Um professor do Departamento de Administração e Economia (DAE), da Universidade Federal de Lavras (UFLA), é destaque em dissertação sobre Gestão Social. De acordo com a pesquisa, José Roberto Pereira é o autor com maior número publicações no âmbito da “Rede de Pesquisadores de Gestão Social (RPGS)”, com 49 trabalhos, entre 2005 e 2015. A dissertação foi apresentada à Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo ainda o estudo, o professor apresentou suas produções científicas em cinco importantes eventos ligados à Administração Pública e à Gestão Social que foram objeto de análise da pesquisa, além de publicar artigos em seis dos oito periódicos destacados no estudo.
A pesquisa utilizou uma categorização para diferenciar a regularidade de produção dos pesquisadores. Nesse sentido, Pereira aparece na “continuantes”, o que significa que ele tem mais de uma publicação em cinco ou mais anos diferentes e ao menos uma nos últimos três anos, conforme o estudo.
“Fiquei extremamente satisfeito com o resultado da pesquisa que leva em conta também os trabalhos compartilhados com diferentes autores da esfera da Gestão Social”, avaliou o professor. Para ele, os números do estudo consolidam a UFLA como universidade de destaque em trabalhos sobre Gestão Social. “Os números nos dão credibilidade para seguir com os estudos”.
José Roberto Pereira ressaltou ainda que o Brasil é um dos protagonistas na produção de pesquisa sobre Gestão Social. Apesar dessa condição, ele entende que o país ainda pode avançar e ampliar suas ações nesse campo do saber.
Na UFLA, José Roberto Pereira e a professora Ana Alice Vilas Boas coordenam um grupo de pesquisa formado em 2007 e que trata de Administração Pública e Gestão Social. A universidade já sediou o Encontro Nacional de Pesquisadores em Gestão Social (Enapegs), cujo tema foi “Gestão Social e Gestão Pública: Interfaces e Delimitações”. A pesquisa também cita três professores e três professoras com formação acadêmica na UFLA e atuação de destaque na esfera da Gestão Social por outras instituições de ensino.
A pesquisa
O estudo faz parte da dissertação “Gestão Social como campo do saber no Brasil: uma análise de sua produção científica pela modelagem de redes sociais (2005-2015)”, cuja autora é Isabela de Oliveira Menon, do Programa de Pós-Graduação em Gestão de Políticas Públicas da USP. Em linhas gerais, a pesquisa propôs mapear e construir a rede de produção científica do campo do saber em Gestão Social na última década, no Brasil.
Com isso, o trabalho buscou identificar as principais características do segmento associadas à formação acadêmica e à vinculação institucional, além da concentração temática e dinâmica de relacionamento dos pesquisadores.
Texto: Rafael Passos, jornalista – bolsista DCOM/Fapemig.
O Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável e Extensão (PPGDE) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) teve a primeira dissertação do Mestrado Profissional defendida por Aloísia Rodrigues Hirata. Sua pesquisa abordou o fortalecimento do sistema participativo e da agroecologia com produtores familiares da região.
O desenvolvimento rural sustentável tem sido um assunto de extrema importância, visto que objetiva o trabalho com o produto orgânico de forma participativa. “A minha pesquisa é na área da certificação participativa de produtos orgânicos. Hoje, no Brasil, existem três mecanismos para você certificar um produto enquanto orgânico: sistema de auditoria, organização de controle social, e o sistema participativo de garantia. O meu trabalho foi resgatar a constituição do sistema participativo de garantia do Sul de Minas e avaliar as suas contribuições para o fortalecimento da agroecologia na região”, relata Aloísia.
A pesquisa teve como orientador o professor do Departamento de Administração e Economia (DAE/UFLA) Thiago Rodrigo de Paula Assis, que também é coordenador-adjunto do Programa. O estudo contou com a parceria do Instituto Federal do Sul de Minas (IFSuldeMinas) e da Orgânicos Sul de Minas (rede de organizações orgânicas, com sete associações e uma cooperativa).
Segundo Thiago, o trabalho apresentou uma temática que possibilita parcerias e um contato mais próximo com o IFSuldeMinas, que já possui um trabalho com a certificação participativa bastante sólido. “Tem sido uma experiência positiva com a possibilidade de conciliar esses conhecimentos com as reflexões acadêmicas”, complementa.
