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InovaCafé e Projeto Soma fazem parceria para atuar em propriedades cafeeiras

estudantes do projeto soma visitam a Inovacafe
Professor Rubens José Guimarães faz apresentação para estudantes do Instituto Federal do Sul de Minas

A Agência de Inovação do Café da Universidade Federal de Lavras (InovaCafé) recebeu na quinta-feira (28/5) professores e estudantes do Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS) – Câmpus Muzambinho, envolvidos com o Projeto Soma. Trata-se de um projeto de extensão rural que trabalha com assistência em propriedades cafeeiras de agricultura familiar e de toda a cadeia de produção do café. A visita teve como objetivo dar continuidade a parceria firmada em fevereiro desse ano entre as instituições.

Nessa etapa, professores e estudantes do IFSULDEMINAS receberam treinamento no Centro de Inteligência de Mercados (CIM/UFLA), no qual foi apresentado o projeto Gestão Estratégica Avançada (GEA). Configura-se, portanto, a união de dois projetos que propõe uma assistência inovadora, de um lado o projeto Soma, que orienta pequenos produtores rurais, do outro o GEA, programa que gera, por meio de relatórios periódicos, informações essenciais para o gerenciamento das empresas rurais.

O coordenador da InovaCafé, professor Luiz Gonzaga de Castro Junior, apresenta a estrutura e objetivos da InovaCafé
O coordenador da InovaCafé, professor Luiz Gonzaga de Castro Junior, apresenta a estrutura e objetivos da InovaCafé

Com o GEA, os estudantes que participam do projeto Soma terão informações relevantes para a gestão das propriedades, incluindo uma série de indicadores, como a precificação da produção, incluindo detalhamento dos custos e margem de lucro (global, por hectare, talhão produtivo e unidade).

O projeto Soma, criado em 2009, atende a cerca de 600 famílias no norte pioneiro do Paraná, em Caconde (SP), e em Minas Gerais, nas regiões de Muzambinho, Cabo Verde, Santana da Vargem e Fama/Paraguaçu. Mais de 40 estudantes dos cursos de Engenharia Agronômica, Superior de Tecnologia em Cafeicultura, Ciências Biológicas, Enfermagem e Segurança do Trabalho, participam do projeto e promovem treinamento e capacitação dos produtores, concursos de qualidade, palestras, dia de campo e outras atividades. São diversas áreas envolvidas no bem estar, na produção sustentável e na gestão de propriedade dos cafeicultores.

O foco da parceria com a InovaCafé é justamente ligado à gestão das propriedades cafeeiras. Para o coordenador do Projeto Soma, José Marcos Angélico de Mendonça, a parceria representa uma união de competências muito interessante para todos os envolvidos. Ele reforça que a gestão de custos das propriedades é uma deficiência da maioria dos produtores. “É essencial que os estudantes do projeto Soma passem a conhecer com detalhes como está o equilíbrio financeiro da propriedade”, considera.

Para o coordenador de pesquisa e serviços em gestão no CIM, Diego Humberto de Oliveira, “com o GEA, os produtores conhecem a fundo seus negócios. O programa contribui para uma gestão mais sustentável da propriedade, aumentando a eficiência na utilização de recursos e, consequentemente, da produtividade, mantendo empregos, preservando o meio ambiente, melhorando a qualidade de vida no campo e garantindo o fornecimento adequado de alimentos para a população.”

Na avaliação do coordenador da InovaCafé, professor Luiz Gonzaga de Castro Junior, a proposta é integrar a Projeto Soma,  por exemplo, com a proposta “Necaf em Campo”, do Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf). “A ideia é aprender como direcionar esse tipo de trabalho e associar questões de qualidade e pós-colheita, aproveitando ainda o trabalho desenvolvido no Núcleo de Estudos em Qualidade, Industrialização e Consumo de Café (QICafé). “A ideia é ampliar os benefícios e agregar mais valor aos produtores”, conclui.

O GEA existe desde 2010 e é um projeto social inclusivo, sendo direcionado para pequenos produtores. Além da aplicabilidade nas propriedades assistidas pelo Projeto Soma, a InovaCafé pretende ampliar essa parceria no futuro.

Texto: Marina Botelho –  Jornalista/bolsista Rede Social do Café/Consórcio Pesquisa Café.

Encontro Sul-Mineiro de Cafeicultores ocorrerá na UFLA em 7 de maio

circuito-cafe-recorteProdutores regionais se reunirão na UFLA, no dia 7, para participarem do 17º Encontro Sul-Mineiro de Cafeicultores. O evento ocorrerá na Agência de Inovação do Café (InovaCafé), das 8h30 às 17 horas. Nele, professores da UFLA, pesquisadores e extensionistas de instituições ligadas à promoção da cafeicultura promoverão dinâmicas de campo nas quais compartilharão conhecimentos sobre várias etapas da produção.

As inscrições deverão ser feitas no início do evento. O Circuito é uma realização do Núcleo de Estudos em Cafeicultura da UFLA, Emater-MG, Governo de Minas Gerais e Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe).

