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Simpósio da Física, Tecnologia e Inovação na UFLA teve a presença de cientistas renomados

primeiro dia evento_mascarenhas_ASCOM (4)O II Simpósio da Física, Tecnologia e Inovação, realizado na última semana na Universidade Federal de Lavras (UFLA), contou com palestrantes de destaque na área. O cientista Sérgio Mascarenhas, 87 anos, com importantes contribuições na pesquisa científica, em especial na área de materiais, foi um dos mais esperados no evento. O pesquisador não pôde estar presente e ministrou toda a palestra por telefone e, ainda assim, o anfiteatro do Departamento de Exatas (DEX) ficou lotado de estudantes e professores interessados. A palestra de Mascarenhas “Desafios da ciência, tecnologia e inovação do século XXI” foi responsável pela abertura do Simpósio.

Atualmente, Mascarenhas é professor titular aposentado da Universidade de São Paulo (USP). Além disso, chegou a ser professor visitante nas Universidades de Princeton, Harvard e MIT, nos Estados Unidos; na Universidad Nacional Autónoma de México; no Institute of Physical and Chemical Research do Japão; na London University (Reino Unido) e, na Itália, no Abdus Salam International Centre for Theoretical Physics e na Università di Roma.

Para o cientista é necessário que as áreas estejam sempre interligadas, pois, segundo ele, é fundamental que se pense na ciência juntamente com a área de humanas. “Sem filosofia a vida não tem graça; é como viver sem música. Temos que aceitar que a ciência é importante, mas também devemos ser humanistas. Não podemos manter a ciências das humanas separadas. É preciso ver a importância da poesia, das artes”.

Mascarenhas mostrou ao público a importância do fator social nas ciências, algo que ele fez durante toda a sua trajetória profissional. Mascarenhas contribuiu de maneira significativa em setores como agropecuária, saúde e educação.

primeiro dia evento_mascarenhas_ASCOM (2)“As universidades brasileiras são torres de marfim que não passam o conhecimento para a sociedade. A função do cientista brasileiro é ser mais proativo para melhorar a sociedade, para tentarmos diminuir a desigualdade”. Mascarenhas também ressaltou que a sociedade só pode funcionar plenamente se houver a integração entre governo, corporações privadas, e instituições de pesquisa. “No Brasil, infelizmente, essa interação é muito fraca, porque não há inovação. A minha proposta é de que nessa integração também haja gestão e planejamento estratégico”.

O cientista ressaltou que a UFLA está no caminho certo ao abrir espaço e fazer contato com instituições de outros países. “Nós fazemos parte de uma comunidade acadêmica que pensa no futuro. E para isso temos que ter contatos internacionais e a UFLA está no caminho certo”.

Após a palestra do cientista Mascarenhas, a programação do Simpósio teve continuidade com a contribuição de outros preleccionistas, pesquisadores de reconhecida competência da UFLA e de outras instituições referências na pesquisa básica e aplicada. É o caso de Ado Jário de Vasconcelos, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que abordou no primeiro dia de evento “O espalhamento inelástico de luz em nonoestruturas”; também Marx Silva, da UFLA, com a palestra “Desafios e inovações nos estudos de solo e ambiente utilizando veículo aéreo não tripulado”, e ainda Juliano Elvis de Oliveira, também da UFLA, que ministrou “Novas tendências em polímeros e nanotecnologia”.

Já no segundo dia, Eduardo Brito, da USP, explanou sobre “Inovação no ambiente acadêmico: quando oportunidades resolvem necessidades de nossa sociedade”. Já Sebastião Prata Vieira, também na USP, falou sobre“Aplicações da óptica nas áreas da saúde”. Também esteve presente o professor da USP Tito José Bonagamba que abordou a questão: “A Comunidade de Física pode participar do processo de Desenvolvimento Tecnológico Nacional?”. O pesquisador da UFLA Flávio Borém palestrou sobre os “Desafios recentes a pesquisa no setor cafeeiro”.

O Simpósio de Física, Tecnologia e Inovação propiciou aos participantes o compartilhamento de ideias e experiências com pesquisadores de reconhecida competência. A organização do evento foi realizada pelo Departamento de Física (DFI), sob a coordenação do professor Jefferson Esquina Tsuchida.

