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Formação de professores da educação pública: UFLA iniciou nova turma do curso Gênero e Diversidade na Escola

gde2Aproximadamente 200 professores da educação pública iniciaram na Universidade Federal de Lavras (UFLA), no mês de novembro, o curso de especialização “Gênero e Diversidade na Escola (GDE)”. Oferecido gratuitamente, o curso objetiva contribuir para a formação continuada de profissionais e parceiros da educação. A previsão é de a conclusão das atividades ocorra em março de 2016.

Esta é a segunda fez que a UFLA promove o curso, gratuitamente, como especialização. Dessa forma, compromete-se a oferecer formação de qualidade a profissionais ligados à educação básica, mantendo-se em diálogo com os outros níveis do ensino público. O Departamento de Educação (DED) é o responsável pela condução dos trabalhos, tendo o apoio do Centro de Educação à Distância da UFLA (Cead/UFLA).  O financiamento do Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi).

A realização dos cursos GDE pelo país é incentivada e financiada pelo MEC/Secadi desde 2006. Na UFLA, a primeira oferta do curso como especialização deu-se entre os anos de 2010 e 2012. Em 2013, foi ofertado na modalidade extensão e, em 2014, teve caráter de aperfeiçoamento. Durante esse percurso, as atividades foram desenvolvidas por uma equipe especialmente formada para trabalhar com o conteúdo, composta de profissionais detentores de conhecimento nas temáticas do GDE e, em sua maioria, com grande experiência na educação básica.ged1

O foco das atividades a serem realizadas durante o curso está nas temáticas de gênero e sexualidade, e suas interfaces com outros marcadores sociais, como raça/etnia e temas diversos que tangenciam as discussões, como direitos humanos, movimentos sociais e contexto escolar. Segundo o professor do DED e coordenador do curso, Celso Vallin, a discussão desses temas no contexto da educação básica é importante porque a escola tem sido local em que a cultura do machismo é reproduzida e transmitida a novas gerações.

Ele explica que os preconceitos de gênero, conjugados a outros marcadores sociais (orientação sexual e raça/etnia, por exemplo), intensificam as desigualdades. “Livros didáticos sempre mostravam mulheres de avental, trabalhando em casa, e homens em posições de poder. Ou, então, retratavam princesas sendo cuidadas, sem assumir posições de responsabilidade. Formamos mulheres e homens machistas. Formamos para a desigualdade”, afirma. Para ele, a problematização desses temas e a desconstrução de preconceitos é necessária à construção de um ambiente escolar que respeite as diferenças e seja promotor efetivo da cidadania de todos e todas.

Com informações da professora Carolina Faria Alvarenga (Coordenadora Adjunta GDE) e de Aureliano Lopes.

Comunidade Landell: projeto desenvolvido na UFLA busca beneficiar a educação básica

comunidade-landell2As tecnologias usualmente utilizadas na Educação a Distância (EaD) podem ser aliadas também dos professores da educação básica. Motivado por essa ideia, o servidor do Centro de Educação a Distância da Universidade Federal de Lavras (Cead/UFLA) Alexandre Carvalho Silva trabalhou em um projeto de mestrado que resultou na criação da Comunidade Landell. Trata-se de um ambiente virtual em que os professores de ensino fundamental e médio podem disponibilizar conteúdos, propor atividades e incentivar a produção compartilhada de conhecimento entre os alunos, de forma a complementar o processo iniciado em sala de aula.

A dissertação que embasa o projeto foi defendida em 26/11, sob orientação do professor Ronei Martins, no Mestrado Profissional em Educação (Departamento de Educação – DED/UFLA). Além da importância acadêmica do trabalho, há o ganho social gerado por ele: os recursos da Comunidade Landell estão disponíveis para que professores interessados comecem a utilizá-los. De acordo com o professor Ronei, a estrutura tecnológica instalada hoje para o projeto é limitada, mas suficiente para que alguns professores tenham acesso. “Vamos buscar estabelecer parcerias e criar meios de ampliar a infraestrutura, para que, então, possamos oferecer a plataforma em larga escala, atendendo a municípios, estados e escolas em geral”, explica.

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Da esp. p/ a dir.: prof. Vanderlei Barbosa (DED), Alexandre, prof. Ronei e prof. Hélio Lemes (Unifal) – em 26/11 (defesa da dissertação).

