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Ufla será sede da 45ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia

A Universidade Federal de Lavras (Ufla), por meio do Departamento de Zootecnia (DZO)) realiza nos dias 22 a 25 de julho de 2008 a 45ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia (SBZ).

Para o presidente da Reunião, professor Antônio Ricardo Evangelista “a 45ª Reunião da SBZ, será um momento ímpar para que os mais de 2000 participantes (pesquisadores da Sociedade, o setor privado e os órgãos governamentais) possam discutir os avanços alcançados até então e embasarem-se para o planejamento estratégico nas respectivas áreas de atuação em pesquisa, desenvolvimento e inovação para as cadeias produtivas do agronegócio ligadas à zootecnia, tomando por base a exploração da biotecnologia, com vistas a sustentabilidade e eficiência do setor”.

Ricardo Evangelista destaca, também, a vinda de renomados conferencistas, de diversas localidades do mundo, que em muito irão enriquecer o programa científico sob a forma de aporte de novas tecnologias de suma importância para as atividades desenvolvidas pelos sócios da SBZ e a expansão e modernização do setor.

As palestras e os cursos, programados para a 45ª Reunião da SBZ, pretende discutir assuntos ainda emergentes referentes a produção animal brasileira, adequando-se as atividades a demanda atual de sustentabilidade nos processos.

A 45ª Reunião da SBZ é parte integrante das comemorações dos 100 anos da Universidade Federal de Lavras e estará recebendo trabalhos até o dia 15 de março. Mais informações: www.reuniaosbz.com.br/normas

Informações: www.reuniaosbz.com.br
E-mails: sbz2008@sbz.org.br ou sbz2008@ufla.br

Telefones: (35) 3829-1693/1241/1687

Reuni: desafios para 2008

Naomar de Almeida Filho*

O maior desafio para as instituições federais de ensino superior neste ano de 2008, recém começado, será certamente a implantação do Reuni.

O Reuni é um programa de expansão física e reestruturação pedagógica do sistema federal de educação superior, lançado pelo MEC em abril de 2007, como parte do Plano de Desenvolvimento da Educação. Concebido para duplicar a oferta de vagas públicas no ensino superior, com um orçamento de 7 bilhões de Reais a serem aplicados em cinco anos, é seguramente o mais ambicioso programa dessa natureza já implantado no Brasil. Por razões ainda mal entendidas, o REUNI sofreu intensa oposição de parte do movimento estudantil. Em 26 das 53 instituições, houve tumulto e violência em reuniões de Conselhos Universitários; 14 Reitorias foram invadidas; 7 dessas ocupações somente terminaram mediante cumprimento de mandados judiciais de reintegração de posse. De nada adiantou a obtusa reação. No prazo, todas as universidades federais brasileiras aderiram ao Reuni.

O Reuni compreende as seguintes diretrizes: expansão de matrículas, em especial no turno noturno; diversificação das modalidades de graduação, com novos itinerários curriculares; mobilidade estudantil ampla; articulação da educação superior com a educação básica, profissional e tecnológica; programas de inclusão social e assistência estudantil; expansão da pós-graduação articulada à renovação pedagógica da educação superior. As universidades participantes do Reuni apresentaram propostas comprometendo-se com metas de eficiência: alcançar, ao final do programa, taxa de conclusão de 90 % e relação aluno/professor de 18/1. Convém registrar que o indicador da taxa de conclusão, aparentemente inalcançável como média geral do sistema, na verdade aceita e incentiva o aproveitamento de vagas residuais por mobilidade interna ou externa. Por outro lado, o indicador relação aluno/professor, ao incorporar estudantes de pós-graduação, é modulado pelos rigorosos critérios de qualidade da CAPES, a ponto de mestrandos ou doutorandos de cursos nota 7 (topo do ranking) poderem equivaler na fórmula a uma proporção de 4/1.

