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Universidades federais terão concurso para 3.983 professores e técnicos

Portal G1, 02/01/2008

Do G1, em São Paulo

As universidades federais estão autorizadas a abrir concursos públicos para a contratação de 3.983 funcionários, entre professores e técnicos administrativos.

Uma portaria autorizando a abertura dos concursos foi publicada no dia 28 de dezembro de 2007 no Diário Oficial da União. Ao todo, são 2.355 vagas para professores do magistério superior e 1.628 para técnicos. As contratações fazem parte do programa de expansão universitária do Ministério da Educação (MEC).

Do total de vagas para professor, 1.546 destinam-se à contratação de novos profissionais e 809 a reposição. Quanto ao cargo de técnico administrativo, 899 servidores serão contratados e 729 vão repor vagas.

As instituições de ensino têm prazo de seis meses para abrir os concursos públicos e contratar os profissionais.

Receita Federal dá primeiro passo para simplificar importação para pesquisa

Boa notícia para os pesquisadores brasileiros foi a publicação nesta quinta-feira (27/12) no Diário Oficial da União, pela Secretaria da Receita Federal, da Instrução Normativa que simplifica o despacho aduaneiro de importação de bens para a pesquisa científica e tecnológica.

Assim, a Receita Federal dá o primeiro passo para cumprir o decreto do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, publicado em novembro, instituindo o prazo de 45 dias para que os Ministérios da Ciência e Tecnologia, Fazenda, Saúde e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e seus órgãos vinculados, disciplinem o desembaraço aduaneiro simplificado na importação dos bens para pesquisa. O decreto, assinado durante o anúncio do Plano Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação faz parte das ações para sua consolidação e recebeu apoio entusiástico da comunidade científica e tecnológica.

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) e o Ministério da Ciência e Tecnológica vêm se empenhando para conquistar o chamado “Canal Verde”, para que os bens importados pelos pesquisadores cadastrados pelo CNPq e que possuam a autorização para importação de bens com benefícios tributários aconteça de forma desburocratizada. Hoje, a maioria dos produtos vindos do exterior para uso em pesquisas passam pelos Canais Amarelo e Vermelho, onde os fiscais da Receita conferem toda a documentação e, quando caem no Canal Vermelho, as mercadorias são fisicamente analisadas. Pela nova forma instituída pela Receita Federal, os bens selecionados para conferência terão o desembaraço prioritário.

Segundo o decreto do Presidente Lula, os bens para pesquisa correspondem a maquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, bem como suas partes e peças de reposição, acessórios, matérias-prima e produtos intermediários importados, que deverão ser dispensados do exame de similaridade, da emissão de licença de importação, e dos controles prévios de despacho aduaneiro.

Após a divulgação das instruções da Receita Federal, os pesquisadores aguardam a complementação das medidas por parte da ANVISA e da Superintendência Federal de Agricultura – VIGIAGRO.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do CNPq
(61) 2108 9414
www.cnpq.br

2007: um ano importante para a educação brasileira

O ano de 2007 revelou-se extremamente importante para a educação brasileira. Foram implementadas medidas que trarão resultados positivos nos próximos anos, como o Plano de desenvolvimento da Educação. No âmbito das universidades federais, o Plano Nacional de Assistência Estudantil e a rearticulação da Frente Parlamentar em Defesa da Universidade Pública, entre outros.

Em entrevista ao Portal Andifes, o presidente da Associação, reitor Arquimedes Diógenes Ciloni, faz um balanço dos principais acontecimentos relativos à educação superior brasileira em 2007, abordando estes e outros temas de relevância para o País.

Portal Andifes – Foram liberadas vagas para concurso para professores e funcionários em 2007?

Arquimedes Ciloni – Foram e agora no final do ano estão sendo liberadas vagas para contratação de professores e funcionários. Este ano, a Andifes avançou em alguns aspectos. Um deles foi a formulação do modelo de alocação de vagas de técnicos-administrativos e de distribuição de CDs e FGs.

O governo federal criou este ano, também, a figura do professor-equivalente, que permitirá que as universidades federais realizem automaticamente concurso quando houver vaga em seus quadros. Com isso, as instituições poderão promover a troca do atual quadro de professores por docentes efetivos, contratados no âmbito do regime jurídico único, resolvendo um problema da educação superior federal brasileira.

