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Vídeo produzido pelo Ines explica sobre curso de Pedagogia Bilíngue Português-Libras – UFLA será um dos polos

O Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines/MEC) disponibilizou vídeo que explica a proposta dos cursos de Pedagogia Bilíngue Português-Libras semipresenciais a serem ofertados em 12 polos no Brasil. O vídeo pode ser acessado pelo canal do Núcleo de Educação Online do Ines. A Universidade Federal de Lavras (UFLA) será um dos polos a oferecer a licenciatura.

O curso é especificamente programado para atender a pessoas surdas (50% das vagas) e a ouvintes que desejem ter a formação especializada acrescida dos conhecimentos em Língua Brasileira de Sinais (50% das vagas). O vestibular para seleção da primeira turma a ingressar na UFLA ocorrerá no segundo semestre de 2017 e as aulas terão início em fevereiro de 2018.

Leia outras informações sobre a parceria UFLA-Ines.

Sobre o curso

O curso bilíngue de Pedagogia na modalidade EaD foi concebido dentro do “Plano Nacional dos Direitos da Pessoal com Deficiência – Viver sem Limites”. A responsabilidade pela implementação é do Ines, assumida a partir de um convite do Ministério da Educação.

Os polos de oferta do curso foram divididos pelas cinco macrorregiões brasileiras, havendo dois polos em cada uma delas. Apenas a região Nordeste possui três polos.

Região Sudeste: Ines e UFLA

Região Nordeste: Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Região Norte: Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Universidade do Estado do Pará (Uepa)

Região Centro-Oeste: Instituto Federal de Goiás (IFG) e Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Região Sul: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal do Paraná (UFPR)

O vídeo do Ines será apresentado pela equipe da UFLA durante a próxima edição do evento UFLA de Portas Abertas:

        

UFLA é um dos 12 polos no País que vão oferecer curso de Pedagogia Bilíngue Português-Libras (EaD)

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) avança nas ações voltadas à acessibilidade. A instituição assinou recentemente um Termo de Execução Descentralizada com o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines/MEC) e passará a ser um dos 12 polos do Brasil na oferta do curso de Pedagogia Bilíngue Português-Libras semipresencial (licenciatura). O vestibular para seleção da primeira turma ocorrerá no segundo semestre de 2017 e as aulas terão início em fevereiro de 2018.

Na região Sudeste, haverá como polo a UFLA e o próprio Ines, responsável pelo projeto. Com a parceria, além do curso a distância de Pedagogia criado em 2012, e do curso presencial iniciado em 2015, a UFLA terá uma terceira modalidade de curso na área, especificamente programada para atender a pessoas surdas (50% das vagas) e a ouvintes que desejem ter a formação especializada acrescida dos conhecimentos em Língua Brasileira de Sinais (50% das vagas). Ao todo, cada turma terá 30 ingressantes.

Para a escolha das universidades que se tornariam polos do projeto, o Ines utilizou um conjunto de critérios. A UFLA atendeu a todos eles: dispõe de experiência consolidada com educação a distância, possui a infraestrutura adequada para abrigar o polo, apresenta localização acessível para aulas presenciais, está inserida em região com demanda por professores com formação adequada para interação com surdos no ensino básico (de acordo com número de alunos surdos matriculados no ensino infantil e ensino fundamental I) e possui professores com experiência em ensino e pesquisa na área de surdez, apto a coordenar o polo. A coordenadora do polo na instituição será a professora do Departamento de Educação (DED) Erica Alves Barbosa Medeiros Tavares.

Para o desenvolvimento das atividades, a UFLA receberá recursos federais tanto para custeio das atividades quanto para equipamentos. A tecnologia de interface com os estudantes é de responsabilidade do Ines e contempla as especificidades do público e do curso. O documento que oficializa a parceria foi apreciado nessa terça-feira (15/3) em sessão do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE). Durante a sessão, o reitor, professor José Roberto Soares Scolforo, fez questão de registrar a importância da iniciativa. “Parabenizamos aos servidores que lutaram e se esforçaram para que esse projeto se concretizasse, porque representa mais um passo importante dado pela UFLA em direção à comunidade”.