Programação

cafe18h30 – Inscrições

9h30 – Abertura

10 horas – Dinâmicas de campo

  • “Manejo do Cafeeiro” – professor Rubens José Guimarães
  • “Pragas e doenças do café” – Júlio César de Souza (Epamig) e Paulo Victor Augusto Azevedo de Paula (UFLA)
  • “Apresentação de cultivares” – César Elias Botelho (Epamig)
  • “Pós-colheita do café” – professor Virgílio Anastácio da Silva
  • “Sistema de café sustentável – Hely Correa de Resende (Emater-MG)
  • “Colheita mecanizada com ênfase no controle da broca e do bicho mineiro” – Conceição Aparecida Bertanha (Bertanha Eclética)
  • “Superando os desafios da cafeicultura” – Bernardo Paiva (Syngenta)

12 horas – Almoço

13 horas – Visita aos stands

14 horas – Dinâmicas de campo

16 horas – Café da tarde e visitas aos stands

17 horas – Sorteio de uma derriçadora e brindes

 

InovaCafé realiza workshop com lideranças nacionais para prospecção de demandas do setor cafeeiro

Secretário da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais ressalta importância do setor cafeeiro em workshop na UFLA
Secretário da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, João Cruz Filho, ressalta importância do setor cafeeiro em workshop na UFLA

A Agência de Inovação do Café (InovaCafé) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) promoveu na quarta-feira (15/4) o workshop “Agência de Inovação do Café (InovaCafé): soluções por meio da tríplice hélice”. O objetivo do evento foi reunir representantes de instituições públicas e privadas ligadas ao setor cafeeiro, ouvindo suas demandas, bem como apresentar a InovaCafé como espaço de convergência entre essas instituições, a UFLA e o governo.

O workshop contou com a presença do Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, João Cruz Reis Filho e do deputado estadual Emidinho Madeira, vice-presidente da Comissão de Agropecuária da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Estiveram presentes representantes de instituições e entidades de classe e, dentre elas, foram apresentadas as demandas da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais, Conselho Nacional do Café (Faemg), Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

Diretor da Inovafé, professor Luiz Gonzaga, destaca benefícios do modelo em tríplice hélice
Diretor da Inovafé, professor Luiz Gonzaga, destaca benefícios do modelo em tríplice hélice

Para abrir o evento, a vice-reitora da UFLA, Édila Vilela Von Pinho, apresentou a Universidade e ressaltou que, trabalhando com café, direta ou indiretamente, a UFLA possui 128 docentes, incluindo engenheiros agrônomos, biólogos, administradores e profissionais de outras áreas. Assim, consolida-se como um importante polo de convergência de atividades de ensino, pesquisa, extensão e inovação relacionada ao setor.

O diretor da InovaCafé, Luiz Gonzaga de Castro Júnior, apresentou o modelo de gestão baseado na Tríplice Hélice, que tem como base a parceria: as instituições apresentam suas demandas, a universidade responde a essas questões com projetos e serviços e o governo fomenta e regulamenta o processo. A ideia é que essas “instituições participem com a gente de um conselho consultivo da Inovacafé, que por sua vez visa a soluções de problemas por meio de produtos, serviços e métodos tecnológicos e de inovação para a sociedade.”

Para o professor de cafeicultura Rubens José Guimarães, o evento alcançou seu objetivo: “Pude perceber que os representantes das instituições sentiram na Inovacafé um ponto de convergência de todos os elos e esse foi o maior ganho do workshop. Podemos dizer que formamos um embrião de um conselho consultivo”, e ainda completa: “É apenas o início de muito trabalho de interação”.

A Inovacafé é apresentada como espaço de articulação entre academia, mercado e governo. Representações nacionais apresentam suas demandas.
A Inovacafé é apresentada como espaço de articulação entre academia, mercado e governo. Representações nacionais apresentam suas demandas.

Para dar continuidade, portanto, ressalta-se a importância do modelo da tríplice hélice, o que inclui o apoio do governo. De acordo com o secretário João Cruz, em Minas Gerais o café é o segundo item na pauta de exportações. “A Secretaria de Agricultura está atenta aos desafios do produtor rural mas, para ajudá-los, temos que transcender as fronteiras do governo. A pesquisa pura e simplesmente não é suficiente para o setor se desenvolver, temos que levar a tecnologia para o produtor”, destacou, ressaltando, portanto, a importância das parcerias e desenvolvimento de todos os elos da cadeia produtiva.

O deputado estadual Emidinho Madeira comentou também a dificuldade que os pequenos cafeicultores passam, uma vez que o conhecimento prático não é suficiente para uma produção sustentável. Uma das demandas apresentadas pelo deputado foi o fato de muitas vezes os produtores terem que se virar em cima de “boatos”, sem dados reais sobre quantidade de sacas anuais, por exemplo, e acabam sendo prejudicados.

A Agência de Inovação do Café

A Agência de Inovação do Café (InovaCafé) é sediada no câmpus da Universidade Federal de Lavras (UFLA). No entanto, a Agência não é uma instituição à parte ou somente um espaço físico. Ela se consolida como uma entidade de articulação entre a UFLA e outras instituições estaduais, nacionais e até internacionais.

Um dos objetivos da criação da InovaCafé, em 2014, foi o de superar um abismo entre o conhecimento produzido na Universidade e a sociedade que demanda soluções para o setor. Dessa forma, “o princípio da InovaCafé é buscar soluções por meio de produtos, serviços e métodos tecnológicos e de inovação para a sociedade”, aponta o diretor da Agência, Luiz Gonzaga.