Portal Andifes – Estreitar as relações entre as universidades federais e as universidades de outros países é uma das metas da Andifes. O que a Associação tem feito nesse sentido?

Arquimedes Ciloni – A integração internacional é um caminho irreversível, pois o mundo está globalizado, inclusive na área educacional e de ciência e tecnologia. Possibilita, por exemplo, a mobilidade estudantil, permitindo um aumento significativo de estudantes brasileiros de graduação e pós-graduação que realizam estudos no exterior.

Diversas instituições encontram-se em um estágio mais avançado quanto a sua inserção no ambiente internacional. Outras gostariam de dar início ou aprofundar esse processo. Pensando nisso, a Andifes formulou e está em pleno andamento o primeiro curso de extensão da Associação que visa disseminar a experiência das universidades mais avançadas e formar recursos humanos para a área de Relações Internacionais das instituições.

Portal Andifes – O lançamento do Plano Nacional de Assistência Estudantil da Andifes demonstrou uma preocupação da Associação quanto à articulação de ações assistenciais para a permanência e a conclusão de curso por parte dos estudantes carentes. O senhor acredita que em 2008 as universidades federais já terão boas respostas quanto a essa demanda?

Arquimedes Ciloni – O Plano Nacional de Assistência Estudantil da Andifes foi muito bem recebido pelo Governo Federal e pelas entidades estudantis, o que possibilitou dobrar o orçamento para assistência já em 2008. O Governo Federal, inclusive, lançou um decreto que organiza e facilita a aplicação da proposta apresentada pela Andifes.

Isso significa que poderemos dar respostas mais rápidas ao combate à evasão e à inclusão social. O Plano nos permitirá aumentar a bolsa de permanência para os estudantes carentes e isso trará reflexos como o aumento das taxas de conclusão dos cursos de graduação.

Portal Andifes – Qual o papel das rádios e TVs universitárias?

Arquimedes Ciloni – As nossas rádios e TVs universitárias nos auxiliam a disseminar o trabalho desenvolvido dentro das universidades federais, popularizando o ensino, a pesquisa e a extensão. Pensando nisso, aprovamos este ano uma rede de permuta de conteúdos multimídia, a RedeIfes.

Esta infovia dará uma visão sistêmica às rádios e TVs universitárias, permitindo que todas as universidades federais consigam compartilhar entre si os conteúdos produzidos. Isso facilitará a nossa atuação em rede, aumentando a troca de informação, gerando uma melhora na qualidade da programação e promovendo a autonomia universitária.

Portal Andifes – Uma das metas do Plano de Desenvolvimento da Educação é a expansão das universidades federais . Até o momento, cinqüenta e três instituições já aderiram ao Plano de Apoio a Programas de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais. Qual foi o papel da Andifes no aprimoramento da proposta do Reuni?

Arquimedes Ciloni – A Andifes sempre defendeu a expansão e as universidades federais trabalham há anos com essa política pública. O Reuni veio consolidar uma proposta que a Associação apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2003.

Desde o lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação, os dirigentes das universidades federais apontaram alguns problemas para que as metas fossem alcançadas. Dentre eles, posso citar a polêmica causada a partir da diretriz de 18 alunos por professor em sala de aula em cursos presenciais de graduação.

O papel da Andifes foi fundamental, no sentido de mostrar ao Governo Federal que, embora o projeto fosse positivo, as metas deveriam ser aproximadas da realidade das universidades federais. E também o prazo para discussão precisava ser ampliado dentro do limite de implementa-lo ainda em 2008. Para a Andifes, a autonomia das universidades para a escolha do modelo de expansão deveria ser o eixo central e a manutenção da qualidade, uma referência permanente.

A Associação promoveu diversos debates com o Governo Federal e especialistas, aprovando o programa, nos moldes atuais, somente três meses depois de lançado.

Tenho certeza de que os aprimoramentos sugeridos pela Andifes foram determinantes para a adesão de praticamente todas as universidades federais ao programa.

Portal Andifes – Qual a sua expectativa quanto ao cumprimento dos compromissos assumidos pelo Ministério da Educação para o Reuni?