Trinta anos depois da expansão resultante do Acordo MEC-USAID-BIRD e da reforma universitária de 1968, a rede federal de ensino superior somente voltou a crescer no final dos anos 1990. Essa onda de expansão, no segundo Governo FHC, foi iniciativa das universidades públicas e caracterizou-se por uma estratégia institucional de criação de fatos consumados. A universidade abria cursos novos ou ampliava a oferta de vagas em cursos existentes sem contar com docentes, instalações, recursos financeiros; só depois se buscava criar as condições mínimas para tanto. Foi uma fase heróica, com um tipo de crescimento que podemos chamar de “autonomia-sem-apoio”. Nessa fase, as instituições federais de educação superior submeteram-se a um vigoroso ajuste que, otimizando recursos humanos e materiais, conseguiu ampliar a relação aluno/professor do patamar de 7/1 para quase 12/1.

A segunda onda de expansão ocorreu no primeiro Governo Lula, iniciada na curta gestão de Tarso Genro e consolidada pelo Ministro Fernando Haddad. A principal característica dessa fase foi a instalação de extensões, campi e mesmo novas instituições em regiões sem acesso à educação superior. A interiorização da universidade federal brasileira significou atendimento emergencial a demandas históricas de populações e regiões representadas por lideranças político-partidárias. Nesse caso, os fatos consumados eram criados pelo Governo Federal, com a escolha de localização e modalidade das expansões em pouca medida respeitando a autonomia das instituições universitárias. Por esse motivo, podemos dizer que, nessa fase, experimentamos um crescimento do tipo “apoio-sem-autonomia”. A estratégia institucional predominante baseava-se em implantação de cursos simultaneamente à contratação de docentes e realização dos investimentos necessários. Em outras palavras, nessa fase, o financiamento tem sido realizado durante a expansão de atividades da universidade. Os resultados dessa ampliação, ainda em curso, compreendem iniciativas patrimoniais ou institucionais, com 48 novos campi ou extensões, além de 10 universidades instituídas.

O Reuni inaugura a terceira fase de expansão do sistema universitário federal. Agora temos um modelo induzido de crescimento das instituições públicas de educação superior que, por um lado, respeita a autonomia universitária, acolhendo propostas específicas elaboradas por cada uma das instituições participantes do programa. Por outro lado, pela primeira vez, os investimentos em obras e instalações, a aplicação de recursos de custeio, a modelagem pedagógica, a contratação dos quadros docentes e de servidores, faz-se antes da expansão de atividades e de vagas. Essa modalidade de crescimento com “apoio-e-autonomia”, construída em parceria com a Andifes, parece em tese o melhor dos mundos.

Não obstante, algumas questões precisam ser consideradas. Primeiro, o REUNI introduz no sistema federal de educação superior um modelo de gestão semelhante aos contratos de metas que regulam o repasse de recursos públicos do Sistema Único de Saúde. Portanto, implica planejamento estratégico de recursos, insumos e atividades das universidades, obrigando-as a pensar o futuro de curto e médio prazo, prática ainda pouco freqüente nas instituições universitárias brasileiras. Em segundo lugar, os incentivos e apoios devem vincular-se ao atendimento de metas pertinentes, supervisionado por sistemas de avaliação existentes (como o Sinaes e a Capes) ou a serem criados. Enfim, o Reunirepresenta um poderoso indutor de eficiência institucional e de qualificação pedagógica e, desse modo, ao reduzir a enorme dívida social do ensino superior, implica um grande potencial de revalorização do serviço público no campo da educação.

Nesta conjuntura, em todas as instituições federais de ensino superior, dirigentes acadêmicos, encorajados por incentivos gerenciais e financeiros do MEC, querem mudar a universidade; docentes e técnicos, inspirados em tendências contemporâneas, elaboram novos modelos de renovação curricular; servidores, antevendo melhores condições de trabalho e valorização do serviço público, engajam-se ao processo. Porque somente os alunos, representados por uma minoria (pois a omissão da maioria estudantil não os exime da responsabilidade política), resistem às mudanças e lutam contra a expansão e reestruturação da universidade pública brasileira? Será que, hoje, forças reacionárias e conservadoras predominam no interior do movimento estudantil?

