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Faça intercâmbio sem sair do Brasil

Portal Universia, 07/11/2007

Larissa Leiros Baroni

Mobilidade Acadêmica: oportunidade incrementa formação acadêmica e pessoal

Já é quase um consenso que o intercâmbio é uma das melhores maneiras de evoluir profissional e pessoalmente. Só que muitas vezes o sonho esbarra em entraves econômicos que inviabilizam uma viagem para o exterior. O que nem todos sabem é que nem sempre é preciso embarcar para o estrangeiro para complementar a sua formação acadêmica. Há muito que aprender dentro do próprio Brasil. Você, alguma vez, já imaginou cursar seis meses da graduação em outra região do país? Ou conhecer os métodos de ensino das universidades de destaque em sua área? Saiba que a mobilidade nacional pode propiciar essa experiência.

Embora o processo ainda seja pouco conhecido, oferece grandes vantagens para os estudantes que pretendem ampliar os seus conhecimentos ao fazer estágio numa universidade dotada de um grande centro de excelência em pesquisa, por exemplo. ´É uma oportunidade de aproveitar e usufruir as ´competências´ e ´habilidades´ de outras instituições e utilizá-las em seu favor´, alerta a gerente de Relações Interinstitucionais e Intercambio Acadêmico da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), Mirian Mylius.

Para muitos pode até parecer bobagem passar uma temporada em instituição do mesmo país, até por que as estruturas de ensino são semelhantes e a língua, a mesma. Mas essa é uma leitura equivocada do que é a mobilidade nacional. ´Primeiro, os métodos educacionais entre uma universidade e outra são diferenciados. Segundo, obter diversas perspectivas do mesmo assunto também faz parte dessa formação superior´, garante Mirian.

A estudante Gabriella Soccol, 24 anos, foi contra o senso comum, deixou sua terra natal, Rio dos Sinos, no Rio Grande do Sul, e mudou-se para São Paulo para fazer o último semestre do curso de Administração com ênfase em Comércio Exterior. ´Não poderia restringir os meus conhecimentos a um único lugar. Precisava conhecer novas visões, até para comprovar a qualidade da minha instituição e ter certeza de que o conhecimento recebido até então era suficiente para me tornar uma boa profissional´, relata. ´O interesse por conhecer novos amigos e novas culturas também foi um grande estimulador´, completa ela.

Os fatores culturais e até específicos de cada canto do país, como clima, vegetação e comida, também podem favorecem bastante o aprendizado dos universitários, independente da graduação que cursam. ´Um aluno do Sul do Brasil que estuda Turismo, por exemplo, pode muito bem conferir, na prática, as atrações das cidades litorâneas, ao freqüentar instituições do Nordeste, ou as diversidades culturais dos pantanais na região Norte´, aponta a presidente do Faubai (Fórum de Assessorias das Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais) e assessora de Assuntos Internacionais da UCS (Universidade de Caxias do Sul), Luciane Stallivieri. ´A riqueza cultural do país é quem beneficia esse intercâmbio nacional. Basta olhar com mais atenção para o Brasil e saber tirar proveito de suas variáveis´, aconselha ela.

E não é só o lado profissional que ganha nessa história. A experiência também contribui muito para o amadurecimento pessoal do aluno. ´Ao morar longe dos pais e dos amigos, numa cidade totalmente diferente da sua, a pessoa desenvolve características bastante valorizadas pelo mercado de trabalho. Entre elas, a tolerância, a flexibilidade, a solidariedade e a independência´, afirma a professora da Unisinos. Para Gabriella, esse foi o maior ganho da temporada na cidade paulista. ´Há grandes diferenças entre o Sul e São Paulo e aprendi muito com isso. Imagine se eu tivesse ido para o Norte ou Nordeste. Acredito que o aprendizado seria ainda maior´, diz ela.