Texto: Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA.
Veja abaixo galeria de fotos (autoria: Marcus Ribeiro e Centro Acadêmico de Física)

Simpósio de Física, Tecnologia e Inovação está com inscrições abertas

agenda-2016O II Simpósio de Física, Tecnologia e Inovação propiciará aos participantes o compartilhamento de ideias e experiências com pesquisadores de reconhecida competência, tanto da Universidade Federal de Lavras (UFLA) quanto de instituições que são referências na pesquisa básica e aplicada. O evento será realizado nos dias 19 e 20 de maio e as inscrições já estão abertas. Os interessados em participar devem se inscrever no Sistema Integrado de Gestão (SIG).

O evento contará com a participação dos seguintes professores da UFLA: Flávio Meira Borém, Marx Leandro Naves Silva e Juliano Elvis de Oliveira. Também haverá a participação de professores de outras instituições, sendo eles o professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP) Sergio Mascarenhas de Oliveira; os também professores da USP Vanderlei Salvador Bagnato e Tito José Bonagamba e o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Ado Jório de Vasconcelos.

A organização do Simpósio é feita pelo Departamento de Física (DFI), sob a coordenação do professor Jefferson Esquina Tsuchida. Informações adicionais podem ser obtidas com Débora Guerra, através do telefone (35)3829-5104 ou pelo e-mail debora.guerra@dfi.ufla.br.

Confira aqui a programação completa do evento.

Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA, com sugestão de pauta de Bruna Rosaria Delfino de Abreu – bolsista Ascom/Proat (bruna.abreu@fisica.ufla.br)

Professor da UFLA ministrará palestra sobre a descoberta das ondas gravitacionais – participe

nogalesDepois do anúncio de que a ciência conseguiu, pela primeira vez, detectar a presença das ondas gravitacionais previstas pelo físico Albert Einstein em 1916, é hora de compartilhar com a comunidade os conhecimentos existentes sobre o assunto. A palestra “Ondas gravitacionais: Einstein confirmado!”, organizada na Universidade Federal de Lavras (UFLA) pela equipe do projeto de divulgação científica “A Magia da Física e do Universo”, terá esse objetivo.

O palestrante será o professor do Departamento de Física (DFI) José Alberto Casto Nogales Vera, que se dedicou, no doutorado e pós-doutorado, a temas relacionados à Relatividade Geral de Einstein. O evento ocorrerá na quinta-feira (18/2), às 16h, no Salão de Convenções da UFLA, e é aberto a todo público. Será a oportunidade para quem deseja entender a descoberta que marca “um dos momentos mais importantes da história da ciência” – de acordo com a equipe do projeto. A constatação do fenômeno tem impactos sobre a forma como se vê o cosmos, e a palestra permitirá ao público conhecer mais detalhes sobre esses efeitos.

Para quem deseja receber certificado de participação na palestra, é possível fazer inscrição pelo Sistema Integrado de Gestão (SIG).

O anúncio de que as ondas gravitacionais haviam sido detectadas foi feito em 11/2, por um consórcio internacional de cientistas, que trabalha no projeto Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory (Ligo). A colisão entre buracos negros, ocorrida há 1,3 bilhão de anos, liberou as ondas no espaço, observadas em setembro de 2015 pelos cientistas.

 

Confira o que vem sendo publicado sobre o fenômeno (links abaixo) e compareça à palestra para aprofundar seus conhecimentos.

Blog do projeto “A Magia da Física e do Universo” (com conteúdo reunido pelo professor José Nogales).

Fantástico vai a observatório que detectou as “ondas gravitacionais”.

Veja como as ondas gravitacionais mudarão a visão do cosmos.

Experimento vê ondas gravitacionais: fenômeno previsto por Einstein.

 

Sobre o projeto de extensão/divulgação científicaconvite-palestra-ondas-gravitacionais

Coordenado pelos professores do DFI Nogales Vera e Karen Luz Burgoa Rosso, o projeto de extensão A Magia da Física e do Universo desenvolve atividades para despertar a curiosidade e o interesse das pessoas para os fenômenos astronômicos. Criado em janeiro de 2009, integra também ensino e pesquisa científica e inclui atividades dirigidas a escolas da região e à população em geral. Durante os períodos letivos, são promovidas oficinas semanais para divulgação e popularização de informações científicas. “Festa das Estrelas” é o nome da oficina que ocorre aos sábados à noite, no Museu de História Natural (MHN), câmpus histórico da UFLA.

O apoio às atividades é do MHN, dos departamentos de Física (DFI) e de Ciências Exatas (DEX), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e das pró-reitorias de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec), de Extensão e Cultura (Proec), de Pesquisa (PRP) e de Graduação (PRG).

