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Dicas de português: Dicas e curiosidades da língua portuguesa (3)

13 – Agradecer pela/ agradecer a

Erro: Agradecemos pela preferência

Forma correta: Agradecemos a preferência

Explicação: O certo é agradecer a alguém alguma coisa. Exemplo: Agradeço a Deus a graça recebida.

14 – Aluga-se/ alugam-se

Erro: Aluga-se apartamentos

Forma correta: Alugam-se apartamentos

Explicação: O sujeito da oração (apartamentos) concorda com o verbo.

15 – Anexo/ anexa/ em anexo

Erro: Segue anexo a carta de apresentação.

Formas corretas: Segue anexa a carta de apresentação. Segue em anexo a carta de apresentação.

Explicação: Anexo é adjetivo e deve concordar com o substantivo a que se refere, em gênero e número. A expressão em anexo é invariável. Laurinda Grion, autora de “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)” lembra que alguns estudiosos condenam o uso da expressão em anexo. Portanto, dê preferência à forma sem a preposição.

 16 – Ao invés de/ em vez de

Erro: Ao invés de comprar carros, compraremos caminhões para aumentar nossa frota.

Forma correta: Em vez de comprar carros, compraremos caminhões para aumentar nossa frota.

Explicação: “Ao invés de” representa contrariedade, oposição, o inverso. “Em vez de” quer dizer no lugar de. É uma locução prepositiva, sendo terminada em de normalmente.

17 – Aonde/onde

Erro: Não sei aonde fica a sala do diretor

Forma correta: Não sei onde fica a sala do diretor

Explicação: O advérbio onde indica lugar em que algo ou alguém está. Deve ser utilizado somente para substituir vocábulo que expressa a ideia de lugar. Exemplo: Não sei onde fica a cidade de Araguari. O advérbio aonde indica também lugar em que algo ou alguém está, porém quando o verbo que se relacionar com “onde” exigir a preposição “a”, deve-se agregar esta preposição, formando assim, o vocábulo “aonde”. Expressa a ideia de destino, movimento, conforme exemplo a seguir: aonde você irá depois das visitas?

18 – Ao meu ver/ a meu ver

Erro: Ao meu ver, a reunião foi um sucesso

Forma correta: A meu ver, a reunião foi um sucesso.

Explicação: Não existe a expressão ao meu ver. As formas corretas são: a meu ver, a nosso ver, a vosso ver.

Fonte: exame.abril.com.br

Paulo Roberto Ribeiro

Dicas de português: Dicas e curiosidades da língua portuguesa (2)

7- À partir de/ a partir de

Erro: À partir de novembro, estarei de férias

Forma correta: A partir de novembro, estarei de férias.

Explicação: Não se usa crase antes de verbos

8 – A pouco/ há pouco

Erro: O diretor chegará daqui há pouco.

Forma correta: O diretor chegará daqui a pouco.

Explicação: Nesse caso, há pouco indica ação que já passou, pode ser substituído por faz pouco tempo. A pouco indica ação que ainda vai ocorrer, a ideia é de futuro.

9 – À prazo/ A prazo

Erro: Vamos vender à prazo

Forma correta: Vamos vender a prazo.

Explicação: Não se usa crase antes de palavra masculina.

10 – À rua/ Na rua

Erro: José, residente à rua Estados Unidos, era um cliente fiel.

Forma correta: José, residente na rua Estados Unidos, era um cliente fiel.

Explicação: Os vocábulos residir, morador, residente, situado e sito pedem o uso da preposição em.

11 – A vista/ à vista

Erro: O pagamento foi feito a vista.

Forma correta: O pagamento foi feito à vista.

Explicação: Ocorre crase nas expressões formadas por palavras femininas. Exemplos: à noite, à tarde, à venda, às escondidas e à vista.

 12 – Adequa/ adequada

Erro: O móvel não se adequa à sala

Forma correta: O móvel não é adequado à sala.

