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Milho e feijão recuam para o produtor

O Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla) divulgou os Índices de Preços Agrícolas do mês de fevereiro de 2008. Neste período, os preços recebidos pela venda dos produtos agrícolas registraram queda, em média, dos itens pesquisados.

Em fevereiro, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos do setor rural caiu 7,26%, puxado pelas baixas do preço do feijão, que teve forte queda no mês de 44,37% e do preço do milho, que recuou 17,24%. Já os preços pagos aos produtores pelas vendas do café, do arroz, do leite tipo C e da arroba do boi não se alteraram, no mês. Mesmo com o excesso de chuvas em fevereiro, os hortifrutigranjeiros tiveram queda média de 3,1%, apesar das altas de preço dos ovos (24,87%), da beterraba (42,22%) e da laranja (73,08%).

Para o professor Ricardo Reis, coordenador dos Índices Agrícolas, a baixa do preço do feijão está associada à queda nas vendas, influenciada pelo menor consumo devido aos altos preços do produto verificados no segundo semestre de 2007, além da entrada da safra paranaense no mercado. Já a queda do milho não era esperada na atual conjuntura, visto que as demandas doméstica e internacional estão aquecidas. Segundo o prof. Ricardo, a persistir este cenário favorável, espera-se uma recuperação das cotações do produto nos próximos meses.

No mês de Fevereiro, os preços médios dos insumos agrícolas estiveram em alta. O Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agropecuários aumentou 1,19%. Entre os mais de 180 itens pesquisados, as maiores altas ficaram com os setores ligados às sementes e mudas (12,84%), bernicidas (3,1%), vacinas (1,27%) e manutenção de equipamentos, com alta de 1,99%.

Bolsista BIC-Júnior é aprovado no Vestibular da UFJF

O estudante Leonardo Francisco de Azevedo, do Colégio Tiradentes em Lavras e bolsista no Programa de Bolsas de Iniciação Científica Júnior – BIC-Júnior na Universidade Federal de Lavras (Ufla), foi aprovado em 4º lugar no Curso Ciências Sociais pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Nesse Programa, apoiado pelo CNPq e Fapemig, alunos do ensino médio da rede estadual participam de projetos na Ufla nas diversas linhas de pesquisa.

Essa aprovação demonstra o cumprimento de um dos objetivos desse programa que é a inserção desses estudantes na Universidade.

Ufla abre vaga para Professor Substituto

A Universidade Federal de Lavras (Ufla) divulga o edital que abre inscrições para seleção de Professor Substituto, nos termos da Lei nº 8.745/93 conforme a resolução CUNI nº 046/2007.

Os candidatos concorrerão à vaga na área de Inspeção de alimentos de origem animal e deverão possuir titulação mínima de graduação em Medicina Veterinária. Para o cumprimento do regime de trabalho de quarenta horas semanais, a remuneração do cargo será de R$ 988,00 (novecentos e oitenta e oito reais), mais auxílio alimentação no valor de R$ 143,99 (cento e quarenta três reais e noventa e nove centavos).

As inscrições poderão ser realizadas entre os dias 3 e 7 de março de 2008, das 08h às 11h e das 13 às 16h na Divisão de Seleção e Desenvolvimento da Diretoria de Recursos Humanos, prédio da Reitoria da Ufla em Lavras MG.

Mais informações pelo telefone 35 3829-1146, ou no site www.drh.ufla.br.

Seminário debate modelo de pesquisa e pós-graduação das IFES

O encontro reuniu, pela primeira vez, dirigentes, vice-dirigentes e pró-reitores das Instituições Federais de Ensino Superior e as agências de apoio à ciência e tecnologia para debater a pós-graduação brasileira

Dirigentes e representantes de agências de apoio à ciência e tecnologia do País debateram, nesta quarta-feira (20/02), o modelo de pesquisa e de pós-graduação das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), em seminário promovido pela Andifes, em Salvador, Bahia. O encontro discutiu as possibilidades de superar a fragmentação da pós-graduação, as formas de financiamento, a avaliação de desempenho e outras questões para auxiliar a formulação de propostas de reestruturação da pós-graduação brasileira no âmbito das IFES.

