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Andifes discute rumos da pós-graduação brasileira

Um projeto semelhante ao Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) deverá resultar do seminário que a Andifes realiza hoje (20/02) em Salvador. De acordo com o presidente da Associação, reitor Arquimedes Diógenes Ciloni(UFU), o encontro objetiva discutir formas de superar a fragmentação da pós-graduação brasileira. As discussões vão abranger o financiamento, a avaliação de desempenho e outras questões que ajudem na formulação de propostas de reestruturação da pós-graduação brasileira, no âmbito das universidades federais.

Ainda segundo o reitor Arquimedes Ciloni, as universidades federais brasileiras possuem programas de pós-graduação de alto nível, dos quais a maioria ostenta conceitos máximos – 5 a 7 – conforme avaliação da Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (Capes). Entretanto, a parte dos cursos avaliados insatisfatoriamente precisa de auxílio para melhorar sua conceituação. Falta, portanto, uma planificação que oriente novas linhas de pesquisa à luz de um projeto de nação. “Os organismos de fomento deveriam ter um papel propositivo mais articulado com um projeto nacional de desenvolvimento”, ressalta Arquimedes Ciloni, com a autoridade de membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia. O presidente da Andifes lembrou que, com o advento do Plano Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, em outubro de ano passado, com uma dotação orçamentária de R$41 bilhões, a inserção da C&T passou de 1% para 1,5% em três anos. Agora, “é preciso racionalizar a utilização desses recursos, pois o momento é propício para um melhor planejamento das ações”.

Participam do encontro, como expositores, o presidente e a vice-presidente do CNPq, Marco Antonio Zago e Wrana Panizzi; o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães; o coordenador do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação, Jaime Arturo Ramirez; os diretores de programas da Capes e do CNPq, Emídio Cantídio de Oliveira Filho e José Roberto Drugowich; o secretário executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Antonio Rodrigues Elias; mais o diretor de avaliação da Capes, Renato Janine Ribeiro, os reitores Ícaro de Sousa Moreira (UFC) e José Ivonildo do Rego (UFRN), além de Francisco César de Sá Barreto, ex-reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Na quinta-feira (21/02), acontece a LXVIIIª reunião ordinária do Conselho Pleno da Andifes. O encontro contará com a participação do secretário da Educação Superior (SESu/MEC), Ronaldo Mota, e do superintendente de Planejamento e Pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Florival Carvalho. Entre os temas que serão debatidos durante a reunião do Conselho Pleno da Associação estão: balanço do (Reuni); Procuradorias Jurídicas das Instituições Federais de Ensino Superior; modelo de distribuição dos recursos de assistência estudantil; e adaptação do estatuto da Andifes ao novo Código Civil. Na sexta-feira (22/02), os dirigentes visitam a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

Ufla realiza o III Simpósio de Incentivo à Inovação

A Universidade Federal de Lavras (Ufla), a Secretaria do Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o Sebrae e a Prefeitura Municipal de Lavras organizam evento para a apresentação do Programa de Incentivo à Inovação e a realização do III Simpósio sobre Propriedade intelectual e Transferência de Tecnologia, que acontecerá nos dias 6 e 7 de março de 2008, no Salão de Convenções.

Na programação, estão previstos: lançamento do livro “Programa de Incentivo á inovação da Ufla” com a presença do Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia Alberto Duque Portugal, assinatura de convênios, apresentação e mostras das tecnologias do programa de incentivo a inovação PII-Ufla e palestras.

Participarão das solenidades diversas instituições financeiras e empresas de fundos de investimentos.

A programação completa do simpósio pode ser conferida no site www.prp.ufla.br.

Outras informações pelo telefone 35 38291127 ou na Pró-reitoria de Pesquisa.