Internacionalização: Professores do DFI estiveram no Reino Unido em outubro

O Departamento de Física da Universidade Federal de Lavras (DFI/UFLA) avança em suas ações de internacionalização. No mês de outubro deste ano, os professores Onofre Rojas e Jenaína Ribeiro Soares  estiveram no Reino Unido participando de atividades distintas, que visam à criação de colaboração científica e de parcerias com grupos de pesquisas de universidades reconhecidas no cenário internacional.

Na Universidade de Cambridge, novos nanomateriais bidimensionais foram o foco dos trabalhos

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Professora Jenaina fez apresentações na Universidade de Cambridge.

A experiência e as publicações da professora Jenaina Ribeiro Soares na área de novos nanomateriais bidimensionais levaram-na a ser indicada para contribuir com trabalhos em desenvolvimento na Universidade de Cambridge (Cambridge University). No período de 26/9 a 29/10 ela esteve na instituição britânica, onde fez apresentações, reuniu-se com diferentes pesquisadores, discutiu possibilidades de parceria entre as duas instituições e participou da finalização de trabalho iniciado antes mesmo de sua viagem.

De acordo com Jenaina, o diretor do Centro de Grafeno de Cambridge (Cambridge Graphene Centre – CGC), professor Andrea Ferrari, buscava um especialista que pudesse contribuir na construção teórica de explicações para a resposta experimental que ele detectou em amostras de várias famílias de novos nanomateriais bidimensionais (como por exemplo, o grafeno, uma monocamada de espessura atômica de átomos de carbono arranjados em forma de colméia de abelha). Com a indicação dela para o trabalho, as atividades conjuntas começaram a ser feitas em julho deste ano a distância, por meio de reuniões e mensagens com a mediação da Internet.

A viagem de Jenaína ao Reino Unido tornou-se, então, necessária à finalização dos trabalhos e à expansão da colaboração, para planejamento de projetos futuros conjuntos, inclusive com perspectiva de intercâmbio de pesquisadores da Cambride University para a UFLA e vice-versa. Os custos do deslocamento (passagem e estadia) foram financiados pelos projetos do professor Andrea Ferrari. “Em termos de pesquisa, os resultados desse um mês de trabalho no exterior foram surpreendentes. Desenvolvemos uma teoria com a qual é possível obter informações bastante gerais sobre a atividade Raman e Infravermelho de novas famílias de nanomateriais bidimensionais, utilizando para isso aspectos básicos de simetria. Esses novos materiais podem ser obtidos a partir de cristais de estrutura laminar bem conhecidos na literatura, mas que quando esfoliados, geram novas estruturas com poucas camadas atômicas. As propriedades eletrônicas, vibracionais, ópticas e mecânicas desses nanomateriais são totalmente diferentes, principalmente devido a quebras de simetria e confinamento dos elétrons”, avalia a professora.

Segundo Jenaína, esses novos materiais são tratados como a aposta do futuro para a indústria de novos dispositivos eletrônicos e ópticos, que podem então ter espessuras atômicas. “Como colaborador nesse trabalho temos também o renomado professor Nicola Marzari, da Ecole Polytechnique Féderale de Lausanne (EPFL), que em seu trabalho de mineração de dados encontrou mais de 4800 novos materiais nos quais nossa teoria pode ser aplicada. Com isso esperamos uma publicação importante e que será referência para trabalhos futuros nesta área de pesquisa”, diz.

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À direita de Jenaina está o professor Andrea Ferrari. Eles estão acompanhados por integrantes da delegação brasileira do MackGraphe.

Durante sua estada na Cambridge University, a professora conheceu a estrutura do Centro de Grafeno de Cambridge e as pesquisas lá desenvolvidas, participou de reuniões com pós-doutores do Centro para discutir possibilidades de cooperação em trabalhos já em execução e de propostas de novas pesquisas que possam ser feitas em parceria com o DFI/UFLA. “Durante esse tempo, participei ainda da recepção da delegação de brasileiros da Universidade Presbiteriana Mackenzie (de São Paulo), que sedia o MackGraphe, um centro de pesquisa voltado para nanomateriais bidimensionais (como o grafeno e semelhantes). Neste momento foi possível discutir futuras cooperações da UFLA tanto com o MackGraphe quanto com a Cambridge University”.

