Arquivo da categoria: Noticias

Ufla realiza Encontro Nacional sobre Processamento Mínimo de Frutas e Hortaliças

A Universidade Federal de Lavra (Ufla) realiza entre os dias 8 e 11 de abril de 2008 o V Encontro Nacional sobre Processamento Mínimo de Frutas e Hortaliças (V EPM).

O V EPM, organizado pelo Departamento de Ciência dos Alimentos é o principal evento na área realizado no Brasil, envolvendo a comunidade científica e a iniciativa privada, além de abranger os mais diversos setores, como Pós-Colheita, Microbiologia, Análise Sensorial, Embalagem.

Segundo o professor Luiz Carlos de Oliveira Lima, presidente do evento “a sua realização é o resultado da consolidação de uma área de pesquisa e de um setor produtivo que desempenha importante papel no cenário nacional do agronegócio”.

O tema principal do encontro versará sobre tópicos recentes de pesquisas, novas técnicas e métodos de processamento, além da divulgação de resultados técnico-científicos, que contribuirão para o aprimoramento de tecnologias de conservação e processamento, com proposta de integrar os diversos segmentos do processamento mínimo na busca de soluções para as problemáticas das etapas de processamento, bem como da utilização dos benefícios que os mesmos podem trazer, para o esclarecimento dos mecanismos envolvidos.

Mais informações: www.vepm.com.br
E-mail: vepm@ufla.br

Ufla oferece cursos gratuítos

A Universidade Federal de Lavras (Ufla), por meio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) abre inscrições no período de 27/3 a 4/4/2008 para o Programa de Qualificação Profissional SEMEAR.

Os cursos oferecidos são:

Eletricista básico – Instalações de baixa tensão
Iniciação à jardinagem
Introdução à microinformática
Manejo sanitário e princípios de enfermagem para equinos
Manipulação de alimentos – Segurança alimentar

Os interessados deverão apresentar cópia de RG, Carteira de Trabalho ou Carteira de Motorista.

A Prova de Seleção será realizada no dia 13 de abril (nível de 4ª série do ensino fundamental)

Informações: (35) 3829-1317

Prêmio Destaque do Ano na Iniciação Científica abre inscrições

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) lança a 6ª edição do Prêmio Destaque do Ano na Iniciação Científica , em parceria com o British Council, destinado a bolsistas de Iniciação Científica do CNPq e instituições participantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científicia (PIBIC). As inscrições acontecem diretamente nas instituições de ensino superior e podem ser feitas até o dia 15 de agosto de 2008.

O prêmio é atribuído em duas categorias: Bolsista de Iniciação Científica e Mérito Institucional. Na categoria do Bolsista de IC serão concedidas até nove premiações, sendo três para cada grande área de conhecimento: Ciências Exatas, da Terra e Engenharias; Ciências da Vida; e Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes.

Os vencedores receberão uma quantia, em dinheiro, equivalente a 12 meses de bolsas de IC; uma bolsa de mestrado para estudantes que estejam em final de curso e passagem e hospedagem para permitir a sua participação na reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) de 2009.

Visita a centros de excelência no exterior

Há dois anos o prêmio possui a novidade de conceder uma viagem ao Reino Unido, patrocinada pela British Council , para visitar centros de excelência. Esta premiação é concedida a uma das áreas da categoria de bolsistas de IC, em sistema de rodízio. Em 2008, o agraciado contemplado será da área de Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes.

Podem concorrer ao prêmio bolsistas de iniciação científica do CNPq, com pelo menos 12 meses de bolsa. Na categoria Mérito Institucional, poderão concorrer instituições que participam do PIBIC e que têm bolsistas concorrendo ao prêmio.

As inscrições podem ser feitas, individualmente pelo bolsista, nas pró-reitorias de Pesquisa e Pós-Graduação ou órgão similar e nas coordenações do PIBIC na instituição. A documentação necessária e a ficha de inscrição estão disponíveis no endereço http://destaqueic.cnpq.br

As instituições deverão encaminhar ao CNPq, também pelo endereço eletrônico, até 29 de agosto, os três melhores relatórios dos bolsistas de IC, um de cada grande área do conhecimento. O resultado será divulgado até 30 de setembro. A cerimônia de entrega do Prêmio será realizada durante as comemorações da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em outubro deste ano, em Brasília.