Essa, segundo os especialistas, é uma vivência tão importante quanto a internacional. ´Um bom profissional, além da formação teórica e prática, deve ter inteligência cultural, adquirida, sobretudo, por meio desses programas de mobilidade´, assegura Luciane. E o intercâmbio nacional tem lá as suas vantagens. Nada de barreira lingüística, nem mesmo de burocracia para a obtenção de documentos que autorizem a permanência no país. ´Sem contar a segurança na validação dos créditos cursados na instituição anfitriã´, complementa a presidente do Faubai.

O custo também é um bom atrativo para os estudantes. Mesmo diante da necessidade de se arcar com as despesas da passagem, hospedagem e, no caso de estudantes de instituições particulares, manterem o pagamento das mensalidades, os valores de uma viagem nacional são mais em conta do que o embarque para países da Europa e da América do Norte, geralmente os mais procurados.

Para participar de um intercâmbio nacional é preciso estar regularmente matriculado numa instituição de ensino que ofereça o programa. Por isso, informe-se com a pós-reitoria de graduação da sua universidade. Em geral, os interessados já devem ter concluído, pelo menos, 50% do curso e podem fazer até 15% da graduação numa outra faculdade. O perfil acadêmico também é levado em consideração na hora da seleção do estudante. ´Ter boas notas e bom desempenho em sala de aula é um critério de desempate´, comenta Luciane.

Universidades Engajadas

Muitas universidades já oferecem programas de intercâmbio nacional aos estudantes, entre elas a Unisinos, a UCS, a PUC-Campinas (Pontifícia Universidade Católica de Campinas) e a USP (Universidade de São Paulo).

Além disso, a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) mantém programa de Mobilidade Acadêmica que reúne 48 instituições federais. (Clique aqui e confira a lista das participantes).

A iniciativa possibilita que alunos regularmente matriculados a partir do segundo ano letivo da graduação realizem parte dos estudos em outra instituição federal. ´Isso fortalece a formação do nosso estudante, tornando-a mais crítica e mais consciente´, explica a presidente da comissão de desenvolvimento acadêmico da Andifes e reitora da UniRio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), Malvina Tuttman.

Segundo a reitora, não há nenhuma burocracia para a participação no programa, basta fazer uma solicitação à instituição anfitriã.

Debate com candidatos a reitor na Ufla

A Comissão Eleitoral, Associação dos Docentes – AdUfla, Associação de Pós-Graduandos – APG, Conselhos de Centros Acadêmicos – CA`s e Sindicatos dos Servidores – SindUfla promoveram debate com os candidatos a reitor da Universidade Federal de Lavras, que aconteceu no auditório da Biblioteca Central, no dia 7 de novembro, a partir das 13 horas.

Compareceram os candidatos:
Chapa RENOVAÇÃO: Prof. Antônio Eduardo Furtini Neto – Reitor, do Departamento de Ciência do Solo e Prof. Messias José Bastos de Andrade- Vice-Reitor do Departamento de Agricultura.

Chapa HUMANIZAR: Prof. Luiz Edson Mota de Oliveira – Reitor, do Departamento de Biologia e Prof. André Luiz Zambalde – Vice-Reitor, do Departamento de Ciência da Computação.

Chapa UNIVERSIDADE VIVA: Prof. Antônio Nazareno Guimarães Mendes – Reitor, do Departamento de Agricultura e Prof. Elias Tadeu Fialho – Vice-Reitor, do Departamento de Zootecnia.

Chapa 100% UNIVERSIDADE: Prof. José Tarcísio de Lima – Reitor, do Departamento Ciências Florestais e Prof. Mário César Guerreiro – Vice-Reitor, do Departamento de Química.

O evento com duração de aproximadamente 3 horas, foi composto de 5 blocos. Com perguntas formuladas pela comissão eleitoral e pelo público presente, questionamentos entre candidatos, sendo que o 4 bloco foi dedicado aos candidatos a vice-reitor e o último reservado para as considerações finais dos candidatos.

O universo eleitoral com direito a voto na Ufla é de 4.971. Podem votar estudantes de graduação e pós, professores ativos e inativos e técnico-administrativos.