Além disso, o coordenador-adjunto destaca que nesse Programa há uma grande reflexão sobre a importância da extensão, tentando romper a visão de que o conhecimento somente é produzido dentro da Universidade. “Deve-se ter o contato com outras experiências, que ajudam a contribuir para uma ciência mais apropriada para esses grupos, que possa ser útil para essas pessoas”.
Para o chefe do DAE, professor Francisval de Melo Carvalho, a primeira defesa de um Programa é algo que deve ser sempre celebrado, pois representa uma grande conquista. “É uma proposta que valorizamos muito porque é multidisciplinar e com vários departamentos envolvidos”.
Também esteve presente na defesa o pró-reitor de pós-graduação da UFLA, professor Alcides Moino Júnior. “É uma modalidade na qual a UFLA vem se inserindo cada vez mais. Já são sete Programas de Mestrados profissionais na Universidade”, disse.
O Programa
Foi aprovado pela Capes em março de 2013, e a primeira turma do Programa ingressou no primeiro semestre de 2014. O curso está lotado no DAE e conta com a colaboração de professores dos Departamentos de Agricultura (DAG), Ciências Humanas (DCH) e Entomologia (DEN) da UFLA, além do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Maringá. A proposta partiu de um histórico de atuação do DAE nas temáticas ligadas ao desenvolvimento rural e extensão.
Atualmente, são doze estudantes envolvidos no PPGDE. O objetivo é contribuir para a formação de profissionais qualificados para trabalhar em organizações que prestam serviços, diretos ou indiretos, ao espaço rural e urbano, como agências de extensão e assistência técnica, centros de pesquisa, universidades, poder público em suas dimensões federal, estadual e/ou municipal, órgãos de planejamento, organizações não governamentais de maneira geral, organizações de produtores e de trabalhadores, instituições privadas ou públicas de produção e ação social e movimentos sociais.
Além disso, visa formar profissionais que possuam conhecimentos teórico-metodológicos relacionados ao desenvolvimento sustentável e extensão, aptos a conduzir pesquisas e ações voltadas à implementação de novos processos de desenvolvimento, considerando não apenas o aspecto econômico, como também as questões sociais, ambientais, políticas e culturais.
O Programa conta com duas linhas de pesquisa:
“Sustentabilidade e Extensão”, que agrega estudos que buscam analisar a questão da sustentabilidade em suas diversas vertentes, com destaque para processos sustentáveis de produção agrícola, no âmbito da agroecologia. Nessa linha, envolve estudos sobre tecnologias de produção sustentável, sistemas de manejo de pragas com baixo impacto e processos de transição agroecológica. Além disso, busca estimular reflexões sobre o desenvolvimento sustentável e gestão ambiental, abrangendo estudos voltados tanto para as questões ligadas ao rural quanto ao urbano e passando por temas como indicadores de sustentabilidade, legislação ambiental e educação ambiental.
“Desenvolvimento e Extensão”, voltada para a reflexão sobre a diversidade de temas ligados ao desenvolvimento, com ênfase às questões relativas ao rural e os diversos atores envolvidos. Busca estudar as políticas públicas voltadas ao desenvolvimento rural, à inserção da agricultura familiar e campesinato nos processos de desenvolvimento, as questões de gênero e sua influência no desenvolvimento. Busca ainda refletir sobre os processos de mediação desenvolvidos por diversos atores no meio rural, como movimentos sociais, agências de extensão pública, organizações não governamentais e sobre os efeitos de projetos de desenvolvimento, abrangendo aí a análise de programas e projetos, com atenção para a construção de indicadores de avaliação das diversas dimensões importantes nesses projetos, sejam elas ambientais, sociais, etc. Agrega ainda estudos sobre a questão dos mercados e das estratégias de comercialização pela agricultura familiar.
A TV Universitária fez a cobertura da defesa da tese. Clique aqui e confira a matéria.
A professora do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA) Mirelle Cristina de Abreu Quintela, da área de Finanças Públicas e Planejamento Orçamentário, participou do Encontro Internacional para Desenvolvimento da Educação Fiscal no Ensino Superior do Brasil e América Latina, a convite do diretor-geral da Escola de Administração Fazendária (Esaf) Alexandre Ribeiro Motta.
O evento, realizado entre os dias 17 e 19 de agosto, é fruto do acordo de cooperação entre a Esaf e o Programa para a Coesão Social para a América Latina – EUROsociAL.