Para Andifes, expansão das federais não afeta qualidade

Reuni pretende aumentar de 149.042 para 227.260 as vagas nas federais

Para repercutir o impacto das mudanças promovidas pelo Reuni, o Universia ouviu ex-ministros, reitores e dirigentes do Ensino Superior brasileiro

O aumento no número de alunos matriculados nas universidades federais não significará queda na qualidade do ensino. Não apenas o governo pensa assim como também as próprias universidades. O crescimento na relação professor/aluno é uma das metas previstas no Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais). Essa relação está atualmente na faixa de 12 alunos por professor e a proposta é chegar até 2012 a 18 alunos por professor. Segundo Arquimedes Ciloni, presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), o aumento dessa relação, proposto no Reuni, é compatível com a capacidade das instituições federais. Na última quinta-feira, 13 de março, os reitores de 53 universidades federais estiveram em Brasília para a assinatura do Acordo de Metas do Reuni. Clique aqui e veja as principais diretrizes e metas do Reuni.

‘Além da verba para contratar mais professores e técnicos administrativos que dêem sustentabilidade ao projeto, acredito que o número de alunos por professores é razoável para a realidade das universidades federais. Ainda que haja um aumento expressivo, os professores vão dar conta e os acordos serão integralmente cumpridos’, disse Ciloni. O Reuni é um braço do PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação) do governo federal, que, com ele, pretende, entre outras coisas, reduzir a taxa de evasão nas federais, aumentar número de vagas nessas instituições e promover modificações nas estruturas acadêmicas. No Acordo de Metas assinado em Brasília, a questão da evasão e da relação professor/aluno são dois duas das principais condições a serem cumpridas para que as universidades tenham acesso ao dinheiro investido.

O Reuni foi desenvolvido para trabalhar a partir de três pilares: melhorar o acesso às federais, garantir a formação ao combater a evasão universitária e aumentar a qualidade dos cursos. Para isso, o governo federal quer melhorar o aproveitamento das estruturas físicas e de recursos humanos existentes nas suas universidades. Esses propósitos se traduzem em números. A meta é aumentar a quantidade de cursos de graduação presencial, que hoje são 2.570, para 3.601 até 2012. Dessa forma, o governo espera fazer crescer as vagas disponíveis no sistema federal. Hoje são 149.042 vagas e a meta é elevá-las para 227.260, em 2012. Outra ponta de atuação do governo federal diz respeito aos cursos noturnos. Há uma atenção especial com relação aos cursos noturnos porque muitos estudantes em potencial deixam de fazer cursos de graduação porque precisam trabalhar durante o dia e só teriam oportunidade de estudar à noite. Por isso, o Reuni pretende aumentar a oferta de cursos noturnos dos atuais 725 e chegar até 2012 a 1.299 cursos noturnos. Além disso, quer fazer crescer as vagas nesses cursos e elevar as atuais 38.711 vagas existentes hoje para 79.215 em 2012.

Para dar conta dessa nova demanda o governo vai investir R$ 2 bilhões para o período que vai de 2007 a 2012. Uma parte dessa verba, R$ 250 milhões, já foi liberada em dezembro. No que diz respeito à questão da evasão, o Reuni pretende baixar o índice atual de 40% de evasão universitária para 10% até 2012. O Reuni também abrange a questão dos cursos de licenciatura, aqueles dedicados à formação de professores. A estratégia do governo é usar o Reuni e toda a expansão que ele propõe em benefício do Ensino Básico. Segundo dados do MEC, existe um déficit de 246 mil professores na educação básica. Dessa forma o MEC pretende elevar os 931 cursos de licenciatura oferecidos pelas universidades federais para 1.198 até 2012. Mais cursos e mais vagas também, a meta do governo é subir de 49.551 as vagas hoje disponíveis para 71.191.

Para atender as novas demandas, a contratação de professores de Ensino Superior também passa a ser uma meta quando se fala em tantos aumentos nos cursos e nas vagas disponíveis nas federais. Por isso mesmo, o Reuni estabelece a contratação pelas federais de 13.276 de professores. De acordo com Ciloni, o valor do investimento é suficiente para promover as mudanças necessárias ao alcance das metas propostas no Reuni. ‘Os R$ 2 bilhões a mais foi um verba proposta pelas próprias universidades, não foi o governo que a estabeleceu. Nós fizemos as contas e estabelecemos os critérios. Creio que, com certeza, com a economia estabilizada e a inflação baixa, o cenário é amplamente favorável. Claro que é preciso um acompanhamento para algum reajuste. Mas nós fizemos os cálculos dentro daquilo que consideramos necessário para o governo atender’, declarou o dirigente.