Dentre outras missões, a Agência formula e desenvolve projetos de extensão em interface com a pesquisa que proponham soluções inovadoras e transformadoras para os problemas relacionados ao café em múltiplas dimensões: políticas, ambientais, culturais, sociais, tecnológicas, territoriais e administrativas, em atuação multidisciplinar envolvendo outras agências e setores da UFLA.

Fazem parte da InovaCafé:

  • Setor de Cafeicultura do Departamento de Agricultura;
  • Polo de Excelência do Café – PEC da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais – Sectes/MG;
  • Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café – INCT/Café do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq;
  • Núcleo de Estudos em Cafeicultura – NECAF, do Departamento de Agricultura;
  • Secretaria administrativa da Revista Coffee Science;
  • Bureau de Inteligência Competitiva do Café da Sectes-MG/Fapemig;
  • Centro de Inteligência em Mercados do Departamento de Administração e Economia;
  • Centro de Trainee em Mercados do Departamento de Administração e Economia;
  • Centro de Armazenamento e Controle de Defensivos Agrícolas;
  • Laboratório de Análises Avançadas e Biotecnologia.
  • Polo de Tecnologia em Pós-Colheita do Café;
  • Polo de Tecnologia em Qualidade do Café;
  • Coordenação Institucional do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café;
  •  Unidade de Torrefação de Café;
  •  Núcleo de Estudos em Qualidade, Industrialização e Consumo de Café (QICafé)
  • Unidade de Difusão Virtual de Tecnologias – Café Web TV da Sectes-MG/Fapemig e a ligado à Rede Social do Café
Texto: Marina Botelho –  Jornalista/bolsista Rede Social do Café/Consórcio Pesquisa Café.

Você sabe diferenciar um café especial? Projeto da UFLA orienta consumidores na Praça de Lavras

Degustação na praça: quanto vale um café especial?
Degustação na praça: quanto vale um café especial?

No domingo (22/3) foi realizada a primeira edição do Café Solidário, Programa de Conscientização ao Consumo de Cafés Especiais, com degustação na Praça Dr. Augusto Silva, em Lavras. A iniciativa é do Núcleo de Estudos em Pós-colheita do Café (Pós-Café) e do Núcleo de Estudos em Qualidade, Industrialização e Consumo de Café (QI Café), ambos vinculados à Universidade Federal de Lavras (UFLA), com o apoio da Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proec). O projeto conta com a orientação dos professores Flávio Meira Borém e Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga Pereira.

O projeto tem a programação para 15 edições, sempre aos domingos, com a degustação de um café diferente e um tema para discussão. Em sua primeira edição, as pessoas foram convidadas a experimentar um café tradicional e compará-lo com o sabor de um café com qualidade diferenciada.

O objetivo é justamente levar aos consumidores informações sobre o mercado de cafés especiais: como são produzidos, quais as diferenças entre eles, seus benefícios e, assim, transmitir à população a ideia e a importância de consumir produtos de melhor qualidade, tanto para o paladar quanto para a saúde.

Para a professora Rosemary, o objetivo é mostrar os diferentes tipos de café e os benefícios de cada um, apresentando também para o público a relação custo-benefício do café especial. “Muitas vezes o consumidor assusta com o preço, mas vale muito a pena o consumo do café especial”, destaca a professora, lembrando que os benefícios extrapolam o prazer sensorial, incluindo benefícios à saúde. As informações incluem as doses corretas de consumo diário de café.

Projeto enfatiza as diferenças entre o café tradicional e o café especial
Projeto enfatiza as diferenças entre o café tradicional e o café especial

Mestranda em Ciência dos Alimentos e membro do QiCafé, Maísa Mancini Matioli de Sousa reforça a importância de conscientizar a população sobre o consumo de cafés de qualidade. “Muita gente não sabe que o café extra-forte, por exemplo, é um café queimado, feito para render mais”, considerou, comentando que no domingo foram apresentadas informações sobre diferentes pontos de torra. “Apesar da chuva, o público se mostrou receptivo e interessado. Quem participou falou que voltará nas próximas edições”.

Conhecer para apreciar

Na praça, em ambiente informal, todas as informações são transmitidas aos participantes por meio de uma conversa técnica, durante degustação da bebida. Os organizadores do projeto acreditam que a transmissão do conhecimento técnico unido às percepções sensoriais no momento da degustação, torna mais fácil a assimilação e o entendimento do conceito de um café especial.

Após o consumo das bebidas, o consumidor é questionado sobre o seu custo, ou seja, quanto ele acredita que vale aquele café degustado. Neste momento, o participante terá a oportunidade de realizar voluntariamente uma doação, no valor que julgar adequado.

O projeto não possui fins lucrativos, qualquer valor arrecadado acima do custo operacional será revertido para programas sociais de melhoria da qualidade do café servido em instituições de apoio a pessoas carentes de Lavras.

No próximo domingo, 29 de março, será realizada mais uma etapa do projeto, na praça Dr. Augusto Silva, a partir das 9 horas.

Informações: (35) 3829-1596 ou (35) 9226-5190

Estudantes da UFLA apoiam consumo de cafés especiais com degustação na praça de Lavras

cafeNeste domingo (22/3) será realizado o Café Solidário, Programa de Conscientização ao Consumo de Cafés Especiais, com degustação na Praça Dr. Augusto Silva, em Lavras. A iniciativa é do Núcleo de Estudos em Pós-colheita do Café (PósCafé) e do Núcleo de Estudos em Qualidade, Industrialização e Consumo de Café (QI Café), ambos vinculados à Universidade Federal de Lavras (UFLA), com o apoio da Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proec). O projeto conta com a orientação dos professores Flávio Meira Borém e Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga Pereira.