Arquimedes Ciloni – O compromisso firmado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a primeira fase de expansão vem sendo cumprido com vagas para técnico-administrativo e recursos sendo liberados como previsto. Isso nos faz ter a convicção de que os compromissos assumidos serão firmemente cumpridos.

Portal Andifes – O Plano de Desenvolvimento da Educação trata também da educação básica. Qual o papel das universidades federais quanto a esse nível de ensino?

Arquimedes Ciloni – Este ano reiterou os paradoxos da educação brasileira. Ao mesmo tempo que atingimos o 15ª como produtores mundiais de ciência e tecnologia, fomos surpreendidos com os péssimos resultados alcançados no PISA [Programa Internacional de Avaliação de Alunos]. Temos universidades nas quais a pesquisa científica se assemelha a países do primeiro mundo e uma escola básica com os piores resultados.

As universidades federais não podem se omitir nesse processo. Precisam, obrigatoriamente, aprofundar o que vêm antecipando como forma de recuperação da escola pública de ensino básico.

A Andifes elaborou o III Seminário Nacional de Políticas Públicas para a Educação, realizado este mês, em Brasília, para debater a carência de professores, pois os estudos demonstram que este é um problema central que leva à falta de qualidade na educação básica. O encontro reuniu o atual ministro da Educação, Fernando Haddad, os ex-ministros da Educação, Cristovam Buarque e Paulo Renato de Souza, além de parlamentares, dirigentes, ex-dirigentes e as principais entidades ligadas à educação brasileira.

Portal Andifes – No final de novembro, as universidades federais tiveram a oportunidade de debater com o Tribunal de Contas da União, de forma mais aprofundada, questões referentes ao gerenciamento das instituições. Como o senhor vê esse estreitamento da relação entre universidades e o TCU?

Arquimedes Ciloni – Este foi outro grande avanço deste ano, porque durante o seminário pudemos entender o ponto de vista dos gestores e dos órgãos controladores e, com certeza, teremos resultados positivos a curto prazo. Mas um próximo fórum já está sendo organizado para que possamos dar continuidade ao debate de assuntos importantes que não foram contemplados nesse primeiro encontro.

Portal Andifes – Ainda em novembro, a Andifes celebrou com a Petrobras as novas cláusulas de propriedade intelectual e sigilo, constantes dos acordos de parceria entre a empresa e as Instituições de Ciência e Tecnologia. Qual foi o papel da Andifes no aprimoramento dessas novas cláusulas?

Arquimedes Ciloni – A Comissão de Ciência e Tecnologia da Andifes debateu com a Petrobras este assunto durante todo o ano de 2007, permitindo que conseguíssemos celebrar o convênio com a Petrobras em bases e diretrizes que foram apontadas pelos nossos pesquisadores.

Esse modelo incentivará a pesquisa e a obtenção de novas patentes e servirá de referência para a relação das universidades federais com outras empresas.

Portal Andifes – Qual o balanço que o senhor faz do ano de 2007?

Arquimedes Ciloni – Durante este ano tivemos muitos pontos de sucesso a destacar e outros que ainda não obtivemos os resultados esperados. O primeiro ponto de sucesso é o projeto de expansão e reestruturação das universidades federais, que dá seqüência a um protocolo de intenções formulado pela Andifes em 1998.

Pela primeira vez em décadas, o número de analfabetos caiu abaixo dos 10% no Brasil, demonstrando que em alguns anos o País terá solucionado esse problema. Neste ano também foi divulgado que 20 milhões de brasileiros não se encontram mais nas classes D e E. E as universidades federais tiveram importante papel nesses resultados.

Outros pontos de destaque foram: o Plano Nacional de Assistência Estudantil, a rearticulação da Frente Parlamentar em Defesa da Universidade Pública.

Infelizmente, temos algumas questões que continuam preocupando as universidades federais e que precisam ser mencionadas. Houve pouco avanço da transformação dos hospitais universitários em fundações estatais de direito privado. O governo precisa retomar a discussão sobre a Reforma Universitária no Congresso Nacional. É preciso haver avanços na discussão da autonomia universitária.

Com tudo isso, este foi um ano marcante para a educação brasileira em função dos muitos aspectos positivos já mencionados.