Para o pró-reitor de Graduação da UFLA, professor Ronei Ximenes Martins, a UFLA passa a compor um consórcio importante de instituições que se voltam ao atendimento de uma demanda social relevante. “Com o novo curso, a UFLA amplia sua atuação na educação a distância, beneficiando toda a região Sudeste, e ao mesmo tempo dará a oportunidade a vários de seus profissionais para que se capacitem nessa especialidade do ensino a distância”, avalia.

O diretor de Educação a Distância, professor Cleber Carvalho de Castro, enfatiza o fato de que o curso promove a inclusão de um público específico, o que se torna um diferencial para os processos de educação a distância da instituição. “Estamos oferecendo nossa estrutura para aumentar o acesso dos surdos à formação superior. Esses profissionais, por sua vez, quando estiverem no mercado, oferecerão um diferencial às redes de ensino da educação básica. Todos ganham com essa proposta”. Já a professora Érica, que coordenou as articulações com o Ines para participação da UFLA no projeto, lembra que é grande a demanda pela formação de profissionais que tenham consciência da singularidade linguística dos surdos. “Precisamos de profissionais que entendam a surdez como uma diferença linguística apenas, e não como um problema. O curso vai atender essa demanda”.

Entenda a proposta do novo curso

O curso bilíngue de Pedagogia na modalidade EaD foi concebido dentro do “Plano Nacional dos Direitos da Pessoal com Deficiência – Viver sem Limites”. A responsabilidade pela implementação é do Ines, assumida a partir de um convite do Ministério da Educação.

Os polos de oferta do curso foram divididos pelas cinco macrorregiões brasileiras, havendo dois polos em cada uma delas. Apenas a região Nordeste possui três polos.

Região Sudeste: Ines e UFLA

Região Nordeste: Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Região Norte: Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Universidade do Estado do Pará (Uepa)

Região Centro-Oeste: Instituto Federal de Goiás (IFG) e Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD),

Região Sul: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Assista à entrevista da professora Erica no TVU Notícias:

Capacitação para Tradutores e Intérpretes de Libras será ofertada na UFLA – aberta seleção de participantes

Um projeto de extensão da Universidade Federal de Lavras (UFLA) irá garantir curso de capacitação para tradutores e intérpretes de Libras. O curso terá duração total de 120 horas, com aulas aos sábados. Podem se candidatar à participação pessoas que desejem aperfeiçoar seus conhecimentos na Língua Brasileira de Sinais, especialmente aqueles profissionais que atuam na educação básica ou superior. Serão disponibilizadas 30 vagas.

Até 100 candidatos podem concorrer a uma das vagas. O interessado passará por um processo seletivo, que envolverá apresentação pessoal e prova de múltipla escolha em Libras. A seleção ocorrerá no próximo sábado (18/2), das 9h às 11h, no Anfiteatro 1 do Departamento de Engenharia (DEG). Para se inscrever, é necessário acessar o Sistema Integrado de Gestão – Eventos.

O projeto de extensão Capacitação de Tradutores e Intérpretes de Libras (Catils) é uma iniciativa da Coordenadoria de Acessibilidade/Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec). Para outras informações, acesse http://facebook.com/uflalibras ou ligue (35) 2142-2005.

 

Evento “Conhecendo os Surdos” será nesta segunda (13/2)

A acessibilidade está na pauta de eventos da Universidade Federal de Lavras (UFLA) da próxima semana. Nesta segunda-feira (13/2), 30 estudantes que cursam a disciplina de Libras promoverão a mesa-redonda “Conhecendo os surdos: cultura, educação e cotidiano”. O objetivo é compartilhar com o público as experiências de vivência acadêmica, profissional e social de quatro palestrantes em relação ao tema.

Por meio da iniciativa, o público acadêmico poderá esclarecer dúvidas sobre a temática e saber mais sobre os processos de inclusão social. A atividade terá início às 8h, no Anfiteatro do Departamento de Administração e Economia (DAE), bloco 3. A previsão é de que o encerramento ocorra às 10h. O evento é aberto a todos os interessados e as inscrições podem ser feitas pelo Sistema Integrado de Gestão (Sig Eventos).

A coordenação da atividade é feita pela professora Erica Alves Barbosa Medeiros Tavares, do Departamento de Educação da UFLA (DED/UFLA).

Outras informações: https://www.facebook.com/events/1282487568511541/

Brasil tem Estatuto da Pessoa com Deficiência – conheça as ações da UFLA na busca pela acessibilidade

O entrevistado Nilmar Machado está sentado à frente do computador,.
Nimar Machado utiliza as instalações do NAUFLA para realizar suas atividades acadêmicas.