O Secretário de Educação Superior do MEC (Ministério da Educação), Ronaldo Mota, garantiu que além do dinheiro investido, haverá uma modificação no orçamento das federais para contemplar o custeio que os novos cursos e alunos implicarão para as federais. Esse valor, segundo Mota, pode ultrapassar os R$ 2 bilhões investidos, o que elevaria o orçamento das federais para algo acima dos R$ 12 bilhões até 2012.

Mota negou ainda que as metas para diminuição da evasão nas federais signifiquem a adoção de sistemas que facilitem a aprovação dos estudantes para que assim, eles permaneçam estimulados a manter o curso até o fim. O secretário diz que essa é uma ‘leitura equivocada’ da meta. Segundo ele, respeitada a autonomia das instituições, há ‘maneira simples’ de cumprir as metas de evasão, que o governo pretende que caiam a 10% até 2012. Hoje, esse índice de evasão gira, segundo projeções do MEC, na faixa dos 40%. ‘Você pode estimular a transferência de alunos para cursos onde há evasão. Especialmente para alunos de instituições particulares, que passariam por um processo eletivo junto ao colegiado do curso em questão. Essa é uma maneira simples e que não traz prejuízo para a qualidade’, afirma ele. Mota também citou o aumento no leque de disciplinas, com ênfase nos cursos noturnos, como fator contribuinte à diminuição na evasão.

O secretário explicou que a distribuição do investimento nas federais foi pensada de maneira a proporcionar às menores instituições maiores possibilidades de crescimento. Assim, as universidades classificadas como de pequeno porte, aquelas com menos de mil professores, têm a possibilidade de explorar até 50% do valor de seu orçamento dentro da verba investida. As maiores poderão explorar até 20% do valor de seu orçamento. ‘Isso dará às menores universidades a oportunidade de crescer proporcionalmente mais’, diz o secretário.

Ciloni comentou um ponto que foi alvo de crítica feita pelo ex-ministro da Educação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cristóvam Buarque, de que o Reuni não resolverá o problema do acesso ao Ensino Superior no longo prazo. Para Buarque, o governo só resolve o problema do acesso ao Ensino Superior quando trabalhar na educação de base. Para Ciloni, o Reuni acabará por beneficiar o Ensino Básico e Médio. ‘O impacto que a expansão terá em termos de retorno para a sociedade é outra questão importante. As universidades federais estarão mais aptas para formar mais alunos e mais professores. Assim, os governos municipais, estaduais e federais terão mais mão-de-obra qualificada a sua disposição para recuperar o ensino público básico’, aposta o dirigente.

Para ex-ministros, Reuni não resolve o problema

Com reservas, Cristovam Buarque e Paulo Renato dão crédito a projeto

Do lado de fora do governo, ex-ministros enxergam o Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) como uma possibilidade de resolver problemas de ordem administrativa das Ifes (Instituições Federais de Ensino Superior). Por outro lado, ex-comandantes da pasta não o consideram suficiente para transformar a educação da maneira necessária para a evolução do País.

De um lado, sobram críticas à falta de interesse federal para ampliar as medidas restritas às universidades para todo o sistema de ensino, como o Ensino Básico e Ensino Médio, a fim de favorecer o acesso ao Ensino Superior. Do outro, protestos à lentidão com o que governo se dirige a um novo modelo de educação como o adotado pelos Estados Unidos e a Europa (Tratado de Bolonha) que visam reformular a universidade para formar cidadãos mais críticos e com visão de mundo, em detrimento de profissionais que apenas buscam mais um lugar ao sol no mercado de trabalho.

‘O Reuni é um bom projeto, mas daqui a dez anos vamos olhar para nosso Ensino Superior e ver que continuamos atrasados em relação a outros continentes e países que adotaram um novo modelo de universidade que realmente trará uma transformação social como é o caso da Europa e dos Estados Unidos. Hoje, o Reuni cria medidas que pretendem organizar o trabalho das Ifes (Instituições Federais de Ensino Superior) quando na verdade deveria voltar os olhos para a educação como um todo para promover uma verdadeira transformação. Não acho que o projeto é ruim. É como a lei do ventre-livre: ela era boa, mas não abolia a escravatura’, destaca o ex-ministro Cristovam Buarque.