Muitas sementes foram plantadas. No próximo ano, devemos cuidá-las com atenção para alcançarmos os frutos almejados. Tenho certeza de que 2008 será de muita batalha e sucesso na educação brasileira.

(Lilian Saldanha – Assessoria de Comunicação da Andifes)

Ufla divulga resultado do 1º Processo Seletivo de 2008 (Vestibular)

A Comissão Permanente de Processo Seletivo (Copese) disponibiliza a lista de aprovados no 1º Processo Seletivo de 2008 (Vestibular) da Universidade Federal de Lavras.

Para acessar a lista de aprovados, clique aqui

Informações referentes à matrícula de calouros, desempenho do candidato entre outras, estão disponíveis no site da Copese: www.copese.ufla.br.

Nota corte:
Administração – 59,3
Agronomia – 56,5
Ciência da Computação – 60,0
Ciências Biológicas – 64,5
Educação Física (Licenciatura) – 45,0
Engenharia Agrícola – 48,0
Engenharia de Alimentos – 62,9
Engenharia Florestal – 62,1
Matemática (Licenciatura) – 29,0
Medicina Veterinária – 70,9
Química (Licenciatura) – 43,4
Sistemas de Informação – 43,8
Zootecnia – 52,1

Índices Agrícolas apontam situação desfavorável para o produtor em 2007

Pesquisa do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA), com base no levantamento mensal dos índices de preços agrícolas, chegou à conclusão de que, em 2007, os custos para produzir, no setor agrícola, superaram, em média, os preços pagos ao produtor rural pela venda de seus principais produtos.

No acumulado do ano, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agropecuários teve alta de 11,31%, enquanto o Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agrícolas aumentou 15,46%. Esses índices estimam, respectivamente, a variação da renda agrícola e o comportamento dos custos de produção do setor.

A pesquisa do DAE/UFLA faz o levantamento mensal de 42 produtos e 187 insumos agropecuários.

Explica o prof. Ricardo Reis, coordenador do índice, que 2007 teve bons momentos para o produtor, mas em situações distintas. Primeiro foram as altas do preço do leite pago ao pecuarista entre abril e agosto, invertendo esta alta a partir de setembro, quando os preços do leite tipo B e tipo C iniciaram tendência de queda para o produtor.

Posteriormente, as altas do feijão e do milho a partir de agosto, ao contrário que vinha acontecendo no primeiro semestre, quando, em média, os preços destes dois grãos estavam em queda. Ressalta também o bom momento vivenciado pelas carnes, no segundo semestre. No entanto, o que segurou a renda agrícola em 2007 foi o preço do café, que tem elevado peso no cálculo do índice agrícola; no ano, o preço do café acumulou queda de 11,68%. Já os insumos mantiveram tendências de altas no início, metade e final do ano, afirmou o professor da UFLA.

Índices de Dezembro de 2007

Em dezembro, o Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agrícolas aumentou 3,96%, enquanto o Índice de Preços Recebidos (IPR) pelos produtos agropecuários teve variação negativa de 2,61%.

No mês de dezembro, o preço do café teve uma melhora de 3,52%, ao contrário do milho, cuja cotação reverteu a tendência de alta e caiu 6,77%, para o produtor. Já o feijão manteve a tendência de alta, com aumento de 3,52% no campo. Alguns produtos que compõem o grupo hortifrutigranjeiro também ficaram mais baratos para o produtor no mês pesquisado: repolho (-18,18%), pimentão (-37,14%), couve-flor (-18,18%), abobrinha (-33,33%), tomate (-10,4%) e milho verde (-78,57%). A grande alta entre os itens que compõem os hortifruti foi a da batata, cujo aumento, no mês, foi de 122,5%. Já o preço pago ao pecuarista pela venda do leite fluido tipo B caiu 7,35% e pelo tipo C, queda de 16,21%.

Entre os insumos agrícolas, as maiores altas, em dezembro, ficaram nos segmentos das sementes e mudas (9,75%), adubos (7,93%) e rações (7,03%).

Alimentos puxam a inflação de 2007

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculada pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA), acumulou uma taxa de 6,16%, no ano de 2007. Em 2006, esta taxa de inflação ficou acumulada em 5,94%.

