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PDE ainda não resolve entraves da Educação Superior

Especialistas vêem projeto com bons olhos, mas não como solução

Mais de dez meses desde o lançamento do PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação) se passaram e o setor de Educação Superior ainda não apresenta resultados significativos. Embora todas as ações previstas no projeto tenham saído do papel, apenas as pontuais, tais como as mudanças no Fies (Financiamento Estudantil) e no ProUni (Programa Universidade para Todos), começam a surtir efeitos, ainda que muito pequenos em relação à expectativa do MEC (Ministério da Educação).

A preocupação do MEC em relação ao avanço do Ensino Superior brasileiro tem fundamento, uma vez que, comparados a números internacionais divulgados pelos ministérios da educação de outros países, os índices de nosso desempenho são pouco animadores. Nossa parcela de jovens de 18 e 24 anos com acesso ao Ensino Superior se mostra muito pequena. Enquanto, no Brasil, 12,1% desta população está regularmente matriculada num curso de graduação, no Chile, esse percentual é de 21% e na Argentina ela alcança 47%. Este índice mantém o país distante da meta do PNE (Plano Nacional de Educação) de chegar à pelo menos 30% de alunos regularmente matriculados no Ensino Superior, em 2011.

Além disso, trabalhos internacionais também colocam o Brasil numa posição desfavorável quando o tema é Educação. O último relatório anual da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) ‘Educação Para Todos’, divulgado em dezembro de 2007, põe o Brasil na 72ª posição em um índice de desenvolvimento com 125 países. A pesquisa avaliou o grau de cumprimento das metas traçadas na Conferência Mundial de Educação, no Senegal, em 2000.

Segundo o secretário da SESu/MEC (Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação), Ronaldo Mota, as medidas do PDE foram implantadas justamente para mudar esse cenário e alcançar a meta para 2011. ‘Isso mostra que o governo está ciente de todos os problemas que cercam o setor e, o mais importante, investe e luta com todas as forças para solucioná-las, a fim de ampliar o acesso ao Ensino Superior brasileiro e a eficiência dele’, ressalta Mota. ‘É preciso lembrar, no entanto, que o plano não comemorou sequer o seu primeiro aniversário e mesmo assim muita coisa já aconteceu’, afirma o secretário.

O PNAES (Plano Nacional de Assistência Estudantil), por exemplo, começa a dar os seus primeiros passos. Estudantes carentes da graduação pública federal poderão receber, a partir deste ano, auxílio estudantil para moradia, alimentação, transporte, cultura, esporte, inclusão digital e assistência à saúde. De acordo com o secretário, R$ 126 milhões já estão garantidos para 2008. Outros 15 mil alunos de licenciatura também terão a oportunidade de obter, até o final do ano, uma bolsa de iniciação a docência, por meio do PIBID (Programa de Bolsa Institucional de Iniciação à Docência).

Em novembro de 2007, também foram anunciadas novas regras do Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior), que passou a conceder financiamentos de 100%, aumentou o tempo da carência para quitação do empréstimo e flexibilizou as regras para se obter um fiador. Na opinião de especialistas, um grande avanço no sentido de ampliar o acesso ao Ensino Superior por parte de estudantes carentes. ‘Embora não haja aumento no fundo, tais medidas garantem que todas as vagas sejam preenchidas, o que não acontecia antes, já que nem todos os estudantes carentes tinham condições de arcar com os outros 25% ou 50% restantes da mensalidade’, opina o presidente da Hoper Educacional, empresa especializada em consultoria de marketing e planejamento estratégico para Instituições de Ensino, Ryon Braga.

A UAB (Universidade Aberta do Brasil) já beneficia mais de 60 mil brasileiros. E, segundo Mota, espera-se que, até o final de 2008, o número seja ampliado para 100 mil. ‘O mais difícil da Educação a Distância é a sua implementação e finalmente conseguimos vencer essa etapa. Agora, por característica própria, ela só tende a crescer em escala’, aposta Mota. O consultor educacional, no entanto, ressalta que a meta do governo nessa modalidade é abrir 300 mil vagas. ‘Não alcançamos nem a metade desse objetivo, embora demos passos largos nessa direção, ainda há muito que fazer’, diz Braga.

