Graduado em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras, Fernando da Silva Rocha foi selecionado para um emprego direto no Departamento de Nematologia da Universidade da Califórnia, Riverside. A vaga é para trabalhar com “Mecanismo de Supressividade do Nematóide da Beterraba Açucareira (Heterodera schachtii)”, ou seja, em seu novo emprego, o pesquisador trabalhará com formas de controle desse organismo parasita da beterraba.

Além da graduação, Fernando cursou Mestrado e Doutorado no Departamento de Fitopatologia da Ufla sob orientação do professor Vicente Paulo Campos, onde trabalhou intensamente no laboratório de Nematologia. Atualmente possui bolsa de pós-doutor sob orientação do Prof. Ricardo Magela de Souza (chefe do Departamento de Fitopatologia, UFLA), com o trabalho de controle biológico de Meloidogyne spp com metabólitos de rhizobactérias.

Segundo o pesquisador Fernando S. Rocha vários candidatos concorreram à vaga: “recebi informações do coordenador da área, na qual irei trabalhar, afirmando que cerca de 40 pesquisadores de todo o mundo disputavam a vaga. Destes 40 pesquisadores, 5 foram pré-selecionados e consegui me sobressair”.

O início do trabalho está previsto para Janeiro de 2008 quando o pesquisador deverá fixar residência na Califórnia, EUA. “É gratificante alcançar essa conquista, que sem dúvidas não seria possível sem o total apoio e dedicação da Universidade e dos professores que acompanham o nosso crescimento pessoal e profissional, nos preparando sempre para novos desafios” finaliza Fernando.
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De 8 a 11 de outubro, a Ufla esteve presente na Inovatec – Feira de Ciência, Tecnologia e Inovação que foi realizada no Expominas, em Belo Horizonte. A Inovatec, em sua terceira edição, firma-se como o maior evento brasileiro de divulgação e incentivo às inovações tecnológicas. Quem representou a Ufla na feira foi o Nintec – Núcleo de Inovação Tecnológica.

Foram expostos aos visitantes da feira, protótipos e produtos desenvolvidos na Ufla, além de pôsteres com informações sobre outras tecnologias. A feira contou com a participação das principais instituições de ensino superior e pesquisa do estado de Minas Gerais, da Secretaria de Ciência e Tecnologia de Ensino Superior de MG – SECTES, da Fapemig, e de outras instituições ligadas à pesquisa em Minas Gerais.

Para a professora Soraya Alvarenga Botelho, coordenadora de propriedade intelectual do Nintec, “a participação da UFLA na INOVATEC é fundamental para divulgar as tecnologias geradas pelos docentes/pesquisadores da instituição. Esta é uma oportunidade para, juntamente com outras instituições de ensino superior de Minas Gerais, a UFLA demonstrar para a sociedade o que é feito aqui em termos de pesquisa desde as básicas até as mais aplicadas para o desenvolvimento de novas tecnologias ou melhoria das já existentes”, comenta.

O Nintec – Núcleo de Inovação Tecnológica

A Ufla conta hoje com o Nintec, órgão ligado diretamente à Pró-Reitoria de Pesquisa, que é responsável pela gestão das ações de incentivo à Inovação, sob a coordenação do Pró-Reitor de Pesquisa professor José Roberto Scolforo. Sua equipe de professores, funcionários e bolsistas está capacitada para apoiar os docentes/ pesquisadores da Ufla e de outras instituições e até mesmo a inventores independentes, na obtenção de registro das patentes de suas tecnologias.

Desenvolve também várias ações de capacitação para alunos, funcionários e professores, valorizando importância da propriedade intelectual (prote-ção do conhecimento) e difusão de tecnologias geradas visando sempre contribuir com o desen-volvimento regional.

Novas tecnologias criadas pela Ufla poderão gerar novas empresas de base tecnológica para produzir e comercializar a tecnologia, contribuindo para o desenvolvimento do município e da região, gerando empregos diretos e indiretos.

Atualmente estão em fase de implantação três novas empresas de base tecnológica para produzir e comercializar novos produtos desenvolvidos por pesquisadores da Ufla.

Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (35) 3829-1127 ou pelo e-mail pi@ufla.br
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A informação foi dada pelo diretor de Programas da Capes durante a abertura do Curso de Gestão da Internacionalização Universitária da Andifes

Na manhã de hoje (04/10), a Andifes realizou a aula inaugural do Curso de Gestão da Internacionalização Universitária promovido pela Comissão de Relações Internacionais da Associação (CRIA). Estiveram presentes os presidentes da Andifes, reitor Arquimedes Diógenes Ciloni (UFU), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães, e da CRIA, reitor José Carlos Hennemann (Ufrgs), e o diretor de Programas da Capes e ex-presidente da Andifes, Emídio C. de Oliveira Filho.

O presidente da Andifes, Arquimedes Ciloni, ressaltou a importância da iniciativa da Associação na formação das Assessorias de Relações Internacionais das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). ´Este curso busca solucionar uma demanda das instituições, permitindo que elas se abram para a cooperação mundial, aumentando o número de intercâmbios de estudantes e professores´, afirmou.

Segundo presidente da Capes, Jorge Guimarães, o curso representa uma iniciativa importante para a ampliação da cooperação internacional. ´Estamos no início da trajetória da ciência e tecnologia brasileira. Cada vez mais o País tem despertado interesse internacional no intercâmbio de estudantes, professores e pesquisadores´, ressaltou.

Para o diretor de Programas da Capes, Emídio de Oliveira, o Brasil não desperta apenas o interesse internacional para o intercâmbio, passou a ser, também, formador de recursos humanos para outros países. ´A África se abre como um campo novo, solicitando o intercâmbio de brasileiros para desenvolverem projetos e pesquisas em áreas prioritárias para o seu crescimento, e a Capes tem o maior interesse em apoiar os programas de pós-graduação nessa região´, afirmou.

Emídio de Oliveira solicitou, também, que a Andifes realize um estudo para analisar a melhor alternativa para a reestruturação do Programa de Estudantes-Convênio de Pós-Graduação (PEC-PG) da Capes, que permite que estudantes brasileiros possam realizar intercâmbio em instituições da África, Ásia, Oceania, Oriente Médio, América Latina e Caribe, com as quais o Brasil possua acordo de cooperação. ´O programa é muito abrangente. Ele seria mais eficaz se fosse orientado para grupos de pesquisa nessas regiões´, ressaltou.

De acordo com o presidente da CRIA e membro da Diretoria Executiva da Andifes, reitor José Carlos Hennemann, as relações internacionais das IFES acontecem, muitas vezes, sem que as instituição tenham conhecimento dessas ocorrências. Essa constatação motivou um estudo da Comissão para conhecer como funcionam os escritórios de relações internacionais das IFES. ´A conclusão de que temos uma grande diversidade de atuações nessa área tornou necessária a realização deste curso´, ressaltou.

Para o professor José Carlos Hennemann, o Brasil está vivendo uma avalanche de relações internacionais nas IFES, com a inserção, também, da graduação como interesse de intercâmbio internacional. Dessa forma, as instituições precisam estar preparadas, com profissionais qualificados e estruturas permanentes para suprir essa demanda.

A intenção é de que, ao final do curso, tenhamos um nivelamento de conhecimento de relações internacionais em todas as IFES e estabeleçamos possibilidades para que as instituições montem suas estruturas de acordo com as suas necessidades.

O Curso

Curso de Gestão da Internacionalização Universitária busca gerar o conhecimento necessário para técnicos e professores que exercem a função de secretários de Relações Internacionais nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), proporcionando a criação de Assessorias de Relações Internacionais e a qualificação das já existentes nas instituições.

O curso será ministrado em cinco encontros mensais, de outubro 2007 a abril de 2008 com uma duração total de 120 horas. Durante o período, serão analisados aspectos conceituais e práticos sobre a cooperação universitária internacional, na perspectiva do projeto acadêmico das universidades públicas federais. O último encontro inclui visitas a instituições relevantes para a gestão da internacionalização e formulação de cartilha sobre gestão de uma Secretaria de Relações Internacionais.

A pedidos, a CRIA estará abrirá inscrições para os secretários de Relações Internacionais das IFES que desejem fazer o curso a partir do segundo módulo. A intenção é criar condições para que aqueles que não puderam comparecer as aulas deste primeiro módulo realizem o Curso de Gestão da Internacionalização Universitária.