Na programação das atividades de Jenaína no Reino Unido, esteve também a apresentação de um seminário direcionado a especialistas de diversas áreas de pesquisa em nanomateriais, no qual ela relatou seus trabalhos publicados anteriormente utilizando Teoria de Grupos e falou sobre as perspectivas de novas cooperações. Houve também um workshop sobre aspectos de simetria em nanomateriais. Em três horas de apresentação, a professora esclareceu para o grupo de pesquisa os pontos necessários ao entendimento dos resultados da pesquisa realizada com o professor Andrea Ferrari.

Estágio de pesquisa na Universidade de Coventry: uma consequência do Programa de Reconhecimento à Produção Científica de Alto Impacto Acadêmico da UFLA

A Universidade de Coventry (Coventry University) recebeu o professor do DFI Onofre Rojas entre 3/10 e 20/10. Ele passou por um estágio de pesquisa, viabilizado por meio do Edital DRI 01/2015, referente ao Programa de Reconhecimento à Produção Científica de Alto Impacto Acadêmico. O professor participou na instituição britânica do desenvolvimento de projetos relacionados a física estatística e estudo de zeros da função de partição em redes bidimensionais, como a rede Bethe.

Avaliando o resultado da experiência, Onofre está otimista quanto a trabalhos futuros, prevendo também benefícios para a pós-graduação em Física da UFLA. “Acho que criaremos uma ótima colaboração, que será importante para futuros projetos e visitas mútuas”, diz.

O Programa de Reconhecimento à Produção Científica de Alto Impacto Acadêmico é uma ação do Plano de Internacionalização da UFLA, sendo coordenado e implementado pela DRI, com a participação da Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP), da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) e da Pró-Reitoria de Graduação (PRG). Em fluxo contínuo, docentes ou servidores técnico-administrativos, credenciados em programa de pós-graduação da UFLA, enviam suas propostas e podem receber recursos para diárias e passagens para participação em eventos e reuniões científicas internacionais de alta relevância. O critério de avaliação é a publicação de artigos com parceria internacional em periódicos com classificação Qualis Capes A1 e A2 .

O objetivo do Programa é elevar a quantidade de artigos científicos publicados pelo corpo docente da UFLA em veículos de divulgação científica de alto impacto internacional (Consulte o edital vigente para saber mais).

Público compareceu à UFLA para observar eclipse lunar e obter informações científicas

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Foto: Marcus Ribeiro (iMarcusj)

Cerca de 200 pessoas se reuniram no domingo (27/9) no câmpus histórico da Universidade Federal de Lavras (UFLA) para contemplar o eclipse total da superlua. Elas participaram das atividades organizadas pela equipe do projeto A Magia da Física e do Universo. Palestra e observação o céu a olho nu e com telescópios estiveram na programação da noite.

Apesar dos momentos de chuva passageira e de nebulosidade, em boa parte do tempo foi possível observar o fenômeno. O professor do Departamento de Física (DFI) José Alberto Casto Nogales Vera comenta os instantes em que o satélite esteve totalmente encoberto pela sombra da terra, visível pela coloração avermelhada. “Esse foi um momento de grande emoção, muito comemorado pelos participantes. Ocorreu por volta de 23h15”.

Para quem se interessou em conhecer detalhes sobre o fenômeno, foi oferecida a opção de participar da palestra proferida no Museu de História Natural (MHN).  A apresentação foi feita pela estudante de Ciências Biológicas Cibelly Pereira Ferreira e pelo estudante de Engenharia de Controle e Automação Rodrigo André Ferreira Moreira, ambos integrantes do projeto de extensão A Magia da Física e do Universo.

Sobre os fenômenos astronômicos de 27/9

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O eclipse total da Lua ocorre quando o satélite é encoberto pela sombra da Terra. No fenômeno do último domingo (27/9), por causa dos raios de sol refratados pela atmosfera terrestre, a Lua ganhou aparência avermelhada durante o eclipse, não desaparecendo por completo e dando origem à conhecida Lua de Sangue.

O eclipse também coincidiu o fenômeno chamado superlua – pelo qual o satélite entra na fase cheia a menos de 24 horas de alcançar seu ponto mais próximo da Terra, parecendo maior aos olhos do observador. O ponto é denominado Pirigeu. A Lua de Pirigeu é mais brilhante e aparentemente maior.

Apenas em 2019 haverá nova oportunidade, no Brasil, para a contemplação de um eclipse lunar. Se considerados os dois fenômenos – eclipse e superlua – na mesma data, nova ocorrência será apenas em 2033.