Depois de 15 anos de tramitação, o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146) foi sancionado em 6 de julho. São 124 artigos que garantem às pessoas com deficiência direitos em diferentes áreas, inclusive na educação. Pelo documento, ao poder público é atribuída a tarefa, por exemplo, de desenvolver e acompanhar pesquisas voltadas para o desenvolvimento de novos métodos e técnicas pedagógicas, de materiais didáticos, de equipamentos e de recursos de tecnologia assistiva.

Os três artigos vigentes que versam sobre o direito à educação contemplam a necessidade de um sistema educacional inclusivo em todos os níveis, que possibilite à pessoa com deficiência o desenvolvimento de seus talentos e habilidades, segundo seus interesses e necessidades. Para o advogado e estudante de Administração Pública da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Nilmar Machado, que possui deficiência visual, a aprovação do Estatuto é um avanço significativo, fruto de longas e numerosas discussões. “Essa lei sistematiza todo o arcabouço jurídico sobre o assunto. Com todos os direitos consolidados em um único documento, fica mais fácil que o cidadão com deficiência, e toda a população, os conheça”. Nilmar destaca o fato de que o Estatuto institui a pena de reclusão para os crimes cometidos contra a pessoa com deficiência.

Apesar de considerar que dois vetos feitos ao Estatuto ainda devem ser discutidos, o que já está sendo feito pelo Movimento Nacional das Pessoas com Deficiência, Nilmar afirma que o documento fortalece direitos já existentes e dá maior força ao estabelecimento de políticas públicas na área. A estimativa relatada pelo Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade) é de que no Brasil existem 45 milhões de pessoas com deficiência.

Acessibilidade na UFLA

Procurando avançar na questão, foi fundado na UFLA em 2012 o Núcleo de Acessibilidade (NAUFLA), ligado à Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec). O objetivo das atividades do NAUFLA é garantir todas as condições para que pessoas com deficiência ingressem no ensino superior e tenham os recursos necessários para desenvolver todo o seu potencial no ambiente acadêmico. Segundo a coordenadora do Núcleo, professora Helena Libardi, a instituição ainda tem muito a melhorar, mas alguns passos já foram dados. Abaixo, estão relatados alguns deles.

– O NAUFLA tem hoje um espaço no Pavilhão de Aulas 3. Lá, estudantes assistidos pelo Núcleo têm acesso a computadores e podem se dedicar aos estudos. Uma nova estrutura física que será construída na Avenida Norte deverá abrigar o Núcleo no futuro, melhorando as condições de instalação.

– Quando os estudantes com deficiência apresentam necessidade de acompanhamento por monitores, editais são publicados para seleção de bolsistas. Os monitores auxiliam principalmente na viabilização de material especial necessário aos estudos. Por exemplo, a gravação de conteúdos em voz é um apoio importante para o estudante com deficiência visual. Atualmente, estão ligados ao NAUFLA quatro monitores bolsistas e um voluntário.

– Foram empossados em 2015 dois servidores técnicos administrativos que são tradutores-intérpretes de Língua de Sinais e têm atuado em diferentes frentes na Universidade, tornando conteúdos acessíveis a pessoas com deficiência auditiva. O trabalho já iniciado por eles dá mostras à comunidade de que a Universidade busca se preparar para receber novos públicos. Eles atuam em parceria com a professora de Libras do Departamento de Educação (DED), Érica Alves Barbosa Medeiros Tavares, em um programa educativo chamado “UFLA acessível em Língua de Sinais”. Os tradutores-intérpretes ligados ao NAUFLA são Wanderson Samuel Moraes Souza e Welbert Vinícius de Souza Sansão.

– Sempre que um estudante com necessidades especiais procura atendimento, os integrantes do NAUFLA – com a atuação de um núcleo pedagógico formado por professores de diferentes departamentos – reúnem-se para analisar as demandas apresentadas e definir estratégias para atendimento a essas necessidades. Integram esse núcleo, além da professora Helena, os professores do Departamento de Ciência da Computação (DCC) André Pimenta e José Monserrat Neto; as professoras do Departamento de Ciências Exatas (DEX) Rosana Maria Mendes e Evelise Roman Corbalan Gois Freire; e as professoras do DED Érica Alves Barbosa Medeiros Tavares e Pryscilla Duarte de Melo. A também professora do DED Elaine das Graças Frade contribui como consultora.