Na opinião do ex-ministro Paulo Renato Souza, que chefiou o MEC na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, se o governo federal não prestar atenção às mudanças que o cenário internacional faz no quesito educação, certamente ficaremos para trás. Ele acrescenta, porém, que para promover verdadeira transformação social a partir de um novo modelo de universidade, este modelo deveria ser debatido com o mercado, pois sem flexibilização na regulamentação das profissões e do perfil do profissional exigido, transformar os currículos das universidades com modelos em ciclos não seria o suficiente. ‘São necessárias articulações entre universidade e mercado. É preciso que os objetivos estejam alinhados para o sucesso de uma transformação com este peso. Sem esta sinalização de mudança na universidade e articulação com o mercado certamente ficaremos para trás’, diz.

Buarque acredita, porém, que a grande prioridade do governo federal deveria ser repensar o conceito de universidade e voltar os olhos para o grande problema da exclusão de jovens que vem da rede pública, mal formados por um ensino Fundamental e Médio decadente. Na opinião dele, ainda que a educação nestes níveis seja de responsabilidade municipal ou estadual, o governo federal, mais do que se preocupar com questões políticas e administrativas do sistema, deveria atender aos alunos para garantir amplo acesso ao Ensino Superior. ‘Enquanto a preocupação for atender só ao sistema que cabe ao governo e, ainda assim, uma pequena parcela como é o caso das Ifes, não veremos a transformação de que o Brasil tanto precisa’, lamenta o ex-ministro.

Para Buarque, ainda que modificar o conceito de universidade e interferir no Ensino Básico e Médio sejam grandes transformações, essas são bandeiras que deveriam ser levantadas pelo governo federal. Especialmente quando projetos como o Reuni são criados e tido como transformadores. ‘O Reuni é um bom projeto, mas que mostra outra vez a lentidão com que o governo Lula caminha para tomar decisões e propor transformações importantes do ponto de vista social. O governo não interfere nos outros níveis de educação porque isso não dá voto. Ele não tem como creditar a si o sucesso ou o fracasso dos projetos, então ele não interfere. Quem dá voto é universitário. Quem tem peso político é reitor. Enquanto isso, o ensino Fundamental e Médio continuam sucateados e os alunos excluídos. Seria preciso ´federalizar´ o Ensino Fundamental e Médio e criar um Ministério para isso’, opina Buarque.

Entre os pontos positivos do Reuni, os ex-ministros citam o aumento da proporção de alunos por professor e das vagas a serem oferecidas no período noturno. ‘Na minha época essa proporção era de oito alunos por professor, conseguimos chegar até o patamar de 12 alunos, que ainda é confortável demais. Com o aumento, poderemos explorar mais o potencial dos professores e nos aproximarmos do patamar internacional. Sem dúvida, esse aumento de alunos é favorável’, acredita Paulo Renato. Para Buarque, o aumento de vagas no período noturno também é outro fator positivo porque ele democratiza o acesso ao possibilitar o ingresso na universidade por estudantes que sequer pensariam em prestar vestibular, caso as vagas noturnas não existissem. ‘Alegro-me em dizer que em meus tempos de reitor da UnB (Universidade de Brasília) fui o primeiro a implantar cursos noturnos na universidade. Contrariei inclusive professores universitários que não aceitavam a idéia’, lembra ele.

O episódio na UnB serve de argumento para Buarque na defesa das mudanças que ele propõe na universidade. ‘Tem muito professor universitário – principalmente de esquerda – que quer mudar o mundo, mas não começa pela própria universidade. E quando tem a oportunidade, ele se nega a transformar a realidade onde vive. Hoje, os professores pensam que só falta dinheiro e isso não é verdade. É verdade, sim, que o professor universitário faz milagre com os poucos recursos que têm. É também verdade, porém, que se chovesse dinheiro na universidade ele ia virar lama porque ela também precisa se transformar’, afirma Buarque.

As transformações a que Buarque se refere incluem mudanças no ingresso à universidade com o fim do vestibular e a inclusão do PAS (Programa de Avaliação Seriada), como já existe na UnB, para dar mais chance ao estudante de escola pública ter acesso ao Ensino Superior. Elas incluem ainda a reforma nos currículos; mudanças na concepção de que os cursos precisam ter uma duração fixa já que, para ele, cada estudante tem um tempo para se formar; a inclusão de mais aulas à distância (mesmo em cursos presenciais); e a substituição de um diploma permanente pelo diploma provisório, a fim de estimular que o aluno continue sempre a estudar.