Na opinião de Braga todas essas medidas já implantadas pelo governo federal são boas, mas com uma amplitude ainda muito pequena e incapaz de resolver os principais entraves do setor. ‘Reconheço o esforço do governo em melhorar o sistema, mas para que isso efetivamente aconteça é preciso combater a raiz do problema’, enfatiza ele. Dos dois milhões de estudantes que concluem, anualmente, o Ensino Médio, 900 mil não têm a oportunidade de ingressar no Ensino Superior. E esses programas, segundo Braga, conseguem atingir apenas 15% da demanda do total de ‘excluídos’.

Expandir para ampliar oferta

Para ampliar a oferta no Ensino Superior e aproximar um pouco mais o Brasil da meta do Plano Nacional de Educação, o PDE concentra grande parte dos seus esforços na expansão do sistema federal de ensino, com a criação de dez universidades e 48 novos campi universitários. O Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades federais) é o carro-chefe desse processo. ‘O programa já surpreendeu até os mais otimistas e registrou a adesão das 58 instituições que integram o sistema’, diz Mota.

Com objetivo de melhorar os indicadores das instituições federais, o Reuni oferece autonomia para cada universidade encontrar o seu próprio caminho de desenvolvimento, com a devida atenção à expansão dos cursos noturnos, a ampliação da mobilidade estudantil, a revisão da estrutura acadêmica e a diversificação das modalidades de graduação. ‘Atualmente, o sistema federal contempla um pouco mais de 600 mil alunos, com essa expansão, queremos alcançar a média de 1 milhão, até 2010’, declara o presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) e reitor da UFU (Universidade Federal de Uberlândia), Arquimedes Diógenes Cilone.

Nesses últimos dez meses, porém, Cilone afirma que o Reuni não conseguiu trazer nenhuma mudança para o setor, até porque ainda está em fase de implantação. ‘Iremos construi-lo, paulatinamente, ao longo dos próximos quatro anos. Mas o governo já deu uma sinalização concreta com a liberação de parte da verba reservada para esse primeiro ano’, afirma Cilone. Para alguns até pode parecer que o projeto caminha em câmera lenta, porém, o presidente da Andifes assegura que o governo cumpre todos os prazos previstos. ‘Algumas universidades, inclusive, abrirão novos cursos ainda nesse semestre. No entanto, até o início de 2008, as 53 universidades federais já atuarão em cima do Reuni’, prevê ele.

Segundo o deputado e ex-ministro da educação Paulo Renato Souza (PSDB) o programa é bastante ambicioso. ‘Seria muito mais eficiente expandir as matrículas das universidades existentes, do que criar outros campi. É possível, sim, usar melhor os equipamentos já existentes’, aposta ele. Além disso, o ex-ministro aponta uma falta de planejamento por parte do governo no que diz respeito à localidade das novas construções. ‘Implantam campi em regiões onde já existe grande oferta de Ensino Superior, como é o caso do ABC paulista e do Rio Grande do Sul’, critica ele.

O presidente da Andifes reconhece essa falha na primeira fase do programa de expansão, em 2003. Mas garante que, com o Reuni e com a participação mais ativa das universidades federais, esse processo será muito mais bem planejado. ‘Neste momento, foi muito melhor fazer a internacionalização, ainda que a toque de caixa, do que cruzar os braços e manter a situação do jeito que estava: com as universidades federais estagnadas, sem possibilidade de crescimento’, defende ele. Cilone aponta que, no ano 2000, as federais contavam com 400 mil estudantes, hoje, na graduação, o número gira em torno de 650 mil.