*Naomar de Almeida Filho é reitor da UFBA

Nova ação do CNPq vai aumentar número de bolsas na Região Norte

Portal CNPq, 22/01/08

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) reuniu-se, nesta terça-feira (22), com dirigentes das instituições de ensino e pesquisa da Região Norte para firmar parceria que irá aumentar em cerca de 70% o número de bolsas de Doutorado e Mestrado.

O presidente do CNPq, Marco Antonio Zago, afirmou que esta parceria vai agir em consolidação com a política da Agência que busca promover o desenvolvimento da ciência e tecnologia de forma mais homogênea no país, seguindo também as linhas de ações do PAC de Ciência, Tecnologia e Inovação, lançado em novembro pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. “O CNPq vai dar uma injeção de investimentos na formação e capacitação de recursos humanos na Região Norte. Aumentaremos o número de bolsas desses estados, que hoje está na casa de 2% do total de bolsas da Agência”, disse Marco Antonio Zago.

Em contrapartida das instituições o presidente do CNPq espera que “Incentivem o desenvolvimento das áreas estratégicas dentro das universidades e instituições, definidas pelo PAC de C&T&I, e que o investimento do CNPq reflita também no desenvolvimento dos cursos de pós-graduação da região, levando a uma melhor qualidade do ensino nas universidades, para ser refletida na avaliação dos cursos daqui a alguns anos”, afirmou o presidente. Completando as expectativas do CNPq, a vice-presidente, Wrana Panizzi, reforçou “Queremos que nossos esforços sejam internalizados nas universidades, ressaltando as qualidades que cada estado pode apresentar, pois estamos buscando o desenvolvimento regional mais eqüitativo, valorizando suas potencialidades e promovendo também a inclusão social”.

Durante a reunião, o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Adalberto Luis Val, ressaltou a necessidade de ultrapassar as taxas históricas de investimento na região. “Além da qualificação dos pesquisadores, precisamos também de ações que fixem esses recursos humanos na região”, disse.

‘Rondônia passa por essa mesma questão. Quase 70% da população que vive na região não é de lá, então eles precisam ter um incentivo para que se fixem no estado”, completa a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Jacinta Correia.

“A ação que lançamos é dirigida principalmente para a formação e qualificação dos recursos humanos, incentivando a fixação, pois, no momento em que formamos e qualificamos pesquisadores da região, já estamos incentivando que permaneçam nas instituições. Além de outras ações que o CNPq já possui nessa linha, para intensificar, precisamos agora de um plano das universidades para trabalharmos em conjunto”, reforçou o presidente Marco Antonio Zago.

Para o reitor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Hidembergue Frota “É importante que o CNPq apóie também a interiorização da capacitação de nossos professores. Hoje, o estado do Amazonas e toda Região Norte precisam levar seus pesquisadores para as cidades do interior. Para isso, precisamos de investimento para manter esse pessoal por lá”, disse.

Além da participação do presidente do CNPq, Marco Antonio Zago, e da vice-presidente, Wrana Panizzi, também estiveram presentes os diretores do CNPq José Roberto Drugowich e José Oswaldo Siqueira e o chefe de gabinete em exercício, Felizardo Penalva. Os dirigentes presentes foram Edilson Matos, Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFRA; José Alberto Tostes, Vice-Reitor da UNIFAP; Luiz Eduardo Dias, Coordenador de Pesquisa da UFT; Maria Silvia de Mendonça, Coordenadora de Pesquisa da UEA; Adalberto Luis Val, Diretor do INPA; Roberto Dall’Agnol, Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPA; Maria Helena Macedo, Representante da UNIFAP; Silvio Gusmão, Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UEPA; Margarida Lima Carvalho, Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UFAC; Hidembergue Ordozgoith da Frota, Reitor da UFAM; Jacinta Correia, Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UNIR; Roberto Ramos, Reitor da UFRR; e Zaíra de Oliveira, assessora da reitoria da UFT.