O objetivo desse projeto é levar aos consumidores informações sobre o mercado de cafés especiais: como são produzidos, quais as diferenças entre eles, seus benefícios, e assim, transmitir à população a ideia e a importância de consumir produtos de melhor qualidade, tanto para o paladar quanto para a saúde.

Todas as informações serão transmitidas aos participantes por meio de uma conversa técnica, durante degustação da bebida. Os organizadores do projeto acreditam que a transmissão do conhecimento técnico unido às percepções sensoriais no momento da degustação, torna mais fácil a assimilação e o entendimento do conceito de um café especial.

Após o consumo das bebidas, o consumidor será questionado sobre o seu custo, ou seja, quanto ele acredita que vale aquele café degustado. Neste momento, o participante terá a oportunidade de realizar voluntariamente uma doação, no valor que julgar adequado.

O projeto não possui fins lucrativos, qualquer valor arrecadado acima do custo operacional será revertido para programas sociais de melhoria da qualidade do café servido em instituições de apoio a pessoas carentes de Lavras. Essa iniciativa ocorrerá quinzenalmente, aos domingos, durante todo o primeiro semestre letivo desse ano, na praça Dr. Augusto Silva.

Mais informações podem ser obtidas nos telefones (35) 3829-1596 ou (35) 9226-5190

Texto: Camila Caetano – jornalista bolsista/UFLA

Acionistas japoneses fazem visita à UFLA para conhecer pesquisas sobre a cultura do café

Delegação japonese é recebida na Agência de Inovação do Café - UFLA
Delegação japonese é recebida na Agência de Inovação do Café – UFLA

Um grupo formado por oito japoneses, acionistas da Ihara S/A Indústrias Químicas, esteve em visita técnica na Universidade Federal de Lavras (UFLA) na quinta-feira (26/2). Com o intuito de conhecer a cultura cafeeira e as pesquisas em desenvolvimento na Universidade, os visitantes foram recebidos na InovaCafé – Agência de Inovação do Café e tiveram a oportunidade de conhecer lavouras experimentais.

O professor Rubens José Guimarães recebeu a delegação e comentou a importância desta interação para o fortalecimento do processo de internacionalização da Universidade.  “Alguns deles sequer conheciam um pé de café. Eles adoraram a oportunidade de contato com a parte prática da cultura”, reforçou. Para o professor, a visita poderá abrir possibilidades futuras de parceria.

A Ihara é uma empresa de produtos fitossanitários e, em sintonia com a UFLA, tem como objetivo pesquisar melhorias para a agricultura brasileira. “É muito importante estarmos formando essa aliança também com os pesquisadores internacionais, no caso, os desenvolvedores de novas moléculas que vieram do Japão”, aponta a pesquisadora da empresa Ximena Vilela.

Na UFLA, o grupo teve a oportunidade de conhecer as etapas do processo produtivo, desde o cuidado com as sementes e mudas, passando pela colheita, pós-colheita, torra e qualidade. Também participaram de uma degustação de diferentes tipos de café, organizada pelo estudante de pós-graduação Fernando Rati.

Para o gerente de defensivo agrícola da empresa, Takeo Maezawa, “a visita foi muito interessante, principalmente porque o café é uma cultura amplamente produzida no Brasil e, por isso, possui também muitos desafios. Nós gostaríamos de encontrar algumas soluções para esses problemas e contribuir para o produto brasileiro”, comentou, lembrando que a visita à UFLA deverá render boas ideias.

Marina Botelho – bolsista Rede Social do Café/Consórcio Pesquisa Café.

Consórcio Pesquisa Café divulga primeira edição da revista Coffee Science de 2015

coffeescienceA revista Coffee Science, editada pela Universidade Federal de Lavras – UFLA, contempla os mais recentes avanços da pesquisa cafeeira

A Coffee Science, revista técnico-científica especializada em cafeicultura, lança mais uma edição (volume 10, número 1, 2015). A publicação é uma iniciativa do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, em parceria com a Universidade Federal de Lavras -UFLA e tem o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da cultura do café no Brasil. A revista publica trimestralmente artigos originais completos com tradução integral dos artigos para o inglês e está disponível no site da revista Coffee Science.

Para o gerente-geral da Embrapa Café, Gabriel Bartholo, “a Coffee Science traz importantes contribuições da comunidade científica brasileira, o que contribui para manter o País na vanguarda da cafeicultura mundial ao promover a pesquisa, desenvolvimento e inovação do agronegócio café. A revista foi criada pelo Consórcio Pesquisa Café, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e do Polo de Excelência do Café (PEC/Café)”, conclui.

Pesquisas publicadas – Entre os artigos dessa edição, destaca-se pesquisa sobre caracterização nutricional de acessos de café arábica provenientes da Etiópia, que é o centro de origem da espécie. Essa caracterização visa identificar acessos de material genético que apresentem boa produtividade com menos impacto no meio ambiente. Nesse sentido, a caracterização de acessos provenientes do centro de origem é um importante subsídio para os programas de melhoramento genético, visando à seleção de materiais de interesse para produção de novas cultivares.