Estiveram presentes acadêmicos e representantes de órgãos governamentais do Brasil, Chile, Honduras e México. Eles se reuniram para discutir e formar parcerias para a disseminação do conhecimento sobre a atividade financeira do Estado e sua relação com o exercício e o fortalecimento da democracia participativa. Como produto do evento, foram elaborados planos de ações para serem viabilizados e implementados conforme termos de cooperação entre as instituições parceiras.
“Em reconhecimento ao Programa Nacional de Educação Fiscal (PNEF), coordenado pela Esaf, o programa EUROsociAL incluiu como uma de suas metas a criação do curso Educação Fiscal e Coesão Social. Com isso, espera-se promover e institucionalizar a Educação Fiscal como ferramenta para o pleno exercício da cidadania e para a solidificação da democracia participativa no Brasil e na América Latina”, explica a professora Mirelle.
Alexandre Motta em sua palestra (Educação Fiscal como Ferramenta de Controle da Qualidade do Gasto Público) destacou a importância da participação social, lastreada na transparência e no conhecimento. Motta deu especial destaque ao tema da Qualidade do Gasto público, que em sua visão constitui-se um conceito fundamental para o aprofundamento da Educação Fiscal na atualidade.
Camila Caetano – jornalista, bolsista/UFLA, com informações do Ministério da Fazenda
Membros da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (Incubacoop/UFLA) estiveram no Programa Saúde da Família do bairro Jardim Gloria (PSF-12) para o desenvolvimento de um trabalho com os coordenadores da Associação Comunitária dos Bairros Jardim Glória e Campestres I, II e III (ACBJGC). A Associação procurou a Incubacoop há cerca de dois meses, buscando suporte e orientação para colocar em prática diferentes projetos.
Uma das fases do trabalho desenvolvido pela Incubacoop envolve a realização do Diagnóstico Rápido Participativo e Emancipador (DRPE), método pelo qual os próprios membros da Associação são incentivados a refletir sobre suas demandas e sobre possíveis necessidades de transformação. O DRPE foi aplicado em 26/6, com a presença de seis membros da Incubacoop e de oito integrantes da ACBJGC. Para a gestora da Incubadora, Érica Alves Marques, os objetivos foram atingidos. “Conseguimos estimular o diálogo de modo que o próprio grupo definisse o que deve ser feito. Agora, nosso papel será auxiliá-los na busca de seus objetivos”.
De acordo com o coordenador de Meio Ambiente da ACBJGC Eduardo Aparecido Pereira, o suporte da Incubacoop poderá ajuda-los e transformar projetos em realidade, como a implantação do Parque Municipal do Campestre, a conquista de uma sede própria e o investimento na reciclagem de lixo. Antes do trabalho realizado em 26/6, membros da Incubadora e da Associação já haviam se reunido em outros dois momentos, nos quais foram trocadas informações necessárias ao estabelecimento da parceria.
Sobre a Incubacoop
A Incubadora é um projeto de extensão da UFLA em curso desde 2005. Seu propósito é auxiliar grupos que desejam se organizar em cooperativas. O trabalho também se estende a associações. Atualmente, seis empreendimentos recebem o atendimento da Incubacoop. Trabalhadores que se encontram em situação de trabalho precarizado e desempregados que buscam uma recolocação no mercado formal são públicos beneficiados pelo apoio ao cooperativismo.
A coordenação das atividades da Incubadora é feita pelo professor do Departamento de Administração e Economia (DAE) José Roberto Pereira. Uma equipe de 16 pessoas, que envolve estudantes de graduação e pós-graduação, é responsável pelo desenvolvimento dos projetos.
Na segunda-feira (29/6) dois eventos marcarão a programação do Departamento de Administração e Economia (DAE). Ambos contarão com a presença de palestrantes ligados a outras universidades e são abertos à participação de todo o público interessado nos temas.
O Seminário “Extensão rural e extensão universitária: relato de uma experiência de articulação entre instituições” ocorrerá às 13h, no Anfiteatro do Bloco 3 do DAE. Para desenvolver o tema foi convidada a professora da Universidade Federal de Viçosa (UFV) France Maria Gontijo Coelho, autora do livro “A arte das orientações técnicas no campo: concepções e métodos” (a obra estará à venda no local). A organização do Seminário é feita pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável e Extensão (PPGDE), pelo Grupo de Pesquisa e Extensão Gênero e Diversidade em Movimento (Gedim) e pelo Núcleo de Estudos em Agroecologia (Yebá).