O presidente da Andifes, reitor Arquimedes Diógenes Ciloni (UFU), abriu o seminário, afirmando que as IFES possuem programas de pós-graduação de alto nível – a maioria ostenta conceitos máximos, entre 5 e 7, de acordo com a avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Entretanto, os cursos avaliados insatisfatoriamente precisam de auxílio para melhorar sua conceituação.

A vice-presidente do (CNPq), Wrana Maria Panizzi, e o coordenador do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (FOPROP), Jaime Arturo Ramírez , apresentaram o histórico e os indicadores da pesquisa e da pós-graduação brasileira. Segundo eles, o Brasil ocupa hoje a 15ª posição no cenário de produção científica mundial, titulando mais de dez mil doutores e trinta mil mestres por ano.

Entre os dados apresentados, estão: as IFES acomodam e são responsáveis pela titulação de 50% dos alunos de pós-graduação do País; o sistema federal de pós-graduação brasileiro é responsável pelo oferecimento de 56% dos programas de doutorado, apresentando a maior expansão no último triênio; 53% dos docentes das IFES estão envolvidos em pós-graduação no País; o corpo discente vem crescendo a uma taxa maior a 10% ao ano em matrículas, alunos novos e titulados.

O diretor de programas da Capes, Emídio Cantídio de Oliveira Filho , fez uma apresentação sobre o financiamento da pesquisa e da pós-graduação no Brasil. De acordo com ele, a agência financia atualmente 3.165 cursos, por meio de bolsas de estudo de mestrado (20.827), doutorado (12.007) e pós-doutorado (369).

Em 2007, a Capes investiu aproximadamente R$ 642 milhões em financiamento para formação de recursos humanos e desenvolvimento das atividades da pós-graduação no País. Para este ano, está previsto um orçamento de cerca de R$ 701 milhões.

Os presidentes do CNPq, Marco Antônio Zago , e da Capes, Jorge Almeida Guimarães, debateram sobre a relação das agências com as IFES. De acordo com os dados apresentados, as universidades brasileiras são grandes produtoras de conhecimento científico. Cerca de 75% dos nossos cientistas encontram-se nessas instituições. Em países como o Canadá, os Estados Unidos, a Inglaterra e a Alemanha, este percentual não chega a 40%.

O reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Ícaro de Sousa Moreira, e o diretor de avaliação da Capes, Renato Janine Ribeiro, fizeram uma avaliação da pesquisa e da pós-graduação brasileira. A expansão da pesquisa e da pós-graduação nas IFES foi o tema debatido pelo vice-presidente da Andifes, reitor José Ivonildo do Rêgo (UFRN), e pelo ex-reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Francisco César de Sá Barreto.

O modelo de pesquisa e de pós-graduação das IFES será debatido na reunião do Conselho Pleno da Andifes, que acontecerá na Universidade Federal de Tocantis (UFT) e em outros encontros da Associação. Após, a Andifes deverá formular uma proposta de fortalecimento e expansão da pós-graduação das IFES, que será apresentada ao Ministério da Educação.

Haddad diz que Brasil precisa ampliar os recursos para educação em, pelo menos, 50%

Brasília – O ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu ontem (20) o aumento de recursos para a educação no país, durante o lançamento do Prêmio de Inovação em Gestão 2008, que destaca municípios que desenvolvem projetos inovadores em suas redes de educação básica. De acordo com Haddad, para que o Brasil supere os baixos indicadores de desenvolvimento da educação, a verba destinada à pasta tem que aumentar.

“Nós entendemos que um país com as características do Brasil não pode conviver com um investimento na casa dos 4% do PIB [Produto Interno Bruto]. Nós entendemos que um país com uma elevada dívida educacional e um baixo PIB per capita, tem que ampliar os recursos em, pelo menos, 50%”, afirmou o ministro.