O calendário eleitoral está previsto para o dia 21 de novembro – 1º Turno, de 7 às 17 horas, na Cantina da Ufla. Um possível 2º Turno está agendado para o dia 28 de novembro, também, na Cantina da Ufla, de 7 às 17 horas.

Todos os candidatos disponibilizaram seus programas nos sites:

RENOVAÇÃO – www.renovacaoufla.com.br
HUMANIZAR – www.humanizarufla.com
UNIVERSIDADE VIVA – www.vivauflaviva.com.br
100% UNIVERSIDADE: – www.100porcentouniversidade.com

Inscrições do Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero foram prorrogadas

Os interessados têm até o dia 21 de dezembro para encaminhar as inscrições para a 3ª edição do Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero – concurso de redações e artigos científicos na área das relações de gênero, mulheres e feminismos. Os estudantes podem se inscrever por meio de formulário eletrônico, disponível no site www.igualdadedegenero.cnpq.br.

O Prêmio, que integra o Programa Mulher e Ciência, é uma iniciativa da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério da Educação (MEC), e do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem). Seu objetivo é estimular a pesquisa no campo dos estudos das relações de gênero, mulheres e feminismos.

Esta edição traz uma novidade – as instituições de ensino e professores também serão agraciados com prêmios. As premiações são um computador (CPU, monitor LCD, teclado, mouse, caixa de som e estabilizador) com sistema operacional Linux e Open Office instalados, no valor estimado de R$ 2.500,00 e uma assinatura anual da Revista Estudos Feministas e dos Cadernos PAGU, para cada instituição vencedora.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres)

Andifes pretende negociar antecipação de recursos do Reuni

Folha Dirigida, 08/11/2007

Natália Strucchi

Enquanto alunos ainda ocupam reitorias para protestar e tentar evitar a adesão de instituições federais ao Programa a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), os dirigentes das universidades já pensam negociar a antecipação de recursos do programa. O Ministério da Educação (MEC) planeja liberar R$2 bilhões até 2011 para construção, reforma de prédios ou compra de equipamentos. Até 2012, estão previstos mais R$5,2 bilhões para despesas com a contratação de pessoal e outros gastos decorentes da expansão.

‘Se um curso a ser criado exige, por exemplo, a construção de instalações, os recursos têm que vir com antecedência. Outra necessidade seria a de antecipar a contratação de professores, pois pode haver dificuldade no cumprimento das metas de ampliação das matrículas’, defendeu o vice-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andfifes), José Ivonildo do Rego.

Das 54 universidades federais existentes no país, 36 já aderiram ao Reuni. Até o último dia 29, primeiro prazo estipulado pelo MEC, 35 instituições haviam confirmado sua participação no programa, entre elas, a UFRJ e a UniRio. Os projetos aprovados receberão recursos no primeiro semestre de 2008. A pedido dos reitores, a UFF, a UFPB e a Ufes tiveram o prazo para adesão em primeira fase estendidos, já que tiveram as reitorias ocupadas e protestos nos Conselhos Universitários. Elas terão até o final de novembro para aderir ao programa. No entanto, no último dia 1º de novembro, a UFPB confirmou ao MEC sua adesão.

Uma comissão da Secretaria de Educação Superior vai analisar tecnicamente as propostas apresentadas segundo a meta do Reuni. Após a avaliação técnica, outra comissão, composta por 76 professores e pesquisadores, fará o exame do conteúdo dos projetos. No próximo dia 7, o ministério divulgará a lista das aprovadas. As universidades que não tiverem projetos aprovados poderão apresentar recursos até o dia 12 de dezembro. No dia 21 do mesmo mês, será revelada a lista definitiva das instituições que têm orçamento garantido para o primeiro semestre do próximo ano. A segunda fase para a adesão das outras instituições federais começou no último dia 30 e vai até o dia 17 de dezembro.