Também o PPGDE é o organizador da mesa-redonda “Movimentos sociais e relações de gênero: os casos do MST e do EZLN-Exército Zapatista de Libertação Nacional”. A atividade será realizada às 20h, na sala 206 do DAE, com a presença do pós-doutorando em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Pedro Rosas Magrini. A professora do DAE Maria de Lourdes Souza Oliveira reforça a importância da discussão do tema. “Quando tratamos de Desenvolvimento sustentável e Extensão, consideramos a legislação atual e os debates teóricos sob várias dimensões, entre as quais estão os processos de mediação e os novos atores sociais do campo, em especial os movimentos sociais”, explica.
Ao chegarem nessa segunda-feira (15/6) ao Salão de Convenções da Universidade Federal de Lavras (UFLA), os participantes da I Feira de Marketing Social e Mídias Alternativas (I Femas) retiravam uma senha na entrada. No papel, não estava um número para sorteio ou para uma ordem de atendimento. O que o leitor encontrava eram fases sobre a importância da doação de medula óssea e da doação de sangue. A mensagem, inscrita em um suporte incomum, fazia com que as causas em questão despertassem mais a atenção do público. A ação foi apenas uma entre outras apresentadas durante o evento pelos alunos da disciplina Marketing Público, do curso de Administração Pública.
As mídias não convencionais são suportes estratégicos para a promoção do marketing social, que objetiva gerar mudanças de hábito e comportamento na população, sempre com fins benéficos ao interesse público. Nesse sentido, a I Femas foi coordenada pelo professor do Departamento de Administração e Economia (DAE) Denis Renato de Oliveira com o propósito de iniciar a discussão sobre o tema no ambiente acadêmico e apresentar o trabalho dos grupos de estudantes que cursaram a disciplina de Marketing Público neste semestre. Cada um dos dez grupos escolheu a temática social com a qual desejava trabalhar.
Entre as propostas retratadas nos trabalhos estavam a parceria entre prefeituras e empresas privadas para manutenção de praças públicas, a conscientização para a importância da coleta seletiva e reciclagem do lixo, o cultivo de hortas comunitárias em áreas urbanas, a criação de aplicativo para mapeamento e combate à dengue, dentre outras.
Além da exposição dos trabalhos, a Feira teve uma abertura oficial, com a presença do professor Denis; do subchefe do DAE, professor Luiz Marcelo Antonialli; e do pró-reitor de Extensão e Cultura, professor José Roberto Pereira, que representava o reitor da Universidade. Denis relatou que a realização a Feira era um projeto antigo, que veio sendo amadurecido ao longo dos anos e hoje se tornou realidade. “Agradeço aos estudantes da disciplina, que aceitaram o desafio e ajudaram a tornar o evento realidade”. Ele também realçou a importância do marketing social e das mídias alternativas para a modernização da gestão pública.
O professor Antonialli disse acreditar que a Femas será mais um evento de sucesso no calendário da UFLA. Ele parabenizou a todos pela organização e enfatizou a importância do tema. “A tentativa de mudar comportamentos em prol do bem público é muito louvável”, defendeu. “Com tantas causas de interesse social, esse é um campo aberto ao trabalho de vocês”, disse aos estudantes da Administração Pública.
Antes de declarar a abertura dos trabalhos, o professor José Roberto lembrou que as mídias alternativas têm desempenhado função importante no país. “Essas mídias têm contribuído para o bem público, influenciando até mesmo decisões políticas”. Ele finalizou destacando a importância da reflexão sobre o papel e a responsabilidade social das instituições públicas.
Na sequência, a coordenadora do Projeto OI Kabum BH – Escola de Arte e Tecnologia, Paula Gontijo Martins, proferiu palestra sobre os desafios e as limitações do marketing social, tendo como base sua experiência com gestão social e economia solidária.
Para o estudante Diego Mutti Ferreira Cremasco, que participou das atividades da disciplina, a experiência valeu a pena. “É uma boa oportunidade para colocarmos em prática o que aprendemos sobre o marketing público”. Outra estudante, Eloisa Boanerges, realça a relevância do marketing social para a profissão. “No campo de públicas, é essencial que o administrador se preocupe com questões sociais. Esse foi um bom exercício”, relatou.
Alunos do curso de Administração Pública da Universidade Federal de Lavras (UFLA), que realizam a disciplina de Marketing Público, promoverão a primeira Feira de Marketing Social e Mídias Alternativas (Femas) no dia 15 de junho, próxima segunda-feira, com início às 18h.