Mesmo com a duplicação das vagas nas universidades federais, o consultor educacional Ryon Braga acredita que a medida não beneficiará a parcela dos ´alunos excluídos´, especialmente porque muitos não têm condições financeiras para custear as despesas de cursar uma graduação. ‘Sem nenhuma regulamentação de cota social, essas oportunidades acabam usufruídas por estudantes com maior poder aquisitivo e os carentes continuam sem vez no sistema’, diz. Ryon ressalta que 35% dos 900 mil jovens que não ingressam no Ensino Superior, anualmente, não poderiam realizar esse sonho nem se fosse de graça.

E o setor privado?

Mais de 70% das vagas da graduação está nas mãos das instituições privadas, no entanto, pouco se fala desse setor no PDE. ‘O nosso dilema não está relacionado ao aumento de vagas, até porque ainda temos carteiras vazias nas salas de aulas’, aponta a diretora executiva da ANUP (Associação Nacional das Universidades Particulares), Larissa Martino. ‘Muitos estudantes não conseguem ingressar em instituições públicas por causa da concorrência, e nem nas particulares, por falta de condições financeiras. O governo precisa resolver esse impasse, seja por meio da criação de novos sistemas de financiamento ou pela ampliação dos já existentes’, diz ela.

A expansão do acesso ao Ensino Superior Privado no Plano de Desenvolvimento da Educação se restringe às inovações no mecanismo de financiamento dos estudantes. ‘A grande ampliação se concretizará à medida que unirmos Fies e ProUni’, assegura o secretário Ronaldo Mota. ‘As bolsas integrais do ProUni são todas utilizadas e bastante concorridas, e o mesmo não acontece com as parciais. Mas a partir do segundo semestre deste ano, será possível que o estudante que foi contemplado com o auxílio de 50% do ProUni financie os outros 50%, por meio do Fies’, explica o secretário.

Para o ex-ministro Paulo Renato Souza, a proposta é inovadora, mas para que realmente haja a expansão do acesso ao setor privado, ele acredita que o governo tenha que investir mais recursos nos dois programas e aumentar, conseqüentemente, o número da oferta. ‘As mudanças não garantem nenhuma expansão de beneficiados e nem resolvem o problema do setor’, diz.

Segundo Braga, o investimento no setor privado traria mais efeitos para o Plano Nacional da Educação do que o projeto de expansão das federais. ‘O custo de um aluno nas instituições federais é até sete vezes maior do que o de um estudante do setor privado. Desta forma, ao invés do governo criar um milhão de vagas no sistema federal, por que não realocar essa verba para criar sete milhões no particular?’, questiona o consultor.

Qualidade e eficiência

Garantir a eficiência do Ensino Superior também é um dos objetivos do PDE. Afinal, de nada adiantaria abrir as portas das universidades para os jovens carentes, sem que eles possam, efetivamente, receber uma formação de qualidade. E o Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) passará a ser o principal regulador do sistema. ‘Todas as ações do Ministério da Educação estarão pautadas em cima dos resultados obtidos nessa avaliação’, explica Mota.

O Brasil, inclusive, já começou a trabalhar nessa direção. Um exemplo disso é a experiência que tivemos com os cursos de Direito. ‘Muitos cursos apresentaram desempenho insatisfatório. Com isso, o poder público teve de reagir com o desenvolvimento de ações capazes de melhorar a qualidade do ensino. No caso, a redução de vagas’, explica o secretário da SESu.

De acordo com a diretora executiva da ANUP, Larissa Martino, o Sinaes é bastante eficiente, desde que implantado em sua totalidade. ‘Atualmente, o que se vê é que essa avaliação do sistema está baseada exclusivamente no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes)’, afirma Larissa. Para ela, basear-se no exame para emitir juízos de valor a uma instituição é um grande equívoco. ‘Os alunos sorteados para fazer essa prova não têm nenhum compromisso com os resultados, a nota sequer consta no currículo dele. Muitos deles, inclusive, só comparecem ao exame para cumprir com a obrigação’, relata.

