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UFLA na Comunidade: “Doutores palhaços” levam bem-estar e conforto a hospitais de Lavras

Equipe de doutores palhaços em visita ao Hospital Vaz Monteiro
Foto: Unidade de Pronto Alegramento

Contato humanizado e aproximação com pacientes em hospitais. Algumas experiências que estudantes dos cursos de Educação Física, Nutrição e Medicina, da Universidade Federal de Lavras (UFLA) podem vivenciar durante a graduação. Nesse sentido, o curso de extensão “Unidade de Pronto Alegramento” (UPA) promoveu uma capacitação com alunos para que eles atuem como “doutores palhaços” em unidades de saúde da cidade. O ator Alexandre Penha, de Maringá, cidade do interior do Paraná, esteve na Universidade e realizou uma palestra para os graduandos. Penha trabalha com ações sociais ligadas à área de saúde.

O professor Rodrigo Ferreira de Moura, do Departamento de Ciências da Saúde (DCS), é quem coordena o projeto extensionista e contou que o UPA foi criado há cerca de um ano. Segundo ele, a proposta busca deixar os alunos mais próximos da realidade de pessoas que estão hospitalizadas, proporcionando a elas conforto e bem-estar.

Semanalmente, os alunos visitam dois hospitais de Lavras, sendo que o contato é feito com pacientes de diferentes setores. “Primeiro, nós identificamos os locais que podem ser visitados e fazemos uma abordagem cuidadosa junto às pessoas. Levamos um palhaço nas visitas para justamente quebrar o gelo e descontrair o ambiente”, explicou o professor.

O UPA envolve cerca de 40 estudantes de cursos da área de saúde
Foto: Unidade de Pronto Alegramento

O trabalho de extensão é parte da proposta pedagógica dos cursos da área da saúde de potencializar a formação humana dos alunos e de fortalecer ações educativa na comunidade. Além disso, o professor acredita que o projeto pode auxiliar os alunos a amenizar o estresse e a pressão pelo bom desempenho acadêmico. O UPA envolve cerca de 40 estudantes.

Na condição de professor, Rodrigo de Moura disse estar orgulhoso por perceber a resposta positiva dos alunos envolvidos no projeto. “É uma satisfação vê-los (os estudantes) engajados nessa proposta e contribuir para a formação humana deles”, acrescentou.

 

 

Jornalista Rafael Passos – bolsista Dcom/Fapemig

Carinho e boa vontade na construção de um futuro mais justo

Juliano Tavares / Ascom Ufla

“Venho aqui porque gosto. Desde quando o projeto começou nesta escola, nunca faltei. Acho que estou aprendendo mais, minha mãe vive dizendo que estou desenvolvendo muito”, responde Mariana Vilela Silva, quando perguntada sobre porque frequenta o Projeto “Recriar” há quatro anos, na Escola Municipal Paulo Lourenço Menicucci.

 

Com 10 anos de idade e estudando no 5º ano do ensino fundamental, Mariana é um dos cerca de 40 estudantes que fazem parte do Projeto “Recriar”, desenvolvido pelo GPP – Grupo de Partilha de Profissionais formado por servidores e estudantes da Ufla, além de profissionais de Lavras.

 

O “Recriar” existe há quase cinco anos, sendo que funcionou no bairro Novo Horizonte durante um ano, mas acabou sendo transferido para o “Água Limpa”. Com isso, desde 2006, voluntários ministram aulas de reforço aos sábados para alunos do ensino fundamental da Escola Municipal Paulo Lourenço Menicucci, localizada em Lavras.

 

“Reforço afetivo”

 

De acordo com os membros do grupo, Elaine Cristina de Carvalho e William Rogério Pires, “a maioria dos alunos estuda na escola, mas no projeto há também crianças que moram no bairro e estudam em outros locais”.

 

Eles afirmam também que no início das aulas e em datas comemorativas como o Dia das Crianças, o grupo costuma promover recreações e brincadeiras para divertir e motivar as crianças a continuarem participando do projeto. Além disso, eles explicam que, “quando possível, nós tentamos conhecer aspectos familiares a respeito das crianças que estão frequentando as aulas no projeto e, a partir disso, tentamos apoiá-las”, dizem William e Elaine.

 

A esse respeito, a diretora da escola profa. Marli Doralice da Silva Santos comenta que a interação que se estabelece entre os voluntários e as crianças vai muito além da questão do reforço escolar. “Durante as aulas, os voluntários acabam transferindo toda uma carga de carinho e afeto às crianças, o que certamente também se reverte no rendimento escolar delas”, finaliza ela.

 

Pra quem quiser ajudar

 

Atualmente, o “Recriar” conta com 15 voluntários que, alternadamente (de 15 em 15 dias) lecionam no Água Limpa. No entanto, o projeto poderia ser muito maior se houvesse mais voluntários. Os interessados em participar do projeto podem entrar em contato pelo willroge23@yahoo.com.br.