O CNPq anunciou que estão abertas as inscrições para a Chamada de Projetos no Programa Ciência sem Fronteiras com bolsas de estudo na Suécia. As bolsas são provenientes de um acordo firmado entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o CISB e a Saab AB, empresa de tecnologia voltada para os segmentos de defesa e segurança, focada em Inovação, com sede na Suécia.
Estão sendo oferecidas 15 bolsas de estudo, sendo 10 na modalidade Pós-doutorado no Exterior (PDE) e cinco para Doutorado Sanduíche no Exterior (SWE). As áreas de interesse são materiais e manufatura, eletrônica, tecnologia da informação e comunicação e sistemas de engenharia mecânica, todas destinadas à aeronáutica.
É válido ressaltar que a Saab AB ampliou sua colaboração tecnológica com o Brasil após firmar um contrato para o desenvolvimento e produção de 36 aviões de caça Gripen NG e sistemas e equipamentos relacionados.
Dessa forma, o objetivo da concessão dessas bolsas é aumentar a rede colaborativa de pesquisa, desenvolvimento e inovação na área de aeronáutica entre Brasil e Suécia.
Todos os interessados em participar deverão se inscrever até o dia 15 de maio de 2015, na Plataforma Carlos Chagas, a partir da página do CNPq, por meio do link: http://www.cnpq.br/web/guest/chamadas-publicas.
Além disso, para que haja interação e construção de novas propostas, entre os candidatos e os grupos de pesquisa acadêmicas na Suécia e os pesquisadores da Saab AB, os candidatos podem se registrar na plataforma colaborativa do CISB (https://swbcisb.induct.no) até o dia 8 de maio de 2015.
Requisitos:
Todas as normas de concessão para bolsas individuais no exterior nas modalidades Pós-Doutorado no Exterior (PDE) e Doutorado Sanduíche no Exterior (SWE) podem ser acessadas por meio da página do CNPq, disponível no link: http://www.cnpq.br/web/guest/apresentacao13.
Também há outras informações sobre o CISB e a chamada no endereço eletrônico: www.cisb.org.br
O momento é de expectativas para os estudantes da Universidade Federal de Lavras (UFLA) que tiveram a inscrição homologada, em primeira etapa, para participação no programa Ciência sem Fronteiras (CSF). Eles aguardam a seleção final, que será feita pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Para iniciar o repasse de informações e dar suporte aos estudantes, a Diretoria de Relações Internacionais (DRI) promoveu nesta quinta-feira (23/10) uma reunião com o grupo no Anfiteatro Professor Magno Antônio Patto Ramalho, Departamento de Biologia (DBI).
A estudante do curso de Engenharia Agrícola Lis Tavares Ordone Lemos compareceu ao encontro e aprovou a iniciativa. “Ficamos muito preocupados com as providências que temos de tomar. Agora, estamos vendo que teremos o apoio da equipe da DRI”, avaliou. Ao todo, foram 315 inscrições na UFLA para esta etapa do programa, e 267 delas foram homologadas (confira na página da DRI).
Durante a reunião, a coordenadora do CSF na UFLA, professora Ana Carolina Maioli Campos Barbosa, e a assistente em administração da DRI Noelly Alves Lopes, deram orientações aos estudantes relacionadas a documentações e procedimentos. As principais recomendações aos alunos foram as seguintes:
– Importância de já providenciarem a emissão do passaporte, antes mesmo da seleção final;
– Necessidade de procurarem professores ou coordenadores de curso caso, ao imprimirem o histórico oficial traduzido pelo SIG, verificarem erros ou falta de tradução. É necessário que todos os professores postem no Sistema os nomes de suas disciplinas em inglês.
– Importância de se dirigirem à embaixada ou ao consulado brasileiro mais próximo do local onde forem morar no exterior, para se cadastrarem;
– Necessidade de efetuarem matrícula na disciplina Atividade Acadêmica Internacional e acompanharem os prazos do calendário da UFLA para rematrículas;
– Possibilidade de a DRI entrar em contato com instituições estrangeiras, para reforçar desejo do estudante em ser direcionado a uma delas. Essa medida, no entanto, é válida apenas para instituições com as quais a UFLA já mantém acordos. Os estudantes receberam relação com essas universidades e, caso desejem que a DRI faça o contato, devem enviar e-mail para dri@dri.ufla.br até 30/10, indicando nome completo, curso, instituição de interesse e área de inscrição.