Universidades abrem 197 vagas

Instituições federais de ensino de Goiás, Paraná, São Paulo, Sergipe, Amapá e Triângulo Mineiro oferecem oportunidades para professores. Salários variam de R$ 1.406 a R$ 5.633 e inscrições vão até fevereiro

As universidades federais de Goiás, Paraná, São Paulo, Sergipe e do Triângulo Mineiro oferecem vagas para professores com inscrições abertas em janeiro e fevereiro. As candidaturas devem ser feitas pessoalmente. Ao todo são 197 oportunidades. Os salários variam de R$ 1.406,87 a R$ 5.633,64.

Em Goiás, a UFG abriu quatro editais para contratar docentes substitutos e efetivos para as cidades de Goiânia e Jataí. São 77 vagas, 46 na capital e 31 no interior. Os prazos se encerram em fevereiro. As taxas variam de R$ 45 a R$ 110 e os salários não foram divulgados. Os editais podem ser acessados no www.prodirh.ufg.br

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) oferece 67 vagas para professor adjunto, 22 em Santos, 24 em Diadema e outras 21 em Guarulhos. As inscrições devem ser feitas até o dia 7 de fevereiro, nos endereços divulgados no edital que está disponível no www.concurso.unifesp.br. Para dedicação exclusiva a remuneração é de R$ 5.549,41 e nos cargos com carga horária semanal de 40 horas, R$ 3.581,05. Na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) são 10 vagas a serem preenchidas com inscrições até 1º de fevereiro. Os salários chegam a R$ 5.633,64.

No Nordeste, a Universidade Federal de Sergipe (UFS) abriu 29 vagas com ganhos que variam de R$ 2.228 a R$ 5.489. Inscrições até o próximo dia 9, nos endereços descritos no edital (www.ufs.br). A nomeação ocorrerá a partir de março. No Paraná, são 12 oportunidades para docência. Os salários iniciais são de R$ 1.406,87 a R$ 3.581. A taxa de inscrição custa de R$ 35 a R$ 90 e o prazo termina em 8 de fevereiro.

NOTA DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA ANDIFES:

A UPI também está com inscrições abertas, de 29 de janeiro a 27 de fevereiro, para o Concurso de docentes para lotação nas cidades de Parnaíba, de Picos e de Bom Jesus. O candidato deverá realizar sua inscrição no protocolo geral da UFPI, situado no bloco SG-7 do Campus Ministro Petrônio Portella, no bairro Ininga, em Teresina – PI, CEP 64.049-550, de segunda a sexta-feira, nos horários de 08:30 às 12:00 e 14:00 às 17:30 horas. Informações no portal da instituição (www.ufpi.br)

A UFPR está com as inscrições abertas para os interessados em ingressar na carreira de magistério superior em diversas categorias. Para efetuar as habilitações os interessados poderão dirigir-se ao Protocolo Geral da Universidade até o dia 8 de fevereiro – Rua XV de Novembro, 1299, nos horários das 9 às 12 e das 14 às 17 horas. As inscrições enviadas pelo correio deverão ser encaminhadas via SEDEX e postadas até no máximo cinco dias antes do prazo de encerramento. Informações mais detalhadas sobre os editais podem ser acompanhadas pela Internet no endereço www.prhae.ufpr.br.

A UNIFAP abriu concurso público para o cardo de professor adjunto. O período de inscrições será de 21 de janeiro a 05 de fevereiro de 2008. Informações no portal da instituição (www.unifap.br).

Bolsas de Pós-Doutorado no Canadá

Portal Universia, 09/01/08

Pesquisadores brasileiros podem se inscrever até 4 de março

Já estão abertas as inscrições para o programa de Bolsas de Pós-doutorado do governo canadense. Há oportunidades para pesquisadores das áreas de Humanas, Ciências Sociais, Ciências Naturais e Engenharia. A iniciativa não contempla artistas profissionais nem aqueles que desejam fazer pesquisa clínica e treinamento relativo a tratamento de pacientes. O prazo das candidaturas seguem até 4 de março.

