nas coordenações do PIBIC na instituição. A documentação necessária e a ficha de inscrição estão disponíveis no endereço http://destaqueic.cnpq.br

As instituições deverão encaminhar ao CNPq, também pelo endereço eletrônico, até 29 de agosto, os três melhores relatórios dos bolsistas de IC, um de cada grande área do conhecimento. O resultado será divulgado até 30 de setembro. A cerimônia de entrega do Prêmio será realizada durante as comemorações da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em outubro deste ano, em Brasília.

Para Andifes, expansão das federais não afeta qualidade

Reuni pretende aumentar de 149.042 para 227.260 as vagas nas federais

Para repercutir o impacto das mudanças promovidas pelo Reuni, o Universia ouviu ex-ministros, reitores e dirigentes do Ensino Superior brasileiro

O aumento no número de alunos matriculados nas universidades federais não significará queda na qualidade do ensino. Não apenas o governo pensa assim como também as próprias universidades. O crescimento na relação professor/aluno é uma das metas previstas no Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais). Essa relação está atualmente na faixa de 12 alunos por professor e a proposta é chegar até 2012 a 18 alunos por professor. Segundo Arquimedes Ciloni, presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), o aumento dessa relação, proposto no Reuni, é compatível com a capacidade das instituições federais. Na última quinta-feira, 13 de março, os reitores de 53 universidades federais estiveram em Brasília para a assinatura do Acordo de Metas do Reuni. Clique aqui e veja as principais diretrizes e metas do Reuni.

‘Além da verba para contratar mais professores e técnicos administrativos que dêem sustentabilidade ao projeto, acredito que o número de alunos por professores é razoável para a realidade das universidades federais. Ainda que haja um aumento expressivo, os professores vão dar conta e os acordos serão integralmente cumpridos’, disse Ciloni. O Reuni é um braço do PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação) do governo federal, que, com ele, pretende, entre outras coisas, reduzir a taxa de evasão nas federais, aumentar número de vagas nessas instituições e promover modificações nas estruturas acadêmicas. No Acordo de Metas assinado em Brasília, a questão da evasão e da relação professor/aluno são dois duas das principais condições a serem cumpridas para que as universidades tenham acesso ao dinheiro investido.

O Reuni foi desenvolvido para trabalhar a partir de três pilares: melhorar o acesso às federais, garantir a formação ao combater a evasão universitária e aumentar a qualidade dos cursos. Para isso, o governo federal quer melhorar o aproveitamento das estruturas físicas e de recursos humanos existentes nas suas universidades. Esses propósitos se traduzem em números. A meta é aumentar a quantidade de cursos de graduação presencial, que hoje são 2.570, para 3.601 até 2012. Dessa forma, o governo espera fazer crescer as vagas disponíveis no sistema federal. Hoje são 149.042 vagas e a meta é elevá-las para 227.260, em 2012. Outra ponta de atuação do governo federal diz respeito aos cursos noturnos. Há uma atenção especial com relação aos cursos noturnos porque muitos estudantes em potencial deixam de fazer cursos de graduação porque precisam trabalhar durante o dia e só teriam oportunidade de estudar à noite. Por isso, o Reuni pretende aumentar a oferta de cursos noturnos dos atuais 725 e chegar até 2012 a 1.299 cursos noturnos. Além disso, quer fazer crescer as vagas nesses cursos e elevar as atuais 38.711 vagas existentes hoje para 79.215 em 2012.

Para dar conta dessa nova demanda o governo vai investir R$ 2 bilhões para o período que vai de 2007 a 2012. Uma parte dessa verba, R$ 250 milhões, já foi liberada em dezembro. No que diz respeito à questão da evasão, o Reuni pretende baixar o índice atual de 40% de evasão universitária para 10% até 2012. O Reuni também abrange a questão dos cursos de licenciatura, aqueles dedicados à formação de professores. A estratégia do governo é usar o Reuni e toda a expansão que ele propõe em benefício do Ensino Básico. Segundo dados do MEC, existe um déficit de 246 mil professores na educação básica. Dessa forma o MEC pretende elevar os 931 cursos de licenciatura oferecidos pelas universidades federais para 1.198 até 2012. Mais cursos e mais vagas também, a meta do governo é subir de 49.551 as vagas hoje disponíveis para 71.191.

Para atender as novas demandas, a contratação de professores de Ensino Superior também passa a ser uma meta quando se fala em tantos aumentos nos cursos e nas vagas disponíveis nas federais. Por isso mesmo, o Reuni estabelece a contratação pelas federais de 13.276 de professores. De acordo com Ciloni, o valor do investimento é suficiente para promover as mudanças necessárias ao alcance das metas propostas no Reuni. ‘Os R$ 2 bilhões a mais foi um verba proposta pelas próprias universidades, não foi o governo que a estabeleceu. Nós fizemos as contas e estabelecemos os critérios. Creio que, com certeza, com a economia estabilizada e a inflação baixa, o cenário é amplamente favorável. Claro que é preciso um acompanhamento para algum reajuste. Mas nós fizemos os cálculos dentro daquilo que consideramos necessário para o governo atender’, declarou o dirigente.