Também há estudo sobre variabilidade genética de genótipos de café robusta no estado de Minas Gerais para serem utilizados em um programa de melhoramento genético. Foram avaliados a divergência genética de 71 genótipos pertencentes ao Banco de Germoplasma do programa de melhoramento genético da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Epamig, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa – UFV.

Outro resultado de pesquisa apresentado nesta edição da Coffee Science é sobre disponibilidade hídrica no solo no desenvolvimento inicial do cafeeiro conilon, tendo em vista que estresses abióticos, como a seca, podem reduzir significativamente o rendimento do cafeeiro conilon. Observou-se que o desenvolvimento inicial do café conilon foi comprometido com a redução da disponibilidade hídrica do solo. A restrição hídrica prolongada influenciou, significativamente, o desenvolvimento inicial do cafeeiro conilon. Concluiu-se que as plantas submetidas a um período de 30 dias de restrição hídrica apresentaram total recuperação, quando comparadas àquelas mantidas com umidade do solo próximo de 100% da água disponível.

Outros artigos com temas relevantes para a cafeicultura encontram-se disponíveis nesta edição da revista Coffee Science.

Revista Coffee Science: avanços e consolidação – A Coffee Science é publicada trimestralmente na versão impressa e eletrônica contendo artigos originais completos da comunidade científica nacional e internacional, visando promover o desenvolvimento da cafeicultura nas áreas de Ciências Agrárias, Ciências Biológicas, Ciência dos Alimentos e Ciências Sociais Aplicadas, entre outras.

Indexação – Indexada ao AGRIS-FAO (International Information System for the Agricultural Sciencesand Technology), AGROBASE-IBICT (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia), Latindex (Sistema Regional de Informaciónen Línea para Revistas Científicas de América Latina, Caribe, España y Portugal), CAB Abstracts (CABI – Common wealth Agricultural Bureaux International), Scientific Commons (University of St. Gallen – Switzerland), Scopus-Elsevier, Periódicos Capes, Agricola (USDA – National Agricultural Library) e na Wageningen UR Digital Library.

Conheça também o Observatório do Café – No contexto do Agropensa da Embrapa, tem como objetivos principais coletar, analisar e disseminar, de forma sistemática, dados estatísticos, informações sobre tendências de produção e consumo, oportunidades e ameaças dos mercados e possíveis trajetórias do processo de inovação, além de resultados de pesquisas realizadas pelo Consórcio Pesquisa Café e suas implicações para a competitividade do agronegócio cafeeiro e ainda subsidiar políticas públicas e a tomada de decisão pelos diversos protagonistas do setor. Para chegar às informações, acesse o site do Consórcio Pesquisa Café.  

No Observatório do Café estão disponíveis os seguintes documentos e análises: Revista Coffee Science, Informe Estatístico do CaféValor Bruto da ProduçãoRelatório Internacional de Tendências do CaféRede Social do CaféClipping do Café do ConsórcioSAC – Consórcio Pesquisa CaféAcompanhamento da Safra BrasileiraRelatório Final de Levantamento de Estoques Privados de Café; Evolução do Consumo InternoTendências de Consumo de Café no BrasilRelatório sobre Mercado de Café, entre outros.

Texto: Flávia Bessa (MTb 4469/DF) e Lucas Tadeu Ferreira (MTb 3032/DF) – Contatos: 61 3448-1927 e cafe.imprensa@embrapa.br Site: www.embrapa.br/cafe e www.consorciopesquisacafe.com.br

CAFÉ: semana encerra temporada de defesas de dissertações e teses na UFLA

Gestão estratégica na cafeicultura: defesa do mestrando Diego Humberto de Oliveira;  orientador: professor Rubens José Guimarães.
Gestão estratégica na cafeicultura: defesa do mestrando Diego Humberto de Oliveira; orientador: professor Rubens José Guimarães.

A cada ano, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) consolida-se como referência em ensino, pesquisa e extensão voltados ao sistema agroindustrial dos cafés do Brasil. Prova disso é o elevado número de projetos de pesquisa que têm o café como tema, resultando em diversas defesas de Mestrado e Doutorado vinculadas a diferentes Programas de Pós-Graduação.

Nesta semana, estão previstas dezenove dissertações e teses de diferentes programas de pós-graduação da Universidade: Fitotecnia, Fitopatologia, Administração, Ciência dos Alimentos, Engenharia Agrícola, Microbiologia Agrícola, Fisiologia Vegetal e Estatística e Experimentação Agropecuária. Confira a relação completa dos trabalhos abaixo:

Conhecimento coletivo

A Universidade conta atualmente com a Agência de Inovação do Café – InovaCafé, que reúne as tradicionais iniciativas voltadas do Setor de Cafeicultura da UFLA, além do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT Café), Polo de Excelência do Café, Consórcio Pesquisa Café, Polo de Tecnologia em Qualidade do Café, Polo de Tecnologia em Pós-Colheita do Café, Centro Tecnológico de Comercialização On-line de Café (e-Café Brasil), Centro de Inteligência em Mercados (CIM), Unidade de Difusão Virtual de Tecnologias – Rede Social do Café e o Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf).

Entre as parcerias institucionais, destacam-se a proximidade e as pesquisas em conjunto com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater – MG).

Para o diretor da InovaCafé, Luiz Gonzaga de Castro Júnior,  a Universidade hoje tem um grande percentual de trabalhos relacionados ao tema café, no Brasil e no mundo. “A proposta é que esses trabalhos sejam coordenados pela InovaCafé, no sentido de juntar esforços, para que respondam às demandas da sociedade, gerando com isso, a cada pesquisa, soluções demandas pelo setor”.