‘Tudo isso estava documentado no tempo em que eu era ministro e sequer foi debatido. Posso dizer que a universidade não tem interesse de mudar. Não existe nada mais conservador do que um professor que quer mudar o mundo, mas não muda a própria universidade’, lamenta Buarque.

O ex-ministro acredita que tais mudanças serviriam também como medida para reduzir a evasão, porque propõem um novo conceito de educação. Segundo ele, mais do que medidas alternativas como o PNAES (Plano Nacional de Assistência Estudantil) promovido pelo governo federal e que concede verba para alimentação, moradia além de bolsas permanência para alunos carentes das Ifes, elas permitiriam que o estudante ingressasse no Ensino Superior mais preparado e com um novo conceito de Educação. ‘O PNAES é excelente porque garante que parte dos excluídos tenha condições de se manter na universidade. Se pensarmos, porém, em reduzir a educação como um todo, inevitavelmente as medidas passam pela construção de uma universidade diferente’, defende ele.

O ex-ministro Paulo Renato Souza também acredita que mudanças no currículo e na estrutura da universidade como a adoção do ciclo básico, ainda que não reduzissem a evasão, poderiam retardá-la, porque permitiriam ao estudante uma visão mais completa de sua formação e um período maior de aprendizado antes do conhecimento prático de sua profissão. ‘É preciso ressaltar, porém, que isso só seria possível a partir de uma articulação com as profissões e o mercado. Do contrário a experiência não daria certo’, reforça.

Portaria determina retirada de monografia da Biblioteca Central

O Reitor da Universidade Federal de Lavras, no uso de suas atribuições regimentais, e em obediência à decisão liminar proferida pelo MM. Juiz Federal da Sexta Vara da Seção Judiciária do Maranhão, nos autos da Ação Ordinária nº 2008.001444-7,

R E S O L V E :

I. Determinar ao Diretor da Biblioteca Central a retirar, imediatamente, o trabalho monográfico de GUILHERME RODRIGUES COSTA, ex-aluno de Engenharia Florestal desta Universidade.

II. Proibir a utilização do referido trabalho monográfico em atividades acadêmicas diversas.

Lula diz que sistema educacional passa por “pequena revolução”

Brasília – Os programas governamentais destinados a aumentar o número de universitários no Brasil são responsáveis por uma “pequena revolução” no sistema educacional, disse hoje (17) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele destacou, em seu programa semanal de rádio Café com o Presidente, os programas de concessão de bolsas de estudo e de reestruturação das universidades federais.

“Na verdade, o que nós queremos com isso é ampliar o acesso à educação superior. O que é importante é que nós vamos, a partir deste ano, colocar aproximadamente 100 mil novos alunos nas universidades federais, seja nos cursos noturnos, ou seja pelo fato de aumentar o número de alunos por professores de 12 para 18”, disse Lula, em referência ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

O presidente citou ainda o Programa Universidade para Todos (ProUni) como instrumento para facilitar o ingresso de estudantes de baixa renda ao ensino superior.

‘Este ano, possivelmente tenhamos 60 mil alunos do ProUni formados. Ou seja, o que dá uma dimensão extraordinária do que foi o alcance de jovens da periferia chegando à universidade. O programa hoje atende a aproximadamente 310 mil estudantes e no processo seletivo deste ano foram pré-selecionados mais 100 mil estudantes para o Prouni”.

O ensino de base foi outro tema do programa. Lula garantiu que o novo Plano Diretor de Educação (PDE) vai priorizar os estudantes mais jovens.

“Nós não podemos esquecer que no ano passado nós lançamos o Plano de Desenvolvimento da Educação – o PDE. Esse plano estabeleceu 40 ações que vão desde a construção de creches até as bolsas de pós-doutorado. Mas a ênfase do programa é a qualidade da educação básica”, disse.

Outro aspecto ressaltado por Lula foi o incremento das escolas técnicas. Segundo ele, em dois anos o número de alunos nessas instituições vai saltar de 160 mil para mais de 500 mil.

Ufla participa de treinamento em tecnologia de aplicação

No período de 12 a 14 de março, a Universidade Federal de Lavras (Ufla), por meio Departamento de Engenharia e coordenado pelo professor Wellington Carvalho, ministrou cursos e dias de campo sobre tecnologia de aplicação nas cidades de Capão Bonito e Itapetininga/SP.