Sobre o projeto de extensão

Coordenado pelo professor Nogales Vera e pela professora do DFI Karen Luz Burgoa Rosso, o projeto A Magia da Física e do Universo desenvolve GEDSC DIGITAL CAMERA

atividades para despertar a curiosidade e o interesse das pessoas para os fenômenos astronômicos. Criado em janeiro de 2009, integra também ensino e pesquisa científica e inclui atividades dirigidas a escolas da região e à população em geral. Durante os períodos letivos, são promovidas oficinas semanais para divulgação e popularização de informações científicas.

O apoio às atividades é do MHN, dos departamentos de Física (DFI) e de Ciências Exatas (DEX), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e das pró-reitorias de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec), de Extensão e Cultura (Proec), de Pesquisa (PRP) e de Graduação (PRG).

Fotos da Lua presentes na galeria: iMarcusj.
Foto feita por Marcus Ribeiro, na UFLA, durante o eclipse.
Foto feita por Marcus Ribeiro, na UFLA, durante o eclipse.

Física mais do que Divertida: palestra de professor da UFMG abordou o ensino lúdico do conteúdo

fisica-divertida-2Cerca de 40 pessoas se reuniram no anfiteatro do Departamento de Ciências Exatas da Universidade Federal de Lavras (DEX/UFLA) para conhecer a experiência do autor do livro “Física mais do que Divertida”. O professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Eduardo de Campos Valadares esteve na instituição na sexta-feira (11/9) para participar de uma defesa de dissertação do Programa de Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física. Foi a oportunidade para partilhar com estudantes e professores a história das ações que deram origem ao livro.

Para Eduardo, o ensino da ciência ainda é um desafio no país. “O sistema educacional brasileiro é baseado no ensino enciclopédico. Meu trabalho envolveu várias atividades na tentativa de explorar o aspecto lúdico da ciência, de tornar a Física mais atraente e mais próxima da realidade dos alunos”, explicou. Durante os 50 minutos de apresentação, enfatizou seu objetivo de levar a Física para mais perto das pessoas. “Escolhi o mundo como sala de demonstrações”, disse ele, ao defender a utilização de fenômenos e exemplos simples para explicar a ciência.

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Eduardo utilizou recursos disponíveis no próprio Anfiteatro para demonstrar como coisas simples do dia a dia podem auxiliar no ensino da Física.

O projeto desenvolvido pelo professor Eduardo para o “ensino divertido da Física” incluiu a realização de oficinas no parque e no shopping, a montagem de laboratório interativo, shows de ciências e atividades similares em diferentes partes do Brasil e do mundo. Realizou atividades na Costa Rica, no Marrocos, na Colômbia e na Hungria.

Neste ano, o livro “Física mais do que Divertida” completa 15 anos e está em sua terceira edição. Já foi traduzido para inglês, alemão, espanhol, turco e basco.

Outras produções do palestrante

Além do livro traduzido para cinco idiomas, professor Eduardo é autor também de uma biografia de Isaac Newton (“Newton – A órbita da Terra em um copo d´água”), sendo também um dos autores da obra “Aplicações da Física Quântica: Do transistor à nanotecnologia”. Desenvolve projetos que visam fomentar a cultura de inovação e proatividade nos cursos de graduação, além daqueles destinados a revitalizar o ensino de Física. A tradução de poesias também tem se estabelecido como uma atividade da qual se orgulha.

Defesa de Dissertação

A banca da qual professor Eduardo participou na UFLA foi a defesa de Mestrado do estudante José Amilton Fernandes, orientado pelo professor do DEX Ulisses Azevedo Leitão, com coorientação do professor Gilberto Lage. Essa foi a quinta defesa, feita na UFLA, referente ao Programa de Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física. O programa é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Física que tem como público-alvo professores do Ensino Médio e Fundamental. A UFLA hospeda um polo regional do Programa, onde são ministradas as disciplinas do currículo e ocorrem orientações de dissertações.

Seguindo os princípios defendidos pelo professor Eduardo, o trabalho de José Amilton apresenta uma proposta para o ensino dos fundamentos do eletromagnetismo de forma experimental e desafiadora em turmas de Ensino Médio. Para Eduardo, a pesquisa vai ao encontro dos desafios contemporâneos. “O autor é um professor de escola pública refletindo sobre novos enfoques para o ensino da Física e apostando nos experimentos”, comenta.