Para o professor de cafeicultura Rubens José Guimarães, que orienta estudantes de mestrado e doutorado no Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, o diferencial da UFLA está justamente na diversidade de conhecimento gerado, fruto do envolvimento de professores e estudantes que têm o café como tema de seus estudos, vinculados a diferentes áreas e linhas de pesquisa.

Confira a lista de dissertações e teses programadas para esta semana:

FITOTECNIA

“POTENCIAL DE UTILIZAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS NA SELEÇÃO DE PROGÊNIES DE CAFEEIRO”, de Dalyse Toledo Castanheira; orientador: professor Rubens José Guimarães.

“GESTÃO ESTRATÉGICA NA CAFEICULTURA: USO EFICIENTE DE FERTILIZANTES E QUANTIFICAÇÃO DE EMISSÕES DE GASES DO EFEITO ESTUFA”, do mestrando Diego Humberto de Oliveira; orientador: professor Rubens José Guimarães.

“CARACTERIZAÇÃO MORFOFISIOLÓGICA DO CRUZAMENTO DE HÍBRIDO DE TIMOR E DILLA & ALGHE DO BANCO DE GERMOPLASMA DE MINAS GERAIS”, da mestranda Mariana Thereza Rodrigues Viana; orientador: professor Rubens José Guimarães.

“ESTIMATIVA DE PARÂMETROS GENÉTICOS E CARaCTERIZAÇÃO FISIOLÓGICA DE PROGÊNIES  DE CAFEEIRO SOB MANIFESTAÇÕ DE Meloidogyme paramaensis“,do mestrando Allan Teixeira Pasqualotto; orientador: professor Antônio Nazareno Guimarães Mendes.

“IDENTIFICAÇÃO DE MARCADORES MOLECULARES ASSOCIADOS A RESISTÊNCIA A MELOIDOGYNE EXIGUA EM CAFEEIROIDENTIFICAÇÃO DE MARCADORES MOLECULARES ASSOCIADOS A RESISTÊNCIA A MELOIDOGYNE EXIGUA EM CAFEEIRO”, da doutoranda Thamiris Bandoni Pereir; orientador: professor Antônio Nazareno Guimarães Mendes.

“PROGRESSOS GENÉTICOS E REAÇÃO DE PROGÊNIES DE Coffea arábica AOS NEMATOIDES Meloidogyne exígua Meloidogyne paranaenses”, do doutorando Ramiro Machado Rezende; orientador: Gladyston Rodrigues Carvalho.

FITOPATOLOGIA

“IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE METABÓLICOS SECUNDÁRIOS RELACIONADOS À RESPOSTA DE DEFESA DO CAFEEIRO CONTRA Pseudomas syringae pv. garcae”, da mestranda Joyce Alves Goulart da Silva; orientador: professor Mário Lúcio Vilela de Resende.

EFEITO NA NUTRIÇÃO COM NITROGÊNIO E POTÁSSIO NA INTENSIDADE DA FERRUGEM (Hemileia vastatrix) DO CAFEEIRO (Coffea arabica), do mestrando Cristian David Pérez; orientador: professor Édson Ampélio Pozza.

“SEQUENCIAMENTO E ANÁLISE DO GENOMA DO Coffee ringspot virus (CoRSV)”, do doutorando Anderson de Jesus Sotero; orientadora: professora Antônia Dos Reis Figueira.

ENGENHARIA AGRÍCOLA

“VALIDAÇÃO DE METODOLOGIA PARA QUANTIFICAR A REGULAGEM DO FREIO DOS VIBRADORES DE UMA COLHEDORA DE CAFÉ”, do mestrando Ronan Souza Sales; orientador: professor Fabio Moreira da Silva.

“ASPECTOS FISIOLÓGICOS, BIOQUÍMICOS E SENSORIAIS DE GRÃOS DE CAFÉ ARMAZENADOS EM AMBIENTE NATURAL E RESFRIADO”, da mestranda Giselle Figueiredo Abreu; orientadora: professora Sttela Dellyzete Veiga Franco da Rosa.

“INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM SECAGEM E ARMAZENAMENTO VISANDO À MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DO CAFÉ”, do mestrando; orientadora: professora Sttela Dellyzete Veiga Franco da Rosa

ESTATÍSTICA E EXPERIMENTAÇÃO AGROPECUÁRIA

“QUALIDADE DE CAFÉS ESPECIAIS E NÃO ESPECIAIS MENSURADA EM UMA ABORDAGEM MULTIVARIADA COM OS MÉTODOS MFCAT E MFA”, do mestrando Paulo Cesar Ossani; orientador: professor Marcelo Ângelo Cirillo.

CIÊNCIA DOS ALIMENTOS

“DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE ÁCIDOS ORGÂNICOS PRODUZIDOS UTILIZANDO POLPA DE CAFÉ E FARINHA DE MARACUJÁ”, mestranda Maysa Costa Alves; orientador: professor José Carlos Pimenta

“PLATAFORMA DIGITAL PARA AVALIAÇÃO FÍSICA DE CAFÉS (Coffea arábica L.) DE DIFERENTES COLORAÇÕES”, da mestranda Emanuelle Morais de Oliveira; orientadora: professora Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga Pereira

ADMINISTRAÇÃO

“ANÁLISE DE COMPETITIVIDADE ENTRE BRASIL E COLÔMBIA NO MERCADO DE CAFÉ ARÁBICA”, do mestrando Guilherme Lara Alvarenga; orientador: professor Luiz Gonzaga de Castro Júnior.