A professora explicou também que à medida que houver avanço do processo de seleção, as próprias instituições estrangeiras podem apresentar a demanda de outros documentos necessários. Antes da partida dos selecionados, a intenção a DRI é promover outra reunião, destinada a prepará-los para atuar como embaixadores da UFLA no exterior.
De acordo com a página oficial do CSF, 650 estudantes da UFLA já participaram ou participam atualmente do Programa.
Desde que foi lançado o programa Ciência sem Fronteiras (CSF), 567 estudantes da Universidade Federal de Lavras (UFLA) já participaram da experiência em universidades de 20 países. Entre os destinados mais procurados, os Estados Unidos têm a preferência dos estudantes, representando mais da metade dos intercâmbios já realizados.
Para apresentar os atrativos das universidades americanas aos estudantes da UFLA, o cônsul dos Estados-Unidos em Minas Gerais, Brian Bauer, proferiu uma palestra na programação do workshop Ciências sem Fronteiras, nessa quarta-feira (2/7), no Salão de Convenções da Universidade.
O evento, organizado pela Diretoria de Relações Internacionais (DRI/UFLA), contou com a presença do reitor, professor José Roberto Scolforo; do pró-reitor de Pesquisa, professor José Maria de Lima; diretor de Relações Internacionais da UFLA, professor Antônio Chalfun Júnior; diretor-adjunto da DRI-UFLA, professor Luiz Roberto Guimarães; coordenadora do Ciências sem Fronteiras na UFLA, professora Ana Carolina Maioli Campos Barbosa e a coordenadora do Inglês sem Fronteiras na UFLA, professora Norma Lírio de Leão Joseph.
Ensino de excelência e oportunidades de pesquisas
Em sua apresentação, o cônsul Brian Bauer destacou os diferenciais das universidades americanas, ranqueadas entre as melhores instituições do mundo, além das oportunidades que os estudantes brasileiros têm para participar de grupos de trabalho e pesquisa. Ele citou a facilidade de adaptação diante das similaridades culturais e das condições especiais de acolhida, incluindo a possibilidade de usufruir da excelente infraestrutura de laboratórios, bibliotecas, alojamentos, espaços esportivos e de convivência e, ainda, da forte relação que as instituições mantêm com o setor produtivo.
Atualmente, participam do programa CSF 386 universidades americanas, sendo 70% das bolsas destinadas às áreas de engenharia e ciências da computação.
Brian Bauer reforçou a necessidade de realização do teste Toefl como condição de ingresso para a maioria das universidades. Informou também que o estudante selecionado para o Programa recebe um tratamento diferenciado na liberação do visto para os Estados Unidos, na categoria J1, com tempo reduzido de tramitação.
O cônsul aconselha: “A melhor instituição para você não é necessariamente aquela mais renomada ou a mais conhecida. Discuta com os professores de seu curso e descubra quais instituições dos EUA já têm relação com a instituição na sua área. Não há grande proveito em fazer as mesmas coisas que faria na sua instituição, apenas em outra língua; por isso, ache um mix entre o que faria na sua universidade e coisas novas. Seja proativo. Nada acontece se você não correr atrás. Tome a iniciativa e busque ajuda. Não tome decisões sem antes conversar com seu orientador daqui e de lá”, considerou.
UFLA no CSF
A coordenadora do Ciências sem Fronteiras na UFLA, professora Ana Carolina, apresentou números, requisitos e benefícios do Programa, que terá mais 100 mil bolsas a partir de 2015. Ela lembrou que diagnosticar e dar conhecimento de oportunidades no exterior para a comunidade universitária, divulgando eventos, cursos, estágios e programas de intercâmbio, são atribuições da Diretoria de Relações Internacionais (DRI), que está à disposição para orientar os estudantes em todos os assuntos ligados à área internacional.
Ela citou a resolução CEPE Nº 20, que estabelece as regras para a homologação das candidaturas dos estudantes de graduação da UFLA no Programa CSF, na modalidade graduação sanduíche. Entre os requisitos: ter no mínimo 20% e no máximo 90% do curso concluído até a data da viagem e apresentar perfil de excelência (coeficiente acadêmico superior a 70% – esse coeficiente deve estar entre os 20% melhores coeficientes dos estudantes do seu curso ou entre os 25% melhores coeficientes acadêmicos em relação aos demais estudantes de graduação da UFLA).