O Secretário de Educação Superior do MEC (Ministério da Educação), Ronaldo Mota, garantiu que além do dinheiro investido, haverá uma modificação no orçamento das federais para contemplar o custeio que os novos cursos e alunos implicarão para as federais. Esse valor, segundo Mota, pode ultrapassar os R$ 2 bilhões investidos, o que elevaria o orçamento das federais para algo acima dos R$ 12 bilhões até 2012.

Mota negou ainda que as metas para diminuição da evasão nas federais signifiquem a adoção de sistemas que facilitem a aprovação dos estudantes para que assim, eles permaneçam estimulados a manter o curso até o fim. O secretário diz que essa é uma ‘leitura equivocada’ da meta. Segundo ele, respeitada a autonomia das instituições, há ‘maneira simples’ de cumprir as metas de evasão, que o governo pretende que caiam a 10% até 2012. Hoje, esse índice de evasão gira, segundo projeções do MEC, na faixa dos 40%. ‘Você pode estimular a transferência de alunos para cursos onde há evasão. Especialmente para alunos de instituições particulares, que passariam por um processo eletivo junto ao colegiado do curso em questão. Essa é uma maneira simples e que não traz prejuízo para a qualidade’, afirma ele. Mota também citou o aumento no leque de disciplinas, com ênfase nos cursos noturnos, como fator contribuinte à diminuição na evasão.

O secretário explicou que a distribuição do investimento nas federais foi pensada de maneira a proporcionar às menores instituições maiores possibilidades de crescimento. Assim, as universidades classificadas como de pequeno porte, aquelas com menos de mil professores, têm a possibilidade de explorar até 50% do valor de seu orçamento dentro da verba investida. As maiores poderão explorar até 20% do valor de seu orçamento. ‘Isso dará às menores universidades a oportunidade de crescer proporcionalmente mais’, diz o secretário.

Ciloni comentou um ponto que foi alvo de crítica feita pelo ex-ministro da Educação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cristóvam Buarque, de que o Reuni não resolverá o problema do acesso ao Ensino Superior no longo prazo. Para Buarque, o governo só resolve o problema do acesso ao Ensino Superior quando trabalhar na educação de base. Para Ciloni, o Reuni acabará por beneficiar o Ensino Básico e Médio. ‘O impacto que a expansão terá em termos de retorno para a sociedade é outra questão importante. As universidades federais estarão mais aptas para formar mais alunos e mais professores. Assim, os governos municipais, estaduais e federais terão mais mão-de-obra qualificada a sua disposição para recuperar o ensino público básico’, aposta o dirigente.

Para ex-ministros, Reuni não resolve o problema

Com reservas, Cristovam Buarque e Paulo Renato dão crédito a projeto

Do lado de fora do governo, ex-ministros enxergam o Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) como uma possibilidade de resolver problemas de ordem administrativa das Ifes (Instituições Federais de Ensino Superior). Por outro lado, ex-comandantes da pasta não o consideram suficiente para transformar a educação da maneira necessária para a evolução do País.

De um lado, sobram críticas à falta de interesse federal para ampliar as medidas restritas às universidades para todo o sistema de ensino, como o Ensino Básico e Ensino Médio, a fim de favorecer o acesso ao Ensino Superior. Do outro, protestos à lentidão com o que governo se dirige a um novo modelo de educação como o adotado pelos Estados Unidos e a Europa (Tratado de Bolonha) que visam reformular a universidade para formar cidadãos mais críticos e com visão de mundo, em detrimento de profissionais que apenas buscam mais um lugar ao sol no mercado de trabalho.

‘O Reuni é um bom projeto, mas daqui a dez anos vamos olhar para nosso Ensino Superior e ver que continuamos atrasados em relação a outros continentes e países que adotaram um novo modelo de universidade que realmente trará uma transformação social como é o caso da Europa e dos Estados Unidos. Hoje, o Reuni cria medidas que pretendem organizar o trabalho das Ifes (Instituições Federais de Ensino Superior) quando na verdade deveria voltar os olhos para a educação como um todo para promover uma verdadeira transformação. Não acho que o projeto é ruim. É como a lei do ventre-livre: ela era boa, mas não abolia a escravatura’, destaca o ex-ministro Cristovam Buarque.

Na opinião do ex-ministro Paulo Renato Souza, que chefiou o MEC na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, se o governo federal não prestar atenção às mudanças que o cenário internacional faz no quesito educação, certamente ficaremos para trás. Ele acrescenta, porém, que para promover verdadeira transformação social a partir de um novo modelo de universidade, este modelo deveria ser debatido com o mercado, pois sem flexibilização na regulamentação das profissões e do perfil do profissional exigido, transformar os currículos das universidades com modelos em ciclos não seria o suficiente. ‘São necessárias articulações entre universidade e mercado. É preciso que os objetivos estejam alinhados para o sucesso de uma transformação com este peso. Sem esta sinalização de mudança na universidade e articulação com o mercado certamente ficaremos para trás’, diz.

