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Primeira dissertação de mestrado em Ciência e Tecnologia da Madeira defendida na Ufla

O mestrando José Benedito Guimarães Júnior defendeu seu trabalho sobre ‘Painéis produzidos com madeira de Eucalyptus: Estudo de caso de espécies e procedências’, no Curso de Mestrado em Ciência e Tecnologia da Madeira, área de concentração em Processamento e utilização da madeira, pela Universidade Federal de Lavras.

Para José Benedito “esse trabalho objetivou a avaliação de quinze procedências advindas de espécies de Eucalyptus cloeziana, Eucalyptus grandis e Eucalyptus saligna; na confecção de painéis compensados multilaminados e aglomerados convencionais. Foram mensuradas inicialmente a densidade básica e composição química das árvores. Comfeccionou-se seis paineis por modalidade de chapa para cada procedências. Utilizou nos laminados resina Fenol-Formaldeído com gramatura de 320g/m² com ciclo de prensagem de 15kgf/cm², 150ºC por 10 minutos. Nos particulados fez-se uso de Uréia-formaldeído com 8% peso do painel e ciclo de prensagem de 40kgf/cm², 160ºC por 8 minutos. Concluiu-se ser viável a manufatura de ambos os paineis a partir do material genético estudado. Nos compensados, os testes físicos mostraram valores dentro daqueles obtidos em literatura. Para os testes mecânicos, no que se refere MOR paralelo, apenas algumas procedências conseguiram atingir as exigências da norma; enquanto no teste comparativo entre tensão de cisalhamento e falha na madeira, as procedências 10634, 48 e 9753 não satisfizeram os valores estabelecidos. Nos aglomerados observou-se perdas de densidade em todos os painéis. Os testes físicos ficaram abaixo dos encontrados em literatura. Os testes mecânicos de MOE e ligação interna se mostraram abaixo daqueles valores mínimos”

A banca examinadora foi composta por: Lourival Marin Mendes (orientador), Angélica de Cássia Oliveira Carneiro, Setsuo Iwakiri, Fábio Akira Mori e Paulo Fernando Trugilho (suplente).

A defesa aconteceu no Anfiteatro do Departamento de Ciências Florestais, no dia 27 de fevereiro.

O trote e o lúdico: festejando!

A chegada à universidade marca sem dúvida uma nova etapa na vida de um jovem – ou mesmo daqueles já não tão jovens assim – o nome universidade não é gratuito, é a entrada em um novo mundo. Ingressar na universidade pode ser considerado um rito de passagem da vida moderna, e um dos mais importantes de nossa sociedade. Em outras sociedades, antes de ingressarem definitivamente na vida adulta os jovens devem passar por um período de isolamento, no qual seu corpo e sua mente são a um só tempo preparados para a nova fase que irá se iniciar. Não é um período fácil. Dietas especiais, restrições de visitas, provas físicas, exercícios diários para aprender as atividades valorizadas por seu grupo. Um tipo de sacrifício certamente comparável aos meses de estudos dos pré-vestibulandos, às festas perdidas trocadas por noites em claro estudando, ao isolamento em quartos, bibliotecas, salas de aula, à dieta especial à base de livros…

Mas os rituais de iniciação, em sua maior parte – em diversos cantos do mundo, sociedades africanas, ameríndias, australianas, camponesas – têm seu ponto ápice em uma grande festa que envolve toda a sociedade. Passada esta situação de isolamento e margem, os jovens neófitos são reinseridos à vida social, agora já como jovens adultos e não mais adolescentes ou crianças. E isto é motivo de celebração! Ora, o sacrifício a que se submeteram os vestibulandos também deveria ter o mesmo desfecho: uma celebração lúdica, uma verdadeira festa.

O festejar e o lúdico assumem na verdade uma dimensão de aprendizado da sociabilidade e apropriação de própria história por parte destes povos. É através da festa, em suas danças, cantos e encenações, que muitos dos conhecimentos necessários à essa nova vida adulta são repassadas aos jovens. A diversão para estes grupos tem um papel fundamental na sua vida social e é assunto sério, é o meio através do qual eles constroem e reafirmam a sua própria identidade.

Para nós, embora de forma menos explícita, a festa pode ter esse mesmo papel, é um momento no qual as pessoas podem conhecer umas às outras mas também reconhecerem-se a si próprias em seu novo papel. Não é preciso ir muito longe, basta lembrar das famosas festas de 15 anos, momento de confraternização, mas também um rito de passagem em que a menina deixa de ser pensada como uma criança e passa a ser reconhecida como uma jovem aos olhos dos outros e aos seus próprios olhos.