A iniciativa é destina a cidadões brasileiros. Qualquer pessoa que tenha obtido a cidadania canadense ou solicitado visto de residência permanente não é elegível ao programa. Além disso, para participar, os candidatos devem ter completado o doutorado nos últimos quatro anos.

Os selecionados recebem uma bolsa de estudos no valor de R$ 32.000 dólares canadenses. Como não é oferecido nenhum auxílio financeiro a dependentes, é essencial que os bolsistas que planejam vir ao Canadá acompanhados de sua família tenham recursos financeiros suficientes para assegurar seu sustento. O programa tem duração de um ano.

Os formulários de inscrição, acompanhados de toda a documentação exigida, deverão ser enviados via SEDEX para o seguinte endereço:

Luiz Miguel da Rocha
Assessor para Assuntos de Educação e Diplomacia Pública
Embaixada do Canadá
SES – Avenida das Nações, Quadra 803, Lote 16
70410-900 – Brasília/DF

Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (61) 3424-5400 e (61) 3424-5490, pelos e-mail academic.bsb@international.gc.ca e academique.bsb@international.gc.ca ou pelo site www.brasil.gc.ca.

Cotações dos grãos sustentam renda no campo em janeiro

Os indicadores da economia rural sinalizaram melhoria no campo, no primeiro mês do ano de 2008. Conforme dados levantados pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla), por meio dos cálculos dos Índices de Preços Agrícolas, o índice que mede a renda do setor agropecuário foi superior ao que estima os custos de produção.

Em janeiro, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos do setor rural teve aumento de 9,56%, puxado pelas cotações dos grãos, principalmente o feijão, que teve alta, para o produtor, de 22,76% e o milho, cuja variação do preço recebido foi de 16,94%. Também contribuiu para a alta da renda agrícola no mês a alta do café, cujo preço pago aos cafeicultores aumentou 6,12%.

No caso do setor leiteiro, os pecuaristas receberam 10,41% a mais pela venda do leite fluido tipo C, enquanto não houve alteração no preço recebido pelo leite tipo B. E o preço a arroba do boi gordo aumentou, para o produtor, 6,67%.

Os hortifrutigranjeiros também tiveram alta em janeiro, ficando mais caro no campo, em média, 17,34%, puxados pelas altas do quiabo (100,0%), do tomate (78,57%), da abobrinha (45,83%), da beterraba (25,0%) e da banana (25,0%).

A pesquisa do DAE/Ufla faz o levantamento mensal de 42 produtos e 187 insumos agropecuários.

Janeiro de 2008 foi o mês em que os preços médios dos insumos agrícolas ficaram em 0,51%, resultado do Índice de Preços Pagos (IPP) por esses insumos. Entre os itens pesquisados, as maiores altas estão ligadas aos setores de rações (6,18%), sementes e mudas (14,25%), inseticidas (3,41%) e vacinas (4,51%). Entre os insumos que tiveram quedas de preços no mês, estão adubos (-4,94%), fungicidas (-6,69%) e manutenção de equipamentos, queda de 6,2%.

Jovens de todo o país discutirão educação ambiental em Brasília

Brasília, 23/01/2008 – Cerca de 600 estudantes, entre 11 e 14 anos, de 5ª a 8ª séries (6º a 9º anos) virão à capital federal para participar da 3ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente. Para ajudar alunos e professores a trabalhar a temática na sala de aula e a se preparar para o encontro, o MEC enviará, até março, material didático a 58 mil escolas públicas de educação básica. A conferência ocorre em novembro, em Brasília.

Além do material, serão quase R$ 6 milhões destinados pelo governo federal às secretarias estaduais de educação – cerca de 1% desse valor veio dos próprios estados – para incentivar o debate acerca de questões ambientais, especialmente por meio da realização de conferências ambientais nas escolas, como preparatório para o encontro nacional.