(Lilian Saldanha – Assessora de Comunicação da Andifes)

Portal MEC, 02/10/07

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) recebem, até o dia 29 próximo, propostas de formação de turmas especiais de mestrado e doutorado. Os cursos serão direcionados para professores das instituições federais de educação tecnológica. O investimento previsto é de R$ 3,8 milhões. Cada projeto selecionado recebe anualmente até R$ 120 mil.

A iniciativa faz parte do Programa de Apoio a Cursos de Pós-graduação Stricto Sensu Interinstitucionais na rede federal de educação profissional e tecnológica, criado em 2006. Um dos objetivos é a formação de mestres e doutores no quadro permanente das instituições federais de ensino tecnológico fora dos grandes centros de ensino e pesquisa. A elaboração das propostas deve seguir os requisitos das modalidades Projeto de Doutorado Interinstitucional (Dinter) e de Mestrado Interinstitucional (Minter), coordenadas pela Capes. Mais informações no edital.

A rede federal é composta por 171 instituições que atuam como centros de referência para os sistemas estaduais, municipais e privados de educação profissional e tecnológica. Como parte das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), o governo federal implementa o Plano de Expansão da Rede Federal, que vai criar 184 unidades de ensino até o fim de 2010.

Assessorias de Imprensa da Capes e da Setec

Portal MEC, 04/10/07

As autoridades de Cabo Verde demonstraram grande interesse pelo Plano Desenvolvimento da Educação (PDE) e pelo programa Universidade Aberta do Brasil (UAB), durante a visita dos representantes do Ministério da Educação brasileiro ao país, ocorrida entre os dias 2 e 4 deste mês, na cidade de Praia.

A missão do MEC, conduzida pelo secretário de Educação Superior, Ronaldo Mota, foi criada com o objetivo de apoiar a definição do Plano de Desenvolvimento de Ensino Superior de Cabo Verde, bem como transferir tecnologias inovadoras para a formação de docentes, nos moldes da UAB.

Os dois países decidiram pela constituição de dois grupos de trabalho, integrados por profissionais do Ministério da Educação brasileiro, do Ministério da Educação Superior cabo-verdiano e da Universidade de Cabo Verde (UCV), visando os preparativos para a possível implantação da UAB e do PDE naquele país.

Segundo Mota, em relação à UAB, foram abordados diversos modelos de cooperação, desde a oferta de cursos pela Universidade Federal do Ceará, em parceria com a UCV, bem como assistência no dimensionamento, montagem e preparação de profissionais — professores e técnicos — na constituição de um Núcleo de Educação a Distância em Cabo Verde. “Quanto ao PDE, apresentamos as diversas etapas necessárias a serem desenvolvidas para a elaboração desse processo em Cabo Verde”, destacou o secretário.

Avaliação — Segundo avaliação da comitiva brasileira, os acordos aumentam as possibilidades de se estabelecer ações mais efetivas em relação à conclusão do projeto da Universidade de Cabo Verde. Já as autoridades de Cabo Verde consideram importantes as novas perspectivas de cooperação ofertadas pelo Brasil, por acreditar que o PDE e a UAB representam apoios técnicos extremamente eficazes, tanto pelo idioma comum quanto pela disponibilidade de tecnologia adequada às condições da região.

Até o dia 18 de novembro, a equipe cabo-verdiana deve enviar a proposta do plano estratégico para implantação do PDE e da UAB no país.

Assessoria de Imprensa da Secretaria de Educação Superior/MEC

Cavalos e cavaleiros de altíssimo nível trazem a Lavras a beleza e o glamour de uma das mais belas provas do hipismo

Aneliese Castro

A Universidade Federal de Lavras será, pela primeira vez, sede do Campeonato sul mineiro de Hipismo. O campeonato é promovido anualmente, desde a década de 90, pela Liga Sul Mineira de Hipismo. São oito as etapas, sendo que a amostra em questão é a Prova de Saltos, sétima fase realizada neste ano.

O evento que, em Lavras, conta com a coordenação do professor do Departamento de Veterinária Francisco Duque de Mesquita Neto, será todo decorado pelo Núcleo de Estudos de Paisagismo e floricultura (Nepaflor) da Ufla. São esperadas mais de 500 pessoas no local, além dos 50 conjuntos (cavalo e cavaleiro) que irão participar da prova.