O Reuni foi criado pelo governo federal através do decreto 6.096, de 24 de abril deste ano. De acordo com o MEC, o programa tem como meta a elevação gradual da taxa de conclusão média dos cursos de graduação presenciais para 90% e da relação de alunos de graduação em cursos presenciais por professor de dez para 18, ao final de cinco anos. Dentre as diretrizes estabelecidas, estão a política de inclusão e democratização do acesso, a ampliação da assistência estudantil, a mobilidade acadêmica e a renovação pedagógica, além da ampliação da oferta de vagas nos cursos de graduação.

Computador nas escolas só dá resultado com internet, diz estudo

O Estado de São Paulo, 07/11/07

Lisandra Paraguassú

Acesso à rede garantiu 5,6 pontos a mais a alunos na prova de matemática do Saeb, avaliação oficial do governo

Escolas que usam computadores sem conexão à internet não ganham em desempenho, chegando a baixar suas médias em avaliações oficiais. O que melhora o aprendizado é o acesso à web. Levantamento realizado por Roberta Bioi e Fabiana de Felício, técnicas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do Ministério da Educação (Inep/MEC), com base em dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), concluiu que ter computadores conectados à rede eleva em 5,6 pontos o resultado dos alunos.

Já simplesmente manter laboratórios de informática influencia negativamente os resultados, chegando a diminuir a média das escolas. “(Há) relação negativa entre a existência de laboratório de informática na escola e o desempenho escolar médio em matemática”, indica a pesquisa. O problema é que, embora o governo federal tenha programado a implantação de laboratórios de informática em todas as escolas públicas do País até 2010, nem todos estarão ligados à rede mundial.

O estudo do Inep foi feito levando-se em conta turmas de 4ª série do ensino fundamental que fizeram as provas de matemática. Foram consideradas apenas as escolas que participaram do Saeb nas provas de 1999, 2001 e 2003. O Saeb faz, a cada dois anos, avaliações de português e matemática da 4ª e 8ª séries do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio. Desde 2005, o MEC aplica a prova a todos os alunos das três séries de todas as escolas do País.

Os resultados da pesquisa do Inep estão sendo usados pela Secretaria de Educação a Distância (Seed) do MEC para defender o programa de informática do governo federal nas escolas. “Laboratórios conectados à rede, professores capacitados e conteúdo educacional para ser usado como material pedagógico, isso muda a sala de aula”, afirma o secretário de Ensino a Distância, Carlos Eduardo Bielschowsky.

Ainda assim, ele discorda da relação entre o uso de laboratórios sem acesso à internet e queda no desempenho. Para o secretário, a diferença não é significativa, apesar de haver uma queda de cinco pontos no rendimento. “É muito pouca diferença. Tenho certeza que os laboratórios ajudam. É preciso alfabetizar os alunos na informática”, defendeu.

Entre 2005 e 2006, o MEC comprou equipamentos para mais 10,6 mil escolas, todas de ensino médio e nas zonas urbanas. No total, hoje, o governo atende 40% dos alunos das escolas públicas – a prioridade foi dada para as escolas maiores, que têm mais estudantes. A partir deste ano, entraram no programa também as escolas rurais e de 5ª a 8ª série. Já foram comprados equipamentos para 20 mil escolas, que serão instalados até a metade de 2008. Até o final de 2009, o número deverá chegar a 500 mil novos computadores, de acordo com o secretário – o suficiente para equipar cerca de 50 mil escolas.

A conexão com a rede, porém, o mais importante segundo a pesquisa, é mais difícil. Hoje, 43% dos municípios só têm conexão com a internet através de linha discada, e muitas apenas com conexão interurbana.

Cerca de mil municípios não teriam internet nem mesmo através de linha discada. O governo estuda uma forma de fazer esse investimento, usando fibra ótica e redes sem fio e de rádio, mas o custo é alto. “É uma tarefa difícil”, reconhece Bielschowsky. “Mas é uma tarefa que o próprio presidente chamou para si.” No discurso de posse do 2º mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mencionou a informatização das escolas públicas como uma de suas prioridades.