Na oportunidade onde foram discutidos aspectos voltados a correta pulverização dos agroquímicos com destaque nas culturas de feijão, milho, soja e cana-de-açucar. Entre os temas, um dos destaques foi como avaliar a qualidade de aplicação em campo, quando foram realizados vôos demonstrativos e analisados as distribuições diretamente sobre as culturas, com o uso de nova técnica de identificação empregando um marcador (pigmento Levanox RU) desenvolvido pela Empresa Lanxess.

Atualização técnica e reciclagem dos operadores em aviação agrícola

Com o objetivo de discutir propostas que permitam a reativação das áreas formação profissional, de pesquisas e de tecnologia em aplicação por via aérea, do extinto Centro Nacional de Engenharia Agrícola (Cenea), órgão do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), localizada na Cidade de Iperó/SP participaram no dia 13 de março, representantes do Ministério da Aeronáutica (Anac), Mapa, do Sindicato das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Unesp, Prefeitura Municipal de Botucatu e representando a Universidade Federal de Lavras (Ufla), o presidente da ABCAgr (Associação Brasileira de Ciência Aeroagrícola), Wellington Carvalho. Dentre as deliberações ficaram definidas ações para que em breve possam ser realizados cursos de atualização técnica e reciclagem dos operadores em aviação agrícola.

MEC suspende bolsas de doutorado pleno no exterior

Capes quer priorizar modalidade ´sanduíche´, feita em parte no próprio país.

O Ministério da Educação (MEC) suspendeu a concessão de novas bolsas de doutorado pleno no exterior, à exceção dos Estados Unidos. A decisão foi tomada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que planeja reestruturar o programa de bolsas.

A Capes quer dar ênfase a outra modalidade de pós-graduação no exterior, o chamado doutorado sanduíche, em que apenas parte do curso é feita em universidades estrangeiras. Atualmente, a Capes tem 632 bolsistas de doutorado pleno no exterior.

O edital para bolsistas plenos deveria ter sido lançado até outubro de 2007, o que não ocorreu.Quem busca informações na Internet (www.capes.gov.br ) só encontra a opção de auxílio para estudar nos Estados Unidos.

“As inscrições para bolsas de doutorado pleno nos demais países estão suspensas em 2008. O programa será reestruturado e aperfeiçoado, de acordo com as diretrizes da recémcriada Diretoria de Relações Internacionais da Capes”, diz o texto.

Capes quer conter evasão de doutores Um doutorado no exterior dura quatro anos. Na modalidade plena, o curso inteiro é feito na universidade estrangeira, incluindo a defesa da tese.

No doutorado do tipo sanduíche, o bolsista começa e termina o curso no Brasil. A duração é a mesma — quatro anos. No meio do curso, o estudante passa entre 12 e 18 meses no exterior. Mas o doutorado sanduíche é mais eficiente. Os alunos não perdem o contato com o Brasil. Eles vão inseridos numa linha de pesquisa e o título de doutor é emitido aqui.

Eleições para representantes nos conselhos superiores da Ufla

Os presidentes dos Conselhos Superiores da Universidade Federal de Lavras (Ufla), convocam os servidores técnico-administrativos e docentes para as eleições dos representantes nos Conselhos Universitário, de Ensino, Pesquisa e Extensão e de Curadores.

CONSELHO UNIVERSITÁRIO (*)

5 (cinco) representantes dos servidores técnico-administrativos;
4 (quatro) representantes dos professores titulares;
2 (dois) representantes dos professores adjuntos;
1 (um) representante dos professores assistentes;
1 (um) representante dos professores auxiliares

CONSELHO DE ENSINO PESQUISA E EXTENSÃO

2 (dois) representantes dos servidores técnico-administrativos.

CONSELHO DE CURADORES

1 (um) representante dos servidores técnico-administrativos.

As eleições serão realizadas por escrutínio secreto, no dia 16 de abril de 2008 (quarta-feira), na sala dos Conselhos, das 8 às 16 horas.

Os candidatos deverão inscrever-se até as 16 horas do dia 14 de abril de 2008 (segunda-feira), na Secretaria dos Conselhos (Gabinete da Reitoria), onde farão o compromisso expresso de que, caso eleitos, aceitarão a investidura, em conformidade com o previsto no art. 10, IV , do Regimento Geral da Ufla.