Toda celebração de um rito de passagem possui fundamentalmente uma dimensão de ensinamento e aprendizado, afinal, é um universo desconhecido que se descortina frente aos jovens – vestibulandos, neófitos, debutantes, não importa a situação – e eles devem sempre poder contar com os mais velhos nesta hora, sem no entanto nunca perder de vista a dimensão festiva e lúdica deste momento.

Mas toda festa é também potencialmente libertária, momento em que todos são iguais na comemoração e no qual a hierarquia cede lugar ao lúdico. Na própria definição de festa está a idéia de que ela cumpre um papel de aproximar aqueles que participam de suas celebrações, tornando-os um só “corpo festivo”. É um momento de celebração e confraternização, em que as diferenças podem e devem ser suavizadas, veteranos e calouros, jovens e velhos, homens e mulheres, na celebrações de recepção ao calouro são todos parte de uma mesma universidade e unidos por uma série de componentes comuns.

O “divertir-se” é ainda parte essencial também para o prosseguimento da “vida séria” em qualquer sociedade. Toda festa informa também sobre os valores e gostos de um grupo. Uma grande comemoração gera um grande excedente de energia; a escolha de como e para onde canalizar este excedente é o que confere a identidade de cada grupo, diz sobre aquilo que se é, mas também sobre o que poderá ser…

Ao agregar as pessoas mais diversas em um objetivo único de divertir-se, a festa recobre dimensões culturais, políticas e sociais. Ela possui mesmo um caráter libertário e transformador, capaz não apenas de informar sobre os valores e regras de um grupo, mas de revisá-los e transformá-los. Se na recepção aos calouros cada aluno tem a oportunidade de apresentar a universidade tal como ela é àqueles que acabam de chegar, tem também a chance de imaginar e construir como ela poderia ser. Isto sim seria entender que diversão também é coisa séria.

* Texto publicado em:
www.ufmg.br/dae/vemamigo/tacontigo1.html
criado pela Diretoria para Assuntos Estudantis para auxiliar na reflexão sobre o significado da recepção aos calouros.

Preços dos alimentos recuam para o consumidor

A taxa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (Ufla) ficou em 0,1% no mês de fevereiro, contra 1,12% no mês anterior.

Ao contrário do que vinha ocorrendo com os preços dos alimentos nos últimos meses, fevereiro foi marcado pela desaceleração dos preços deste grupo para o consumidor. Os alimentos tiveram alta de 0,75%, com a seguinte distribuição: os produtos in natura tiveram queda de 0,23%; os semi-elaborados ficaram mais caros 1,39% e os industrializados, alta de 0,43%. Em janeiro, os alimentos tiveram alta de 3,21% e, no ano de 2007, acumulou aumento médio de 16,4%. Os preços do feijão e da carne bovina, que foram aos vilões da inflação no ano passado, tiveram, em fevereiro, respectivamente, aumentos de 3,88% e 1,78%. Nos últimos quatro meses de 2007, os preços destes dois produtos acumularam alta de 90,51%, para o feijão e de 36,96%, para a carne bovina.

“E esta tendência de desaceleração já chegou ao campo. Em fevereiro, o preço pago pelo feijão ao produtor teve uma forte queda, de 44,37% e não se identificou alta na cotação da arroba do boi”, afirma o professor Ricardo Reis, coordenador dos Índices Agrícolas e do IPC da Ufla.

As demais categorias que aumentaram em fevereiro foram: bebidas (2,21%); bens de consumo duráveis – eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática (1,69%); higiene pessoal (0,35%) e material de limpeza, alta de 0,14%.

Entre os demais setores pesquisados pela Ufla, identificou-se queda na média dos preços para os seguintes segmentos: vestuário (-1,26%), despesas com transporte (- 0,25%) e gastos com educação e saúde, queda de 0,03%. A pesquisa não verificou alterações, em média, nos preços dos itens que compõem os grupos serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) e despesas com moradia e lazer.

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas teve alta de 1,46% em fevereiro, passando a custar R$318,31, contra R$313,31 em janeiro.

Programa Nacional de Pós-Doutorado recebe inscrições até amanhã

Os interessados em inscrever projetos para o primeiro Edital do Programa Nacional de Pós-Doutorado (PNPD) têm até o dia 28 de fevereiro (quinta-feira) para enviarem suas propostas ao CNPq. Lançado em dezembro de 2007 pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), do Ministério da Ciência e Tecnologia, e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), do Ministério da Educação, o Edital vai investir R$ 37,3 milhões para incentivar a atuação de jovens doutores em projetos de pesquisa com prazo mais longo (cinco anos).