Alexandre iniciou seus trabalhos buscando identificar publicações que fizessem análises teóricas sobre modelos de ensino que mesclassem ferramentas da educação presencial com as da educação a distância no nível básico de ensino, e descobriu que, no Brasil, há uma lacuna de produções na área. Seguiu com a pesquisa, analisando cerca de cem softwares destinados a constituir ambiente virtual de aprendizagem, no intuito de selecionar aquele mais adequado para utilização no ensino fundamental e médio. Considerando critérios como gratuidade, existência de versão em português e disponibilidade de atualizações, a análise comparativa determinou a opção pelo Moodle como base para criação da Comunidade Landell.

Sobre a Comunidade Landell

Estruturado com poucas categorias, o ambiente virtual da Comunidade pode ser facilmente utilizado por pessoas com habilidades básicas em tecnologia da informação. O nome que recebeu é uma homenagem ao padre e pesquisador Roberto Landell de Moura, responsável pelas primeiras experiências com a comunicação a distância, precursoras do telefone e do rádio, que contribuíram para o desenvolvimento tecnológico nessa área.

Além de oferecer as ferramentas necessárias ao professor do ensino básico, o projeto inclui um curso completo para capacitar o usuário a utilizar a Comunidade. Esse curso tem o formato de Massive Open Online Course (MOOC), ou seja, o usuário pode iniciar as atividades a qualquer momento, sem haver a necessidade de formação de turmas. O tempo de conclusão dependerá do ritmo que o cursista adotar para acesso às informações, o que garante sua maior autonomia.

O conteúdo da capacitação envolve embasamento teórico sobre a utilização dos recursos da EAD na educação presencial, informações mais instrumentais sobre as funcionalidades do Moodle (como criar uma tarefa, por exemplo) e orientação pedagógica, com propostas de temas de abordagem e sequências didáticas. Nessa última etapa, o participante pode exercitar a utilização dos recursos. Dezenove vídeos foram produzidos para garantir um repasse eficiente do conteúdo.

O ambiente virtual possui também uma biblioteca, na qual o professor encontrará links para portais e sites que oferecem conteúdos didáticos de apoio. Professores e profissionais interessados em conhecer a plataforma devem acessar o link http://lppi.ded.ufla.br/landell/, pelo qual poderão obter outras informações sobre o trabalho, saber detalhes sobre o curso de capacitação e, havendo interesse em criar uma sala de aula virtual, poderão entrar em contato com a equipe responsável.

A combinação de recursos da educação presencial com os da educação a distância é uma tendência apontada por estudiosos. “Como se constatou que existe grande carência de ambientes virtuais que possam ser usados por escolas públicas, nossa expectativa é de que a Comunidade Landell contribua para a ampliação do uso de tecnologias digitais nas atividades de ensino-aprendizagem da educação básica e, com isso, colabore para a melhoria do ensino público”, afirmam Alexandre e o professor Ronei.

Acesse a plataforma: http://lppi.ded.ufla.br/landell/

Evento na Cantina Central marcou Dia Nacional da Consciência Negra na UFLA

image025O Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado nessa quinta-feira (20/11), levou os sons e os movimentos da capoeira e do maracatu para a Cantina da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e para a Praça Dr. Augusto Silva, no centro de Lavras. As apresentações fizeram parte de uma programação de dez eventos que teve início em 4/11, organizada pelo professor do Departamento de Educação (DED) Celso Vallin e por instituições e atores sociais da universidade e do município.

Na Cantina, a mobilização começou por volta das 12h e se repetiu à noite. Integrantes do Grupo de Capoeira Ginga Universitária e do Maracatu Baque do Morro, ambos da UFLA, atraíram a atenção do público. Quem estava no local, aprovou as manifestações.  A mestranda em Ecologia Aplicada Vanessa Mendes Martins afirmou que a data é importante para discutir a questão da inclusão e outros temas do cotidiano. “Discutir preconceito, emprego, educação e exclusão é essencial. Quando a universidade traz a cultura para seu cenário, provoca discussões importantes”, disse.

Já o estudante de Engenharia Ambiental Pedro Henrique Pinheiro lembrou que as comemorações evocam a diversidade cultural e favorecem a reflexão. “É uma oportunidade em que se faz a localização histórica do negro, das lutas contra o racismo e contra o preconceito”, avalia.