José Amilton desenvolveu também um equipamento que pode ser utilizado em escolas públicas, para que os estudantes observem a força magnética. A defesa foi realizada na sexta-feira (11/9), após a palestra, às 15h30.

Festa das Estrelas terá edição especial nos dias 1º e 2/9 – todos estão convidados a participar

Oficina Festa das Estrelas - maio/2014.
Oficina Festa das Estrelas – maio/2014.

A equipe do projeto de extensão A Magia da Física e do Universo convida toda a comunidade para suas atividades do período noturno que ocorrerão durante o evento Estação Ciência. Além de receber os estudantes de escolas públicas e particulares que estarão participando do projeto, a estrutura permitirá que outras pessoas interessadas também compareçam. Essa parte da programação vai das 18h30 às 20h, nos dias 1º e 2 de setembro, e ocorrerá no Pavilhão de Aulas V (ou Nave II).

Os participantes assistirão ao documentário “As irmãs do Sol”, apresentado pelo Astrofísico Neil Tyson. O episódio faz parte da série “Cosmos: uma Odissea no espaço-tempo”. Após a exibição, haverá breve debate sobre o tema.

Às 19h30 terão início observações astronômicas. A olho nu serão observados o Centro da Via Lactea (com destaque do buraco negro Sagitario A), assim como as constelações de Escorpião, Sagitário, Águia, Centauro, Cruzeiro do Sul, Cisne, Hércules e Pégasus. Com o auxílio de telescópios será possível observar o planeta Saturno e sua Lua Titan, o Aglomerado da Borboleta (NGC 6405) e – pela primeira vez em Lavras – a equipe do Projeto conduzirá a observação do Aglomerado Caixa de Jóias (NGC4755).

A Estação Ciência é um evento que integra a Semana de Ciência, Cultura e Arte da Universidade Federal de Lavras (UFLA). As atividades são destinadas a estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do 1º ano do Ensino Médio. Cerca de dois mil visitantes devem passar pelas 15 estações que serão montadas para apresentar a eles pesquisas e informações que poderão contribuir para despertar nos grupos o interesse pela ciência.

Já o projeto A Magia da Física e do Universo desenvolve regularmente, durante os períodos letivos, a oficina Festa das Estrelas, que será reproduzida nas duas noites de realização da Estação Ciência. A oficina normalmente ocorre aos sábados, às 19h, no Museu de História Natural, câmpus histórico.

Chuva de Meteoros Perseidas poderá ser observada entre 12/8 e 14/8

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Meteoro da chuva de meteoros Perseida (2009). Foto extraída da Wikipedia.

Depois da Lua Azul, outro fenômeno astronômico é esperado para os próximos dias – a chuva de meteoros Perseidas, conhecida como Lágrimas de San Lorenzo. Novamente, os professores coordenadores do projeto “A Magia da Física e do Universo”, Karen Luz Burgoa Rosso e José Nogales, dão sua contribuição para disseminação do conhecimento científico, explicando o que o observador poderá contemplar no céu, principalmente no pico do fenômeno: entre 12/8 e 14/8.

Os interessados em contemplar o movimento de 60 meteoros por hora devem olhar na direção da constelação de Perseu, localizada entre o norte e leste. Essa observação deve ser feita a partir das duas horas da madrugada. A lua crescente também deverá estar visível, mas não impedirá a observação da chuva de meteoros. Não é necessário nenhum equipamento especial, como telescópios e binóculos, para identificar o fenômeno. É recomendável apenas que a pessoa esteja em um local escuro, longe da poluição luminosa das cidades. Um quintal que permita a observação do horizonte e esteja livre de luzes pode ser uma boa opção, mas recomenda-se ficar por cerca de 30 minutos na escuridão, para que haja dilatação das pupilas e, assim, a possibilidade de enxergar os meteoros de brilho menos intenso.

Esta chuva de meteoros ocorre anualmente, quando a Terra cruza a órbita do cometa Swift-Tuttle, que tem um período de translação à volta do Sol de 130 anos. Essa órbita contém partículas pequenas como grãos de areia e materiais rochosos. Elas foram liberadas da cauda do cometa quando de suas passagens próximas ao Sol. Quando essas partículas entram na atmosfera da Terra, são aquecidas pelo atrito e se dá a combustão, fazendo com que elas brilhem por alguns segundos e deixem rastros de luz (assemelham-se a estrelas em movimento, por isso são chamadas estrelas cadentes).