– Existem três computadores portáteis exclusivos para empréstimo aos estudantes com deficiência. Programas leitores de tela também já foram adquiridos. Uma linha braile está em processo de compra e a aquisição de outros equipamentos, como uma impressora 3D para a produção de material didático, está nos projetos do NAUFLA.

– As novas estruturas físicas construídas no câmpus já seguem as especificações exigidas pela legislação, de maneira a garantir o acesso de pessoas com deficiência.

– Disciplinas eletivas, voltadas à questão da acessibilidade, são oferecidas aos estudantes. A disciplina Produção de Material Didático para o Ensino Inclusivo busca principalmente preparar estudantes das licenciaturas. Já a disciplina Acessibilidade em Sistemas Computacionais é oferecida nos cursos da área de informática.

– A UFLA trabalha na adequação de seu Portal na Internet para melhorar sua acessibilidade às pessoas com deficiência. Uma comissão, coordenada pelo professor do Departamento de Ciência da Computação (DCC) André Pimenta Freire, está  responsável pela implantação na instituição do Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (e-MAG). André é membro do NAUFLA, além de desenvolver pesquisas com foco Governo Eletrônico centrado no Cidadão para promoção da inclusão no Programa de Pós-Graduação em Administração Pública. A comissão tem representantes da Diretoria de Gestão e Tecnologia da Informação (DGTI), da Assessoria de Comunicação (ASCOM) e do NAUFLA. A previsão é de que até dezembro de 2015  muitos avanços se consolidem nessa área.

Desafios

A adequação da rotina acadêmica às necessidades da pessoa com deficiência ainda traz desafios para professores e técnicos administrativos da universidade. Para a coordenadora do NAUFLA, esses desafios vêm do fato de a legislação ser recente, anterior à formação da maioria dos profissionais. “A barreira da desinformação é muito grande. Muitos professores ainda não sabem o que fazer para atender ao aluno com deficiência”, explica. “Por isso, a função do Núcleo é justamente auxiliá-los nesse novo fazer pedagógico”.

Para Helena, a UFLA abraçou a causa da inclusão, não só motivada pela legislação, mas pela importância de garantir todas as condições para que a pessoa com deficiência possa se desenvolver plenamente. “Percebemos que toda a administração está aberta e sensível à causa”, diz. No entanto, ainda é necessária uma transformação cultural. “Precisamos de toda a comunidade acadêmica envolvida com a questão. Que todos estejam atentos às necessidades desses estudantes. Que sejam parceiros para orientá-los a procurar o NAUFLA. Pedimos que os coordenadores de cursos nos ajudem a identificar esses alunos.”

A professora relata que é comum o estudante passar o semestre todo com dificuldades ocasionadas por síndromes ou deficiências que não lhe permitem acompanhar o conteúdo por métodos tradicionais, sem procurar o auxílio do Núcleo. “Muitas vezes, eles não sabem que a universidade oferece esse suporte. Em outras situações, têm receio de se expor. Mas é necessário deixar claro que o NAUFLA não irá fazer nada sem o consentimento do próprio aluno. Nossas ações são discretas e têm apenas objetivo de facilitar o acesso e o desenvolvimento desses estudantes”.

De acordo com Nilmar, que utiliza os serviços do NAUFLA, a estruturação do Núcleo foi um ganho importante. “É um avanço da Universidade em relação ao quesito acessibilidade”, diz. Ele pondera que a pessoa com deficiência ainda se depara com desafios, como a dificuldade de adaptação curricular e a estigmatização por parte dos membros da comunidade acadêmica, mas reconhece que há indicativos de mudanças. “Ainda encontramos pessoas que não acreditam em nossas potencialidades, e os conteúdos das disciplinas muitas vezes ficam inacessíveis, mas vejo que UFLA tem buscado equacionar esses problemas”.

A proposta do Estatuto da Pessoa com Deficiência foi apresentada no ano 2000 pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e se tornou lei em 6 de julho de 2015, sancionada pela presidente Dilma Rousseff.