O secretário, por sua vez, confessa que ainda há muito que fazer para que o Brasil alcance os patamares esperados. ‘O trabalho com educação não finaliza nunca. É um processo permanente. Para os próximos meses, fica a tarefa de darmos continuidade aos programas’, diz Mota. ‘No censo educacional teremos uma boa surpresa. Diria que vamos crescer tanto no setor público, como no setor privado qualificado’, aposta.

Ufla participa do 2º Seminário do Reuni em Brasília

O vice-reitor Elias Tadeu Fialho, o pró-reitor adjunto de graduação João Chrysóstomo de Resende Júnior, o pró-reitor adjunto em planejamento Henrique César Pereira Figueiredo e o pró-reitor adjunto em administração Paulo Antônio de Carvalho estarão, representando a Ufla, no 2º seminário do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), realizado pelo Ministério da Educação (MEC).

O 2º Seminário irá reunir nos dias 6 e 7 de março, no Hotel Grand Bittar, em Brasília, representantes das 53 universidades federais participantes do programa.

Durante o encontro serão apresentadas orientações gerais sobre os procedimentos relativos à execução das obras, licitações e recursos humanos previstos nos planos já aprovados.

Reuni
Instituído pelo Decreto nº 6.096, de 24 de abril de 2007, o Reuni é uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e tem como objetivo proporcionar às universidades federais condições necessárias para ampliação do acesso e permanência na educação superior. A meta é atingir pelo menos 30% dos jovens na faixa etária de 18 a 24 anos até o final da década.

MCT vai mapear atividades de propriedade intelectual das ICTs

As instituições deverão informar sobre: a política de propriedade intelectual adotada; as proteções requeridas, tanto no Brasil como no exterior; os contratos de transferência de tecnologia; e os recursos obtidos a partir da transferência ou licenciamento de tecnologia

O Ministério da Ciência e Tecnologia está fazendo o cadastro das instituições científicas e tecnológicas (ICTs) para saber como está sendo direcionada a política intelectual adotada por entidade.

Segundo informações do ministério, os formulários deste ano estão mais “amigáveis” e facilitam o envio de informações. O prazo para o envio dos dados termina no dia 31 de março.

As instituições deverão informar sobre: a política de propriedade intelectual adotada; as proteções requeridas, tanto no Brasil como no exterior; os contratos de transferência de tecnologia; e os recursos obtidos a partir da transferência ou licenciamento de tecnologia.

Lei de Inovação

O artigo 17 da Lei de Inovação (10.973/2004) prevê que as ICTs devem manter o MCT informado sobre a política de propriedade intelectual adotada, por intermédio do ministério ou órgão ao qual sejam subordinadas ou vinculadas. Assim como utiliza a Lei de Inovação como base para o mapeamento das instituições, o MCT também considera como ICT o conceito que está determinado na lei, ou seja, cabe apenas para instituições públicas.

“De fato, a lei refere-se à ICT como instituição pública, mas, na coleta de informações de 2007 algumas instituições de ciência e tecnologia privadas, de forma espontânea, prestaram informações e nós as tabulamos”, explica Reinaldo Dias Ferraz de Souza, coordenador geral de Serviços Tecnológicos do MCT, em entrevista ao Gestão C&T online.

Para ele, a Lei de Inovação é dirigida às ICTs definidas como públicas, pois essas é que enfrentam mais dificuldades nas parcerias com empresas e atividades correlatas de P&D. “Enquanto as instituições não públicas não sofrem, em princípio, restrições de mesma ordem”, avalia.

Ferraz ainda lembra que as chamadas e encomendas do CNPq e FINEP, normalmente se referem tanto às ICTs, conforme definido na lei, quanto às instituições de C&T privadas, por orientação do MCT. “Isso posto, não colocamos nenhum obstáculo para que as instituições de C&T não públicas informem suas atividades.”