Entre os objetos celestes que passam perto da Terra por várias vezes, o cometa Swif-Tuttle é o maior. Quando, em 69 a.C., os chineses observaram um comenta, provavelmente era o Swif-Tuttle. A previsão é de que apareça novamente em 2126. O que será observado em agosto de 2015, portanto, é apenas a “chuva” provocada por partículas que estão em sua órbita.

Para registrar o fenômeno

Uma forma de contar os meteoros durante o fenômeno é fotografá-los. É necessário utilizar lentes grande angulares, em exposições de longa duração, com uso de tripé. Depois, é só contar os traços aparecerão nas fotos.

Outra experiência possível durante a chuva de meteoros é com o rádio. Sintonizando-o em uma estação distante e fora de alcance, observa-se que o rádio passa a funcionar bem quando os meteoritos entram na atmosfera, já que ionizam camadas de ar que refletem o sinal.

Associação às lágrimas de São Lourenço

São Lourenço foi um mártir católico que viveu em Roma no segundo século depois de Cristo. Seguindo perseguições do imperador romano Valeriano, foi queimado vivo. Nas noites seguintes à execução, ocorreu a chuva de meteoros Perseidas e as pessoas associaram as imagens às lágrimas do mártir.

 

Com base na experiência da UFLA, residência de Lavras tornou-se geradora de energia elétrica

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O comerciante Maurício (à esq.) recebe em sua casa os professores da UFLA Joaquim (à dir.) e Silvia (centro).

Contando com o apoio de professores e estudantes da Universidade Federal de Lavras (UFLA), o comerciante Maurício Villela de Gouvêa Júnior transformou sua casa em uma mini-usina de geração de energia elétrica, iniciativa inédita em Lavras. Dando sua contribuição à causa da sustentabilidade, ele instalou na residência 13 células fotovoltaicas que geram energia elétrica a partir da luz solar.

Essa energia é utilizada na rotina da casa e o excedente é transferido para a rede da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Com isso, ele já registra uma economia de aproximadamente 70% em sua conta de energia, além de ceder à rede aproximadamente 150 kW/mês, energia suficiente para abastecer uma residência com quatro moradores. Os valores de geração variam de acordo com o período do ano, com a incidência de chuvas e com a presença de nuvens.

Maurício conta que em 2014, quando se tornou preocupante o baixo nível de água nas represas, ele resolveu buscar formas de consumo mais sustentáveis. Pesquisou sobre a geração de energia fotovoltaica em fontes do Rio de Janeiro, São Paulo e outros locais. “Um dia, minha esposa leu em um jornal local sobre um projeto da UFLA que envolvia essa tecnologia. De posse do nome do professor responsável por aqueles trabalhos, fui procurar por ele, buscando ajuda para transformar meus planos em realidade”. Foi então que o professor do Departamento de Física (DFI) da UFLA Joaquim Paulo da Silva começou a dar suporte ao projeto de Maurício, com o apoio de estudantes e outros interessados no tema.

Além de ajudar o comerciante com os conhecimentos técnicos, a equipe da UFLA tem a oportunidade, com o projeto, de image026desenvolver pesquisas sobre a geração de energia fotovoltaica. “Embora seja um sistema de alta confiabilidade, ainda precisa ser acompanhado e analisado. São necessários estudos que avaliem a qualidade da energia gerada e seu impacto para a rede elétrica da concessionária”, explica a professora do Departamento de Engenharia (DEG) Silvia Costa Ferreira, que também acompanha os trabalhos. Para Joaquim, a participação da UFLA nos projetos de Maurício é muito positiva, principalmente para os estudantes, que podem observar na prática um projeto inovador na área. “Essa experiência complementa a dos ecobicicletários instalados do câmpus. Há uma série de dados e técnicas a serem analisados”, explica.

Desde 17 de abril de 2012, quando entrou em vigor a Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012, o consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis e, inclusive, pode fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade. Portanto, residências podem se transformar em minigeradoras ou microgeradoras de energia, o que pode lhes trazer redução de custos e levar benefícios ao sistema elétrico do país, com baixo impacto ambiental, redução no carregamento das redes, minimização das perdas e diversificação da matriz energética

O funcionamento da produção de energia na residência

As 13 células fotovoltaicas instaladas no telhado da casa do Maurício reagem com a luz do sol e produzem energia elétrica, em tensão contínua. Elas estão ligadas ao um aparelho chamado inversor solar, que transforma a tensão contínua em tensão alternada, compatível com a rede elétrica da Cemig.