Este é um esforço conjunto dos ministérios e suas agências que permitirá a absorção destes especialistas, possibilitando que levem adiante os projetos de desenvolvimento de novas tecnologias, especialmente nas áreas consideradas estratégicas, inseridas na Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE).

O Programa Nacional de Pós-Doutorado vai reforçar a pós-graduação, os grupos de pesquisa nacionais e apoiar projetos de médio prazo nas empresas de base tecnológica (EBT´s).

Uma parcela mínima de 30% do valor total destinado ao edital será voltada para projetos desenvolvidos por pesquisadores sediados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Os projetos aprovados no Edital contarão com bolsas de pós-doutorado, no valor mensal de R$ 3,3 mil, além de recursos de custeio para o bolsista (R$ 12mil por ano). As propostas também poderão prever contrapartida de outras instituições que sejam parceiras do projeto, como Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs), empresas, institutos de pesquisa, instituições de ensino superior, fundações universitárias, entre outras.

As inscrições podem ser feitas por meio do Formulário de Propostas On-line, disponível no endereço http://efomento.cnpq.br/efomento no caso de líderes de grupo de pesquisa ou de pesquisadores ligados a empresas. Para os coordenadores de pós-graduação os formulários estão disponíveis no endereço http://pnpd.capes.gov.br/pnpd. Os resultados serão divulgados no dia 15 de abril, e as contratações e implementações de bolsas estão previstas para maio de 2008.

Confira o Edital na íntegra no link
www.cnpq.br/editais/ct/2007/pnpd07.htm

Aula da saudade e entrega de prêmios aos formandos

Na manhã da última quarta-feira (27), os formandos da Universidade Federal de Lavras (Ufla) participaram da solenidade de entrega de prêmios. Diversas empresas parceiras da Universidade premiaram, nas respectivas áreas de atuação, os formandos que obtiveram o melhor desempenho acadêmico durante o curso de graduação.

Warley Moreira Franco, representante da Guabi fez a entrega do Prêmio Guabi, ao formando do Curso de Zootecnia Antônio Carlos Silveira Gonçalves.

José Peixoto Maciel Filho, diretor do Sindicato dos Administradores de Minas Gerais, fez a entrega do Prêmio CRA a formanda do Curso de Administração, Kamila Anderson Vasconcelos.
Heitor Augustus Xavier Costa, delegado da Sociedade Brasileira de Computação na Ufla, fez a entrega do Premio SBC, ao formando do Curso de Ciência da Computação, Janderson Rodrigo de Oliveira.

Lisete Chamma Davide, coordenadora do Curso de Graduação em Ciências Biológicas, em nome da CEMIG fez a entrega do prêmio CEMIG, a formanda do Curso de Ciências Biológicas, Dejane Santos Alves.

Carlos Eduardo da Silva Volpato, representando a Pinhalense Máquinas Agrícolas, faz a entrega do Prêmio Pinhalense, ao formando do Curso de Engenharia Agrícola, Vanderson Rabelo de Paula.
Bárbara Fernandes, assessora agronômica da Bunge Fertilizantes S.A. fez a entrega do Prêmio Bunge Fertilizantes para Iniciação Científica ao formando do Curso de Agronomia, Fábio Satoshi Higashikawa.

Marcos Roberto Dutra da Syngenta Proteção de Cultivos Ltda fez a entrega do Prêmio Syngenta Destaque em Cafeicultura ao formando do Curso de Agronomia, Rubens de Brito Mendes.

Juliana Lima, Bióloga da Vallourec & Mannesmann Tubes, fez a entrega do Prêmio Tubo Verde a formanda do Curso de Ciências Florestais, Gabriela Martucci do Couto.

Carlos Henrique Henrique, diretor comercial da Ouro Fino Saúde Animal fez a entrega do Premio Ouro Fino a formanda do Curso de Medicina Veterinária, Daniele de Lima.

Maria das Graças Cardoso para em nome do Conselho Regional de Química fez a entrega do Premio CRQ a formanda do Curso de Química Ana Paula de Lima Batista.

Alessandro Rios de Carvalho, do Laticínio Verde Campo fez a entrega do Premio Verde Campo, ao formando do Curso de Engenharia de Alimentos, Wanderson Alexandre Valente.

Aula da saudade
Após solenidade de premiação, num clima de descontração, os formandos participaram da “aula da saudade” que foi ministrada simultaneamente para cada curso de graduação. A “aula da saudade” é uma tradição seguida pelos formandos que, mesclando sentimentos de saudade e alegria, assistem à última aula com um professor escolhido por eles como aquele que marcou a vida acadêmica e deixará saudades.