Comitê

Ferraz conta ainda que na primeira reunião do Comitê de Acompanhamento da Lei de Inovação, que aconteceu no último dia 21, o assunto do mapeamento foi colocado em pauta. Uma das propostas apresentadas pelo representante do Ministério da Educação era para que as ICTs ligadas àquele ministério informassem diretamente ao MCT as ações que vêm sendo adotadas sobre propriedade intelectual.

“Por orientação do comitê, faremos articulações com o Consecti e o Confap para que o mesmo ocorra no âmbito das instituições estaduais e municipais”, salienta. Segundo Ferraz, a iniciativa ainda conta com o apoio do Fórum Nacional de Gestores da Inovação (Fortec).

Dados

Em setembro do ano passado, Reinaldo Fernandes Danna, coordenador geral de Inovação Tecnológica do MCT, apresentou os dados analisados pelo MCT, durante o Workshop Abipti: Oportunidades e Desafios dos IPTs Privados.

Os dados foram colhidos em 2007 e são referentes às atividades de 2006. Participaram do balanço 43 ICTs, sendo que 34 eram federais, seis estaduais e três privadas. Das instituições que participaram do mapeamento, 56% estavam implantando sua política de propriedade intelectual e as demais já possuem uma política consolidada.

Os dados ainda mostram que em 54% dessas instituições, as políticas são executadas pelos núcleos de inovação tecnológica (NITs). As ICTs ainda arrecadam R$ 810 mil a partir de royalties gerados com contratos de transferência ou licenciamento de tecnologia. A maior parte desses recursos, R$ 595 mil (73,5%), é obtida com exclusividade.

Das ICTs que participaram do mapeamento em 2007, 28 são da região Sudeste, cinco do Sul, quatro do Centro-Oeste, três do Norte e outras três do Nordeste. Reinaldo Dana disse, na ocasião, que o MCT espera um número bem maior de ICTs participantes neste ano para que os dados possam ser mais consistentes.

Para participar da edição 2008 as ICTs poderão acessar os formulários no link http://www.mct.gov.br:80/sppi/

Adiado aumento para professores federais

Acordo feito sem greve dependia da CPMF e seria o melhor acerto desde 1986 para a categoria

O fim da CPMF ameaça um reajuste de salários de professores das universidades federais que havia sido acordado entre governo e sindicatos no ano passado. Os 70 mil docentes na ativa e aposentados receberiam entre 20% e 65% de aumento, determinado conforme a titulação e tempo de carreira. O reajuste seria dado a partir de hoje, mas com a não continuidade do imposto, as negociações chegaram a um impasse nesta semana.

“Seria a primeira vez que teríamos um acordo sem ter feito greve. E seria o melhor aumento desde 1986”, diz o vice-presidente do Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), Robson Matos. O aumento privilegiaria e incentivaria uma ascensão na carreira, já que profissionais do topo receberiam índices maiores de reajuste.

Hoje o salário médio do docente das 53 federais – que pode ser caracterizado pelo professor adjunto, com doutorado e dedicação exclusiva à universidade – varia entre R$ 5 mil e R$ 6 mil. Com o reajuste, ficaria entre R$ 7 mil e R$ 8 mil. Já o professor titular – cargo mais alto – teria uma remuneração de quase R$ 12 mil.

“O acordo era muito bom, os professores têm toda a razão em se preocupar”, diz o secretário do Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC), Ronaldo Mota. Segundo ele, no entanto, o governo perdeu R$ 40 bilhões como fim da CPMF e será preciso fazer “pequenos ajustes” no que havia sido assinado. Além do MEC, o salários do professores está sendo discutido pelo Ministério do Planejamento e aguarda também a votação do orçamento no Congresso Nacional.

Matos diz que o sindicato vai aguardar uma definição do governo apenas até o dia 15. Depois disso, há possibilidade de pelo menos uma instituição, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da qual ele faz parte, entrar em greve. “Os professores não vão suportar muito tempo essa situação”, diz.