Encontro do Pibid será realizado na UFLA nesta terça (9/6) – veja o convite em Libras

pibidEsta terça-feira (9/6) é dia de Encontro Geral do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência da Universidade Federal de Lavras (Pibid/UFLA). Norteada pelo tema “Reflexões sobre docência e Pedagogia do Oprimido”, tendo como base a obra de Paulo Freire, a programação terá início às 13h, no Salão de Convenções. Todo o encontro será traduzido na Língua Brasileira de Sinais (Veja o convite feito em Libras).

Além das atividades presenciais, o encontro terá uma etapa virtual, para geração da problematização. Pelo link http://lite.dex.ufla.br/moodle26/, os inscritos terão à sua disposição salas virtuais para interagir com os diversos públicos do Programa no período de 25/5 a 9/6. Para sintetizar as discussões e perpetuar a integração, haverá também um pós-evento virtual, de 9/6 a 30/6.

Em 9/6 a programação começará com uma atividade cultural, seguindo para a conversa sobre o tema proposto e a abertura para o debate. O encerramento será feito com um cafezinho. A organização do encontro é feita pelo Pibid Interdisciplinar UFLA.

Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire

O livro Pedagogia do Oprimido é considerado a obra mais importante e completa de Paulo Freire. Traduzida em mais de 20 idiomas, tornou-se referência para o entendimento da prática de uma pedagogia libertadora e progressista. Nela, estão os temas que sustentam a concepção freireana: conscientização, revolução, diálogo, cooperação, entre outras.libras

Quando Freire fala em pedagogia, ele não está falando apenas das relações que se estabelecem na escola e na sala de aula. A sua pedagogia está relacionada a todo o contexto de opressão social e de falta de democracia. Toda educação é política, assim como toda política é educativa. Não existe neutralidade. Portanto, o seu método dialógico, problematizador, não é apenas um método ou uma teoria pedagógica, mas uma práxis que propõe a libertação da opressão que predomina na nossa sociedade.

Fonte sobre a obra de Paulo Freire: Projeto Memória.

Consulte a programação e outros detalhes sobre o Encontro.

Portal da UFLA terá adequações ao modelo de acessibilidade – Curso e-MAG inicia as atividades

O estudante Nilmar Machado faz uma demonstração dos desafios de navegar em sites que não estão adaptados
O estudante Nilmar Machado faz uma demonstração dos desafios de navegar em sites que não estão adaptados

Embora o processo de acessibilidade dos sites e portais do governo federal atenda a uma legislação de aplicação obrigatória, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) está sensibilizada para a necessária utilização de recursos de tecnologias assistivas, para garantir que as informações disponibilizadas em seus sites estejam disponíveis a todos os públicos.

Em dezembro de 2014, foi nomeada uma comissão especial com o objetivo de realizar estudos e criar propostas que regulamentem a implantação do Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (e-MAG), no âmbito da UFLA. A comissão tem representantes da Diretoria de Gestão e Tecnologia da Informação (DGTI), da Assessoria de Comunicação (ASCOM) e do Núcleo de Acessibilidade da UFLA, sob a coordenação do professor André Pimenta Freire, do Departamento de Ciências da Computação, um dos colaboradores do governo federal na elaboração da nova versão do e-MAG.

Nesta terça-feira (2/6), teve início o curso Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico – e-MAG destinado a conteudistas e desenvolvedores, com a participação de técnicos da DGTI, estudantes que participam do Programa Institucional de Bolsas (Proat/ASCOM) e demais profissionais interessados na temática. O curso segue o conteúdo proposto Escola Nacional de Administração Pública (Enap), com a coordenação e aplicação do professor André Freire (DCC/UFLA). Uma nova turma será destinada aos profissionais responsáveis pela atualização dos sites de pró-reitorias, diretorias, departamentos e setores da Universidade.

Incentivo para a acessibilidade

sensibilização para a universalidade da WEB foi o foco da apresentação do professor André Freire
sensibilização para a universalidade da WEB foi o foco da apresentação do professor André Freire

Durante a primeira aula presencial do curso, os participantes foram sensibilizados com a apresentação do estudante Nilmar Ronizete Machado, advogado que cursa a segunda graduação no curso de Administração Pública da UFLA. Desde que perdeu a visão, as dificuldades exigiram de Nilmar muita persistência e também conhecimento lutar contra as barreiras impostas aos portadores de deficiência.