Começou a coleta de dados da educação superior

As Instituições de Ensino Superior (IES) têm até o dia 18 de junho para fornecer as informações para o Censo da Educação Superior 2007, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP). O censo é obrigatório e as instituições que não responderem ficam impedidas de participar do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).

Serão colhidas informações sobre os cursos de graduação – presenciais e a distância – e suas habilitações. A pesquisa inclui ainda dados sobre pessoal docente e técnico, informações financeiras e de infra-estrutura, como bibliotecas, instalações e equipamentos. O preenchimento dos dados deve ser feito na internet, na página do Instituto: www.inep.gov.br.

Ufla entrega certificados aos bolsistas do BIC Júnior

A Universidade Federal de Lavras (Ufla) realiza, hoje às 17 horas a entrega dos certificados aos bolsistas do Programa de Iniciação Científica Júnior.

O Programa de Iniciação Científica Júnior consiste na concessão de quotas de Bolsas de Iniciação Científica Júnior às Universidades e Centros de Pesquisa públicos que tenham atividades de Ensino Superior ou Pós-Graduação (lato e/ou stricto sensu) e Pesquisa sediadas no Estado.

As bolsas são destinadas a alunos do Ensino Médio da Rede Pública de Minas Gerais. O processo de seleção dos bolsistas é realizado, com base em condições e critérios estabelecidos por uma Comissão de Avaliação, observando-se as diretrizes definidas no presente documento.
O objetivo geral deste Programa é favorecer estudantes do Ensino Médio e Profissional, para o desenvolvimento da vocação científica, ampliando sua formação em ambientes de pesquisa.

Bolsistas contemplados:

Alan Pereira Villela – E.E. Firmino Costa, Bruna Sales Ferreira – E.E. Cristiano de Souza, David Augusto Ribeiro – E.E. Firmino Costa, Delyson Vinícius Oliveira Souza – Colégio Tiradentes, Emily Shtefani de Carvalho – E.E. Cinira Carvalho, Glauciele de Lima Siva – E.E. João Batista Hermeto, Guilherme Abreu de Paula – Colégio Tiradentes, Jefferson Francisco R. de Oliveira – E.E. João Batista Hermeto, Larissa Carvalho Costa – E.E. Dora Matarazzo, Leonardo Francisco de Azevedo – Colégio Tiradentes, Luis Fernando Freire de Souza – E.E. Cristiano de Souza, Mayara de Souza Miranda – E.E. Dora Matarazzo, Nayara Teodoro do Prado – Colégio Tiradentes, Pablo Pereira – E.E. Azarias Ribeiro, Patrícia Machado Borges – E.E. Azarias Ribeiro, Priscila Aparecida Brito – E.E. João Batista Hermeto, Racielly das Graças Oliveira – E.E. Cinira Carvalho, Rafael Vilas Boas – E.E. Cristiano de Souza, Rafaela Torres Pereira – Colégio Tiradentes, Rodrigo Vitor da Silva – E.E. Firmino Costa, Larissa de Lima Rosa – Colégio Tiradentes, Sarah Fagundes Sousa – E.E. Dora Matarazzo, Tayane Cristina de Melo Naves – E.E. João Batista Hermeto, Thaysla Mariane Souza Alves – E.E. Dora Matarazzo e Thiago Júnior Furtado Garcia – E.E. Azarias Ribeiro.

Dirigentes participam da LXVIIIª reunião ordinária do Conselho Pleno da Andifes na UFBA

No dia 21 de fevereiro, aconteceu a LXVIIIª reunião ordinária do Conselho Pleno da Andifes, na Universidade Federal da Bahia. O encontro, que contou com a presença de 36 participantes, marcou as comemorações do bicentenário da Faculdade de Medicina da UFBA, primeira escola médica do País, fundada em 1808 durante passagem de D. João VI pelo Brasil.

Na ocasião, os dirigentes debateram pontos importantes para as Instituições Federais de Ensino Superior, como: as Procuradorias Jurídicas das IFES; o modelo de distribuição dos recursos de assistência estudantil; e a adequação do estatuto da Andifes ao novo Código Civil. A reunião contou com a presença do secretário da Educação Superior (SESu/MEC), Ronaldo Mota, que apresentou um balanço do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

Balanço do Reuni

a) Expansão Fase I

Com relação a etapa 1 da expansão, o secretário Ronaldo Mota informou que o procedimento de supervisão das obras será intensificado, principalmente nas unidades nas quais encontra-se em fase de conclusão. Este acompanhamento também está sendo feito pela Presidência da República, que acompanha mensalmente o andamento das obras.