“DRAWBACK DE CAFÉ ROBUSTA: SOLUÇÃO PARA OS PROBLEMAS DE COMPETITIVIDADE ENFRENTADOS PELA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE CAFÉ SOLÚVEL?”, de Júlio de Oliveira Barbareso; orientador: professor Luiz Gonzaga de Castro Júnior.

“CAFEICULTURA BRASILEIRA: UM CENÁRIO DE 2013 E AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS PARA 2020”, do mestrando Fernando Rezende Silva Neves Rati; orientador: professor Cléber Carvalho de Castro.

FISIOLOGIA VEGETAL

“AVALIAÇÕES ULTRAESTRUTURAIS E FISIOLÓGICAS DE PEDÚNCULOS E FRUTOS DE CAFÉ COM DIFERENTES FORÇAS DE DESPRENDIMENTO DO RAMO”, da doutoranda Isabel Rodrigues Brandão; orientador: professor José Donizeti Alves.

 Marina Botelho – bolsista Rede Café/Consórcio Pesquisa Café.

Pesquisadores do World Coffee Research e Consórcio Pesquisa Café avaliam futuras parcerias internacionais

A proposta prevê a colaboração brasileira em um programa internacional de melhoramento genético do cafeeiro

Principais pesquisadores de café se reúnem na UFLA para discutir parcerias interancionais
Principais pesquisadores de café se reúnem na UFLA para discutir parcerias internacionais

Nessa terça-feira (10/2), a Universidade Federal de Lavras (UFLA) sediou uma reunião com a presença dos principais pesquisadores ligados ao programa de melhoramento genético do café brasileiro. A reunião, realizada na Agência de Inovação do Café – Inovacafé, reuniu representantes da World Coffee Research, rede de institutos de pesquisas cafeeiras vinculada à Texas A&M University, e pesquisadores de diferentes instituições brasileiras que participam do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.

Foram apresentados os programas de melhoramento do cafeeiro em andamento nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, além do Distrito Federal, com o intuito de propor ações conjuntas para o intercâmbio de material genético e manutenção de bancos de germoplasma, desenvolvimento de híbridos F1, realização de estudos básicos de genética em espécies de interesse e o desenvolvimento de novas cultivares de café.

A ideia é que seja criada uma plataforma para a troca de germoplasma, com acessos de diversas origens, para ampliar a base genética da cafeicultura nas regiões produtoras de todo o mundo e criar a oportunidade de realização de nos cruzamentos, com o fortalecimento das pesquisas em várias áreas do conhecimento e utilização de novas estratégias de métodos de melhoramento.

Oportunidade e cautela

Em visita ao câmpus da UFLA, pesquisadores conhecem o Laboratório de Fisiologia Molecular de Plantas, onde foram recebidos pelo professor Antônio Chalfun
Em visita ao câmpus da UFLA, pesquisadores conhecem o Laboratório de Fisiologia Molecular de Plantas, onde foram recebidos pelo professor Antônio Chalfun

De acordo com o melhorista e professor de cafeicultura da UFLA, Antônio Nazareno Guimarães Mendes, esta é uma oportunidade de agregar ações que hoje são executadas de forma isolada, muitas vezes pontuais e sem grandes perspectivas de obtenção de resultados promissores nos diferentes programas de melhoramento genético do cafeeiro em nível mundial.

“Os ganhos científicos são tentadores e esta oportunidade ampliará significativamente o nosso horizonte de exploração da variabilidade genética disponível em espécies de café nas várias regiões do mundo. Há, contudo, a necessidade de se avaliar com muito critério o trâmite burocrático inerente a uma parceria desta natureza, para que todas as instituições envolvidas sejam realmente beneficiadas, numa parceria do tipo ganha-ganha e não numa via única que venha a privilegiar somente uma ou poucas instituições”, considera.

Ainda segundo o professor Nazareno, “esta é uma área delicada e sensível, pois envolve questões que se relacionam ao direito de proteção de cultivares e à proteção intelectual, uma seara ainda imersa em dúvidas e questionamentos mesmo entre instituições que mantém parcerias tradicionais em melhoramento do cafeeiro no Brasil, inclusive no âmbito do Consórcio Pesquisa Café”.

Para o pesquisador da Embrapa Café, Carlos Henrique Carvalho, um dos organizadores da reunião, a proposta é sequenciar os possíveis parentais dos programas de melhoramento do Brasil e utilizar os dados de uma maior diversidade genética para identificar genótipos de interesse para uma cafeicultura mais competitiva. “É uma oportunidade dos pesquisadores brasileiros acessarem materiais genéticos de outros países, além de possibilitar uma nova fonte de colaboração e financiamento”, destacou.

A proposta de colaboração completa outro projeto coordenado pela WCR, que já prevê a participação do Brasil na instalação de um ensaio internacional de cultivares de café. A UFLA é uma das instituições que sinalizaram interesse em sediar ensaios desse projeto, com pelo menos 30 cultivares do cafeeiro arábica amplamente exploradas em diferentes países produtores.