Uma das idéias é usar os recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), um imposto de 2% sobre o valor das contas de telefone, tirado da receita das empresas de telefonia para ser usado na informatização das escolas. Até o ano passado, o Fust tinha mais de R$ 3 bilhões parados porque os governos – tanto o atual como o passado – não conseguiram chegar a uma conclusão sobre qual seria a melhor forma de usá-lo. A receita anual do Fust está hoje, de acordo com o governo, em R$ 600 milhões.

O problema é que a lei que criou o Fust prevê apenas o investimento para levar internet com linha discada às escolas. O ministro da Educação, Fernando Haddad, quer agora mudar a legislação para incluir a internet por banda larga. Mas a discussão avançou pouco.

MEC e Ministério das Cidades recebem propostas para projetos de extensão universitária das IFES

As Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) podem apresentar, até 21 de novembro, propostas de desenvolvimento de projetos no âmbito da extensão universitária, de acordo com o estabelecido no Edital PROEXT, publicado pelo MEC e Ministério das Cidades.

Os projetos deverão concentrar-se em ações de extensão, de forma a dotar quadros das administrações municipais da capacidade para lidar com sistemas de informações geográficas e insumos digitais empregando o ferramental de software oferecido pelo Ministério das Cidades (GeoSNIC/Terraview/Edit – Sistema Nacional de Informações das Cidades).

Os projetos devem incorporar, além das ferramentas e funcionalidades do Sistema GeoSNIC, conteúdos relacionados aos fundamentos de geoprocessamento e geociências, com os conceitos básicos de cartografia, sistema de projeção, datum, escalas, feições cartográficas, imagens de satélite, sistemas de informações geográficas (SIG’s), tipos de armazenamento e demais conceitos correlatos. A aplicabilidade dos projetos a serem apresentados deve ser pautada em matérias afetas às rotinas de gestão e planejamento territorial nos temas relacionados à Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (Habitação, Saneamento, Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana), no âmbito de interesse dos municípios participantes.

As propostas devem contemplar a participação em atividades de extensão de, pelo menos, dois técnicos do quadro permanente da administração do Poder Executivo municipal, em no mínimo quarenta municípios, sem cobertura territorial coincidente. As instituições proponentes poderão habilitar-se para a realização de projetos com financiamento de até R$ 50.000,00.

Mais informações podem ser obtidas no Edital.

Esclarecimentos e informações adicionais poderão ser obtidas contatando-se a Gerência de Capacitação, pelo telefone (61) 2108-1574 ou correio eletrônico no endereço:
proext-cidades@cidades.gov.br

(Fontes: UFPB, MEC e Ministério das Cidades)

Ministro Luiz Dulci visita a Ufla

O ministro Luiz Dulci, chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República confirmou presença no evento “Diálogo de Concertação para Revitalização do Lago de Furnas”, que acontece na sexta-feira (9/11).

O evento promovido pela Universidade Federal de Lavras, Fórum das Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão para Revitalização do Lago de Furnas, Associação dos Municípios do Lago de Furnas, contará com a presença de prefeitos da região, deputados e dirigentes de diversas instituições e entidades.

Na programação pronunciamentos sobre a “Síntese dos Projetos Desenvolvidos na Região do Lago de Furnas”, pelo presidente do FÓRUM-Lago, professor Fábio Moreira da Silva; “Síntese dos Planos Diretores Participativos dos 50 municípios da região”, pelo presidente da Alago, prefeito Pompílio de Lourdes Canavez. Em seguida, a assinatura de novos convênios e apresentação e encaminhamento de novos projetos para o desenvolvimento sustentável do entorno do Lago de Furnas. Finalizando com o pronunciamento do secretário Executivo José Henrique Paim Fernandes (MEC) e demais autoridades.

Pela manhã acontece o Seminário Técnico-administrativo e de Saneamento, no Anfiteatro do Departamento de Ciência da Computação – prédio novo – com as palestras “Cenário do Diagnóstico de Saneamento dos municípios do entorno do Lago de Furnas”, pelo engenheiro Adauto Santos, do Ministério das Cidades e “Modelos de Consórcios Intermunicipais” pelo consultor João Batista Peixoto. A partir das 14 horas, o evento será transferido para o Espaço Santa Felicidade (Rua Altamiro Pinto, 131 – Lavras-MG).