Utilizando um software leitor de telas, recurso de tecnologia assistiva, Nilmar fez uma demonstração da dificuldade de navegar em um site que não foi preparado para atender de forma eficiente e eficaz a todos os públicos. E destacou: “essa é uma bandeira de todos, não é uma questão minha ou sua, mas de todos”, lembrando que no Brasil devem existir, seguindo à previsão do último Sensu, cerca de 50 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência.

A sensibilização para a universalidade da WEB foi o foco da apresentação do professor André Freire. Referência nesta temática, o professor apontou alguns motivos que norteiam a adoção de um modelo de acessibilidade. Em sua avaliação, o primeiro motivo é o dever moral de promover a inclusão de todas as pessoas, seguido por motivos legais e também econômicos, já que a parcela de pessoas portadoras de deficiência também deve ser considerada em um modelo de negócio voltado para o ambiente WEB.

Além disso, no caso da UFLA, a falta de recursos de acessibilidade pode prejudicar a Instituição em avaliações para rankings nacionais e internacionais, já que o Google, um dos recursos utilizados para a avaliação de presença na WEB, utiliza um leitor de telas semelhante aos usados por cegos. Assim, só é reconhecido o conteúdo disponibilizado e acessível para todas as pessoas.

“Ao nos preocuparmos com as pessoas com deficiência, acabamos contribuindo com o desenvolvimento de tecnologias que são úteis para toda a sociedade”, conclui o professor.

Próximos passos

Até dezembro de 2015, existe um cronograma para ser cumprido rumo à adequação do Portal da UFLA ao modelo de acessibilidade. Além da capacitação da equipe de desenvolvimento e conteudistas, será feita uma revisão dos aspectos que necessitam alterações, priorização e realização das ações no Portal, incluindo a inspeção técnica e testes com usuários.

 

 

 

 

Aplicativo desenvolvido na UFLA é vencedor do 3º Prêmio Nacional de Acessibilidade na Web

Membros do projeto WebHelpDyslexia, com os alunos Luis Otávio de Avelar e Guilherme Camilo Rezende e o Professor André Pimenta Freire.  O estudante Guilherme segura o troféu de vencedor do Prêmio Nacional de Acessibilidade na Web na categoria Aplicativos e Tecnologias Assistivas
Membros do projeto WebHelpDyslexia, os estudantes Luis Otávio e Guilherme Rezende e o professor André Freire. O estudante Guilherme segura o troféu de vencedor do Prêmio Nacional de Acessibilidade na Web na categoria Aplicativos e Tecnologias Assistivas

O aplicativo WebHelpDyslexia, desenvolvido no Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Lavras (UFLA), conquistou o primeiro lugar no 3º Prêmio Nacional de Acessibilidade na Web Todos@Web, na categoria “Aplicativos e Tecnologias Assistivas”.  O aplicativo foi desenvolvido pelos estudantes do curso de Sistemas de Informação Luís Otávio de Avelar e Guilherme Camilo Rezende, sob a orientação do professor André Pimenta Freire.  A solenidade de premiação foi realizada no dia 5 de dezembro de 2014, no auditório do Memorial da Inclusão, em São Paulo-SP.

O Prêmio Todos@Web é uma realização do escritório brasileiro do World Wide Web Consortium (W3C) – órgão internacional responsável pelos padrões utilizados na Web em todo o mundo, em parceria com o Comitê Gestor da Internet do Brasil (cgi.br) e com o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (nic.br).  O prêmio também tem apoio governamental por meio da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência do estado de São Paulo.

O principal objetivo do prêmio é o de promover a acessibilidade do conteúdo Web para melhorar a inclusão de pessoas com deficiência no acesso a diversos serviços ofertados na Web, incluindo educação, lazer, compras, finanças, dentre inúmeros outros.

Na avaliação do professor André Pimenta, a obtenção desse prêmio é um grande avanço para o reconhecimento e consolidação das pesquisas realizadas na UFLA na área de acessibilidade, além de demonstrarem o comprometimento da instituição com o desenvolvimento de pesquisas voltadas para a inclusão de pessoas com deficiência e com o desenvolvimento social.