Explicação: Adequar é um verbo defectivo, ou seja, não se conjuga em todas as pessoas e tempos. No presente do indicativo são conjugadas apenas primeira e a segunda pessoa do plural (nós adequamos, vós adequais).

Fonte: exame.abril.com.br

Paulo Roberto Ribeiro

Dicas de português: Dicas e curiosidades da língua portuguesa

1 – A/há

Erro: Atuo no setor de controladoria a 15 anos.

Forma correta: Atuo no setor de controladoria há 15 anos.

Explicação: Para indicar tempo passado usa-se o verbo haver.

2 – A champanhe/ o champanhe

Erro: Pegue a champanhe e vamos comemorar.

Forma correta: Pegue o champanhe e vamos comemorar.

Explicação: De acordo com o Dicionário Aurélio, a palavra “champanhe” provém do francês “champagne” e é um substantivo masculino, como defende a maioria dos gramáticos, explica Diogo Arrais, professor do Damásio Educacional

3- A cores/ em cores

Erro: O material da apresentação será a cores

Forma correta: O material da apresentação será em cores

Explicação: Se o correto é material em preto em branco, o certo é dizer material em cores, explica Laurinda Grion no livro “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”.

4 – A domicílio/ em domicílio

Erro: O serviço engloba a entrega a domicílio

Forma correta: O serviço engloba a entrega em domicílio

Explicação: No caso de entrega usa-se a forma em domicílio. A forma a domicílio é usada para verbos de movimento. Exemplo: Foram levá-lo a domicílio.

 5 – A longo prazo/ em longo prazo

 Erro: A longo prazo, serão necessárias mudanças.

 Forma correta: Em longo prazo, serão necessárias mudanças.

 Explicação: Usa-se a preposição em nos seguintes casos: em longo prazo, em curto prazo e em médio prazo.

 6 – A nível de/ em nível de

 Erro: A nível de reconhecimento de nossos clientes atingimos nosso objetivo.

 Forma correta: Em relação ao reconhecimento de nossos clientes atingimos nosso objetivo

 Explicação: De acordo com o professor Reinaldo Passadori, o uso de “a nível de” está correto quando a preposição “a” está aliada ao artigo “o” e significa “à mesma altura”.

 Exemplo: Hoje, o Rio de Janeiro acordou ao nível do mar. A expressão “em nível de” está utilizada corretamente quando equivale a “de âmbito” ou “com status de”. Exemplo: O plebiscito será realizado em nível nacional.

Fonte: exame.abril.com.br

Paulo Roberto Ribeiro

Dicas de português: se se sabe ou se se sente…

Muitas pessoas me perguntam se está certo escrever dois “se” juntos.

Veja os quatro exemplos seguintes:
1 – Paulino Jacques também faz uma crítica a essa terminologia, advertindo que é ambígua porque não se sabe se se trata de um novo direito ou do próprio direito do trabalho.

2 – Se se aplicasse ao direito do trabalho a simples divisão usual do Direito em público e privado, separar-se-ia aquilo que vive em união interna.

3 – Nessas frases haveria clareza se se observasse a regra citada.

4 – Se se tratar da entrada, informe o responsável pelo setor de compras.

 

As frases acima, de 1 a 4, estão corretas, perfeitas. Em 2, 3 e 4 seria possível trocar o primeiro SE, que é conjunção condicional, por “caso”, o que contudo não significa melhor estilo, mas apenas uma alternativa de redação:

 

2) Caso se aplicasse ao direito do trabalho a simples divisão…

3) Haveria clareza caso se observasse a regra citada.

4) Caso se tratar da entrada, informe o responsável…

 

No mais, é impossível a ênclise (o pronome depois do verbo) porque a conjunção subordinativa se atrai o pronome. E atrai justamente por questões de eufonia. Vejam como soaria mal:

*Não se sabe se trata-se… *Se aplicasse-se… *Haveria clareza se observasse-se…

Não é à toa que Camões, há mais de quatro séculos, escreveu estes versos: “ Se se sabe ou se se sente, não (n)a digo a toda a gente ”… – provocando intencionalmente essa sonoridade.

