As boas práticas de fabricação da cachaça, com o intuito de evitar a presença do contaminante carbamato de etila na bebida, foram tema de palestra ministrada pela professora da UFLA Maria das Graças Cardoso (DQI) durante o II Workshop sobre o Plano Nacional de Monitoramento da Cachaça e Aguardente de Cana. O evento foi realizado em Brasília, nos dias 23 e 24 de setembro, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A finalidade do workshop foi apresentar os resultados de uma pesquisa realizada pelo Mapa sobre os parâmetros da cachaça (especialmente a respeito da presença de carbamato de etila) e debater iniciativas para adequação da indústria em relação aos contaminantes da bebida e riscos identificados.
A incidência da substância enfocada pela professora Maria das Graças é comum em alimentos e bebidas fermentadas, mas possui natureza tóxica. “Portanto, sua caracterização e quantificação nos produtos é importante”, explica a docente da UFLA.
Cada país possui regulamento próprio para controlar a importação e a produção de bebidas alcoólicas. A legislação brasileira adotou em 2005 o mesmo padrão do Canadá sobre a presença de carbamato de etila nas bebidas destiladas (150 µg L-1) e deu um prazo de nove anos para que os produtores se adequem ao valor.
O workshop contou com a participação de representantes do Instituto Brasileiro de Cachaça (Ibrac), Coordenação-Geral de Vinhos e Bebidas do Mapa, Inmetro e universidades brasileiras.