Para estudo, inclusão social não piora ensino

Folha de São Paulo, 07/11/07

Antônio Gois

Pesquisa contraria tese de que maior ingresso de crianças pobres na escola teria puxado nível para baixo

Desde que o Ministério da Educação começou a avaliar a qualidade do ensino por meio do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), o discurso padrão de ministros, secretários e até de pesquisadores para explicar a queda no desempenho médio dos estudantes nos últimos dez anos é o de que a inclusão de crianças mais pobres nas escolas foi a principal causa dessa piora.

Um estudo divulgado ontem no seminário ‘População, Pobreza e Desigualdade’, da Associação Brasileira de Estudos Populacionais, no entanto, vai contra essa corrente.

Ao analisar a distribuição das notas nas turmas de 4ª e 8ª série, os demógrafos Clarissa Rodrigues e Eduardo Rios-Neto, do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG, concluem que a redução generalizada da pontuação dos estudantes no Saeb foi o principal fator que levou a queda do desempenho.

A discussão sobre o impacto da inclusão dos alunos mais pobres no ensino fundamental ocorre desde 2000, quando os resultados do Saeb aplicados aos alunos em 1999 mostrou com clareza que havia uma tendência de queda na qualidade.

A queda coincidiu com o aumento da proporção de crianças de 7 anos a 14 anos estudando. Em 1995, 10% estavam fora da escola. Quatro anos depois, o percentual caiu para 4,3% e, em 2005, chegou a 2,6%.

O argumento em defesa da tese de que foi essa expansão a principal causa da piora baseia-se no fato, praticamente consensual entre pesquisadores em educação, de que o nível socioeconômico dos estudantes é o fator que, isoladamente, mais explica seu desempenho.

Em outras palavras, crianças de famílias mais pobres tendem a ter notas piores do que seus colegas de classe cujos pais são mais escolarizados ou de maior renda. Como os alunos que estavam fora do sistema até 1995 vinham, principalmente, das classes mais pobres, logo, seria lógica a explicação de que eles puxaram a média para baixo.

‘A gente já sabia que as médias estavam caindo ao mesmo tempo em que houve a expansão do sistema de ensino, mas, nossa conclusão ao analisar a distribuição relativa das notas, foi de que a queda foi generalizada, tanto entre os piores quanto entre os melhores alunos’, diz Clarissa.

Rios-Neto afirma que se surpreendeu com o resultado: ‘Para mim, faz todo o sentido pensar na hipótese de que pessoas antes excluídas puxem a média para baixo’.

De acordo com o pesquisador, um dos fatores que podem explicar a queda na qualidade é o fato de o sistema não ter se adaptado para receber novos estudantes e, com isso, prejudicado a média de todos os alunos, inclusive a dos que já estavam na escola.

Órgão do MEC diz que pesquisa é boa contribuição

Para o presidente do Inep (instituto de pesquisa e avaliação do MEC), Reynaldo Fernandes, o estudo do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG é uma boa contribuição para a discussão das causas que levaram à queda da qualidade da educação.

Ele diz, no entanto, que outros estudos haviam chegado a conclusões distintas, ou seja, afirmaram que a inclusão foi, sim, um fator importante para explicar a piora das médias.
‘Em quase todos os países que expandiram rapidamente o sistema educacional, foi verificada uma queda nas notas. O desafio é explicar por que isso acontece. Uma hipótese é que as redes não se prepararam para receber o aluno. Outra, não excludente, é que o background familiar dos que estavam fora do sistema era pior do que o dos que já estudavam, o que acaba influenciando a média.’

O próprio Fernandes já havia feito, antes de entrar para o Inep, um estudo em que concluía que o efeito da inclusão foi importante. Ele diz, porém, que pesquisar a partir do Saeb as razões que levaram à queda da qualidade não é um procedimento simples, o que dá margem a várias interpretações.