Observem que o usual é pronunciar se no 1° e si no 2°, evitando-se o cacófato se-se.
Eis a explicação gramatical para o caso:

O 1º se é sempre conjunção condicional.

O 2º se é pronome, que pode ter três funções:

 

– partícula apassivadora:

Se se aplicasse a divisão… [= se fosse aplicada a divisão]

– indicativo de verbo pronominal:

Não sabe se se despede agora ou não, se se casa ou se se deita e espera.

– índice de indeterminação do sujeito:

Se se trata de novo direito, saberemos.

 

Fonte: www.linguabrasil.com.br

Paulo Roberto Ribeiro – Ascom

Dicas de português: Para reescrever sua carreira (6)

Problema de pontuação, principalmente da vírgula.

É comum encontrar o sujeito separado do verbo, ou o verbo separado do complemento, pelo uso de vírgula. Duas normas são essenciais:

1 – Jamais se separa o sujeito do predicado (verbo), mesmo que ambos estejam distantes. “Todos os empregados que precisem viajar para fora do país, devem comparecer ao serviço de medicina…” A vírgula depois de “país” separa o sujeito (empregados) de seu verbo (devem comparecer).

2 – Jamais se separa o verbo de seus complementos. Mesmo que o verbo esteja longe deles. “A Bolsa do Rio garantia, a bancos e corretoras, o pagamento da compra de ações feita…” “A bancos e corretoras” é objeto indireto; não pode aparecer entre vírgulas.

Separam-se por vírgulas orações intercaladas ou adjuntos adverbiais deslocados, no começo da frase (deslocados porque a ordem natural dos adjuntos é no fim da frase). O presidente, enquanto viajou, foi informado de tudo. Enquanto viajou, o presidente foi informado de tudo.

Falta de revisão do que escreve

A leitura e releitura do texto são fundamentais para evitar a divulgação de impropriedades, incoerências e repetições. A revisão contribui para obter a concisão, essencial no texto preciso e enxuto, expurgado de palavras desnecessárias, principalmente adjetivos e advérbios. A revisão é sobretudo um recurso para adequar o texto à norma culta, sempre com cuidado para preservar as informações fundamentais. Se as pessoas fizerem uma rápida leitura do que escrevem, eliminariam vários dos problemas detectados. Muitas pessoas têm bom português, mas fazem tudo com um senso de urgência que nem sempre se justifica. Acabam enviando mensagens com erros de digitação e de gramática.

Paulo Roberto Ribeiro – Ascom

Dicas de português: Para reescrever sua carreira (5)

Infinitivo flexionado:


Convém limitar a flexão do infinitivo aos casos em que for importante identificar o sujeito a que se refere. Mas não se flexiona o infinitivo quando:

1.Forma locução verbal (dois verbos funcionando como um; o verbo auxiliar – grifado – já indica o plural): Estavam impedidos de estender a ajuda a todos. (Não: “estenderem”.)

2.  O sujeito é o mesmo da oração principal: Alguns políticos acham que têm direito de enganar. (Não: “enganarem”).

3.  A oração infinitiva completa o sentido de substantivo e adjetivo – grifados – (o sujeito também é o mesmo): Não tiveram tempo de terminar a prova. (Não: “terminarem.”)

4.  O infinitivo depender dos verbos deixar, fazer, mandar, ouvir, sentir e ver – e tiver por sujeito um pronome oblíquo (o, a, os, as): Deixei-os esperar. Sentiu-as puxar-lhe a perna.
Flexiona-se o infinitivo quando ele tiver sujeito próprio, diferente do sujeito da oração principal, ou quando for preciso deixar claro tal sujeito:

 

         Era comum deitarem-se na mesma cama três pessoas.