Ainda de acordo com Haddad, é preciso organizar, junto com os sistemas educacionais estaduais, três áreas de atuação que serão prioridade do Ministério da Educação (MEC) para este ano: gestão escolar, avaliação periódica dos alunos e formação dos professores.

Os temas serão discutidos na 5ª reunião do grupo de trabalho das capitais e grandes cidades, que acontece de hoje até a próxima sexta-feira (22), em Brasília, e reúne gestores de educação dos 109 municípios com mais de 200 mil habitantes

Primeira dissertação do curso Mestrado em Biotecnologia Vegetal na Ufla

O Curso de Mestrado em Biotecnologia Vegetal da Universidade Federal de Lavras (Ufla) terá sua primeira dissertação defendida em 22/02/2008, as 14 horas, no Anfiteatro da Biblioteca Central.

A aluna Elizângela Almeida Rocha, orientada pelo professor Luciano Vilela Paiva, desenvolveu seu trabalho sobre “Divergência genética e Fingerprint em cultivares de Batata (Solanum tuberosum L.) usando marcadores moleculares RAPD e SSR”.

A Banca será composta por Luciano Vilela Paiva, Cláudia Teixeira Guimarães, Anderson Cleiton José e Marcelo Murad Magalhães (Suplente).

Para a autora, a introdução de novas cultivares de batata (Solanum tuberosum L.) tem sido uma estratégia adotada para aumentar a produtividade. Devido aos processos de melhoramento, a batata apresenta base genética estreita o que dificulta a identificação das cultivares por meio de marcadores morfológicos. Assim, há uma necessidade constante de utilizar métodos que possam identificar tais cultivares e avaliar a divergência genética em seu germoplasma.

O trabalho teve como objetivo avaliar a divergência genética e identificar cultivares de batata por meio de marcadores RAPD e SSR. Foram avaliadas 16 cultivares fornecidas pela Empresa Multiplanta Tecnologia Vegetal Ltda. O DNA genômico foi extraído através do protocolo CTAB, sendo a amplificação e obtenção dos fragmentos analisados através de reações RAPD e SSR.

As distâncias genéticas foram obtidas pelo coeficiente de Jaccard, o agrupamento pelo método UPGMA e foram obtidos também, os valores de PIC para os primers RAPD e SSR utilizados. 25 primers RAPD e 20 primers SSR foram selecionados com base na quantidade e qualidade do polimorfismo obtido entre as cultivares. Os 25 primers RAPD geraram 92 bandas polimórficas e os 20 primers SSR produziram 136 bandas polimórficas as quais foram suficientes para estabelecer a similaridade genética entre as cultivares em estudo. A análise de agrupamento, realizada com o método UPGMA, produziu os dendogramas os quais permitiram uma distinção genética das cultivares.

Os valores de PIC demonstraram o alto conteúdo informativo dos primers RAPD e SSR, sendo que através da utilização de 6 primers RAPD e de 3 primers SSR foi possível identificar todas as 16 cultivares analisadas neste estudo. Os marcadores RAPD e SSR foram adequados para a diversidade genética e caracterização das cultivares de batata evidenciando que o alto grau de polimorfismo detectado por estes marcadores confirma o potencial das técnicas na análise de fingerprinting e suas utilidades na caracterização genética de cultivares de batata.

Municípios podem concorrer a prêmio de R$ 100 mil por destaque em gestão educacional

Brasília – Municípios com boas práticas em administração escolar poderão concorrer à 2ª edição do Prêmio Inovação em Gestão 2008, que foi lançado ontem (20), em Brasília. Os dez municípios com as melhores práticas de administração escolar vão dividir R$ 1 milhão.

O lançamento aconteceu durante a abertura da 5ª reunião do grupo de trabalho das capitais e grandes cidades, que reúne gestores da educação básica. Este ano, o foco da premiação será a qualidade na aprendizagem.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que a iniciativa tem a intenção de dar visibilidade à boa gestão educacional realizada em muitos municípios e estados, que às vezes, não chegam ao conhecimento público. “Muitas vezes essas experiências ficam encapsuladas ali naquela região, cidade ou escola, e não ganham a visibilidade que merecem. Então, educar bem também é disseminar aquilo que se faz bem”, afirmou.