O evento será realizado no Salão de Convenções da UFLA, tendo na abertura uma palestra da coordenadora do Projeto OI Kabum BH – Escola de Arte e Tecnologia, Paula Gontijo Martins, graduada em Administração e mestre em Filosofia. Paula apresentará os desafios e as limitações do marketing social.
O evento tem o objetivo de gerar propostas alternativas de marketing social para mudanças de hábitos e comportamentos por meio da utilização de mídias não convencionais.
Além da palestra, entre 19h e 22h haverá a exposição de estandes com apresentações dos trabalhos dos alunos da disciplina ministrada na UFLA.
Para participar do evento não é necessário fazer inscrição.
No contexto das reflexões sobre o Dia Internacional da Mulher (8 de março), o Grupo de Pesquisa e Extensão Gênero e Diversidade em Movimento (Gedim) promoveu nesta terça-feira (10/3) um vídeo debate para discutir o aborto e suas implicações na vida das mulheres. O evento foi realizado no anfiteatro do bloco III do Departamento de Administração (DAE), com início às 14h.
Inicialmente, a coordenadora do Gedim e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável e Extensão, professora Maria de Lourdes Souza Oliveira, falou sobre os objetivos, a organização do evento e a escolha do tema. “É uma temática difícil e delicada, mas precisamos enfrentar o debate”, disse.
Na sequência, a professora do Departamento de Ciências Humanas (DCH) Vera Schaefer Kalsing definiu o dia 8 de março como data para reflexão, questionamentos e luta, fazendo sua contextualização histórica. “Nesse dia, em 1859, mulheres foram queimadas em Nova York em decorrência de manifestação ocorrida em uma indústria têxtil. Elas buscavam conquistas, como a redução da jornada de trabalho de 14 horas para 10 horas”, explicou.
A mestranda do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável e Extensão Natércia Bambirra fez ao grupo presente o convite à reflexão sobre o aborto – tema do documentário Clandestinas, que foi exibido em seguida. Ela citou um dado constante na Pesquisa Nacional do Aborto, divulgada pela Universidade de Brasília (UNB) em 2010: um quinto das mulheres com idade entre 35 e 39 anos assumem já ter feito aborto.
Depois de exibido o vídeo, teve início a roda de conversa entre os participantes, para debate do tema. Entre outros pontos, foi citada a responsabilidade que recai sobre a mulher para que haja prevenção à gravidez indesejada e às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s). “O namorado, muitas vezes, não quer usar camisinha”, comentou a professora.
Durante o vídeo debate, os participantes puderam apreciar um mural de poesias (que tinham como tema a mulher). Colaborou na organização do evento a representante do Conselho Municipal de Políticas de Igualdade Racional, Rosemary Aparecida de Oliveira.
Um histórico de trabalho com Gênero e Diversidade
O Gedim desenvolve atividades de pesquisa e extensão desde 2007, tendo sido certificado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em 2008. Seus projetos têm foco sobre mulheres com pelo menos uma das seguintes características: negras, assentadas de reforma agrária e participantes de economia solidária. Nesse último caso, os trabalhos são feitos em parceria com a Universidade Federal de São João Del Rei.
O objetivo do Grupo é compreender melhor os desafios para esses grupos de mulheres na sociedade contemporânea, apoiando iniciativas de geração de valor e renda que as beneficiem. Professora Maria de Lourdes explica que uma das pesquisas em desenvolvimento busca avaliar a relação entre trabalho doméstico e trabalho produtivo para esses três grupos de mulheres. “O que temos encontrado são dados que reforçam a literatura existente: homens, mesmo sozinhos, dedicam cerca de 15 horas semanais a atividades domésticas, enquanto mulheres o fazem em tempo superior a 35 horas por semana”, comenta.
Essa maior dedicação às atividades domésticas faz com que, na avaliação da professora, o trabalho das mulheres seja menos visível socialmente, além de tomar um tempo que poderiam dedicar à vida pública.
Desde 1998, a professora Maria de Lourdes trabalha na UFLA com projetos envolvendo a temática Gênero, Classe e Etnia. Ela conta que em 1995 já havia realizado pesquisa na área, na Universidade Federal do Tocantins (UFT). O que motiva sua dedicação ao tema são os desafios que ele impõe. “Os resultados das pesquisas ajudam a compreender a posição ocupada pela mulher no espaço público, mostrando que ainda no século 21 permanece ativa uma divisão sexual do trabalho”, explica. Maria de Lourdes cita também outra característica instigante dessa área de estudos: a interface que pode ser estabelecida com outros campos do conhecimento.