De acordo com Álvaro Branquinho, presidente da Liga: “Várias cidades do Sul de Minas como Varginha, Três Corações, Lambari e Pouso Alegre, já fazem parte do circuito. É importante para nós contarmos com o apoio da Universidade para trazer este esporte à Lavras. Temos o interesse de difundir a categoria”, comenta.

Segundo o vice-presidente da Liga, Luiz Fernando Tavares, o índice de crianças que praticam hipismo hoje é muito grande. “Promovemos a modalidade clássica, que é diferente da rural. Mais de 90% de nossos competidores começam enquanto criança. O conjunto homem/cavalo trabalha questões de valor, como respeito, educação, segurança e controle emocional” completa Tavares.

A prova acontecerá no Centro de Integração Universitária (Ciuni), no dia 20 de outubro. Os portões serão abertos às 9h, com início previsto para 10h. A entrada é gratuita

As inscrições para os conjuntos já estão abertas e podem ser feitas pelo site www.lsmh.com.br . Cavaleiros não profissionais também poderão se inscrever, desde que sigam as instruções contidas no site.

Portal MCT, 04/10/07

O subsecretário de Coordenação das Unidades de Pesquisa do Ministério de Ciência e Tecnologia (Scup/MCT), Luiz Fernando Schettino, pediu nesta quarta-feira (3) aos senadores apoio para a aprovação do projeto de lei 1631/07, do Poder Executivo, que cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

Ele informou que a proposta aguarda designação de relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal.

O subsecretário ressaltou que o MCT está recuperando laboratórios e institutos em vários estados brasileiros, com a intenção de desenvolver atividades qualificadas e treinar profissionais para a área de ciência e tecnologia.

Segundo o diretor-geral da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa do (RNP/MCT), Nelson Simões da Silva, não há aproveitamento do potencial das redes de internet para integrar os cientistas brasileiros.

Neste sentido, explicou, o ministério vem implantando redes que interconectam pesquisadores de todo o Brasil e da América Latina com escolas e universidades.

Simões lembrou que a ciência não é ato isolado de um pesquisador, mas um trabalho que exige colaboração. Para ele, cada vez mais, os pesquisadores trocam dados de forma muito similar à proximidade real, o que denomina de ‘e-ciência’.

Schettino e Simões participaram de audiência pública realizada pela comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado Federal, que debateu políticas ligadas à área de ciência e tecnologia.

A audiência fez parte das comemorações no Congresso Nacional da 4ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia promovida pelo MCT.

(Com Zacarias Rolim/Aspar/MCT)

R$ 24 milhões é o volume de recursos que a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) destinarão juntas a projetos de pesquisa desenvolvidos em empresas do Estado. A parceria consolida a segunda versão do Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas (Pappe), que será lançada no próximo dia 9, em Belo Horizonte, durante a cerimônia de abertura do Fórum do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia & Inovação (Consecti) e do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap).

O Pappe busca estimular a inovação em Minas Gerais, por meio da interação entre pesquisadores e empresas. Seu objetivo é financiar projetos que apresentem soluções tecnológicas de impacto social ou comercial, que possam ser inseridos no mercado e tenham sido desenvolvidos por pesquisadores associados ou em parceria com as empresas de Minas Gerais. O auxílio concedido para as propostas aprovadas pode ser destinado à aquisição de equipamentos, material de consumo, serviços de terceiros, bolsas de capacitação, entre outros.

A nova edição do Pappe traz uma ação pioneira: a parceria da Fiemg, revelando o interesse da própria indústria em estimular a inovação. Serão R$ 14 milhões advindos da Finep; R$ 5 milhões, da Fapemig e outros R$ 5 milhões, da Fiemg, totalizando, em recursos, o dobro da versão anterior. ‘A proposta mineira teve sucesso e foi elogiada na Finep porque associou três entidades em uma proposta única e robusta’, disse o diretor científico da Fapemig, Mario Neto Borges. ‘As indústrias nunca tiveram um momento tão fértil na história do Estado no que diz respeito à obtenção de recursos para trabalhar com a inovação tecnológica’, comenta o diretor.