Na sexta, (21/11), o Diretório Central dos Estudantes (DCE), em parceria com o Centro Acadêmico de Letras, realizou o evento Trem das Onze com o tema Negritude. No sábado (22/11), o Fórum “As relações étnico-raciais: práticas e trocas pedagógicas” reuniu mais de 30 profissionais. A programação do Mês da Consciência Negra tem atividades até 3/12 (Confira).

No dia anterior (19/11)
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Na quarta-feira, às 14h, ocorreu no DED a roda de conversa “Capoeira, Educação Física, escola pública”. As discussões foram conduzidas pelos professores do Departamento de Educação Física (DEF) Fábio Pinto Gonçalves do Reis e Bruno Adriano Rodrigues da Silva.

A democratização do acesso à escola pública foi o tema inicial da conversa, que evoluiu incluindo os demais tópicos. Para o professor Celso, o objetivo do encontro foi cumprido, pois, pela primeira vez na UFLA, concretizou-se uma conversa sobre o espaço da capoeira no curso de Educação Física, além de assuntos relacionados. “As pessoas expressaram seus pontos de vista e se escutaram, numa ação que reuniu DED e DEF”, disse.

Organização da programação

São organizadores e apoiadores do Mês da Consciência Negra em Lavras, nesta edição, oDED/UFLA, o curso de licenciatura em Educação Física (DEF/UFLA), o Diretório Central dos Estudantes (DCE)/Gestão Na Pegada, o Levante Popular da Juventude, o grupo Uni-Ginga(capoeira), o Conselho Municipal de Políticas de Igualdade Racial de Lavras (CMPIR), o Grupo de Capoeira da UFLA ligado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec/UFLA), o curso de especialização em Gênero e Diversidade na Escola (GDE/UFLA), o Grupo de Estudos em Gênero e Diversidade em Movimento (Gedim/UFLA), o Mestrado Profissional em Educação (MPE/UFLA), Maracatu Baque do Morro, o Projeto Marolo (Engenheiros sem Fronteiras), o blog O Corvo Veloz, o grupo de jovens Pensamento Legal e o Núcleo de Estudos Constitucionais (Neconst/UFLA).

O Dia Nacional da Consciência Negra

Com comemoração em 20 de novembro, a data coincide com o dia da morte do Zumbi dos Palmares (1655-1695). As ações promovidas para sua celebração buscam não só lembrar a resistência do negro à escravidão, e sua luta pelo fim do preconceito, mas também valorizar riqueza da cultura negra. “Os eventos reafirmam a beleza e a legitimidade dos traços culturais de origem africana, que muitas vezes estão presentes em nós todos”, diz o professor Celso.

Capoeira e Maracatu na UFLA

Às segundas, terças e quartas-feiras, no Centro de Integração Universitária (Ciuni), há aulas de capoeira de 19h 30 às 21h30, por iniciativa do Grupo de Capoeira Ginga Universitária. Às quintas-feiras, das 17h às 19h, o Maracatu Baque do Morro promove oficinas de maracatu. As atividades são abertas ao público.

Colaboração no texto: Leonardo Assad, jornalista, bolsista Ascom.
Veja a galeria de fotos feitas por Leonardo Assad.

 

 

Inscrições para o 10º Prêmio “Construindo a igualdade de gênero” terminam em 28/11

igualdade-de-generoProfissionais e estudantes de graduação e pós-graduação podem concorrer ao Prêmio Construindo a igualdade de gênero, que está em sua décima edição em 2014. As inscrições vão até 28/11, às 18h, e devem ser feitas pelo site www.igualdadedegenero.cnpq.br. Serão selecionados os melhores artigos científicos que abordem a relação entre gêneros, mulheres e feminismos.  O objetivo é estimular a produção científica e a reflexão, além de promover a participação das mulheres no âmbito científico e acadêmico.

As premiações para estudantes do ensino superior e profissionais variam de R$ 5 mil a R$ 10 mil, além de haver a possibilidade de receberem bolsas de estudos do CNPq para desenvolvimento de projetos na área. Os estudantes concorrem nas categorias “Mestre e estudante de Doutorado”, “Graduado, especialista e estudante de mestrado” e “Estudante de graduação”. Além dessas categorias, há também as que incluem estudantes de ensino médio e escolas, concorrendo por meio de redações e projetos pedagógicos, respectivamente.