Forma e conteúdo acessíveis

Os três finalistas da categoria "Aplicativos e tecnologias assistivas", com o estudante da UFLA Luis Otávio de Avelar à esquerda, representando o aplicativo WebHelpDyslexia
Os três finalistas da categoria “Aplicativos e tecnologias assistivas”, com o estudante da UFLA Luis Otávio de Avelar à esquerda, representando o aplicativo WebHelpDyslexia

O aplicativo vencedor do prêmio, o WebHelpDyslexia, tem como objetivo auxiliar na leitura de conteúdo por pessoas com dislexia.  Essas pessoas podem ter dificuldades com leitura e compreensão de textos que podem ser agravadas pela forma como o conteúdo é apresentado, incluindo fontes de texto que dificultam a leitura, tamanho do texto, parágrafos mal organizados, palavras de difícil compreensão, e mesmo dificuldade de concentração com textos muito longos e densos.

O software tem diversas funcionalidades para permitir mudanças em qualquer página Web e para ajustar às diferentes necessidades que pessoas com dislexia podem ter, como troca de fonte, tamanho e cor de texto e fundo em páginas Web, remoção de itálico e negrito, ajustes de espaçamento e alinhamento de parágrafos, além de uma ferramenta que funciona como uma “régua de leitura” para auxiliar na concentração e um dicionário de sinônimos.

aplicativo pode ser instalado sem custos a partir da Google Store.

Tela com exemplo do WebHelpDyslexia, com adaptação de notícia do site da UFLA com alteração no tipo e tamanho de fonte, cor de letra e fundo e uso da régua de leitura com um trecho da página visível somente para facilitar o foco da leitura
Tela com exemplo do WebHelpDyslexia, com adaptação de notícia do site da UFLA com alteração para acessibilidade

Núcleo Alcance

O desenvolvimento do aplicativo foi feito no contexto do Núcleo de Pesquisas em Acessibilidade, Usabilidade e Tecnologia Assistiva – Alcance -, em projeto coordenado pelo professor André Pimenta Freire.  O Núcleo Alcance, atualmente filiado à rede do Centro Nacional de Referência em Tecnologia Assistiva (CNRTA) do Governo Federal, também desenvolve outros projetos voltados para a inclusão de pessoas com deficiência, como o Projeto AudioWeb (financiado pelo CNPq), coordenado pelo professor José Monserrat Neto, que auxilia pessoas cegas na leitura de imagens.

Outros projetos também podem ser destacados, como o voltado para leitura de fórmulas matemáticas para pessoas com deficiência, acessibilidade de dispositivos móveis (financiado pelo CNPq) e acessibilidade de ambientes virtuais de aprendizagem. Muitos projetos são desenvolvidos em parceria com instituições nacionais de referência, como a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), além de parcerias internacionais com a University of York e a Queen’s University Belfast, no Reino Unido.

O Alcance tem colaborado de maneira muito próxima com os trabalhos de apoio a estudantes com deficiência desenvolvidos pelo Núcleo de Acessibilidade da UFLA (Naufla) e com organizações da cidade de Lavras, como o Centro de Educação e Apoio às Necessidades Auditivas e Visuais (Cenav), a Associação de Pais e Amigos dos Surdos e Cegos (Aspac) e o Conselho Municipal de Defesa da Pessoa com Deficiência (Comdef).

Formação em Acessibilidade

Os trabalhos desenvolvidos na área de acessibilidade também tem tido outros importantes desdobramentos com a integração entre ensino, pesquisa e extensão.  No segundo período letivo de 2014, o professor André Pimenta ofertou, pela primeira vez, a disciplina eletiva “Acessibilidade em Sistemas Computacionais – GCC223”.

“Nessa disciplina, os estudantes tiveram contato com conceitos e técnicas para o desenvolvimento de sistemas computacionais acessíveis para pessoas com deficiência, muito valiosos para preencher a lacuna de profissionais na área e para o desenvolvimento de tecnologias nacionais para pessoas com deficiência, fomentados por programas governamentais com o “Viver sem Limites””, destacou o professor.

A disciplina promoveu a integração com a sociedade, por meio da participação de pessoas envolvidas com organizações de Lavras que trabalham com pessoas com deficiência.  Durante a disciplina, os alunos tiveram a oportunidade de desenvolver projetos de tecnologias que podem melhorar a vida de pessoas com deficiência, como um aro magnético para melhorar a clareza dos sons para usuários de aparelhos auditivos, aplicativos de comunicação alternativa para pessoas com limitações na fala e/ou deficiências intelectuais, alternativas de leitores de tela para usuários cegos, além de estudos diagnósticos sobre a acessibilidade de portais Web de serviços públicos e sites comerciais.