Formandos da Ufla colam grau

A Universidade Federal de Lavras (Ufla), realizou na ultima sexta-feira (29/02) no Ginásio Poliesportivo as cerimônias de colação de grau dos formandos dos cursos de Agronomia, Engenharia Agrícola, Engenharia Florestal, Administração, Ciências Biológicas e Engenharia de Alimentos.

A sessão solene do curso de agronomia aconteceu no período da tarde, sendo presidida pelo reitor e paraninfo Antônio Nazareno Guimarães Mendes, acompanhado pela secretária do conselho universitário e chefe de gabinete, Valéria da Glória Pereira Brito, coordenador do curso de graduação em Agronomia Renato Mendes Guimarães, patrono do curso de Agronomia, Rubens José Guimarães e pela funcionária homenageada Simone dos Santos Dias.

A Colação de Grau dos formandos dos cursos de Engenharia Agrícola, Engenharia Florestal, Administração, Ciências Biológicas e Engenharia de Alimentos foram realizadas ao anoitecer do mesmo dia.

A sessão solene da noite foi presidida pelo reitor, Antônio Nazareno Guimarães Mendes, acompanhado pelo vice-reitor, Elias Tadeu Fialho, paraninfo dos formandos, Luiz Antônio Lima, secretária do conselho universitário e chefe de gabinete, Valéria da Glória Pereira Brito, pró-reitor de graduação, Gabriel José de Carvalho, pelos patronos dos cursos de engenharia agrícola, Tarley Ferreira de Souza Júnior, engenharia florestal, Fausto Weimar Acerbi Júnior, administração, Maria Cristina Angélico Mendonça, ciências biológicas, Rodrigo Lopes Ferreira e engenharia de alimentos, Fabiana Queiroz Ferrua e a funcionária homenageada Ana Paula Matoso.

Na cerimônia, foi realizada a entrega das honras acadêmicas institucionais, que premiam os formandos que se destacaram por obter um melhor desempenho em sua vida acadêmica. Os agraciados receberam a medalha de ouro da Universidade Federal de Lavras e o certificado de mérito acadêmico.

Por ter se destacado no curso de Engenharia Agrícola, com a melhor pontuação, foi concedido honraria ao Bacharel Vanderson Rabelo de Paula. No curso de Engenharia Florestal foi concedida a honraria a Bacharel Ana Magalhães Cordeiro Teixeira. Por ter se destacado no curso de Administração, o Bacharel Conrado Gomide de Castro. No curso de Ciências Biológicas quem obteve maior pontuação foi a Bacharel Dejane Santos Alves. E no curso de Engenharia de Alimentos, foi agraciada a Bacharel Marali Vilela Dias. No curso de agronomia, o Engenheiro Agrônomo Rodrigo Amato Moreira.

Ufla realiza formatura dos cursos de Zootecnia, Medicina Veterinária, Ciência da Computação e Química

A Universidade Federal de Lavras (Ufla) realizou neste sábado (01/03), no Ginásio Poliesportivo, a cerimônia de colação de grau dos formandos dos cursos de Zootecnia, Medicina Veterinária, Ciência da Computação e Química.

A sessão solene foi presidida pelo reitor Antônio Nazareno Guimarães Mendes, acompanhado do vice-reitor Elias Tadeu Fialho, paraninfo dos formandos, Magno Antônio Patto Ramalho, secretária do conselho universitário e chefe de gabinete Valéria da Glória Pereira Brito, pró-reitor de graduação Gabriel José de Carvalho, Flávia Maria de Oliveira Borges Saad, patronesse do curso de zootecnia, Flademir Wouters, patrono do curso de medicina veterinária, Guilherme Bastos Alvarenga, patrono do curso de ciência da computação, Mário César Guerreiro, patrono do curso de química e pelos membros do conselho universitário, pró-reitores, coordenadores de cursos, diretores e chefes de setores da Ufla e servidores homenageados.