O Prêmio é uma iniciativa da Secretaria de Políticas para as Mulheres/Presidência da República (APM-PR), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECADI/MEC); da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) e da ONU Mulheres.

Com informações de Priscilla Helen Carvalho Silva, bolsista Ascom/DED.

Professora da UFLA defende o enfrentamento às violências contra crianças e adolescentes

Professora Cláudia Ribeiro apresenta projeto de extensão em seminário
Professora Cláudia Ribeiro apresenta projeto de extensão em seminário

No final de outubro, a professora Cláudia Ribeiro, do Departamento de Educação da Universidade Federal de Lavras (UFLA) participou do 3º Seminário Contra Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, realizado na sede da Câmara Municipal de Três Corações.

A professora Cláudia Ribeiro foi convidada para apresentar a temática violência sexual no processo educativo e de formação de professores. Em sua fala, enfatizou o papel decisivo da escola e dos professores na percepção de violências contra crianças e adolescentes. Neste sentido, defendeu a sintonia e a articulação entre profissionais da educação, saúde e assistência social, como elos fundamentais da Rede de Proteção. Reforçou ainda a necessária formação continuada desses profissionais para o enfrentamento de assuntos ligados a essa temática.

Destacando o papel da Universidade para essa formação, Cláudia Ribeiro citou o projeto de extensão “Borbulhando Enfrentamentos às Violências Sexuais nas Infâncias no Sul de Minas Gerais”. O projeto, sob sua coordenação, foi aprovado com nota máxima pelo Ministério da Educação para compor o Programa de Extensão Universitária (ProExt 2015). O projeto terá a participação de professores da rede pública de ensino e conselheiros tutelares, abrangendo as cidades do Sul de Minas Gerais participantes do Fórum Sul Mineiro de Educação Infantil.

O evento, organizado pela Prefeitura de Três Corações, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, também contou com a participação do promotor de justiça e curador da Infância e da Juventude do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, Carlos José e Silva Fortes. O magistrado é integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre Pedofilia e coordenador da campanha nacional Todos Contra a Pedofilia www.todoscontraapedofilia.ning.com.

O promotor discorreu sobre as atividades da CPI, com foco na integração das entidades que compõe a Rede de Proteção, sobre o papel da mídia, da família, da escola, bem como dos órgãos federais. Também reforçou os procedimentos para a denúncia na Polícia Federal através do “Disque 100”, serviço nacional de denúncia para crimes contra crianças e adolescentes.

O texto contou com informações de Maria de Fátima Ribeiro – jornalista

 

Lideranças se unem para celebrar o mês da Consciência Negra – veja a programação

Foto: Mateus Lima/2013
Foto: Mateus Lima/2013

Diferentes atores sociais estão unidos na tarefa de promover eventos para celebrar em Lavras o Mês da Consciência Negra, comemorado em novembro. A programação resultante dos esforços dos organizadores começou em 4/11 e vai até 3/12, envolvendo dez eventos, que ocorrerão no câmpus da Universidade Federal de Lavras (UFLA), em escolas da cidade, na Praça Dr. Augusto Silva e na Câmara Municipal.

Durante o mês de outubro, o professor do Departamento de Educação (DED) e coordenador do curso de especialização em Gênero e Diversidade na Escola (GDE), Celso Vallin, convidou instituições e pessoas comprometidas com a causa a participaram de reuniões destinadas a definir uma agenda conjunta para o mês de novembro. O resultado está consolidado na programação composta por ciclo de debate, apresentações culturais, cine-debate, roda de conversa, fórum e eleição de membros para o Conselho Municipal de Políticas de Igualdade Racial de Lavras (CMPIR). Todas as atividades são gratuitas e abertas à comunidade.

O encerramento dos trabalhos, em 3/12, tem o objetivo de avaliar a programação de 2014 e articular as parcerias para 2015.