Questionado sobre a importância de uma boa gestão escolar, o ministro disse que a organização nas escolas afeta diretamente os alunos. “Todo mundo que participa de uma forma de organização bem estruturada enxerga seus objetivos, sua missão e, principalmente, o zelo com os recursos ali investidos. Com certeza é um fator motivador para a permanência do aluno na escola.”

Serão premiados com R$ 100 mil as dez experiências de gestão municipal que contribuam de forma efetiva para o alcance das metas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e, conseqüentemente, para a melhoria da qualidade da educação básica na região. Podem participar dirigentes municipais de educação ou coordenadores por eles designados que desenvolvam projetos inovadores em suas redes de educação básica.

As inscrições vão até o dia 18 de abril. Os municípios podem optar entre os seguintes grupos temáticos: planejamento e gestão, gestão pedagógica, de pessoas, avaliação e resultados educacionais. Cada um dos temas está vinculado às diretrizes do PDE.

O prêmio é uma iniciativa do Ministério da Educação em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

As inscrições podem ser feitas no site do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O regulamento e o calendário do programa também estão na página do instituto (www.inep.gov.br). A entrega do prêmio está marcada para o dia 19 de novembro.

Seminário abre debate sobre alternativas para aumentar a escolarização no campo

Na zona rural brasileira, 60% dos estudantes que concluem a oitava série do ensino fundamental não se matriculam no ensino médio. Dados do Censo Escolar demonstram que, dos alunos matriculados nessa etapa do ensino, mais de 92% deslocam-se para a área urbana. Além do número de escolas rurais ser muito pequeno, o ensino raramente leva em consideração as especificidades do campo. Desde ontem, técnicos do Ministério da Educação estão reunidos com professores universitários e representantes de movimentos sociais para discutir a questão.

O objetivo do encontro é a elaboração de uma proposta de oferta, no campo, de ensino de nível médio integrado ao profissionalizante e à educação de jovens e adultos. A 2ª Oficina sobre Ensino Profissional Integrado do Campo, coordenada pelas secretarias de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) e de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), apresentará novos métodos a serem adotados a partir do segundo semestre deste ano.

A intenção é elevar a taxa de escolarização em áreas rurais e, a longo prazo, promover a emancipação do campo em relação à área urbana. Dentre as propostas apresentadas, está a de ensino médio profissionalizante de quatro anos voltado para a produção agropecuária, com ênfase em agroecologia. De acordo com Ana Laurenti, consultora da coordenação-geral de educação no campo do MEC, essa opção atende a demanda dos pequenos produtores rurais.

“Historicamente, as escolas técnicas agrícolas preparam técnicos com conhecimentos aplicáveis a grandes fazendas e agroindústrias”, explicou. De acordo com a especialista, a nova modalidade é mais adequada à agricultura familiar, por ensinar técnicas que exigem menos insumos e equipamentos para o plantio.

Estão previstas, ainda, opções de ensino profissionalizante não necessariamente voltadas para atividades agrícolas. “Queremos formar pessoas para atender às necessidades da área rural, mas isso não significa que elas tenham de atuar no campo”, disse Ana Laurenti. As áreas podem ser as de turismo e saúde, por exemplo.

Até o fim da tarde desta terça-feira, 19, será elaborado documento que norteará as ações educacionais do ensino médio em área rural. Participam da oficina professores e técnicos de instituições, organizações e movimentos sociais com experiência em projetos de escolarização, técnicos da Secad, da Setec e da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC).

