As pré-propostas devem ser enviadas por meio informatizado até 1º de maio

A Embrapa Café acaba de lançar o edital para seleção de propostas para apoio financeiro a projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em áreas estratégicas de acordo com os objetivos do programa de pesquisa do Consórcio Pesquisa Café e regras do Sistema Embrapa de Gestão – SEG. As instruções e documentações pertinentes a esta chamada estão disponíveis no site do Consórcio Pesquisa Café.

Nessa chamada, as áreas priorizadas são “Sustentabilidade da cafeicultura de montanha”, “Mão de obra escassa e de alto custo”, “Estresses bióticos e abióticos”, “Qualidade e Marketing para rentabilidade” e “Deficiência dos processos de transferência de tecnologia”, cujas propostas deverão ser direcionadas para um dos macroprogramas que estruturam o SEG da Embrapa: Competitividade e Sustentabilidade – Macroprograma 2; Desenvolvimento Tecnológico Incremental do Agronegócio – Macroprograma 3 e Transferência de Tecnologia e Comunicação Empresarial – Macroprograma 4.

Essa seleção de projetos compõe uma estratégia de fortalecimento da cafeicultura e do novo sistema de governança do Consórcio Pesquisa Café (confira na publicação Documentos 9) e foi elaborado a partir dos resultados do workshop Fortalecendo a Rede com Novos Projetos do Consórcio Pesquisa Café (confira em Documentos 11).

“O objetivo é viabilizar ações e soluções tecnológicas que contribuam para o desenvolvimento científico-tecnológico do agronegócio café no Brasil, com competitividade e lucratividade do setor, pelo aumento da produtividade, redução de custos e transferência da tecnologia e produtos gerados no âmbito do Consórcio”, informa o gerente geral da Embrapa Café, Gabriel Bartholo.

Para o professor da UFLA, Rubens José Guimarães, representante institucional da UFLA no Consórcio Pesquisa Café, essa é uma ótima oportunidade para as instituições que trabalham com café no País exercitarem a pesquisa em rede, visando a otimizar os recursos e a maximizar os resultados para solução imediata de problemas da cafeicultura nacional. Além disso, destaca que as áreas priorizadas no Edital foram apresentadas pelas representações mais legítimas da cafeicultura brasileira, em workshop realizado para este fim.

Prazos – O edital é composto por duas fases: pré-proposta e proposta. A data-limite para envio de pré-propostas via sistema informatizado é 1º de maio, sendo divulgados os resultados das análises até 31 de maio. As pré-propostas selecionadas deverão ser transformadas em propostas e enviadas até 1º de julho. A divulgação dos resultados das análises das propostas será feita até 31 de julho e a incorporação de sugestões até 30 de agosto. O resultado final será divulgado até 16 de setembro.

Normas gerais – Podem submeter propostas de projetos de PD&I a essa chamada, na qualidade de Líder de Projeto, pesquisadores das instituições parceiras do Consórcio Pesquisa Café, com vinculação formal a qualquer de suas unidades de Pesquisa.

Valores e despesas – O valor indicativo para o orçamento anual dos projetos dessa chamada é de R$ 150.000,00 por ano para projetos dos macroprogramas “2 – Competitividade e Sustentabilidade” e “4 – Transferência de Tecnologia e Comunicação Empresarial” com vigência máxima de 48 (quarenta e oito) meses. E de R$ 100.000,00 por ano para projetos do macroprograma 3 – Desenvolvimento Tecnológico Incremental com vigência máxima de 24 (vinte e quatro) meses.

Poderão ser apoiadas despesas de custeio como passagens e diárias de viagens; insumos técnicos e materiais de consumo; treinamentos de curta duração, participação em congressos nacionais e eventos similares (inscrição, passagens, diárias); contratação de serviços de terceiros (pessoa jurídica e pessoa física). E ainda despesas adicionais com bolsas e auxílio do Consórcio em até 25% do valor total do projeto.

Consórcio Pesquisa Café – Congrega instituições de pesquisa, ensino e extensão localizadas nas principais regiões produtoras do País. Seu modelo de gestão incentiva a interação das instituições e a otimização de recursos humanos, físicos, financeiros e materiais. Foi criado por dez instituições: Universidade Federal de Lavras – UFLA, Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola – EBDA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Epamig, Instituto Agronômico – IAC, Instituto Agronômico do Paraná – Iapar, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – Incaper, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro –Pesagro-Rio e Universidade Federal de Viçosa – UFV.

Adaptado do texto de Flávia Bessa, com informações da Gerência de Pesquisa e Desenvolvimento – Site: www.embrapa.br/cafe

O IX Ciclo de Palestras em Cafeicultura foi aberto na noite de ontem (4), em solenidade no Salão de Convenções da UFLA. Durante o evento, são realizadas palestras com especialistas voltadas para pesquisadores, estudantes e produtores – que podem se atualizar sobre novas tecnologias, mercado e safras.