Cooperação internacional

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Pesquisadores Benoit Bertrand (Cirad) e Tim Schilling (WCR) em visita na UFLA

Para conhecer as ações da WCR e debater a proposta de colaboração internacional, a reunião possibilitou o encontro de pesquisadores de diferentes instituições ligadas ao Consórcio Pesquisa Café. Além de professores da UFLA e da Universidade Federal de Viçosa (UFV), estavam presentes pesquisadores da Embrapa Café, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e Fundação Procafé.

Durante o encontro foram apresentadas as ações e atividades da WCR e do Consórcio Pesquisa Café por seus dirigentes, Tim Schilling e Gabriel Ferreira Bartholo, respectivamente. Ainda foram apresentadas ações de colaboração do instituto francês – Cirad, por Benoît Bertrand e, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT – Café), pelo coordenador, professor Mário Lúcio Vilela de Resende.

O diretor executivo da WCR, Tim Schilling, ressaltou a importância da cooperação. “Somos uma rede de institutos de pesquisas cafeeiras com o apoio da indústria internacional do café e temos um objetivo simples: aumentar o volume de cafés de qualidade superior para o mercado mundial”. Ele destacou que as parcerias com institutos internacionais possibilita uma maior base de dados e de material genético.

Para o diretor de Relações Internacionais da UFLA e professor do Departamento de Biologia, Antônio Chalfun Júnior, a reunião colabora não só para possibilidades de crescimento da pesquisa mundial em café, mas também contribui para o processo abrangente de internacionalização da Universidade. “Antes mesmo de uma colaboração internacional, começamos a juntar esforços nacionais, com instituições parceiras presentes, ligadas ao Consórcio Pesquisa Café, o que é muito relevante”, destacou.

O pesquisador Benoit Bertrand (Cirad), reforça que a parceria em discussão poderá possibilitar o intercâmbio de material genético de espécies e progênies de café, bem como o cruzamento de populações. “A ideia da WCR é criar uma plataforma para trocar informações e materiais genéticos, aumentando e compartilhando as bases genéticas”.

Genoma do Café

Cientistas brasileiros concluíram o primeiro sequenciamento em grande escala do genoma do cafeeiro. O Projeto Genoma Café, que teve início em fevereiro de 2002, foi uma iniciativa do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, coordenado pela Embrapa Café, em colaboração com outras instituições de fomento e pesquisa. O projeto resultou na construção de um banco de dados com mais de 200 mil sequencias de DNA.

Em 2014, a WCR, com o auxílio da Universidade Cornell, sequenciou 1000 acessos de Coffea arabica do banco de germoplasma do Catie, Costa Rica, e realizou amplo estudo de diversidade genética.

Texto com colaboração da jornalista Marina Botelho – bolsista Rede Café/Consórcio Pesquisa Café. Fotos: Marina Botelho

Pesquisadora de Portugal reforça parceria com a UFLA em visita ao câmpus

A pesquisadora Leonor Guimarães durante apresentação na UFLA
A pesquisadora Leonor Guimarães durante apresentação na UFLA

A pesquisadora do Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro (CIFC – Oeiras/Portugal), Leonor Guerra Guimarães, visitou as universidades federais de Lavras (UFLA) e de Viçosa (UFV) para dar andamento aos projetos que mantém em parceria com as instituições, em especial, voltados à defesa dos cafeeiros à ferrugem.

Leonor participou de diversas atividades com o intuito de fortalecer as parcerias entre o CIFC e Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT Café). Em 2015, o CIFC comemora 60 anos, sendo reconhecido pela longa colaboração com instituições de ensino e pesquisa do Brasil.

Para a pesquisadora, alguns fatores se destacam para tornar o CIFC um bom parceiro internacional nesta temática: “Portugal não produz café e por isso pode receber isolados da ferrugem de toda parte do mundo, contribuindo para os estudos sobre a ferrugem do cafeeiro em nível internacional”.

Coorientação no CIFC e defesa de tese

Durante a visita à UFLA, Leonor participou, como coorientadora, da defesa da tese “Abordagem proteômica da cultivar Mundo Novo (Coffea arabica) induzida para a resistência à ferrugem”, da doutoranda Kátia Pôssa, do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Vegetal.

Orientada pelo coordenador do INCT Café e professor do Departamento de Fitopatologia (DFP/UFLA), Mário Lúcio Vilela de Resende, Kátia Pôssa foi bolsista no CIFC durante seis meses, no âmbito do programa Ciência Sem Fronteiras. Mário Lúcio ressalta que “o INCT representa uma rede de colaboração em pesquisas estratégicas e o CIFC é um importante parceiro, tendo recebido estudantes e pesquisadores para treinamentos, doutoramento e pós-doutoramento”.

Seminário

A pesquisadora também apresentou o seminário “Coffee leaf Apoplastic proteins: possible involvement in STRESS/ Defense responses” (Proteínas apoplásticas da folha do café: possível envolvimento de stress e respostas de defesa). Durante a sua apresentação, no anfiteatro do DFP, Leonor ressaltou o papel do CIFC na busca pelo desenvolvimento de variedades de cafeeiro com resistência duradoura às principais doenças. Ela se demonstra otimista em relação ao futuro, ressaltando a potencialidade de outros tipos de colaborações e projetos com as universidades brasileiras.

Marina Alvarenga – jornalista da Rede Social do Café/ bolsista Consórcio Pesquisa Café