Pobreza afeta neurônios e prejudica aprendizado

Herton Escobar, BOSTON

Crianças criadas em condições de pobreza têm mais dificuldade para aprender, não só por questões socioeconômicas, mas também biológicas. Pesquisas realizadas nos últimos anos comprovam que a pobreza tem impacto direto no desenvolvimento do cérebro, justamente no período mais crítico da infância, deixando seqüelas neurológicas que diminuem a capacidade de aprendizado. Pelo que estão descobrindo os neurobiólogos, o fraco desempenho dos alunos da rede pública tem raízes que vão muito além do que acontece na sala de aula.Os resultados dessa relação entre pobreza e aprendizado já são conhecidos dos educadores, mas os cientistas ainda estão longe de explicar como isso ocorre biologicamente.

Uma explicação simples seria dizer que crianças pobres freqüentam escolas piores, têm menos acesso a informação e cultura, portanto é natural que aprendam menos do que as outras, mais privilegiadas. Nesse caso, é fácil jogar a culpa nos professores ou na falta de dedicação dos próprios alunos. Mas, segundo os cientistas, é preciso considerar que esses alunos já entram no sistema em desvantagem, por mais dedicados que sejam.

CIRCUITOS MAL LIGADOS

A capacidade do ser humano de memorizar, lembrar e aprender novas informações depende de uma constante reconfiguração de sinapses – as ligações entre um neurônio e outro, por meio das quais são transmitidas e armazenadas as informações no cérebro. A maior parte dos neurônios é formada no útero, durante o desenvolvimento embrionário e fetal, mas a planta básica de conectividade dessas células só é estabelecida nos primeiros anos de vida, na medida em que a criança aprende a falar e raciocinar.

Numa situação de pobreza, em que há menos estímulos, piores condições de saúde, má nutrição, maior exposição a substâncias tóxicas, abuso e outras dificuldades domésticas, esse desenvolvimento primordial do cérebro pode ser prejudicado. “Uma vez que os circuitos são fechados, não dá para voltar atrás e reconfigurar o sistema. A criança vai viver com os circuitos defeituosos para sempre”, diz o pesquisador Jack Shonkoff, diretor-fundador do Centro sobre Desenvolvimento Infantil de Harvard.

O assunto foi tema de um simpósio da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS) na semana passada, em Boston. “Não há dúvida de que ser pobre é ruim para o cérebro”, disse a organizadora do debate, Martha Farah, da Universidade da Pensilvânia. Estudos mostram, por exemplo, que crianças de três anos de idade, cujos pais têm diploma universitário, têm um vocabulário três vezes maior do aquelas cujos pais não completaram o ensino básico. “Com dois anos você já pode notar a diferença”, disse Shonkoff. As seqüelas da pobreza no desenvolvimento cerebral são profundas, mas não totalmente irreversíveis. Estudos com animais mostram que o cérebro tem “plasticidade” suficiente para se recuperar, se os estímulos positivos para que isso ocorra forem também suficientes. No caso dos seres humanos, esses estímulos podem variar desde um programa de leitura até a oportunidade de estudar numa boa escola.

Ufla realiza Workshop internacional em estresse abiótico

O evento é uma promoção da Universidade Federal de Lavras (Ufla) e tem como objetivo a integração entre os programas de pós-graduação em Fisiologia Vegetal, Biotecnologia Vegetal e Ciência do Solo e que os participantes despertem o interesse por estudos que envolvam a multidisciplinaridade na resolução de questões ambientais envolvendo plantas, biotecnologia e metais pesados.

O workshop contou com a presença de pró-reitores, coordenadores de cursos e programas, chefes de departamentos, professores, técnico- administrativos, estudantes de graduação e de pós-graduação.

Para compor a mesa de honra foram convidadas as seguintes autoridades: o pró-reitor de Pós-Graduação, Joel Augusto Muniz, representando Antônio Nazareno Mendes, reitor da Ufla; pró-reitora de Pesquisa, Édila Vilela de Resende Von Pinho; coordenador do Programa de Pós-Graduação em Fisiologia Vegetal, Renato Paiva; coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciência do Solo, Carlos Alberto Silva e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Vegetal, Luciano Vilela Paiva.