Desde 1999, com a Lei nº 9.795, a educação ambiental deve ser integrada aos programas educacionais das escolas. Na visão da coordenadora-geral de educação ambiental da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Rachel Trajber, a realização das conferências nacionais ajuda a definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental e a promover a educação ambiental nas escolas. Além disso, promove o engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente, a partir da mobilização dos alunos, da comunidade escolar e de setores ligados à área.

Os recursos repassados pelo MEC aos estados levou em conta projetos de trabalho de 24 unidades da Federação e do Distrito Federal. Entre as ações apresentadas pelos estados estão a realização de conferências estaduais e escolares. As conferências são opcionais nos estados, mas deve ocorrer em pelo menos 10% das escolas existentes em cada unidade da federação e no Distrito Federal, interessados em enviar participantes à conferência nacional.

Este ano, o tema a ser discutido na conferência nacional e nas atividades escolares e estaduais aborda as mudanças ambientais globais. Durante as conferências escolares ou na estadual serão escolhidos os delegados que participarão da conferência nacional.

Além dos recursos para atender aos planos de trabalho estaduais, o MEC também enviará a 58 mil escolas de educação básica – públicas, privadas, urbanas ou rurais -, cadastradas no Censo Escolar de 2006 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), material didático específico para auxiliá-las a trabalhar o tema.
O material é formado por três volumes. O primeiro oferece um passo a passo para a realização de conferências ambientais na escola. O segundo é mais teórico e enfoca a temática a ser trabalhada para o encontro nacional: mudanças ambientais globais, com idéias e sugestões para que os professores incluam o conteúdo na sala de aula. O terceiro explica como formar uma comissão de meio ambiente na escola, com representantes da comunidade escolar, e estimula a criação de uma agenda 21 local.

O material escolar deve ser distribuído até março de 2008. As escolas que quiserem organizar conferências locais terão prazo até 30 de julho. Já as conferências nos estados devem ocorrer até 15 de outubro.

‘Cada escola participante do projeto assume o compromisso de identificar um problema ambiental na sua cidade e precisa elaborar estratégias para resolvê-lo’, destaca Neusa Helena Barbosa, da equipe técnica para a realização da conferência da Secad. A partir dos problemas identificados nas escolas e das discussões locais, o estado elabora uma carta de responsabilidade. Com as cartas de cada estado participante e por meio das discussões na conferência nacional, é criada uma carta de responsabilidade nacional ao final do encontro. O documento será entregue aos ministros da Educação, do Meio Ambiente e ao presidente da República.

A expectativa é de que mil pessoas participem da conferência nacional, entre alunos, professores, educadores, organizações não-governamentais, secretários de educação, entre outros. (Maria Clara Machado)

Na luta contra o analfabetismo

Jornal Nacional, 22/01/08

O Brasil está em 16° lugar entre mais de 150 países que participam do Educação Para Todos, um acordo mundial com metas que devem ser cumpridas até 2015. O desafio é melhorar a qualidade do ensino e diminuir o analfabetismo.

O Brasil está em 16° lugar entre mais de 150 países que participam do Educação Para Todos, um acordo mundial com metas que devem ser cumpridas até 2015. O desafio é melhorar a qualidade do ensino e diminuir o analfabetismo.

Os livros, por enquanto, são uma meta distante. A turma ainda tenta se familiarizar com o alfabeto. As letras saem com esforço, mas já são motivo de orgulho para quem a leitura faz tanta falta.

“Sai na rua e tem que perguntar para um amigo. Às vezes dá um endereço certo, outro dá errado”, disse a auxiliar de limpeza Margarida da Conceição.

“É você não ser enganado por alguém, é você saber assinar um cheque, é saber você ler uma cartinha”, orgulha-se o vigilante Edilson de Lima.