Em 2007, o grande vilão da inflação foi o comportamento dos preços dos alimentos, principalmente a partir do segundo semestre, com alta acumulada no ano de 16,4%. Nos últimos quatro meses, o preço do feijão para o consumidor acumulou um aumento 90,51% e o da carne bovina, 36,96%.

Com isto, o custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas passou de R$266,92 em janeiro para R$297,55 em dezembro, uma alta de 11,47%.

INFLAÇÃO DE DEZEMBRO É A SEGUNDA MAIOR DO ANO

O DAE/UFLA também divulgou a inflação de dezembro, cuja taxa foi de 1,07%, sendo a segunda maior do ano, perdendo apenas para janeiro, que ficou em 1,32%. No mês de novembro, este índice havia sido 0,37%.
Entre os itens que mais subiram de preços em dezembro, estão àqueles associados aos grupos alimentos (3,21%) e vestuário, cuja alta foi de 1,35%. Também em dezembro, foram registradas altas de preços nos setores de material de limpeza (0,86%), higiene pessoal (0,59%) e bens de consumo duráveis (eletroeletrônicos, móveis e informática), cujo aumento no mês foi de 0,19%.

Entre os segmentos que compõem a categoria alimentos, a maior alta ficou com os produtos semi-elaborados, 6,95%, principalmente o feijão, que aumentou 44,89%, a carne suína, 9,59% e a carne bovina, que ficou mais cara 8,23%. Entre os alimentos in natura, as maiores altas foram registradas nos preços da couve-flor (43,5%), abacate (30,08%), melancia (12,34%), goiaba (11,9%) e pêra, com aumento de 12,33%. Entre os industrializados, os maiores aumentos foram identificados no leite em pó (8,22%), banha (13,56%) e chocolate/bombons, com um aumento de 7,56%.

Os grupos pesquisados pela UFLA em dezembro que tiveram queda média de preços no mês foram: bebidas (-0,92%), educação e saúde (-0,02%) e gastos com transporte, -0,27%. Em média, não houve alterações de preços nos itens que compõem as categorias serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha), moradia e gastos com lazer.

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas ficou em R$297,55 em dezembro, contra um valor de R$288,36 no mês anterior, registrando uma variação de 3,18%.

Por que, para que, para quem?

Folha de São Paulo, 21/12/07

ELIANE CANTANHÊDE

BRASÍLIA – É emocionante ver uma mãe chorando num programa eleitoral porque o filho pobre chegou à universidade? Sem dúvida. É ótimo que jovens com poucas chances de estudo tenham diploma universitário? Com certeza.

Mas a principal questão da educação não é essa, nem são de todo graves os dados do MEC mostrando que 12% dos jovens de 18 a 24 anos estão matriculados no ensino superior, quando o Plano Nacional de educação prevê 30% até 2011.

O grave começa no ensino fundamental. O Brasil foi competente no rumo da universalização, mas não é preciso fazer prova em cima de prova para mostrar que os alunos saem das escolas sem aprender.

E o grave continua no ensino médio, até com a falta de escolas técnicas para os milhões de jovens que, em vez de anos e anos numa universidade teórica, precisam e querem empregos reais. O percentual de jovens no ensino técnico nos EUA é de 60%; no Brasil, de 9%.

Quem não tem um parente, amigo, filho que fez universidade por fazer e ocupa função técnica, com salário de técnico e vai continuar técnico? É legítima a vontade da mãe e do estudante de ter um diploma superior na mão -ou melhor, na parede. Mas quem de fato lucra com isso são as universidades particulares, muitas com ensino sofrível e preços escorchantes. O ‘doutor’ gasta o que tem e o que não tem por um sonho fugaz -e inútil.

Falta estratégia de educação no país, e não é de hoje. É preciso saber para quem, por que e para que abrir vagas no ensino superior, combinando o arbítrio pessoal e o interesse nacional. Ou seja: vagas com mercado de trabalho.

É melhor investir num ensino que dê oportunidades iguais para todos e trate a universidade como o que é: centro de excelência. Até lá, levar a sério as escolas técnicas, para que o aluno tenha opções reais e orgulho da sua profissão, em vez de ter um diploma vazio e uma frustração travestida de orgulho.