São organizadores e apoiadores do Mês da Consciência Negra em Lavras, nesta edição, o DED/UFLA, o curso de licenciatura em Educação Física (DEF/UFLA), o Diretório Central dos Estudantes (DCE)/Gestão Na Pegada, o Levante Popular da Juventude, o grupo Uni-Ginga (capoeira), o Conselho Municipal de Políticas de Igualdade Racial de Lavras (CMPIR), o Grupo de Capoeira da UFLA ligado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec/UFLA), o curso de especialização em Gênero e Diversidade na Escola (GDE/UFLA), o Grupo de Estudos em Gênero e Diversidade em Movimento (Gedim/UFLA), o Mestrado Profissional em Educação (MPE/UFLA), Maracatu Baque do Morro, o Projeto Marolo (Engenheiros sem Fronteiras), o blog O Corvo Veloz, o grupo de jovens Pensamento Legal e o Núcleo de Estudos Constitucionais (Neconst/UFLA).

Veja a programação completa.

 

O Dia Nacional da Consciência Negra

Com comemoração em 20 de novembro, a data coincide com o dia da morte do Zumbi dos Palmares (1955-1995). As ações promovidas para sua celebração buscam não só lembrar a resistência do negro à escravidão, e sua luta pelo fim do preconceito, mas também valorizar riqueza da cultura negra. “Os eventos reafirmam a beleza e a legitimidade dos traços culturais de origem africana, que muitas vezes estão presentes em nós todos”, diz o professor Celso.

UFLA na comunidade: em Campo do Meio, projeto de extensão atua com o MST na área de educação

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Turma do curso de Agropecuária, conversando sobre os trabalhos com estudantes da UFLA.

A quase duas horas de viagem de Lavras está o município de Campo do Meio, no Sul de Minas Gerais. Lá, residem famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).  No Assentamento “Primeiro do Sul”, e em várias áreas de acampamento da mesma região, um grupo de estudantes e lideranças do movimento se reúne para receber mensalmente a equipe da Universidade Federal de Lavras (UFLA), que desenvolve com eles a parte prática do projeto de extensão “Apoio à Educação no Campo em Áreas de Reforma Agrária”.

O projeto começou em 2012 com outro nome: “Reforço escolar em assentamentos e acampamentos do Sul de Minas Gerais”.  No ano seguinte, foi reformulado e as visitas recomeçaram em 2014. O professor do Departamento de Educação (DED) Celso Vallin mobiliza estudantes de diferentes licenciaturas da UFLA, assim como da pós-graduação. Eles vão até o município para dar apoio e trocar experiências com cerca de 20 estudantes que moram naquela área e frequentam o curso “Técnico em Agropecuária Integrado”, de nível médio, em turma especial do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas (IFSuldeMinas), câmpus de Machado.

Em um modelo experimental, o grupo passa algum tempo interno no Instituto, estudando e realizando atividades, e depois volta para o assentamento, onde permanece por outro período, com a missão de desenvolver tarefas e trabalhos propostos nas aulas, em regime de colaboração. É neste momento que o projeto de extensão da UFLA entra em cena, reunindo-se com os alunos e auxiliando no desenvolvimento dos trabalhos.

“Passamos o dia todo no local e somos muito bem recebidos; os estudantes da UFLA que participam fazem relatórios de suas experiências e revelam aprendizado com as condições de ensino no campo”, conta o professor Celso, apontando como essencial a necessidade de  adaptação dos conteúdos e das abordagens à realidade dos alunos da área rural.

O curso oferecido no câmpus do IFSuldeMinas de Machado é inspirado na experiência pedagógica praticada pelo Instituto de Educação Josué de Castro (IEJC), localizado em Veranópolis (RS), que alia formação política e técnica, num modelo em que os alunos constroem decisões coletivas em relação à escola e são instigados a participar de forma ativa da vida comunitária. Por causa dessa metodologia pedagógica diferenciada, o professor Celso considera que o projeto vai além da extensão. “Acaba sendo uma oportunidade de pesquisa para nós, porque podemos observar as características e os resultados desse projeto experimental do IFSuldeMinas”, avalia.

Além da coloboração no desenvolvimento das tarefas, o projeto incentivou e ajudou a organizar no local um Setor de Educação, formado por moradores que têm a missão de acompanhar a educação das crianças, jovens e adultos da comunidade. “A educação e o acesso à cultura e ao conhecimento, assim como a valorização dos saberes populares, são condições fundamentais para a realização dos brasileiros como seres humanos plenos, com dignidade e altivez”, argumenta o professor.