 

Estudante de Ciência da Computação da UFLA cria blog voltado para educação inclusiva e acessibilidade

18.06 sopa de númerosEm 2010, quando cursava a licenciatura em Matemática na Universidade Federal de Lavras (UFLA), a estudante Débora Rossini criou o blog “Sopa de Números na Educação Inclusiva”, tendo como foco a educação Inclusiva e a acessibilidade. O que antes era apenas uma exigência acadêmica, passou a ser uma atividade regular da estudante, atualmente graduanda em Ciência da Computação.

A ideia do blog surgiu de um projeto de desenvolvimento de tecnologias assistivas, sob a orientação do professor José Monserrat Neto (DCC/UFLA). Agora, a manutenção do blog é uma iniciativa da estudante, que mantém postagens com diversos temas, em linguagem acessível, convidando os leitores que têm algum tipo de deficiência visual a quebrar as barreiras tecnológicas para uma educação mais inclusiva.

O público-alvo é o universitário, mas, segundo a estudante, o conteúdo também poderia ser adaptado para o Ensino Médio. Ela conta que vários deficientes visuais participam do blog com comentários e sugestões. Mas o conteúdo não é exclusivo aos portadores de deficiências, mas também é direcionado aos demais estudantes e professores para que o conhecimento das limitações favoreça uma melhor convivência entre eles.

Entre os tópicos colocados em debate, Débora Rossini destaca as tecnologias assistivas, como softwares e hardwares de auxílio educacional a pessoas com deficiência visual. Mas também há conteúdos de interesse social e até bom humor, como a rotina de um calouro com deficiência na Universidade e os desafios da vida em república, o que a estudante chama de “Guia do calouro no mundo não visual”.

A estudante participa do Núcleo de Acessibilidade da UFLA e comemora alguns avanços nos últimos anos.  Entre eles, a própria criação do Núcleo, como espaço de discussão e proposição de políticas institucionais, a criação do serviço de monitoria específica de apoio ao deficiente visual, a criação de cursos de capacitação na Biblioteca Universitária e a criação de uma sala especial com computadores adaptados e impressora em braille.

Depois do blog “Sopa de Números”, Débora Rossini lançou uma página no facebook para debater e trocar ideias acerca da Síndrome de Irlen, que é um distúrbio oftalmológico ainda pouco conhecido e muitas vezes confundido como distúrbio de aprendizado. Portadora dessa síndrome, a estudante descobriu e compartilha informações e tecnologias especiais, como óculos e placas de acetato para a leitura no computador que podem contribuir para a qualidade de vida de quem sofre desse distúrbio.

Para acessar o blog clique em http://sopadenumerosecalculos.blogspot.com.br/

Para acessar a página Driblando e Vencendo a Síndrome de Irlen clique Aqui

 

Políticas públicas para inclusão e acessibilidade são tema de monografia defendida na UFLA

O estudante Nilmar Ronizete Machado apresentou, no último dia 11, a monografia intitulada Estudo a Respeito de Políticas Públicas para o Ensino Superior: uma reflexão sobre inclusão de pessoas com deficiência. Esse foi o trabalho final da especialização presencial em Educação oferecida pelo Departamento de Educação da UFLA (DED). O estudante foi orientado pela professora Elaine das Graças Frade, do DED.

Para a composição da banca, foram convidados os professores Vicente Gualberto (Departamento de Ciências dos Solos – DCS) e Vanderlei Barbosa (DED). Após a defesa, eles ressaltaram a importância da temática e a pertinência do conteúdo, que possui indicações para uma futura publicação que poderá ser trabalhada e apresentada em instâncias internas e externas à comunidade acadêmica.

Durante a defesa, também estiveram presentes as professoras de Língua Brasileira de Sinais (Libras) da UFLA, Fabrícia Meirelles e Rita Marinho (DED), Helena Libardi (Departamento de Ciências Exatas – DEX e coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da UFLA – Naufla) e o professor André Pimenta Freire (Departamento de Ciências da Computação – DCC). A tese de doutorado do professor André, que será defendida em breve, aborda a temática tecnologias assistivas, com a verificação de acessibilidade dos softwares.

A orientadora destacou a reunião entre professores de vários departamentos como um momento de importância para a discussão de ações e investimentos para a inclusão de pessoas com deficiência na Universidade e para a promoção do debate em torno da acessibilidade.