Durante as solenidades a formanda e oradora oficial das turmas Paula Gomes Rodrigues fez uma homenagem ao professor Mário César Guerreiro e a funcionária Maria Aparecida Junqueira.

Na cerimônia, foi realizada, a entrega das honras acadêmicas institucionais, que premiam os formandos que se destacaram por obter um melhor desempenho em sua vida acadêmica. Neste ano, foram considerados para a análise dos currículos os seguintes critérios: rendimento acadêmico, formação acadêmica complementar, atividades de ensino, atividades de pesquisa, coordenação de atividades de pesquisa, atividades de extensão, além de outras atividades acadêmicas. Os agraciados com a medalha de ouro da Universidade Federal de Lavras e o certificado de mérito acadêmico foram:

O bacharel Antônio Carlos Silveira Gonçalves por obter a maior pontuação no curso de zootecnia, a bacharel Priscilla Miriam de Souza Silva por obter a maior pontuação no curso de medicina veterinária, o bacharel em ciência da computação Arnaldo Teixeira de Sousa Júnior por ter se destacado no curso de ciência da computação e a licenciada em química, Ana Paula de Lima Batista, representada por Roberta Gomes Prado.

Vice-reitor Elias Fialho retorna de Missão Empresarial Brasil-Austrália

O vice-reitor Elias Tadeu Fialho retornou da Missão Empresarial Brasil – Austrália a convite da Câmara Oficial de Comercio Brasil Austrália e da FIEMG chefiada pelo vice-governador Antonio Augusto Anastásia, no período de 15 a 24 de fevereiro.

De acordo com o professor Elias Fialho “os contatos iniciais para o intercâmbio científico junto as instituições de pesquisas Beef CRC, Universidade de News South Wales, Universidade de Melborn, Universidade de La Troube (Victorian Bioscience Centre) , Universidade de Queesland ( Departamento de Agriculture and Veterinary Science) e a Universidade de RMIT ( Biological , Food ad Environmental Science) foram muito promissores, inclusive no caso específico do Victorian Bioscience Centre que a Ufla assinará um Protocolo de Intenções o que sem duvida alguma deverá em um futuro próximo propiciar dentre outras atividades o intercâmbio de materiais e informações, de professores e alunos de mestrado e/ou doutorado, assim como o de germoplasma de plantas, sementes e outros materiais vivos. Este contato inicial deverá propiciar a ampliação do fluxo de intercambio de docentes e discentes, e também, a indução de projetos internacionais fortalecendo a cooperação internacional entre a Ufla e as instituições Australianas. Dentro deste contexto consideramos que esta viagem propiciará um inicio de relacionamento técnico-cientifico importante entre a Ufla e as Universidades e Centro de Pesquisa da Austrália”

MEC realiza 2º Seminário do Reuni

O 2º seminário do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), realizado pelo Ministério da Educação, vai reunir nos dias 6 e 7 de março, no Hotel Grand Bittar, em Brasília, representantes das 53 universidades federais participantes do programa.

Durante o encontro serão apresentadas orientações gerais sobre os procedimentos relativos à execução das obras, licitações e recursos humanos previstos nos planos já aprovados.

Cada instituição pode inscrever até quatro participantes sendo eles dirigentes e representantes responsáveis pelas áreas pertinentes à temática do evento, além do interlocutor institucional para os assuntos do Reuni.

As inscrições devem ser feitas até o próximo sábado, 1º de março, na página eletrônica da Secretaria de Educação Superior.

Reuni – Instituído pelo Decreto nº 6.096, de 24 de abril de 2007, o Reuni é uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e tem como objetivo proporcionar às universidades federais condições necessárias para ampliação do acesso e permanência na educação superior. A meta é atingir pelo menos 30% dos jovens na faixa etária de 18 a 24 anos até o final da década.