´As pessoas têm de descobrir que perdem tempo quando não lêem´

O Estado de São Paulo, 05/11/07

Simone Iwasso

Entrevista com Delia Lerner: educadora argentina, consultora de órgãos governamentais em vários países, especialista afirma que as escolas não sabem ensinar leitura e escrita

Mesmo com todos os conhecimentos científicos sobre a aquisição da leitura e escrita desenvolvidos nos últimos 30 anos, a escola ainda insiste num foco equivocado: ensina a língua e não as práticas sociais vinculadas a ela. Ou seja, além de não conseguir dar sentido ao ato de ler e escrever, despertando o interesse do estudante, cobra nas avaliações o que não foi transmitido em sala de aula. A análise é da educadora argentina Delia Lerner, especialista da Universidade de Buenos Aires e consultora de diversos órgãos governamentais na América Latina, inclusive no Brasil, onde assessora o Ministério da Educação (MEC). Com a experiência de quem, além do trabalho acadêmico, mantém uma escola em Buenos Aires, que funciona como seu laboratório, Delia esteve no País em outubro para falar com educadores durante a Semana Victor Civita de Educação. A seguir, trechos da entrevista concedida ao Estado.

Por que é tão difícil formar estudantes com autonomia para leitura e escrita?

Há dois problemas diferentes. Um deles é o próprio ensino de leitura e da escrita. O outro é se as avaliações aplicadas para verificar leitura e escrita estão realmente avaliando. Para mim, não é evidente que devemos ter confiança nos resultados dessas avaliações porque a leitura e escrita são processos que se desenvolvem com o tempo e, mesmo que seja importante para o sistema educacional ter uma fotografia instantânea do que se passa no momento, não é o que importa realmente para quem está olhando de dentro da classe. O importante é fazer com que os alunos avancem como leitores e escritores. Muitas provas são feitas à imagem e semelhança de provas internacionais – algumas inclusive são internacionais. Por exemplo, na Argentina houve muito escândalo quando se compararam os resultados da Finlândia com os da Argentina. Bom, é necessário nos questionarmos qual o sentido em comparar resultados de países tão diferentes. Escutei uma entrevista do ministro da Educação da Finlândia sobre a que ele devia tão bons resultados. Ele respondeu que os professores recebiam salários muito bons, estavam em constante formação e tinham excelentes condições trabalhistas. Isso, em relação à Argentina, já diz muita coisa sobre o nosso sistema, não sobre nossos alunos. Esse é um problema. O outro é que, no sistema educacional constituído, a leitura e a escrita como processos não são objeto de ensino. No caso da escrita, ela é objeto de avaliação, mas não de ensino. O que se visualiza como objeto de ensino tradicionalmente é a língua, não as práticas de linguagem vinculadas a ela.

Como mudar essa cultura de falta de ensino?

Não creio que seja só o professor que possa mudar algo. Há muitos que tentam. Um dos pontos mais elementares é que os professores, desde cedo, leiam muito para seus alunos. E leiam obras de qualidade. Ao menos na minha experiência, ler para as crianças é uma das medidas mais fáceis de serem inseridas no sistema escolar com resultado. É essencial que, desde o início da escolarização, leitura e escrita estejam dotadas do sentido que realmente têm. A escola entende que ler e escrever não são atividades que se aprendem só para ler e escrever, mas também para comunicar-se com outros, para informar-se sobre os outros, para apreciar as qualidades literárias de um autor, para pensar melhor, aprofundar as idéias. A escola precisa mostrar as situações nas quais se pode trabalhar escrita e leitura com propósitos tão interessantes quanto os que são oferecidos fora da escola.

Como o desenvolvimento científico e os avanços do conhecimento sobre o sistema cognitivo infantil, podem contribuir para o ensino?