Realizado o 3º Curso de Arranjos Florais

O Núcleo de Estudos em Paisagismo e Floricultura (Nepaflor)da Universidade Federal de Lavras (Ufla) realizou, dia 15 de dezembro, o 3º Curso de Arranjos Florais com o tema Natal e Ano Novo.

No início do curso, os palestrantes abordaram, de maneira teórica, assuntos relacionados a técnicas utilizadas na montagem de arranjos, estilos de arranjos, harmonia das cores e flores, tipos de flores e folhagens e materiais que podem ser utilizados para a confecção de arranjos florais. Na segunda parte do curso foram demonstrados vários tipos de arranjos florais para Natal e Ano Novo, sendo utilizados nos arranjos natalinos, associados às flores, velas, pinhas e diversos objetos decorativos.

Com o tema de Ano Novo, foram confeccionados arranjos para diversos ambientes, utilizando plantas tropicais e, ainda, mesas de frutas com ornamentação de flores, dentre outros. No final, cada participante pode confeccionar seu próprio arranjo, utilizando as técnicas ensinadas durante o curso, aliado à criatividade de cada um. Durante o evento os participantes tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas referentes à conservação de flores dos arranjos florais.

O evento contou com a colaboração de diversos patrocinadores e, dessa forma, foi possível a realização do curso e ainda de sorteios que proporcionaram dinamismo ao curso e descontração aos participantes. Citam-se o Departamento de Agricultura da Ufla, Sr. Fernando (produtor de flores de Barbacena/MG), Floricultura As Estações, Epamig, Madeirartes, Restaurante Edinho’s, Verdurão Santana, KS Printe e Beto Brinquedos.

Em breve, o Nepaflor estará promovendo outros cursos de arranjos florais.

Informações:(35)3829-1781 ou nepaflor@ufla.br.

MEC descredencia 39 cursos de pós no país

Folha de São Paulo, 21/12/07

Obtenção de conceitos baixos em avaliação da Capes afetou programas de universidades como a USP, Unicamp e UFRJ

Em uma escala de zero a sete, os programas reprovados atingiram no máximo dois; não há mais possibilidade de recurso

O Ministério da Educação descredenciou ontem 39 programas de pós-graduação -especialização, mestrado ou doutorado- do país por terem obtido baixos conceitos na avaliação realizada a cada três anos pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

Entre as instituições que tiveram programas descredenciados estão a USP (Universidade de São Paulo), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), UFRJ (Universidade Federal de Rio de Janeiro), UnB (Universidade de Brasília) e UFF (Universidade Federal Fluminense).

Na escala de zero a sete, os programas reprovados atingiram no máximo dois. Com essa avaliação, os cursos são classificados como não-recomendados pela Capes. Ao todo, funcionam no país 2.257 programas de pós-graduação. Os reprovados representam 1,7% do total, segundo informação do Ministério da Educação.

Dos 39 programas, 18 se referem às áreas de saúde, medicina e biologia. A USP teve o mestrado e doutorado em cirurgia plástica descredenciados. Foram 21 programas descredenciados em instituições federais.

A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) teve seu programa de especialização em morfologia descredenciado. A especialização em engenharia mecânica e o mestrado em odontologia legal e deontologia da Unicamp também.

O mestrado em física, o mestrado e o doutorado em dermatologia e cirurgia geral da UFRJ foram descredenciados, assim como o mestrado em lingüística aplicada da UnB. De acordo com a assessoria do Ministério da Educação, os programas são avaliados tanto pela qualidade dos cursos que oferecem aos alunos quanto pela produtividade de artigos ou patentes produzidos em determinado período, por exemplo.

A avaliação foi feita por 45 grupos de especialistas em distintas áreas, totalizando 700 examinadores, além do CTC (Conselho Técnico Científico).

Os cursos descredenciados não podem mais receber matrículas e, segundo nota do MEC, a avaliação divulgada ontem é final e já levou em consideração os recursos possíveis.

‘Os alunos que estão cursando mestrado ou doutorado nesses programas terão seus diplomas validados, mas se a instituição admitir novos estudantes, eles não terão seus diplomas reconhecidos’, explicou o diretor de avaliação da Capes, Renato Janine, segundo nota do MEC. Dos 595 recursos enviados para revisão de conceito, 154 foram aceitos e tiveram as notas revistas.