Cursos como os de alfabetização para jovens e adultos em uma favela ainda são pouco freqüentes. Na América Latina, o Brasil tem um dos maiores índices de analfabetismo entre adultos: 11%, segundo relatório divulgado, nesta terça-feira, pela Campanha Mundial pela Educação, que reúne Organizações Não-Governamentais (ONGs) e sindicatos do mundo todo.

O documento atribui notas a 156 países que no ano 2000 assumiram o compromisso de melhorar significativamente o acesso à educação de qualidade até 2015. O relatório mostra que o Brasil tem avançado, mas que o nível de aprendizagem dos alunos ainda é baixo.

Na lista dos que estão cumprindo as metas do Educação Para Todos, ficamos em 16° lugar, à frente de Rússia e China. Mas atrás de Uruguai, Argentina e Venezuela.

O Brasil tirou “A” no quesito que avalia investimento em educação e escola gratuita, “B” em número de matrículas e ‘C’ em qualidade de ensino.

Para o coordenador da campanha nacional pelo direito à educação, Daniel Cara, é preciso mais investimento. “Seria necessário que a União, o Governo Federal, investisse mais R$ 19 bilhões para garantir que todas as crianças, todos os jovens e todos os adultos tivessem uma educação de qualidade”, afirmou o coordenador da campanha.

O governo reconhece que precisa melhorar. Promete qualificar professores e reajustar salários, principalmente no Nordeste. “Isso, naturalmente, faz com que os professores tenham mais entusiasmo e tenham melhores condições de lecionar”, afirmou o mininstro da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci.

Conaes debate avaliação de curso superior

Brasília, 22/1/2008 – A avaliação de cursos superiores esteve no centro dos debates do encontro desta terça-feira, 22, de membros da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes), no Ministério da Educação. A avaliação de cursos superiores é um dos elementos analisados pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

O ministro da Educação, Fernando Haddad, participou da reunião de trabalho e levou sugestões aos membros da Conaes para melhorar o processo de avaliação de cursos superiores, com base na supervisão de cursos de direito, iniciada em outubro de 2007. Na ocasião, 80 instituições foram notificadas pelo MEC pelo baixo desempenho resultante do cruzamento de dados do Exame Nacional de Avaliação de Desempenho dos Estudantes (Enade) e do Índice de Desempenho Desejável (IDD). As 80 obtiveram nota inferior a 3.

Na visão do ministro, a regulação dos cursos – por meio da supervisão destes – deve ficar a cargo do Estado, como ocorreu com os cursos de direito. ‘O Estado deve avaliar e regular os cursos’, disse o ministro. ‘O mercado já mostrou que não regula esse setor’, acrescentou. Para Haddad, a supervisão dos cursos de direito com baixo desempenho mostrou que é preciso estimular a auto-avaliação das instituições, utilizar instrumentos de avaliação mais flexíveis e indicar avaliadores qualificados.

A auto-avaliação das instituições já faz parte dos processos de avaliação. A sugestão do ministro é que o mecanismo passe a ser estimulado como uma resposta da instituição a indicadores problemáticos. Assim, a auto-análise da instituição com baixo desempenho indicaria suas fragilidades, facilitando a adoção de medidas saneadoras.

Já o instrumento de avaliação externa deveria ser menos rígido. ‘O instrumento deve funcionar como um guia e ser menos burocrático’, defende Haddad. Para o ministro, a partir de um instrumento mais flexível, o avaliador teria mais liberdade para detalhar a avaliação, de forma a levar em conta o contexto vivido pela instituição. Para isso, seria necessário contar com avaliadores bem-formados e experientes. ‘Talvez pudesse ser criado um subgrupo do banco de avaliadores, indicados pelos estratos mais altos da educação’, sugeriu.

O banco de avaliadores do Sinaes, criado em 2006, conta com aproximadamente 11 mil pessoas, indicadas por universidades, faculdades e entidades científicas. Para Nadya Viana, membro da Conaes, é preciso rever a qualificação dos avaliadores, com o intuito de valorizar a experiência de cada um e priorizar a avaliação qualitativa das instituições de ensino superior. ‘Alguns avaliadores são doutores, mas têm pouca experiência com a graduação’, exemplificou.