A programação deste ano conta com quatro palestras. Duas foram realizadas ontem e as outras duas, na noite de hoje, a partir das 18 horas, no Salão de Convenções. Os pesquisadores Júlio César de Souza (Epamig) e Eduardo Diniz (Rehagro) abordaram o reconhecimento e controle de pragas e os fatores determinantes para o sucesso da atividade cafeeira, respectivamente.

Hoje, as palestras serão sobre sustentabilidade no manejo de doenças do cafeeiro, com o pesquisador da UFLA Edson Ampélio Pozza (18 horas), e podas, com o pesquisador da Epamig Gladyston Rodrigues Carvalho (20 horas).

O evento é organizado pelo Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf). Criado em 1995 no Departamento de Agricultura (DAG), é um dos núcleos de estudo pioneiros na Universidade e conta com a participação de profissionais da Epamig, Emater-MG e UFLA. O Necaf realiza trabalhos de pesquisa com as instituições parceiras, atividades de ensino e extensão, participação em congressos e eventos, publicações e cursos sobre a cultura cafeeira.

Representantes da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, do Sebrae – MG (Agência de Apoio ao Empreendedor e Pequeno Empresário) e da empresa Agrocert Consultoria e Projetos participaram de reunião na quinta-feira (24), no Setor de Cafeicultura da Universidade Federal de Lavras (UFLA), para discutir a viabilidade de um acordo de cooperação técnica que prevê a participação da Universidade no Programa de Qualidade do Café para a Região do Cerrado Mineiro.

A Federação dos Cafeicultores do Cerrado investe em uma nova fase de desenvolvimento, com o lançamento do Programa de Qualidade do Café, que visa a capacitar mais produtores e ampliar a oferta do produto em segmento diferenciado. O café do cerrado é reconhecido pelo mercado pelo selo de qualidade e pela Indicação Geográfica na modalidade Indicação de Procedência (IP), além de a região estar prestes a conquistar o registro na modalidade Denominação de Origem (DO), a primeira para o produto café no País, com pedido já depositado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

A escolha da UFLA como parceira no Programa foi definida pelo diretor de marketing da Federação, Juliano Tarabal, em função da excelência da Universidade na temática café, envolvendo ações de ensino, pesquisa e extensão. A participação da UFLA, em sua avaliação, é ainda mais importante por reunir, na mesma instituição, especialistas de diferentes áreas do conhecimento.

O Programa de Qualidade do Café vai envolver workshops com produtores, o treinamento e atualização de classificadores profissionais de nove cooperativas da Federação e a elaboração de um diagnóstico para definir o perfil de produtores e das cooperativas participantes.

Representando a UFLA, participam da iniciativa os professores do Departamento de Agricultura (DAG) Virgílio Anastácio da Silva, Antônio Nazareno Guimarães Mendes e Rubens José Guimarães, além da participação da professora Rosemary Gualberto Alvarenga Pereira (Departamento de Ciência dos Alimentos – DCA), Luiz Marcelo Antonialli e Marcelo Márcio Romaniello (Departamento de Administração e Economia – DAE). Estudantes de pós-graduação também participam do projeto.

Parceria em outras fronteiras

De acordo com o assessor de relações interinstitucionais da UFLA, professor Nazareno, a UFLA desenvolve atividades de pesquisa e de transferência de tecnologia em cafeicultura há pelo menos três décadas na região do Cerrado, em parceria com a Epamig (Fazenda Experimental de Patrocínio-MG) e, mais recentemente, com o Grupo Baiardi (Fazenda Juliana), em Monte Carmelo-MG. Em sua avaliação, a parceria que será estabelecida com a Federação vai proporcionar a efetiva contribuição à permanente melhoria de qualidade do Café do Cerrado, aumentando ainda mais a produtividade das lavouras e tornando a região ainda mais sustentável no cenário do agronegócio dos cafés do Brasil.

“Associar a centenária marca da UFLA à já tradicional marca do Café do Cerrado será, sem dúvida, mais uma importante parceria de ganha-ganha, dando aos nossos professores, pesquisadores e estudantes mais uma excepcional oportunidade de geração de conhecimentos, tecnologias e inovações em cafeicultura”, considera Nazareno.

Na avaliação do professor Virgílio, a parceria vai aproximar ainda mais a Universidade de uma região que desenvolve um modelo de gestão e práticas agrícolas diferenciadas, representando uma oportunidade para ampliar a fronteira do conhecimento em novas linhas de pesquisa, com o envolvimento de estudantes de pós-graduação e a geração de dissertações e teses.