Ufla recebe combustível para aviação

A Air BP Brasil Ltda, tradicional fornecedor de combustíveis para Aviação para o mercado brasileiro fez uma doação de combustíveis à Universidade Federal de Lavras (Ufla). O apoio será fundamental para o desenvolvimento de novos projetos de pesquisas, e os resultados desta parceria beneficiará toda a comunidade aeroagrícola.

De acordo com o coordenador da área de Tecnologia de Aplicação da Ufla, professor Wellington Carvalho, “agora deverá ser possível intensificar a realização de vôos de demonstração de pulverização aos acadêmicos, difundindo novas tecnologias aos futuros profissionais. A iniciativa teve também o apoio da empresa Gaivota Aviação Agrícola, sediada no Estado do PR. As aeronaves da Ufla são operadas e hangaradas através do acordo de cooperação com o Aeroclube de Lavras (ACL)”.

Ufla realiza semana de calouros

A Universidade Federal de Lavras (Ufla), recepcionou entre os dias 27 e 29 de fevereiro os calouros do primeiro semestre de 2008 dos cursos diurnos e noturnos. As atividades previstas na programação aconteceram no Ginásio Poliesportivo, Salão de Convenções e Salão de Exposições.

Na solenidade de abertura unificada para os cursos diurnos e noturnos estiveram presentes o acadêmico Nestor Vicente Soares Netto – presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Comunitários e Culturais (PRAECC) Nadiel Massahud, o pró-reitor adjunto de Graduação (PRG) João Chrysostomo de Resende Júnior, o reitor Antônio Nazareno Guimarães Mendes, e também, os coordenadores de cursos de graduação.
Os novos estudantes que participaram durante os três dias de programação foram recepcionados com palestras educativas, abordando os temas: “Entrei na Faculdade e Agora?”, “Os direitos sexuais reprodutivos” e “Seus direitos e deveres na Ufla”. Além disso, foram apresentados à representação acadêmica na Ufla que organizou oficinas culturais e técnicas objetivando a integração dos calouros à vida universitária. A Pró-Reitoria de Graduação disponibilizou tendas onde era possível conhecer os órgãos e setores da Universidade Federal de Lavras bem como as atividades desempenhadas por cada um. Merece destaque a “Ação Cidadania” que envolveu a 1ª calourada de 2008 com a coleta e distribuição de alimentos. A semana de calouros do primeiro semestre de 2008 teve como objetivo apresentar a estrutura administrativa da universidade, a representação estudantil dentro da UFLA, dicas de segurança, orientação para o uso da biblioteca, bem como o uso dos demais espaços da Ufla. Os estudantes e pais foram alertados que o trote é proibido na Universidade Federal de Lavras e todos receberam cópia da Resolução CUNI Nº 004 de 30/01/08, que proíbe esta prática. As penalidades previstas nesta Resolução vão desde a advertência até a suspensão ou mesmo o desligamento da Universidade e estão sujeitos a elas tanto aqueles que aplicarem o trote como os que receberem e permanecerem no campus trajando vestimentas e adereços alusivos a esta prática. As denúncias podem ser feitas pelo DISK-TROTE da UFLA: 3829-1154 ou pelo ramal interno 333.

Inovação
Após a solenidade de abertura, os calouros foram recepcionados com um jantar no Restaurante Universitário enquanto pais e familiares participaram de uma reunião promovida pela Reitoria. Os pais foram alertados sobre a necessidade de acompanhamento dos filhos, principalmente na fase inicial de adaptação à nova vida na Universidade, não apenas quanto aos aspectos relacionados ao desempenho acadêmico dos mesmos, mas também aos riscos da moradia em repúblicas, em alojamentos e ainda do envolvimento com bebidas alcoólicas e com drogas. A psicóloga Elizabeth Belo coordenou os trabalhos e apresentou uma palestra aos pais dos calouros e aos dirigentes da UFLA.