No site da DRI www.dri.ufla.br, é possível ter acesso à lista de todas as universidades com as quais a UFLA possui acordo em vigência. Também estão disponíveis as informações sobre a disciplina ‘Atividade Acadêmica Internacional’, exigida para estudantes da UFLA em intercâmbio ou estágio no exterior.
Inglês sem Fronteiras
Para finalizar o workshop, a coordenadora do Inglês sem Fronteiras na UFLA, professora Norma Joseph, falou sobre as oportunidades que os estudantes de graduação e pós-graduação têm para aprimorar os conhecimentos em outro idioma. A UFLA oferece gratuitamente os cursos presenciais do ISF e também aplica o teste Toefl ITP, de forma gratuita, no câmpus da Universidade, sob a coordenação do Núcleo de Línguas NuCli/UFLA.
Os cursos têm como foco atender a diferentes níveis de proficiência: Curso Preparatório TOEFL; Aprimorando Competências Comunicativas em Língua Inglesa; Desenvolvendo Habilidades em Língua Inglesa: Primeiros Passos para o TOEFL; Competências Orais e Linguístico-culturais para Vivência Acadêmica Internacional
A professora Norma Joseph também apresentou as professoras do programa English Teaching Assistants (ETA’s), da Fulbright Brasil, que estão na UFLA para auxiliar os professores de Língua Inglesa durante as aulas do “Inglês Sem Fronteiras”, além de ajudar os alunos do curso de Letras a melhorarem o nível do idioma, por meio de workshops semanais e de atendimentos individualizados – ou em grupo.
Nessa quarta-feira (25/6), a presidenta Dilma Rousseff fez o lançamento da segunda etapa do programa Ciência sem Fronteiras (CSF), que terá mais cem mil bolsas a partir de 2015. O anúncio foi feito em reunião no Palácio do Planalto, com a presença dos ministros de Estado da Educação, Henrique Paim; da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio Campolina e da Casa Civil, Aloísio Mercadante.Entre os convidados, o reitor da Universidade Federal de Lavras, professor José Roberto Scolforo.
Entre as novidades apresentadas nesta nova etapa estão a priorização de alocação dos bolsistas premiados nas olimpíadas de matemática, física e química das escolas públicas; a priorização de bolsa de pós-graduação para os ex-bolsistas de graduação que obtiverem o aceite de instituição de excelência para pesquisa nas áreas do Programa; e o lançamento de programas específicos que envolvam ex-bolsistas do CSF.
De acordo com o ministro da Educação, Henrique Paim, presente à cerimônia, o Ciência sem Fronteiras também incentiva a vinda de pesquisadores e cientistas estrangeiros para o Brasil. Paim destacou que essa interação permite refletir sobre a necessidade de reforçar a parte prática da formação na graduação e na pós-graduação. “Precisamos rever a formação superior integrada com as empresas, por meio de estágios”, disse.
Scolforo também ressalta a importância do Programa para a Universidade. “Apenas a perspectiva de participar do Ciência sem Fronteiras já torna nossos estudantes mais atuantes e interessados em investir na proficiência de outros idiomas e também apresentar elevado rendimento acadêmico. Quando retornam da experiência, esses estudantes são multiplicadores de uma nova dinâmica de interação com o ensino e a pesquisa. Muitos dos estudantes da UFLA que participaram do Programa tiveram destaque internacional e foram convidados para programas de pós-graduação em Universidades de referência”, destacou.
Números do programa
As 83,2 mil bolsas concedidas pelo Ciência sem Fronteiras foram para estudantes de 1,1 mil municípios. Desse total, 76,1 bolsas do governo federal, e 7,1 mil vindos da iniciativa privada, fato que rendeu agradecimentos da presidenta Dilma as empresas parceiras no programa – 44,2% desses bolsistas são mulheres, 31,4% são negros e 85,9% são jovens.
Dos 43 países de destino dos estudantes, os Estados Unidos lideram o ranking de número de bolsas (26,3 mil), seguidos pelo Reino Unido (9,5 mil), Canadá (7 mil), França (6,4 mil) e Alemanha (5,9 mil). Conforme ressaltou a presidenta no lançamento da segunda fase, o Ciência sem Fronteiras tem 18 áreas prioritárias, dentre as quais se destacam: engenharias e demais áreas tecnológicas (36,4 mil bolsas); biologia, ciências biomédicas e da saúde (14,5 mil); e da indústria criativa (6,6 mil).