Um aspecto fundamental do ensino é propor problemas cognitivos aos alunos porque, ao tentar respondê-los, eles estarão produzindo conhecimento como resposta. Dessa perspectiva, conhecer as idéias das crianças, como os processos que elas desenvolvem, é fundamental porque permite organizar situações didáticas nas quais as crianças podem intervir, que tipo de desafios eles podem conseguir resolver usando seus conhecimentos prévios, permite aproximar o ensino da aprendizagem. Essa aproximação é essencial para acabar com as altíssimas taxas do fracasso escolar. Para nós, foram um aporte muito forte os descobrimentos lingüísticos, os modelos de psicologia cognitiva sobre o modelo de escrita. Os estudos mais recentes focam muito no nível da palavra, que, para o uso com a aprendizagem, sabemos não ser suficiente. Então usamos menos os conhecimentos mais atuais. Em Buenos Aires, todas as escolas públicas têm laboratório de computação e todas as séries, uma ou duas vezes por semana, têm horários reservados para usar o computador. Agora, há uma diferença qualitativa quando existe um ajudante de um professor que é monitor desses laboratórios e quando tudo está nas mãos de um garoto que entende muito de computadores, mas nada de ensino. Com relação à leitura foi mais difícil por causa do hipertexto. Isso que estamos incorporando nas escolas que têm condições propõe muitos problemas didáticos. Como fazer para que os estudantes decidam se uma informação é confiável ou não? Como fazer com que eles a comparem com outras fontes de informação? Como lidar com a possibilidade de reprodução sem gerar condições didáticas para que os alunos sejam autores e não mescladores de textos de outras pessoas? Isso é mais difícil hoje. É um novo problema didático.

O que seria essencial que pais e professores soubessem?

Gostaria que todo mundo tivesse a possibilidade de descobrir que a leitura e a escrita são ferramentas de desenvolvimento pessoal importantes. Sempre me lembro de um especialista francês em leitura que fazia a seguinte atividade com os alunos: ir à biblioteca e analisar todos os livros que eles nunca leram. E descobrir por que não os leram. Com esse tipo de atividade, ele conseguia fazer os estudantes se interessarem mais e desenvolverem um senso crítico. Para que alguém se transforme em um não-leitor, que seja um não-leitor crítico, que saiba porque está lendo e porque não está lendo. Se alguma coisa as ferramentas tecnológicas fizeram foi obrigar as pessoas a ler. Crianças que não lêem passam o dia trocando mensagens pelo celular. As pessoas precisam descobrir o que estão perdendo quando não lêem. Se elas soubessem disso, muitos não-leitores se tornariam leitores. Muitas crianças não sabem o que podem encontrar na leitura. E seria muito bom se a escola conseguisse um dia lhes mostrar isso.

Quem é:

Delia Lerner

A educadora trabalha como assessora de órgãos governamentais em vários países da América Latina e na Espanha

É professora da Universidade de Buenos Aires e da Universidade de La Plata, na Argentina

Trabalha como consultora do Ministério da Educação (MEC) nas áreas de
alfabetização e currículos

Debate com candidatos a reitor da Ufla

A Comissão Eleitoral informa que o debate com os candidatos a reitor da Ufla será realizado no dia 7 de novembro (quarta-feira), às 13 horas na Biblioteca Central, Anexo III.

001- Chapa RENOVAÇÃO
Prof. Antônio Eduardo Furtini Neto – Reitor
Prof. Messias José Bastos de Andrade- Vice-Reitor
www.renovacaoufla.com.br

002 – Chapa HUMANIZAR
Prof. Luiz Edson Mota de Oliveira – Reitor
Prof. André Luiz Zambalde – Vice-Reitor
www.humanizarufla.com

003 – Chapa UNIVERSIDADE VIVA
Prof. Antônio Nazareno Guimarães Mendes – Reitor
Prof. Elias Tadeu Fialho – Vice-Reitor
www.vivauflaviva.com.br

004 – Chapa 100% UNIVERSIDADE
Prof. José Tarcísio de Lima – Reitor
Prof. Mário César Guerreiro – Vice-Reitor
www.100porcentouniversidade.com