Se você conhece histórias interessantes de atuação das mulheres na UFLA, sejam elas servidoras ou estudantes, entre em contato com Ascom ainda neste mês de março pelo e-mail ascom@ascom.ufla.br. Queremos contar a toda a comunidade acadêmica a forma como as mulheres vêm dando sua contribuição à instituição e ao país.
Em dezembro de 2014, foram iniciadas obras nos três blocos que compõem o Departamento de Administração e Economia da UFLA (DAE). As reformas têm o objetivo de modernizar a estrutura do Departamento e oferecer mais conforto para os estudantes, docentes e técnicos que trabalham ou circulam por ele.
A chefia do Departamento informa que a Secretaria geral está temporariamente fechada e sugere que, até a conclusão das obras, as atividades cabíveis sejam realizadas externamente ao DAE. Enquanto a Secretaria permanecer fechada, também está suspenso o empréstimo de chaves a professores e alunos (bolsistas e monitores). Até a substituição das portas, o fechamento dos três blocos ocorre às 18 horas. Os três prédios receberão portas de vidro, nesta primeira etapa da reforma.
No bloco 1, são realizadas as seguintes obras: modernização da rede elétrica; substituição do antigo piso por cerâmica; construção de novos gabinetes de professores (no espaço que abrigava o Centro de Inteligência de Mercados – CIM); e readequação dos espaços das empresas juniores UFLA Júnior e Alfa Pvblica (ambas se localizarão no bloco 1).
Posteriormente, serão substituídos o piso e a rede elétrica do bloco 2, bem como será concluída a troca do piso no segundo pavimento do bloco 1. Ainda, o Anfiteatro do bloco 2 passará por um processo de reforma e modernização. Essas etapas serão agendadas com a Prefeitura do Câmpus e com a Direção Executiva da UFLA.
Em casos de urgência, o DAE recomenda que os solicitantes recorram aos servidores: Rafaela Vieira ou Alan Fernandes, na sala do administrador (bloco 1); Flávia Almeida, na Secretaria do PPGA (bloco 3); ou Soraya Alves, na Secretaria da chefia do DAE (bloco 1). Mais informações nos telefones: 3829-1985 / 1768 / 1446.
De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA), a inflação acumulada em 2014 foi de 14,43%. O percentual ficou acima da meta estabelecida pelo governo para o ano, que era de 4,5 %, com tolerância de 2% para mais.
O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas passou de R$ 424,88, em janeiro, para R$ 439,70, em dezembro, ou seja, a alta foi de 3,48% em 2014.
Os índices de dezembro
Em dezembro, o IPC da UFLA ficou em 1,37%, influenciado, principalmente, pelo setor de bebidas, que teve alta média de 3,94%; pelas despesas de vestuário, com aumento de 6,39%; pelos gastos com material de limpeza (4,55%) e pelo grupo alimentos, que ficou, em média, 4,68% mais caro para o consumidor.
Nessa última categoria, todos os segmentos tiveram alta de preços: os alimentos in natura subiram 17,89%; os semielaborados registraram alta de 5,55% e os industrializados ficaram 2,69% mais caros.
Entre os alimentos in natura, as maiores altas foram verificadas nos preços da batata (39,46%), da vagem (32,29%), do pimentão (57,03%), do repolho (36,96%), do abacaxi (31,94%), do abacate (67,44%) e do limão (49,12%). Dos itens que compõem os semielaborados, as altas ficaram com o arroz (19,52%) e as carnes em geral (bovina, suína e frango), com aumento médio de 7,4%. E no setor de industrializados, a pesquisa constatou que os principais aumentos foram no preço do trigo (34,25%), do polvilho (41,3%), da farinha de milho (60,6%), dos pães (média de 35,56%), do creme de leite (28,98%) e do leite condensado (25,12%).
Também tiveram elevação em dezembro os grupos associados aos setores de transporte (0,7%), serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha – 0,31%), educação e saúde (0,47%) e higiene pessoal (0,58%).
Outros grupos pesquisados pela UFLA, como gastos com moradia e com lazer, mantiveram uma média estável de preços, à exceção dos bens de consumo duráveis (eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática), que ficaram mais baratos no mês, com queda de 1,87%.
O preço da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas subiu 1,75% no último mês do ano, passando de R$ 438,93, em novembro, para R$ 439,70, em dezembro.