Para dar agilidade ao processo, as IFES deverão informar ao MEC os dados da pessoa responsável por enviar todos os meses esse material atualizado á Diretoria de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Ensino Superior (DIFES/SESu/MEC).

b) Autorização de vagas da Portaria nº 450/2008

Segundo o secretário Ronaldo Mota, a Portaria nº 450/2008 autorizou a abertura de vagas para 2.880 docentes. Destas, 820 são destinadas à reposição, 1.683 para expansão da fase I, 40 para a Universidade Aberta do Brasil e 337 foram autorizadas antecipadamente em julho do ano passado.

Com relação aos concursos de técnicos-administrativos, o secretário Ronaldo Mota informou que foram autorizadas cinco mil vagas. Destas, 1.500 foram distribuídas para a expansão fase I, duas mil foram distribuídas para reposição e outras 1.488 foram distribuídas também para reposição, em Portaria publicada no dia 19 de fevereiro.

Segundo o secretário Ronaldo Mota, a diferença de 12 vagas está em processo de permuta de cargo com a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC/MEC). Essas vagas completarão o atendimento da demanda da UFRA, UFTM, UFVJM e UFPI.

De acordo com o secretário da Educação Superior, como não foram criadas novas vagas que possibilitem o atendimento de toda a demanda de provimento dos 7.880 cargos, será necessário realizar um remanejamento de códigos de vagas entre as IFES.

Os editais dos concursos que serão realizados a partir das vagas autorizadas deverão ser cadastrados no Portal do MEC. Esse procedimento garante a transparência nos processos.

c) Novas autorizações de vagas

O secretário Ronaldo Mota informou que existe a disponibilidade orçamentária para a liberação de CDs e FGs, mas os cargos ainda não foram criados porque dependem dos Projetos de Lei que estão no Congresso Nacional. Com esses projetos, a expectativa é de criação de 18.826 vagas de docentes e de 16.729 de técnicos-administrativos.

O PL nº 1.746/2007 prevê a criação de 2.800 vagas para docentes, 500 para técnicos-administrativos e 500 CDs e FGs. O PL nº 7.215/2006 prevê a criação de 2.300 vagas para docentes e 1.075 para técnicos-administrativos. O PL do Reuni prevê a criação de 13.726 vagas para docentes, 10.654 para técnicos-administrativos e 2.400 CDs e FGs.

Para auxiliar a tramitação do PL do Reuni, será necessário detalhar os cargos de docentes por campus e de técnicos-administrativos por categoria e campus. Para isso, cada IFES deverá cadastrar este detalhamento no Sistema Integrado de Planejamento, Orçamento e Finanças do Ministério da Educação (SIMEC) no módulo Reuni até o dia 28 de fevereiro.

d) Nomeações de servidores

De acordo com o secretário Ronaldo Mota, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) editou uma resolução na qual determina que as nomeações de servidores só serão possíveis para os concursos com resultados homologados até 05 de julho deste ano. Após esse período, os servidores só serão nomeados após a posse dos novos eleitos.

e) Professor Equivalente

O secretário Ronaldo Mota informou que o bando de professor equivalente será atualizado pelos dados de 28 de fevereiro de 2008 e terá nova portaria publicada em abril deste ano.

f) Assinatura dos Termos de Acordo de Metas

A assinatura dos Termos de Acordo e Metas ocorrerá no dia 06 de março, em Brasília. O evento será seguido do II Seminário do Reuni – Gestão Administrativa, promovido pelo Ministério da Educação.

O secretário da Educação Superior solicitou que cada IFES forme uma equipe responsável pela execução do Reuni e informe oficialmente à DIFES/SESu os contatos do interlocutor institucional.

Outros informes do MEC

a) Cursos e concursos

O secretário Ronaldo Mota informou que os recursos para 2008 continuarão saindo do custeio das IFES. Segundo ele, o subsecretário de Planejamento e Orçamento do Ministério da Educação, Paulo Rocha, sugerirá ao secretário executivo do MEC, José Henrique Paim, que seja criado um recurso suplementar para custear essas despesas, que devem aumentar no primeiro semestre de 2008 por causa da realização dos concursos de docentes que estão em andamento.

b) Negociação dos docentes

De acordo com o secretário Ronaldo Mota, as propostas de tabelas apresentadas nos acordos assinados com as entidades sindicais serão mantidas, inclusive as de técnicos-administrativos. Contudo, será debatida com as entidades a possibilidade de revisão dos prazos em função da não aprovação do orçamento de 2008 e da discussão sobre a carreira dos docentes de 1º e 2º graus.