Na última avaliação trienal, o Ministério da Educação avaliou um total de 1.819 programas.

Na ocasião, foram descredenciados 36 programas. O equivalente a 2% do total.

USP afirma que curso já seria extinto

A USP afirmou que seu curso descredenciado (medicina 3: cirurgia plástica ) já estava previsto para ser extinto -as disciplinas foram diluídas em outros programas.

Já a Unifesp afirmou que o seu curso mal avaliado (ciências biológicas 2: morfologia) não existe há dois anos. A assessoria de imprensa da Unicamp não foi localizada no início da noite de ontem.

A UnB informou que, até a noite de ontem, não havia recebido o documento da Capes informando o descredenciamento da linha de mestrado em lingüística aplicada do Instituto de Letras e que só se pronunciaria após o recebimento.

A Folha procurou a faculdade de física da UFMS e de química da UFG, mas não conseguiu contato.

A pró-reitora de Pós-graduação e Pesquisa da UFRJ, Angela Uller, afirma que, logo que a universidade soube da nota baixa de três dos seus cursos, formou uma comissão para buscar soluções. No caso dos programas de dermatologia e cirurgia geral, a decisão foi de reconhecer as críticas, não recorrer e fechar os programas.

No caso da ciência política, a universidade reconheceu que há problemas, mas decidiu que vai tentar sua reestruturação.

‘O principal problema é a falta de corpo docente. Muitas pessoas estão se aposentando e não há contratação de professores em número suficiente’, afirmou Angela.

Mais brasileiros conseguem chegar ao ensino superior

O Estado de São Paulo, 20/12/07

Lisandra Paraguassú

Cresceu o número de matrículas, principalmente na educação a distância

O número de matrículas no ensino superior cresceu no País entre 2005 e 2006. O último Censo do Ensino Superior, divulgado ontem pelo Ministério da Educação (MEC), mostra que a taxa de escolaridade líquida – que considera apenas os jovens de 18 a 24 anos – passou de 10,9% para 12,1%. Mesmo pequeno, o crescimento é comemorado pelo MEC. É o maior registrado nos últimos anos.

“Nas décadas de 80 e 90, a taxa esteve estagnada em torno de 9%. Voltou a crescer agora. Só isso já é uma boa notícia”, afirmou Reynaldo Fernandes, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). A taxa mostra que mais jovens na idade correta estão chegando ao ensino superior. Mas há também mais pessoas no ensino superior. A taxa de escolaridade bruta – calculada considerando-se todas as pessoas matriculadas, independentemente da idade, em relação ao número de jovens – também cresceu. Passou de 18,2% para 20,1%.

O ensino superior, no entanto, mantém ainda as desigualdades regionais. Na região Sul, a taxa de escolaridade líquida é de 17,1%, a mais alta do País. Sudeste e Centro-oeste têm 14%. Norte e a Nordeste não chegam à metade disso, ficam abaixo de 7%.

Boa parte desse crescimento do ensino superior pode ser creditado ao aumento dos cursos de graduação a distância. O censo mostra que as matrículas nesse tipo de ensino cresceram mais de 315% entre 2003 e 2006. O número de cursos oferecidos passou de 10 no ano 2000 para 349 em 2006, uma evolução de 571%.

No entanto, apesar do investimento que o governo federal pretende fazer em cursos a distância, a maior parte desse crescimento ainda é em instituições privadas. Isso porque o censo, ainda com dados de 2006, não conta as vagas criadas pela Universidade Aberta do Brasil (UAB), que entrou em funcionamento neste ano. Foram contadas apenas as vagas do programa Pro-Licenciatura, de formação de professores. “Até fevereiro, teremos 45 mil alunos na UAB. Até 2009, pretendemos chegar a 200 mil”, afirmou Carlos Bielschowsky, secretário de Ensino a Distância do MEC.

O ministério prevê, ainda, um aumento maior da participação das federais nesse crescimento a partir do censo 2007. Isso porque uma pesquisa prévia feita apenas com as federais mostra um aumento de matrículas no segundo semestre de 2006 que não chegou a ser detectado pelo censo. “A maior parte das federais iniciou a expansão no final de 2006. Esse movimento só aparecerá no próximo levantamento”, explicou Ieda Diniz, da Secretaria de Ensino Superior do MEC