Sobre o assentamento “Primeiro do Sul”

De acordo com o professor Celso, o assentamento “Primeiro do Sul” é resultado de uma ocupação feita em novembro de 1996. Um ano depois, a área foi desapropriada. Nesses últimos 18 anos, a luta pelo direito à terra continuou em outras áreas, mas somente em 2011 houve uma transferência de terra para o Incra de Minas Gerais, com o propósito de assentar mais agricultores do Movimento no local. Hoje, entre assentamentos e ocupações, há cerca de 500 pessoas morando e trabalhando naquela área.

Para saber mais sobre os assentamentos e ocupações em Campo do Meio, acesse:

http://www.lavras24horas.com.br/portal/campus-machado-e-mst-lancam-primeira-turma-de-tecnico-em-agropecuaria-em-regime-de-alternancia/

http://www.mst.org.br/taxonomy/term/329

http://www.mst.org.br/Assentamento-em-Minas-Gerais-inicia-transicao-do-cafe-convencional-ao-organico

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Professor do DED reúne lideranças para celebração unificada do mês da Consciência Negra

Foto: Mateus Lima/2013
Foto: Mateus Lima/2013

Novembro é o mês dos movimentos e eventos que celebram o Dia Nacional da Consciência Negra. Na Universidade Federal de Lavras (UFLA) e no município essas atividades têm sido organizadas por diferentes atores sociais. Com o propósito de fortalecer o movimento, o professor do Departamento de Educação (DED) e coordenador do curso de especialização em Gênero e Diversidade na Escola (GDE), Celso Vallin, trabalha no incentivo à construção de uma programação unificada na cidade. Ele convida os interessados no assunto a participarem das discussões.

A intenção é reunir instituições, organizações e pessoas comprometidas com a causa para que, juntas, construam a agenda de eventos para o período. O professor conta que, ao ter contato com os profissionais que frequentam o curso Gênero e Diversidade na Escola, percebeu que muitos deles estão envolvidos na questão da consciência negra. “Achei importante haver uma articulação entre eles”.

Já foram realizadas duas reuniões com os atores identificados inicialmente como engajados no movimento. Na quinta-feira (16/10) haverá o terceiro encontro, às 10h, no DED. Grupos que ainda não tenham participado podem comparecer ao local e contribuir com os trabalhos. O planejamento das atividades é para que até 21/10 possa ser oficializada a programação final, que deve trazer para a UFLA eventos com participação de grupos da comunidade de Lavras e, ao mesmo tempo, levar para a comunidade eventos com grupos da UFLA, promovendo, assim, a integração da Universidade com a sociedade.

Grupos que já estão participando das reuniões

Conselho Municipal de Políticas de Igualdade Racial de Lavras (CMPIR), Diretório Central dos Estudantes da Ufla (DCE), Departamento de Educação (DED), cursos de licenciatura e formação de professores, curso de licenciatura em Educação Física (DEF), curso de especialização em Gênero e Diversidade na Escola (GDE); Grupo de Estudos em Gênero e Diversidade em Movimento (Gedim), Levante Popular da Juventude, Grupo de apresentações musicais Maracatú, Projeto Marolo (Engenheiros Sem Fronteiras Núcleo Lavras), Mestrado Profissional em Educação (MPE) e Grupo de Capoeira da UFLA ligado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec).

O Dia Nacional da Consciência Negra

Com comemoração em 20 de novembro, a data coincide com o dia da morte do Zumbi de Palmares. As ações promovidas para sua celebração buscam não só lembrar a resistência do negro à escravidão, e sua luta pelo fim do preconceito, mas também valorizar riqueza da cultura negra. “Os eventos reafirmam a beleza e a legitimidade dos traços culturais de origem africana, que muitas vezes estão presentes em nós todos”, diz o professor Celso.

No caso de dúvidas, os interessados podem entrar em contato com o professor pelo telefone (35) 3829-1970.

Professora do DED participa de atividades da Semana Nacional da Educação Infantil

fotos-ded2No período em que se comemorou a Semana Nacional da Educação Infantil (18/8 a 25/8), a professora do Departamento de Educação da Universidade Federal de Lavras (DED/UFLA) Cláudia Maria Ribeiro participou de uma mesa redonda no município de Nepomuceno, ocasião em que foram discutidos pontos da Lei 12.796/13, que altera dispositivos da LDBEN 9394/1996.