Para o ministro, a bem-sucedida experiência de supervisão dos cursos de direito poderia ser utilizada para melhorar o sistema de avaliação. ‘Os aprendizados da supervisão poderiam ser incorporados no Sinaes, especialmente nos processos de renovação de reconhecimento de cursos’, ressaltou Haddad.
Atualmente, a avaliação está diretamente ligada ao reconhecimento e à renovação do reconhecimento dos cursos superiores. A dinâmica de avaliação envolve o credenciamento da instituição, a autorização de cursos e o reconhecimento de cursos. Primeiro, ao ser criada, para que a instituição seja credenciada, precisa passar por avaliação externa. O mesmo processo ocorre para cada curso novo criado por uma instituição. Depois de começar a funcionar e antes de expedir diplomas, o curso deve ser novamente avaliado para ser reconhecido. A renovação de reconhecimento ocorre periodicamente ao fim de cada ciclo avaliativo do Sinaes.

A proposta do ministro à Conaes é utilizar os procedimentos adotados na supervisão dos cursos, especialmente durante o reconhecimento e a renovação de reconhecimento dos cursos, para atestar a qualidade do curso avaliado com mais eficácia. (Maria Clara Machado)

Um quarto dos jovens não fica 8 anos na escola

O Estado de São Paulo, 22/01/08

Na outra ponta, só 4,5 milhões, ou 12,4%, estão na faculdade

Um quarto dos brasileiros entre 18 e 29 anos não conseguiu nem mesmo completar o ensino fundamental. São quase 9 milhões de jovens sem escolaridade básica. Desses, 816 mil são analfabetos. Os dados, levantados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), servirão para o governo tentar melhorar o foco de sua política de juventude, especialmente o ProJovem, programa voltado para pessoas dessa faixa etária que não conseguiram terminar o ensino fundamental e têm dificuldades para achar emprego.

A maior parte dos jovens que não concluíram o ensino fundamental está nas cidades, onde o acesso à escola deveria ser mais fácil. São 6,4 milhões. Os outros 2,6 milhões estão em zona rurais. Na outra ponta, apenas 12,4% dos jovens de 18 a 24 anos – cerca de 4,5 milhões – estão na universidade, nível de escolaridade que deveriam ter.

Atualmente, 7 milhões de brasileiros entre 18 e 24 anos não estudam nem trabalham, de acordo com a Pnad. São jovens que têm dificuldade de encontrar emprego porque não têm escolaridade mínima, mas também não continuam estudando porque a idade os empurra para o trabalho.

O número de jovens com baixa escolaridade, no entanto, vem caindo. Dados distribuídos ontem pelo Ministério da Educação mostram que, em 1996, eram 12,2 milhões – 47,9% da população nessa faixa etária. Em 2002, eram 10,9 milhões.

A expectativa do governo é que a taxa continue caindo. A projeção para 2010 é de que 15% da população entre 18 e 29 anos não tenha completado oito anos de escola. Seriam, em números de hoje, mais de 5 milhões de jovens sem escolaridade básica.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que essa queda vai ocorrer por conta do aumento dos investimentos em educação nos próximos anos, incluindo o Fundo de Desenvolvimento da Educação (Fundeb), que levará recursos para que Estados e municípios invistam mais em políticas de formação de professores e melhorias no ensino médio. Um estudo elaborado pelo Ministério da Educação mostra que boa parte dos alunos abandona a escola por não ter motivação para estudar e por não ver relação entre o aprendido e o que se precisa saber para trabalhar.

De acordo com o ministro, uma das razões para essa falta de conexão dos jovens com a escola é a falta de qualidade do ensino, que começaria com o “sucateamento da universidade pública”. “Rompeu-se a ponte entre a educação superior e a básica, as licenciaturas ficaram em segundo plano e a qualidade da educação caiu de ponta a ponta”, afirmou, em texto distribuído pelo ministério.