Pesquisadoras de São Paulo e do Maranhão ganham o Grande Prêmio de teses

Foram conhecidos nesta quarta-feira, 20, os três vencedores da edição de 2007 do Grande Prêmio Capes de Teses. Os ganhadores foram Maria Laura Schuverdt, do Programa de Pós-Graduação em Matemática Aplicada da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Solange Maria Teixeira, do Programa de Pós-Graduação de Políticas Públicas da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), e Ana Lia Parra-Pedrazzoli, do Programa de Pós-Graduação em Entomologia da Universidade de São Paulo (USP). As pesquisadoras receberão certificado, bolsa de pós-doutorado no exterior e premiação em dinheiro, oferecida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e pela Fundação Conrado Wessel.

Na área de ciências agrárias, Ana Lia, 34 anos, isolou e identificou o feromônio da praga Phyllocnistis citrella, conhecida como minador-dos-citros. Sob a orientação do professor Evaldo Ferreira Vilela, doutor em entomologia e colaborador do Programa de Pós-Graduação em Entomologia da USP, Ana Lia iniciou o trabalho pela pesquisa básica e criou um produto tecnológico a ser oferecido aos citricultores.

Segundo ela, o produto contribuirá para a redução dos custos de produção e, principalmente, do impacto ambiental. “O feromônio, na forma sintética, será colocado no interior de armadilhas adesivas a serem instaladas nos pomares para prever a ocorrência da praga e tornar o controle mais econômico e efetivo”, explicou. Uma empresa japonesa assumirá a produção e uma cooperativa paulista, a comercialização.

Trabalhador — A preocupação com o envelhecimento do trabalhador brasileiro motivou a professora Solange Maria, 42 anos, a estudar as conseqüências sociais do problema. Ela foi orientada pela professora Marina Maciel Abreu, do Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas da UFMA.

“Os resultados do processo investigativo reforçam a centralidade do envelhecimento do trabalhador na constituição da problemática social do envelhecimento, da relação capital e trabalho como fundamento comum”, diz a autora. “E ainda o agravamento da questão social, materializado nas determinações e na configuração das condições de vida de frações da classe trabalhadora que envelhece, em especial as de baixa renda.”

Maria Laura, 32 anos, estudou a melhor forma de resolução de problemas matemáticos. “Como produto final, temos um método capaz de resolver problemas com um número enorme de variáveis e restrições, apto a ser usado nas ciências aplicadas e na tecnologia de decisões”, afirmou. “Ao mesmo tempo, o novo método está dotado de propriedades teóricas mais fortes do que as usuais.”

Seleção — No ano passado, foram inscritas 417 teses, que passaram por seleção feita por 51 comissões e 207 consultores de diversas instituições de ensino superior do Brasil. Criado em 2005, o Prêmio Capes de Teses é concedido em cada uma das áreas do conhecimento que tenha um representante de área nomeado pela Capes. As teses premiadas nessa modalidade são automaticamente inscritas no Grande Prêmio, que seleciona três ganhadores, um de cada conjunto de grandes áreas.

A cada edição são homenageados três cientistas. Em 2007, foram escolhidos Lobo Carneiro (grandes áreas de engenharias e ciências exatas e da terra), Celso Furtado (ciências humanas, lingüística, letras e artes, ciências sociais aplicadas e área de ensino de ciências) e Johanna Döbereiner (ciências biológicas, da saúde e agrárias).

Ao todo, 43 teses brasileiras de diversas áreas do conhecimento serão premiadas. Cada novo doutor receberá bolsa de doutorado no país de um ano e certificado. A relação dos ganhadores está na página eletrônica da Capes. A cerimônia de entrega está prevista para abril.

Ufla realiza eleições para composição dos Conselhos Superiores

A Universidade Federal de Lavras (Ufla) convoca seus alunos de graduação, para a realização das eleições dos representantes do Conselho Universitário, de Ensino Pesquisa e Extensão e de Curadores.

As eleições serão realizadas, no dia 27 de março de 2008 (quinta-feira) na Cantina da Ufla, das 8h às 21horas.