O secretário Ronaldo Mota informou, também, que será constituído um grupo de trabalho para discussão e apresentação de uma nova estrutura para a carreira do magistério superior, que garanta maior capacidade de progressões.

c) Assistência Estudantil

Segundo o secretário Ronaldo Mota, essa ação deverá ser operacionalizada por meio da Diretoria de Políticas e Programas de Graduação da Educação Superior do MEC, com um orçamento total de cerca de R$ 126 milhões. Deste valor, 50% será distribuído seguindo o acordado na negociação do orçamento de 2008 e o restante está aguardando a proposta de critérios da Andifes. O repasse será feito quando houver a liberação do orçamento deste ano.

Procuradorias Jurídicas das IFES

O Conselho Pleno da Andifes decidiu, por unanimidade, que a Associação estudará ações jurídicas e legislativas que assegurem a autonomia universitária das IFES.

Modelo de Distribuição dos Recursos de Assistência Estudantil

O modelo, apresentado pela Comissão de Orçamento e Financiamento da Andifes e pelo Fórum de Pró-Reitores de Planejamento e Administração (Forplad), foi aprovado e será encaminhado à Secretaria de Educação Superior do MEC.

Adequação do Estatuto da Andifes ao novo Código Civil

O Conselho Pleno aprovou a adequação do estatuto da Andifes ao novo Código Civil.

Salário de professores aumentou 39%

Estudo do Ministério da Educação mostra que variação de renda na rede pública foi maior que a inflação de 17% entre 2003 a 2006

Tese da FGV-SP revela também que de 1995 a 2006 salários no magistério público cresceram mais do que em outras categorias

Em muitas análises sobre a piora da qualidade da educação, um argumento usado é o de que sucessivas perdas salariais foram diminuindo a atratividade da carreira do magistério. Duas pesquisas inéditas, no entanto, apontam mudanças positivas nesse quadro.

Uma delas, feita pelo Inep (instituto de pesquisa e avaliação do MEC) a partir da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE), mostra que, de 2003 a 2006, o rendimento médio dos professores do setor público na educação básica aumentou 39%.
O crescimento foi superior aos 17% registrados no índice de inflação oficial, o IPCA, e aos 29% registrados para os demais trabalhadores.

A outra, elaborada por Gabriela Moriconi na Escola de Administração de Empresas da FGV-SP, usa também a Pnad para concluir que, de 1995 a 2006, os ganhos nos rendimentos dos professores da rede pública básica foram superiores aos das escolas particulares e aos de outros trabalhadores do setor público e privado.

Moriconi comparou os salários de um professor da rede pública da educação básica aos de um trabalhador com as mesmas características (escolaridade, cor, sexo, domicílio e outras variáveis) no setor privado e em outras ocupações.

Para profissionais com nível superior, seu trabalho mostra que a distância que separava os professores da rede pública dos demais grupos diminuiu.

O diferencial em favor de outros trabalhadores (não-professores) do setor privado com nível superior caiu de 62% para 17% entre 1995 e 2006. Para ocupados no setor público que não estão no magistério, a redução foi de 60% para 43%.

Quando se compara somente docentes do setor público e privado com diploma, o diferencial cai de 34% em 1995 para insignificativos 2,5% (ainda em favor do setor particular).

O mesmo foi verificado nas comparações de profissionais com formação apenas de nível médio com mesmas características. Nesse caso, os diferenciais, desfavoráveis em 1995, passaram a ser favoráveis aos professores da rede pública.

Pela pesquisa do MEC, o maior crescimento na renda da rede pública foi verificado de 2005 para 2006.

O trabalho de Moriconi destaca igualmente que a melhoria foi mais intensa nos últimos anos, mas, por analisar um período maior -1995 a 2006-, cita também possíveis efeitos do Fundef (fundo de financiamento do ensino fundamental criado em 1996) e uma tendência de melhoria na remuneração em todo o setor público.

Por se tratar de um movimento recente, as razões dessa melhoria salarial ainda foram pouco estudadas.

Para o ministro Fernando Haddad (Educação), a retomada das discussões sobre o estabelecimento de um piso salarial nacional de R$ 850 e uma maior pressão em ano eleitoral (2006) por reajuste ajudaram a melhorar o rendimento dos professores em 2006.
A presidente União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação, Justina Iva Silva, aponta que muitos municípios só recentemente criaram planos de carreira e remuneração.