Vinte e cinco de agosto é considerado o Dia Nacional da Educação Infantil – o objetivo da data é projetar um olhar diferenciado para essa etapa educacional. Com base nisso, os debates feitos em Nepomuceno tiveram foco sobre três eixos: as implicações para as crianças, suas famílias e para as políticas públicas da obrigatoriedade da matrícula a partir dos 4 anos de idade; o questionamento da forma de se montar um currículo para a educação infantil e questões relativas aos profissionais da área (salário, carreira, formação, entre outras).

Durante o evento, a professora Cláudia relembrou os marcos históricos do processo de formação da educação infantil. Além dela, também se pronunciaram a supervisora pedagógica da educação infantil no município de Nepomuceno, Dulcineia Ribeiro; a supervisora pedagógica Marly Carvalho; a secretária de educação, Darcy Piva Dessimoni e o prefeito do município Marcos Memento.

No encerramento, a professora do DED reforçou a importância do espaço de discussão do Fórum Sul Mineiro de Educação Infantil (FSMEI), do qual é coordenadora, tendo também com representantes Dulcineia e Marly.

Abertura do III Colóquio Teoria Crítica e Educação foi realizada na segunda (25/8)

image013Nesta segunda-feira (25/8), o III Colóquio Teoria Crítica e Educação teve sua abertura oficial. Os trabalhos foram realizados no Anfiteatro do Bloco III do Departamento de Administração e Economia (DAE) a partir das 14h. O evento segue até sexta-feira (29/8) com uma programação de conferências, minicursos e mesas redondas que discutem o tema “Cinema e formação estética dos professores”.

Na mesa de honra da cerimônia de abertura estavam o pró-reitor de Pós-Graduação da Universidade Federal de Lavras (UFLA), professor Alcides Moino Júnior; o chefe do Departamento de Educação (DED), professor Carlos Betlinski; o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação, professor Vanderlei Barbosa ; além de uma das coordenadoras do projeto “Cinema com Vida”, Luciana Azevedo Rodrigues, que também é professora do DED.

O professor Vanderlei, quando falou ao público, destacou o fato de o Colóquio vir crescendo a cada edição, e deu as boas-vindas a todos. Já o professor Alcides identificou-se como um apreciador do cinema e enfatizou a importância do trabalho que vem sendo desenvolvido pelo grupo organizador do evento. “O objeto deste Colóquio desperta muito a minha atenção”, ressaltou.

A conferência da abertura foi proferida pelo pró-reitor de Pós-Graduação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), professor Rodrigo Duarte, que abordou “a educação crítica na pós-história”. A programação completa do evento – que reúne estudantes de cursos de licenciatura, professores da educação básica e da educação de nível superior – está disponível no endereço http://cinemacomvida.blogspot.com.br/.

A partir desta quarta-feira (27/8), as atividades do Colóquio serão realizadas no Anfiteatro 2 do Núcleo de Educação Continuada (NEC), no câmpus histórico.

Sobre o grupo organizador

A equipe do projeto de extensão, com interface em pesquisa, “Cinema com Vida” é a responsável pela organização das edições do Colóquio. Trata-se de um projeto ligado ao Grupo de Estudos e Pesquisas Teoria Crítica e Educação da UFLA, ao Programa de Pós-Graduação em Educação (Mestrado Profissional) e aos departamentos de Educação (DED) e Educação Física (DEF).

Com o objetivo de promover a formação cultural de professores, e futuros professores, da comunidade de Lavras e região, por meio da reflexão sobre obras cinematográficas alternativas às comerciais, a iniciativa envolve realização de mostras periódicas de filmes. O projeto teve início em 2008 e apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig).

A realização da terceira edição do Colóquio é considerada um desdobramento das atividades da mostra “Mestres da 7ª Arte: Alfred Hitchcock”, realizada entre 2013 e 2014. Veja a matéria da Revista Minas Faz Ciência, que destacou o projeto (pág. 19).

Os coordenadores do projeto são os professores Márcio Norberto Farias (DEF) e Luciana Azevedo Rodrigues (DED).