Estão abertas duas vagas para representantes dos cursos de graduação para o Conselho Universitário, três vagas para representantes do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão, e uma vaga para representante do Conselho de Curadores. Todos os cargos terão mandato de um ano.

Os candidatos deverão inscrever-se até às 16horas do dia 25 de março (terça-feira), na Secretaria dos Conselhos (Gabinete da Reitoria), onde firmarão o compromisso expresso caso eleitos, em conformidade com o artigo 10, IV, do Regimento Geral da Ufla.

A apuração será realizada no mesmo dia, iniciando logo após o encerramento da votação, e será lavrada em ata contendo quadro sucinto dos resultados obtidos.

Outras informações pelo telefone 3829-1502

Assessoria de Comunicação comemora mais de 10.000 visitas no portal de notícias

As ações implantadas contribuíram para uma maior visibilidade, registrando mais de 10.000 visitas, com uma média de 83 acessos diários

A Assessoria de Comunicação Social (Ascom) da Universidade Federal de Lavras (Ufla), desde 2007, vem reestruturando sua política de ações com a finalidade de melhorar a qualidade dos serviços prestados aos seus usuários sejam eles estudantes, técnico-administrativos, professores e público externo em geral.

Sob a coordenação de José Reinaldo Berin e Helder Tobias, o website da sala de imprensa da Ufla foi totalmente reformulado. Seu conceito visual limpo e funcional, objetiva dar maior visibilidade às notícias, permitindo assim mais interatividade entre os diversos públicos da universidade.

Diariamente é realizada prospecção de notícias levando ao leitor informações atuais e de interesse da comunidade acadêmica. Além disso, o usuário pode se cadastrar e receber semanalmente em seu e-mail o Boletim Informativo contendo os principais destaques da semana na Universidade Federal de Lavras.

A Ascom disponibiliza por meio do website, espaço para o envio de sugestões de pauta, solicitação de entrevistas e cobertura jornalística mediante contato pelo telefone (35) 3829-1104 ou pelo e-mail jornal@ufla.br.

Através do portal de notícias, também, é realizado atendimento a Imprensa de acordo com a procura dos veículos de comunicação. Os textos produzidos pela Ascom de interesse regional e nacional são enviados para diversas mídias cadastradas, como rádios, TVs, jornais, revistas, blogs e assessorias de imprensa, de modo que os mesmos sejam multiplicados por estes meios de comunicação.

Além de contar com seu website, a Ufla, semanalmente, divulga notícias de interesse para a comunidade lavrense no Jornal Tribuna de Lavras.

A Ascom fica no Campus Universitário – Prédio da Reitoria – Caixa Postal 3037 – CEP 37200-000 – Lavras MG. Mais informações através do site www.jornal.ufla.br/imprensa ou pelo tel 35 3829-1104.

Departamento de Fitopalogia da Ufla realiza Workshop sobre gênero Fusarium

O Departamento de Fitopalogia da Universidade Federal de Lavras (Ufla),realiza entre os dias 18 a 22 de fevereiro de 2008 o Wokshop Tropical Fusarium 2008.

O workshop, organizado pelo professor de Micologia e Fitopatologia, Ludwig H. Pfenning, tem a finalidade de preencher uma lacuna existente no Brasil com relação ao treinamento de pesquisadores e alunos de pós-graduação nas técnicas modernas de estudo do gênero Fusarium, conhecido como patógeno de plantas de grande importância econômica e científica.

Espécies de Fusarium estão diretamente relacionadas à qualidade e segurança de alimentos e outros derivados de produtos agrícolas e apresenta importância crescente como contaminante de ambientes hospitalares.

O evento pretende capacitar os participantes na identificação e caracterização das principais espécies de Fusarium, utilizando técnicas como AFLP, análise de seqüências de DNA, determinação de VCG, cruzamentos e marcadores morfológicos, e ainda estimular a integração de grupos que desenvolvem pesquisas com Fusarium.

Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (35) 3829 1798/1790.

Reitor da Ufla participa de eventos da Andifes na Bahia

Os encontros marcam as comemorações do bicentenário da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Fundada em 1808 durante passagem de D. João VI pelo Brasil, esta foi a primeira escola médica do País.

O reitor da Universidade Federal de Lavras (Ufla) Antônio Nazareno Guimarães Mendes, participa da Reunião da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE). O encontro acontece no Plenário da Reitoria da UFBA. Durante a reunião, os educadores debaterão sobre as ‘Novas Arquiteturas Curriculares’.

Na quarta-feira (20/02), a Andifes promove o seminário ‘Modelo de Pesquisa e de Pós-Graduação nas IFES’. O evento, que acontece no Hotel Sol Victoria Marina, em Salvador, contará com a presença do presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Almeida Guimarães, do presidente e da vice-presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Marco Antônio Zago e Wrana Panizzi, do secretário executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Luiz Antonio Rodrigues Elias, de dirigentes, de ex-dirigentes e de pró-reitores de Instituições Federais de Ensino Superior.

Na quinta-feira (21/02), acontece, na UFBA, a LXVIIIª reunião ordinária do Conselho Pleno da Andifes. O encontro contará com a participação do secretário da Educação Superior (SESu/MEC), Ronaldo Mota, e do superintendente de Planejamento e Pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Florival Carvalho. Entre os temas que serão debatidos durante a reunião do Conselho Pleno da Associação estão: balanço do (Reuni); Procuradorias Jurídicas das Instituições Federais de Ensino Superior; modelo de distribuição dos recursos de assistência estudantil; e adaptação do estatuto da Andifes ao novo Código Civil.

Ufla abre vagas para professor adjunto

A Universidade Federal de Lavras (Ufla), por meio da Diretoria de Recursos Humanos (DRH), divulga edital destinado ao provimento de cargos regidos pela Lei nº 8.112, de 11/12/90 na carreira de Magistério Superior do quadro permanente para as áreas de Ciência da Computação – Engenharia de Software, Metodologia e Técnicas da Computação, subáreas: Arquitetura de computadores, (Sistemas operacionais e Compiladores) e Ciências Exatas – Matemática. O regime de trabalho é de dedicação exclusiva, para classe de professor adjunto, padrão I. A remuneração é de R$ 5.549,51 mais auxílio alimentação.

As inscrições poderão ser realizadas a partir de 20/02/08 das 8h às 11h e das 13 às 16h na Divisão de Seleção e Desenvolvimento da Diretoria de Recursos Humanos, prédio da Reitoria da Ufla em Lavras MG.

Mais informações poderão ser obtidas na Divisão de Seleção e Desenvolvimento da DRH, pelo telefone (35) 3829-1146.

O edital na íntegra se encontra disponível no site www.drh.ufla.br.

Confira os lançamentos das editoras universitárias

“Petrografia macroscópica das rochas ígneas, sedimentares e metamórficas”, Geraldo Norberto Chaves Sgarbi (Org.) – o objetivo dessa obra é realizar a introdução e a revisão dos principais conceitos desenvolvidos no campo da Petrografia Macroscópica, com acentuada ênfase em Petrologia, com todas as peculiaridades e inter-relações genéticas e descritivas das rochas ígneas, sedimentares e metamórficas. As ilustrações, com grande número de imagens e exemplos brasileiros, complementam descrições de tipos de rochas, áreas de ocorrência, situações e contextos geológicos. Voltada para um público relativamente específico, como alunos de cursos de graduação em Geologia, profissionais e técnicos especializados, essa obra atende também a todos os interessados pelo fascinante mundo das rochas e dos minerais. (UFMG)