Buarque acredita, porém, que a grande prioridade do governo federal deveria ser repensar o conceito de universidade e voltar os olhos para o grande problema da exclusão de jovens que vem da rede pública, mal formados por um ensino Fundamental e Médio decadente. Na opinião dele, ainda que a educação nestes níveis seja de responsabilidade municipal ou estadual, o governo federal, mais do que se preocupar com questões políticas e administrativas do sistema, deveria atender aos alunos para garantir amplo acesso ao Ensino Superior. ‘Enquanto a preocupação for atender só ao sistema que cabe ao governo e, ainda assim, uma pequena parcela como é o caso das Ifes, não veremos a transformação de que o Brasil tanto precisa’, lamenta o ex-ministro.

Para Buarque, ainda que modificar o conceito de universidade e interferir no Ensino Básico e Médio sejam grandes transformações, essas são bandeiras que deveriam ser levantadas pelo governo federal. Especialmente quando projetos como o Reuni são criados e tido como transformadores. ‘O Reuni é um bom projeto, mas que mostra outra vez a lentidão com que o governo Lula caminha para tomar decisões e propor transformações importantes do ponto de vista social. O governo não interfere nos outros níveis de educação porque isso não dá voto. Ele não tem como creditar a si o sucesso ou o fracasso dos projetos, então ele não interfere. Quem dá voto é universitário. Quem tem peso político é reitor. Enquanto isso, o ensino Fundamental e Médio continuam sucateados e os alunos excluídos. Seria preciso ´federalizar´ o Ensino Fundamental e Médio e criar um Ministério para isso’, opina Buarque.

Entre os pontos positivos do Reuni, os ex-ministros citam o aumento da proporção de alunos por professor e das vagas a serem oferecidas no período noturno. ‘Na minha época essa proporção era de oito alunos por professor, conseguimos chegar até o patamar de 12 alunos, que ainda é confortável demais. Com o aumento, poderemos explorar mais o potencial dos professores e nos aproximarmos do patamar internacional. Sem dúvida, esse aumento de alunos é favorável’, acredita Paulo Renato. Para Buarque, o aumento de vagas no período noturno também é outro fator positivo porque ele democratiza o acesso ao possibilitar o ingresso na universidade por estudantes que sequer pensariam em prestar vestibular, caso as vagas noturnas não existissem. ‘Alegro-me em dizer que em meus tempos de reitor da UnB (Universidade de Brasília) fui o primeiro a implantar cursos noturnos na universidade. Contrariei inclusive professores universitários que não aceitavam a idéia’, lembra ele.

O episódio na UnB serve de argumento para Buarque na defesa das mudanças que ele propõe na universidade. ‘Tem muito professor universitário – principalmente de esquerda – que quer mudar o mundo, mas não começa pela própria universidade. E quando tem a oportunidade, ele se nega a transformar a realidade onde vive. Hoje, os professores pensam que só falta dinheiro e isso não é verdade. É verdade, sim, que o professor universitário faz milagre com os poucos recursos que têm. É também verdade, porém, que se chovesse dinheiro na universidade ele ia virar lama porque ela também precisa se transformar’, afirma Buarque.

As transformações a que Buarque se refere incluem mudanças no ingresso à universidade com o fim do vestibular e a inclusão do PAS (Programa de Avaliação Seriada), como já existe na UnB, para dar mais chance ao estudante de escola pública ter acesso ao Ensino Superior. Elas incluem ainda a reforma nos currículos; mudanças na concepção de que os cursos precisam ter uma duração fixa já que, para ele, cada estudante tem um tempo para se formar; a inclusão de mais aulas à distância (mesmo em cursos presenciais); e a substituição de um diploma permanente pelo diploma provisório, a fim de estimular que o aluno continue sempre a estudar.

‘Tudo isso estava documentado no tempo em que eu era ministro e sequer foi debatido. Posso dizer que a universidade não tem interesse de mudar. Não existe nada mais conservador do que um professor que quer mudar o mundo, mas não muda a própria universidade’, lamenta Buarque.

O ex-ministro acredita que tais mudanças serviriam também como medida para reduzir a evasão, porque propõem um novo conceito de educação. Segundo ele, mais do que medidas alternativas como o PNAES (Plano Nacional de Assistência Estudantil) promovido pelo governo federal e que concede verba para alimentação, moradia além de bolsas permanência para alunos carentes das Ifes, elas permitiriam que o estudante ingressasse no Ensino Superior mais preparado e com um novo conceito de Educação. ‘O PNAES é excelente porque garante que parte dos excluídos tenha condições de se manter na universidade. Se pensarmos, porém, em reduzir a educação como um todo, inevitavelmente as medidas passam pela construção de uma universidade diferente’, defende ele.

O ex-ministro Paulo Renato Souza também acredita que mudanças no currículo e na estrutura da universidade como a adoção do ciclo básico, ainda que não reduzissem a evasão, poderiam retardá-la, porque permitiriam ao estudante uma visão mais completa de sua formação e um período maior de aprendizado antes do conhecimento prático de sua profissão. ‘É preciso ressaltar, porém, que isso só seria possível a partir de uma articulação com as profissões e o mercado. Do contrário a experiência não daria certo’, reforça.