O Pappe Subvenção, como está sendo chamada a nova edição do programa, traz ainda uma importante novidade: a partir de agora, o repasse de recursos será feito diretamente às empresas e não terá mais que passar por uma universidade, exigência que era feita anteriormente. A mudança foi possível graças à Lei da Inovação Nacional 10.973 (de 02/12/2004). O levantamento de propostas para as leis estaduais de inovação é um dos pontos da programação do Fórum. Em Minas Gerais, a Lei de Inovação está em tramitação na Assembléia Legislativa. ‘Nunca se investiu tantos recursos para estimular as empresas mineiras a desenvolverem tecnologia e inovação. Este é o grande marco que será celebrado nessa reunião’, disse o presidente da Fapemig, José Geraldo Freitas Drumond.

Assessoria de Comunicação Social
Telefones: (31) 3280-2141 / 2105
acs@fapemig.br

Folha Online, 03/10/07

Os integrantes da Comissão de Educação e Cultura da Câmara aprovaram na tarde desta quarta-feira a criação de um piso salarial nacional de R$ 950 para os professores da rede pública, a partir de 2010.

Se o projeto for aprovado, a União irá complementar o salários dos profissionais, em municípios e Estados que comprovarem não ter condições de arcar com o piso. Se implantado, o projeto aumentaria os salários de ao menos 1 milhão de profissionais.

Inicialmente, o Poder Executivo havia proposto um piso de R$ 850, também a partir de 2010. Outro projeto, do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), propôs um piso de R$ 800 para os habilitados em nível médio e de R$ 1.100 para os habilitados em nível superior.

O projeto aprovado hoje, de autoria do deputado Severiano Alves (PDT-BA), substituiu os anteriores. Ele tramita em caráter conclusivo e em regime de prioridade, e será analisado ainda pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público, de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Nesta reunião, os parlamentares ainda rejeitaram a proposta do deputado Paulo Renato (PSDB-SP) de criar um exame nacional para os professores.

Discutido ontem pelo governo federal, o Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional 2007-2010 prevê investimentos de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) ao ano para o setor. Em 2006, foram aplicados 1,02%. O foco dos recursos se dará em modernização, Plano de Desenvolvimento e Inovação e ampliação da capacidade (formação de recursos humanos, pesquisa básica e aplicada).

A proposta foi apresentada para discussão pelo ministro de Ciência, Tecnologia, Sérgio Machado Rezende, para membros do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, com a presença do presidente da República e do Conselho, Luiz Inácio Lula da Silva, e de ministros de Estado. O Plano corresponde a um verdadeiro Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) para inovação nas empresas, elegendo áreas estratégicas para pesquisa e desenvolvimento e dando relevância à divulgação em ciência e tecnologia, à melhoria do ensino de ciências e a atividades para inclusão social com ênfase no desenvolvimento regional.

Consolidação

O presidente pediu para que a proposta seja aprovada rapidamente para que ela possa ser anunciada, em caráter consolidado, com os empresários e cientistas. “Creio que em 15 dias, com a coordenação do Conselho, teremos os programas definidos para começar a executá-los. Temos três anos e três meses pela frente”, afirmou Lula.

Com um total de recursos estimados em R$ 40 bilhões, tanto do MCT como de outras fontes financiadoras, o Plano prioriza a ampliação da inovação nas empresas e a consolidação do sistema nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T & I), propõe quatro pontos estratégicos, distribuídos em 21 linhas de ações, e a integração da PITCE (Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior), em sua Fase II, que se articula aos Planos de Desenvolvimento da Educação, da Saúde e de Agropecuária. “O Plano de Ciência e Tecnologia tem uma interseção com diversos Planos porque naturalmente todos eles precisam de atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação”, afirmou o ministro Rezende.

Além de ministérios e de suas agências reguladoras, fazem parte na execução de ações de ciência e tecnologia, as associações científicas e empresariais, bancos públicos, institutos e empresas públicas e estatais, academia e institutos de pesquisa, o Congresso Nacional e as comissões de Ciência e Tecnologia. A responsabilidade institucional e de gestão estarão a cargo da Casa Civil e dos ministérios de Ciência e Tecnologia; Desenvolvimento, Indústria e Comércio; Planejamento; Fazenda; Minas e Energia, Saúde, Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República