‘Educação em Direitos Humanos: fundamentos teórico-metodológicos’, Rosa Maria Godoy Silveira, Maria Luiza Alencar Mayer Feitosa, Adelaide Alves Dias, Lúcia de Fátima Guerra Ferreira e Maria de Nazaré Tavares Zenaide(Orgs.) – o livro é resultado de um projeto apoiado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC e da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. o livro é formado por três capítulos: Contextualização Histórica da Educação em Direitos Humanos, com textos de Dalmo Dalari; Elio Chaves Flores; Luciano Mariz Maia; Antonio Maués e Paulo Weyl; Emir Sader; Princípios da Educação em Direitos Humanos, por Solon Eduardo Annes Viola, Lúcia de Fátima Guerra Ferreira, Marco Antônio Rodrigues Barbosa, Marco Antônio Rodrigues Barbosa, Paulo César Carbonari, Marconi Pequeno, Eduardo Ramalho Rabenhorst, Theophilos Rifiotis, Rosa Maria Godoy Silveira, Maria Luiza Pereira de Alencar Mayer Feitosa, Eni P. Orlandi, Maria Victória Benevides, Maria Áurea Baroni Cecato; Aldacy Rachid Coutinho; e Configuração de uma Educação em Direitos Humanos com José Francisco de Melo Neto, Alexandre Antônio Gili Náder, José Sérgio Fonseca de Carvalho, Vera Maria Candau, Vera Maria Candau, Susana Sacavino, Adelaide Alves Dias, e Celma Tavares. (UFPB)

“O Cachimbo”, Comunidade IAD – é uma publicação alternativa e experimental de circulação de idéias e proposições artísticas contemporâneas. Nesta primeira edição de lançamento são apresentadas pesquisas de professores e alunos, além de artistas convidados, canalizados pelas discussões ocorridas dentro do projeto ‘atelier aberto’ do Instituto de Artes e Design da Universidade Federal de Juiz de Fora. (UFJF)

“Utopias agrárias”, Heloisa Maria Murgel Starling; Henrique Estrada Rodrigues; Marcella Telles (Orgs.) – a obra resultou do seminário Utopias Agrárias, realizado em novembro de 2006, em Belo Horizonte, com representantes de movimentos sociais e pesquisadores do Brasil e da América Latina, provenientes das mais diversas áreas. Os debates focaram a história e as memórias da reforma agrária por meio da articulação entre os temas da república e da utopia. Os participantes do Seminário produziram um leque temático capaz de repensar a natureza histórica do mundo agrário brasileiro e latino-americano e de articular uma reflexão teórica do assunto. Com o livro, espera-se, somente, que o debate não mais se interrompa. (UFMG)

“Educação Infantil: Políticas e Fundamentos”, Jorge Fernando Hermida (Org.) – com textos escritos por conceituados professores de educação do país, que discutem sobre todos os aspectos que envolvem a educação infantil, a partir de experiências desenvolvidas no nordeste brasileiro. Participam da coletânea os educadores: Antônio Luiz Alencar Miranda, Benito Almaguer Luaiza, Clidiane Maurício dos Santos, Everaldo José Freire, Francisca Ferreira dos Santos, Francisco de Assis Carvalho de Almada, Heloisa Cardoso Varão Santos, Jeiel Maria Lucena da Silva, João Ricardo Pereira da Silva, Klébia Maria Ludgério, Roberto Mauro Gurgel Rocha, Márcia Maria Rocha Martins, Miguel Daladier Barros, Nadja Calábria, Roberto Luis Renner, Shirlane Maria Batista da Silva Miranda. O texto de apresentação é de autoria da professora Terezinha Diniz. (UFPB)

“Da arte – uma leitura do Górgias de Platão”, Carolina Araújo – o que é a arte? Ou ainda, quais são as conseqüências de uma resposta a essa pergunta em termos de âmbito de atuação, métodos, influência, ação política ou excelência? Platão, particularmente em seu diálogo intitulado Górgias, desempenhou um papel central nessa discussão ao representar o encontro de duas perspectivas diferentes, que trocam discursos na precária tentativa de chegar a um acordo. O que se oferece neste livro é uma leitura desse texto platônico, um esforço de síntese entre o debate do século V a.C. e um olhar contemporâneo, marcado por uma situação histórica que, embora distinta, ainda não foi capaz de solucionar os problemas apontados. (UFMG)