A energia elétrica resultante desse processo de transformação é utilizada na residência durante todo o dia, enquanto houver geração a partir da luz solar. No caso de Maurício, a energia produzida é suficiente para cobrir toda a sua demanda no período diurno. Eletrodomésticos, iluminação e qualquer aparelho elétrico funcionam com a energia produzida na própria casa.

Há ainda o excedente, ou seja, energia produzida e não utilizada, que é transferida para a rede elétrica da Cemig após passar por um relógio de luz bidirecional. Esse relógio permite medir tanto a energia da rua que é consumida na residência quanto a energia da residência que é cedida para a rede elétrica. O excedente transmitido à rede gera créditos para Maurício.

Na conta de luz de uma residência com esse sistema de geração são cobrados os impostos e a energia da Cemig eventualmente utilizada, principalmente a que mantém a casa no período noturno. O professor Joaquim explica que, mesmo para a noite, é possível aproveitar a energia fotovoltaica produzida, mas é necessária uma bateria que a armazene, recurso no qual Maurício ainda não investiu. “É prudente que primeiro possamos observar como esse sistema vai se comportar para depois evoluir no projeto”, explica Joaquim.

A estimativa é de que, para recuperar o investimento feito no sistema, o comerciante precise de  três a cinco anos em economia nas contas mensais de energia elétrica. Para ele, os cálculos são positivos. “Mesmo com retorno em médio prazo, vale a pena o investimento porque é uma contribuição com o meio ambiente, é uma forma de gerar energia limpa e renovável e, quem sabe, estimular outras pessoas a fazer o mesmo”, diz.

Energia fotovoltaica é diferente do sistema coletor solar térmico. Nesse último caso, os raios de sol são usados para gerar calor, principalmente para aquecimento de água e ambientes. A energia solar utilizada para geração de energia elétrica é chamada fotovoltaica.

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II Seminário de Energias Renováveis será realizado na UFLA – inscrições abertas

seminario-energias-renovaveisDe 25/6 a 27/6 será realizada na Universidade Federal de Lavras (UFLA) a segunda edição do Seminário de Energias Renováveis. Serão seis palestras, uma mesa-redonda e quatro minicursos. As inscrições dos interessados podem ser feitas na Secretaria do Departamento de Ciências Exatas (DEX). Para a programação geral estão disponíveis 325 vagas.

O evento é organizado pelo Núcleo de Estudos em Energias Renováveis (Neer). De acordo com o professor do Departamento de Física (DFI) Joaquim Paulo da Silva, que coordena as atividades, a primeira edição do Seminário, realizada em 2014, foi muito bem avaliada pelo grupo. “Tivemos 140 inscritos, com significativa participação dos presentes e envolvimento nas discussões, principalmente durante a mesa-redonda sobre as tecnologias de energias renováveis”, relata.

A programação deste ano traz novidades. As propostas governamentais para a produção de energias renováveis serão apresentas pelo secretário substituo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Jorge Mário Campagnolo. O cenário e as perspectivas para o segmento da energia eólica serão tratados na palestra do engenheiro Sandro Yamamoto, da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). Também enriquecerão as discussões palestras sobre novos materiais para conservação de energia solar, sobre sistemas de certificação energética e ambiental em parques edificados e sobre biomassa.

Nas atividades também está prevista a apresentação da experiência da Associação dos Agricultores Familiares do Quilombo Nossa Senhora do Rosário (Aqui3P), que tem desenvolvido seus trabalhos com o apoio de diferentes setores da UFLA, notadamente os Engenheiros sem Fronteira (EsF- Núcleo Lavras).

Os minicursos terão os temas “Novos Materiais para Conservação de Energia Solar”, “Simulação Computadorizada de Desempenho” (voltado preferencialmente aos estudantes de Engenharia), “Usina de Biogás” e “Dimensionamento de Painéis Solares Residenciais”. Cada um deles prevê a participação de até 40 pessoas. Apenas no último minicurso citado o público ficará limitado a 20 participantes.

Quem vai participar das palestras realiza a inscrição mediante um investimento de R$ 15,00. Para os minicursos, há o valor adicional de R$ 5,00.

Confira abaixo a programação:

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Minicursos:

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Com informações de Natália Naves, bolsista Ascom/DEX.