* Considerando que a Carreira do Magistério Superior passou a ser composta por cinco classes, com a inclusão da Classe de Professor Associado (art. 4º da Lei nº 11.344/2006), tão logo o Ministério da Educação aprovar a alteração do inciso V do art. 7º do Estatuto da Universidade, será lançado novo edital de convocação de eleições para composição do Conselho Universitário, em conformidade com a proporcionalidade a ser fixada pelo mesmo.

Reitor da Ufla participa de reunião com o presidente Lula

O professor Antônio Nazareno Mendes, reitor da Ufla, juntamente com os dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) que compõem o Conselho Pleno da Andifes, participou de reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira (13/03), às 15h, no Palácio do Planalto, em Brasília. O encontro contou, também, com a presença do ministro da Educação, Fernando Haddad, dos secretários Executivo, José Henrique Paim, e da Educação Superior, Ronaldo Mota e da diretora de Desenvolvimento da Rede IFES, Maria Ieda Diniz. Esta foi a quinta reunião dos dirigentes com o presidente.

Na oportunidade, foram apresentadas algumas propostas de políticas públicas, como o apoio do governo federal à assistência estudantil; a constituição de uma rede de rádios e TVs universitárias; e o programa de expansão da pós-graduação, valorizando também a inovação tecnológica. Foram discutidas, também, a necessidade de implementação da autonomia universitária e o financiamento dos Hospitais Universitários.

Os dirigentes aproveitaram o encontro para solicitar que seja estabelecida uma data fixa para as reuniões com o presidente Lula. De acordo com eles, esta prática, mais que qualquer programa de governo, simboliza o respeito do Executivo com as Instituições Federais de Ensino Superior. A valorização do diálogo e o debate de temas de relevância nacional, representam importantes instrumentos para a proposição e implementação de políticas públicas para o País.

Solenidade de assinatura dos Acordos de Metas do Reuni

No mesmo dia, os dirigentes participaram da solenidade de assinatura dos Acordos de Metas do Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais. O Reuni atende a uma iniciativa da Andifes, apresentada ao presidente Lula em agosto de 2003, durante a primeira reunião do chefe do Executivo com os reitores.

Na ocasião foram consolidadas 13 metas no documento “Proposta de Expansão e Modernização do Sistema Público Federal de Ensino Superior”. Esta proposição estava fundamentada na forte convicção da Associação de que a educação é um investimento social e um bem público. Como eixos fundamentais, estavam o reconhecimento do caráter estratégico da educação para o desenvolvimento nacional e a necessidade urgente de sua expansão qualificada.

Entre as propostas constantes do documento estavam: dobrar o número de alunos nas IFES, ocupar todas as vagas ociosas e formar 50 mil professores para o ensino básico. Em contrapartida, as metas exigiam do Governo Federal a consolidação da autonomia das IFES, a recomposição de sua força de trabalho e o financiamento adequado de cada projeto, além da construção conjunta de um planejamento nacional que permitisse a superação das deficiências decorrentes do modelo de expansão adotado até então no País.

Durante a solenidade, a Andifes comemorou a implementação do Reuni, ressaltando os inegáveis avanços alcançados nos últimos anos, a partir de um diálogo permanente com o Governo Federal e o Congresso Nacional, possibilitando a solução de problemas até então perenes. De acordo com os dirigentes, este Programa, após incorporar as sugestões da Associação, representa um verdadeiro marco para a educação superior brasileira, mudando o perfil das universidades federais, com a oferta de cursos noturnos e com formação de professores e de profissionais para atuarem em novas áreas, antes não atendidas pelo sistema público federal de ensino superior.

A Andifes também, demonstrou a preocupação de todos os dirigentes com a garantia de implementação dos projetos apresentados para o Reuni. Segundo eles, para que a expansão seja realizada com qualidade é fundamental que se efetive a distribuição de todos os recursos acordados ao longo dos próximos anos.

Para o professor Antônio Nazareno, o Reuni “constitui-se num avanço considerável na relação mantida entre as universidades e o governo federal, pois é a primeira expansão planejada na oferta de vagas e de cursos superiores nos últimos 30 anos, assegurando a contra-partida em recursos financeiros, humanos e materiais, para que o padrão de qualidade que caracteriza a Rede IFES seja mantido”. A Ufla deve ofertar 7 novos cursos de graduação, 6 mestrados e 4 doutorados, além de considerável aumento no número de vagas dos cursos tradicionais, o que significa dobrar a população discente da Universidade até o ano de 2012.