“Caco Barcellos: o repórter e o método”, Sandra Moura – nenhuma obra, até o presente livro, tinha tratado da trajetória do jornalista Caco Barcellos. A sua origem, a infância e adolescência vividas num bairro pobre de Porto Alegre. O livro aborda ainda o momento em que Barcellos opta pelo jornalismo, a convivência com comunidades hippies, os primeiros empregos, a chegada em São Paulo, a fama na televisão, desde o início da carreira na TV Globo até a experiência mais recente como correspondente da emissora em Paris e o comando do Profissão Repórter. (UFPB)

(Lilian Saldanha – Assessoria de Comunicação da Andifes)

A melhor escola do mundo

Thomaz Favaro, de Helsinque

Como a Finlândia criou, com medidas simples e focadas no professor, o mais invejado sistema educacional

Quem entra numa escola na Finlândia se espanta com a simplicidade das instalações. Era de esperar que o sistema educacional considerado o melhor do mundo surpreendesse também pela exuberância do equipamento didático. Na verdade, na escola Meilahden Yläaste, em Helsinque, igual a centenas de outras do país, as salas de aula são convencionais, com quadro-negro e, às vezes, um par de computadores.

Apesar do despojamento, as escolas finlandesas lideram o ranking do Pisa, a mais abrangente avaliação internacional de educação, feita pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O último teste, em 2006, foi aplicado em 400 000 alunos de 57 países. O Brasil disputa as últimas posições com países como Tunísia e Indonésia.

O segredo da boa educação finlandesa realmente não está na parafernália tecnológica, mas numa aposta nas duas bases de qualquer sistema educacional. A primeira é o currículo amplo, que inclui o ensino de música, arte e pelo menos duas línguas estrangeiras. A segunda é a formação de professores. O título de mestrado é exigido até para os educadores do ensino básico.

Dar ênfase à qualidade dos professores foi um dos primeiros passos da reforma educacional que o país implementou a partir dos anos 70, e é nesse quesito que a Finlândia mais tem a ensinar ao Brasil. Quarenta anos atrás, metade da população finlandesa vivia na zona rural. A economia era dependente das flutuações do preço da madeira, já que 55% das exportações vinham da indústria florestal. Além dos bosques que cobrem 75% do território, o país só tinha a oferecer sua mão-de-obra barata.

Os finlandeses emigravam em massa para vizinhos ricos, como a Suécia, em busca de melhores condições de vida. Preocupados com a má qualidade das escolas públicas, os pais estavam transferindo os filhos para instituições privadas de ensino.

Em alguns desses aspectos, a Finlândia se parecia com o Brasil. A reforma educacional colocou a qualificação dos professores a cargo das universidades, com duração de cinco anos. Hoje, a profissão é disputadíssima (só 10% dos candidatos são aprovados) e usufrui grande prestígio social (é a carreira mais desejada pelos estudantes do ensino médio).

O segundo passo da reforma, em 1985, foi descentralizar o sistema de ensino. Por esse conceito, o professor é o principal responsável pelo desempenho de seus alunos: é ele quem avalia os estudantes, identifica os problemas, busca soluções e analisa os resultados. O Ministério da Educação dá apenas as linhas gerais do conteúdo a ser lecionado. ‘Isso só é possível porque os professores recebem um treinamento prático específico para saber lidar com tanta independência’, disse a VEJA Hannele Niemi, vice-reitora da Universidade de Helsinque, que trabalha com a formação de professores há três décadas.