Para Roberto Franklin de Leão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, o crescimento se deve ao pagamento de abonose gratificações. ‘Não pode ser considerada política salarial perene. O benefício pode ser retirado a qualquer momento e não atinge inativos’.

Pernambuco tem piores salários; DF, os melhores

São Paulo tem quinta maior média, R$ 1.767, nas redes municipal e estadual. Levantamento revela surpresa, como o terceiro lugar conquistado por Sergipe; cálculo teve como base jornada de 40 horas

Os maiores rendimentos de professores da rede pública básica para uma jornada de 40 horas são encontrados no Distrito Federal (R$ 3.371, em média), diz o estudo do Ministério da Educação feito a partir da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). Os docentes de Pernambuco são os com piores salários (R$ 831) no país.

Em Pernambuco, Maria Agnalda Cunha, 47, mesmo com nível superior, tem na rede estadual salário bruto com gratificações de apenas R$ 542 para uma jornada parcial. Segundo ela, o valor não chegar a ser suficiente nem para poder quitar mensalmente as despesas com água, luz e telefone.

Por isso, precisa complementar o salário dando aulas à noite no município e, entre as duas escolas, ainda acha tempo para dar aulas particulares. ‘Fica muito apertado e não sobra quase nenhum tempo livre’, diz Maria Agnalda.

Já Cesar Santos, 41, professor em Brasília, consegue um rendimento líquido de cerca de R$ 3.000 ao trabalhar exclusivamente na rede distrital.

‘Se eu disser que não consigo viver com esse salário estaria mentindo, mas não pago aluguel. Muitos professores daqui não têm essa facilidade, o que faz muita diferença numa cidade com custo de vida tão alto’, afirma Santos.

Antônio Lisboa, diretor do Sindicato dos Professores do Distrito Federal, lembra que, além do custo de vida, é preciso considerar que os professores têm o pior rendimento entre os servidores públicos da capital.

O secretário de educação do DF, José Valente, reconhece essa situação e diz que o governo se comprometeu a priorizar os professores em reajustes, mas afirma que, por ter os melhores salários do Brasil, cobrará sempre os melhores desempenhos em avaliações.
O levantamento revela também algumas surpresas. O Estado de Sergipe aparece como terceiro melhor rendimento (média de R$ 2.012).

O diretor de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Sergipe, Roberto dos Santos, diz que, levando em conta gratificações, o salário pode mesmo chegar a R$ 2.000 se o professor trabalhar no Estado e no município.

Ele diz que o sindicato conseguiu repor parte das perdas em 2006, mas que ainda há uma perda acumulada de 32%.

São Paulo

São Paulo tinha em 2006 a quinta maior média (R$ 1.767) quando se considerava tanto a rede municipal quanto a estadual. Considerando apenas a rede estadual, o Estado apresentava o sétimo maior rendimento (R$ 1.840). Na média das redes municipais, o rendimento dos professores paulistas era o segundo maior.

Uma das maiores vantagens de usar a Pnad em comparações de salários de professores é que a pesquisa permite medir o rendimento médio de todos os docentes do país, sem se limitar a apenas um ponto da carreira (o rendimento para um professor em início da carreira é sempre diferente de um no fim, por exemplo).

Em compensação, por ser uma pesquisa feita por amostra, é preciso considerar que há margem de erro.

Os rendimentos médios de R$ 1.840 na rede estadual de São Paulo, por exemplo, são tão próximos dos de Rondônia (R$ 1.863), Roraima (R$ 1.856) e Acre (R$ 1.826) que a diferença não é estatisticamente significativa. (ANTÔNIO GOIS)

Melhoria salarial não é suficiente, diz MEC

Para o MEC e secretários de educação, a melhoria dos salários dos professores é um ponto positivo, mas não suficiente para impactar na qualidade.

O ministro Fernando Haddad diz que o governo espera que os salários continuem melhorando por causa do Fundeb (fundo de financiamento da educação básica que substituiu o Fundef) e da aprovação do piso nacional de R$ 850, em tramitação no Congresso. Ele afirma, no entanto, que a melhoria na formação dos professores é fundamental.

Sua avaliação é de que os currículos em cursos de pedagogia são muito voltados para a formação teórica e preparam pouco o professor para sua principal função em sala de aula: ensinar. Para incentivar a mudança, o ministro diz que o próximo Enade -avaliação aplicada aos os formandos- já será adequado a essa nova formação.

Outra estratégia que Haddad cita nesse sentido foi a criação do Conselho Técnico e Científico da Educação Básica, órgão que terá entre suas atribuições orientar políticas públicas para capacitação de professores e ajudar o MEC na avaliação da qualidade dos cursos.

O ministério quer também incentivar que os melhores professores formados em universidades públicas sejam atraídos pelas escolas públicas. ‘Foi por isso que, ao lançarmos o Pibid [programa que oferecerá bolsas a alunos de cursos de licenciatura e pedagogia de universidades públicas], colocamos como contrapartida o desenvolvimento de projetos de educação em escolas públicas’, diz Haddad.

O sociólogo Simon Schwartzman, ex-presidente do IBGE no governo FHC e atual presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade, aponta como fundamental para a qualidade da educação a melhoria da formação do professor.

‘Bons salários podem atrair melhores talentos, mas aumentar o vencimento de quem já está trabalhando não muda muita coisa. No entanto, para mudar o prestígio da profissão, é preciso também melhorar a qualidade dos cursos de pedagogia e educação, hoje desmoralizados. Uma combinação interessante poderiam ser cursos bem articulados, criados ou supervisionados por secretarias de educação como as de São Paulo ou Minas’, diz. (AG)

Confira os lançamentos das editoras universitárias

“Para fazer música”, Cecília Cavalieri França – um livro didático para o ensino da música para 2ª/9 e 3ª/9 séries do Ensino Fundamental. É visualmente estimulante, todo em cores e ricamente ilustrado, com um design que mescla desenho, fotografia e outros recursos visuais. O texto dialoga com a criança, estimulando-a a se posicionar expressiva e criticamente em relação às experiências realizadas. Convocações específicas, como “Reúna sua turma” e “Convide seus amigos”, direcionam o foco para atividades coletivas capazes de promover o desenvolvimento sócio-emocional da criança. Propostas-âncora, tais como “Experimentando”, “Você sabia?” e outras, criam uma cultura de pesquisa sonora e sua imediata aplicação musical. O livro inclui um CD com 35 faixas sugeridas para apreciação com um repertório variado que inclui rock, rap, samba e compositores como Villa-Lobos, Tchaikovsky, Mussorgsky, Schafer, entre outros. Fruto de anos de pesquisa e experimentação da autora com base na obra do educador musical inglês Keith Swanwick, a proposta estimula a pesquisa e a experimentação, envolvendo a criação individual e coletiva, a apreciação de obras de tradições diversas, o canto, a performance instrumental e a construção de instrumentos alternativos. Com a recente volta da obrigatoriedade do ensino da música nas escolas (PL330/2006), Para fazer música torna-se uma ferramenta indispensável para o educador musical. (UFMG)

´Cultura Popular: nas teias da memória´, Ingrid Fechine e Ione Severo (Orgs.) – tem como proposta dialogar os conceitos de Cultura e de Memória no âmbito da construção identitária, da arqueologia social, da etnografia, do patrimônio e autoria, da voz, da performance e da poética dos folhetos de cordel. (UFPB)

“Entre o mar e a montanha: esporte, aventura e natureza no Rio de Janeiro”, Edmundo de Drummond Alves Junior e Cleber Augusto Gonçalves Dias – imagine um amplo mercado consumidor ávido por produtos articulados a símbolos da cultura esportiva, associados a imagens de aventura, coragem, audácia e jovialidade. Junte-se a isso uma cidade de paisagens deslumbrantes, recortada por praias e morros propícios à prática de surf, caminhada, windsurf, vôo livre, escalada, ciclismo. Dessa mistura, emerge um poderoso símbolo de identificação coletiva que os pesquisadores chamam de “identidade esportiva do carioca”. Patrocinada pelo Ministério do Esporte, a obra analisa os desafios e perspectivas dos esportes praticados na natureza, também conhecidos como radicais e de aventura, especialmente o surf e o montanhismo, sob as perspectivas das ciências sociais e econômica. (UFF)

“Trabalho docente na educação básica: contribuições formativas e investigativas em diferentes contextos”, Filomena Maria de Arruda Monteiro (Org.) – a obra enfeixa o resultado de estudos, reflexões e pesquisas na área da Educação, com destaque para dois grandes eixos analíticos: Formação Docente de Professores e Trabalho Docente/Fazer Pedagógico. São abordadas, na primeira parte, questões relativas às reformas educacionais, a avaliação formativa e o trabalho com os portifólios, as mudanças na prática de ensino e sua interface com a cultura docente, a formação continuada dos professores e sua estreita relação com o fazer pedagógico, os cursos de licenciatura parcelada e a atuação dos professores-formadores. Na segunda parte são analisadas a agenda dos futuros professores das séries iniciais, as políticas de currículos e sua visão crítica, assim como os ciclos de formação. (UFMT)