O currículo escolar também é flexível, decidido em conjunto entre professores, administradores, pais e representantes dos alunos. A cada três anos, as metas da escola são negociadas com o Conselho Nacional de Educação, órgão responsável por aplicar as políticas do ministério. ‘Queremos que os professores e os diretores, que conhecem o dia-a-dia da escola, sejam responsáveis pela educação’, diz Reijo Laukkanen, um dos membros mais antigos do Conselho Nacional de Educação.

O governo finlandês faz anualmente um teste com todas as escolas do país e o resultado é entregue ao diretor da instituição, comparando o desempenho de seus alunos com a média nacional. Cabe aos diretores e aos professores decidir como resolver seus fracassos. Esse sistema tem o mérito de fazer com que os professores se sintam motivados para trabalhar.

A reforma educacional finlandesa levou três décadas para se consolidar. Pouco a pouco, as crianças voltaram a ser matriculadas nas escolas públicas e as instituições privadas foram incorporadas ao sistema do estado. Hoje, 99% das escolas são públicas e o aluno conta com material escolar, refeições e transporte gratuitos. Cerca de 20% dos estudantes recebem algum tipo de reforço escolar, índice acima da média internacional, de 6%. ‘Quando um aluno repete, perde toda sua motivação, torna-se amargo e pode até apresentar resultados piores que na primeira tentativa’, diz Eeva Penttilä, do departamento de educação da cidade de Helsinque.

O sucesso da educação finlandesa é, em parte, fruto das características únicas do país. A população, de 5,2 milhões de habitantes, é relativamente pequena e homogênea. ‘Com uma população 35 vezes maior e disparidades regionais e sociais mais acentuadas, o Brasil não conseguiria ter o mesmo padrão de igualdade entre as escolas, como existe na Finlândia’, diz João Batista de Oliveira, ex-secretário executivo do Ministério da Educação.

O preço do sistema de bem-estar social que assiste o cidadão do berço ao túmulo é uma carga tributária de 43% do PIB, uma das maiores do mundo, mas apenas seis pontos acima da brasileira. Ou seja, trata-se de um estado paquidérmico, mas eficiente.

A Finlândia é o país menos corrupto, segundo a Transparência Internacional. Há quase treze anos na Finlândia, a brasileira Andrea Brandão conhece bem as diferenças entre as duas sociedades. ‘No Brasil, muita gente acha que algumas profissões, como porteiro, não necessitam de um ensino básico de qualidade’, diz. ‘Na Finlândia, existe um consenso de que todo mundo precisa ter uma educação mínima para ser um cidadão.’ Andrea é professora de inglês em uma das poucas escolas particulares do país, voltada para a população de fala sueca, que é minoria na Finlândia. Particular, nos ‘moldes finlandeses’, significa que os alunos pagam uma anuidade opcional de 100 euros, pouco mais de 250 reais.

A estudante Eeva-Maria Puska, de 16 anos, passa seis horas e meia por dia na escola Meilahden Yläaste, em Helsinque. Além das disciplinas obrigatórias, ela freqüenta aulas de música, artes e francês, opcionais para os alunos da 9ª série. Mesmo com tantas matérias, Eeva não reclama da carga horária nem, menos ainda, do ambiente: ‘Gosto dos meus professores, tanto como profissionais quanto como pessoas’, afirma. Na sua escola, professores e alunos conversam amigavelmente nos corredores espaçosos e bem iluminados.

A educação de qualidade foi essencial para uma virada na economia finlandesa. A mão-de-obra qualificada permitiu que a eletrônica substituísse a madeira e o papel como principais produtos de exportação. A Finlândia tem hoje o terceiro maior investimento em pesquisa e desenvolvimento do planeta, grande parte feita por empresas privadas. Uma antiga fábrica de papéis e de botas de borracha do interior do país foi o símbolo dessa transformação. A empresa, Nokia, hoje é a maior fabricante mundial de celulares, com 40% do mercado internacional. Juntos, ela e o sistema educacional são os dois maiores orgulhos dos finlandeses.