         Lula disse existirem grandes problemas no país.

 

Paulo Roberto Ribeiro – Ascom

Dicas de português: Para reescrever sua carreira (4)

Má colocação de pronomes:

            Uma das falhas mais comuns no texto é a má colocação dos pronomes oblíquos (o, a, os, as, lhe, me, se,…). Nos exemplos seguintes, a boa colocação aparece entre parênteses.
“Não ficarão órfãs porque deixei-as já adultas …” (porque as deixei)

“… quando transferiu-se para …” (quando se transferiu)

“ … havia formado-se …” (havia-se formado ou havia se formado)

“… há os que acham que deve-se implantar…” . (que se deve)

“… chamarei-a de a descoberta da …” (chamá-la-ei ou a chamarei)

“… como manda-o…” (como o manda)

“… assim é que nós colocamos-lhe…” (que nós lhe colocamos)

Nesses casos, os pronomes oblíquos átonos são atraídos na oração para antes do verbo por palavras negativas e advérbios (não, nem, ainda, bastante, talvez, tanto…); conjunções (quando, enquanto, se…); pronomes relativos (que, nem, cujo…); pronomes pessoais (eu, tu…).

Jamais o pronome vem depois de verbos no particípio passado (formado, partido), no futuro do indicativo (caberá) ou do futuro do pretérito, o velho condicional (caberia). Nos casos em que não houver atração, será “havia-se formado”, “caber-lhe-ia”.

 

Escrever como fala:

Comunicação escrita e oral são muito diferentes. A linguagem escrita tem de ser mais elaborada, mais clara, mais definida, mais contida do que a oral. Ela não conta com os recursos do gesto, do tom, da mímica, das pausas, das repetições comuns à linguagem oral, é claro.
Claro também que quem fala tem o ouvinte à frente e se dirige a um público definido num contexto determinado. Por tudo isso não se deve escrever como se fala, com as repetições e as ênfases naturais à expressão oral. Pelo menos do ponto de vista da norma culta. O fato é que escrever e falar bem e agradar ao público ou destinatário certo constituem quase sempre um trabalho difícil, que exige empenho permanente.

 

Paulo Roberto Ribeiro – Ascom

Dicas de português: Para reescrever sua carreira (3)

 7- Problemas de regência:

Não: O Senador entrou e saiu do Congresso rapidamente. Entrar em, sair de.

Sim: O senador entrou no Congresso e saiu rapidamente.

Não: Olhei e simpatizei com Raimunda.

“Olhar” é verbo transitivo direto, rejeita preposição. “Simpatizar” é transitivo indireto, exige preposição (com)

Sim: Olhei Raimunda e simpatizei com ela.

Não: Assisti e gostei do jogo. Assistir ao jogo. Gostar do jogo.

Sim: Assisti ao jogo e gostei dele. Melhor: Gostei do jogo. (Se gostou é porque viu.).

Há quem defenda a mistura de regências porque o resultado é sintético. Mas o texto informativo deve evitar usos polêmicos.

8 – Dificuldade com “haver”:

Costuma-se confundir a concordância de “existir” com a de “haver”. “Haver” é impessoal e fica na 3ª pessoa quando significa “existir”: há seguros, há bons motivos.

“Haver” impessoal: Com sentido de existir, ocorrer, decorrer, fazer (tempo), haver é usado como impessoal e na 3ª pessoa do singular. Também fica na 3ª pessoa do singular o auxiliar do haver impessoal. Há bons redatores na editora. Com a queda das bolsas, houve pessoas que se mataram. É preciso que haja roupas para todos.

Se o ponto de referência é uma data passada, e não hoje, deve-se usar o pretérito imperfeito (havia) e não o presente (há). A troca por “fazer” torna clara a necessidade de correspondência de tempos passados: Lenise estava naquela escola fazia (não “faz”) dez meses.

9 – Mau uso do “fazer” para indicar tempo:

“Fazer” é pessoal em seu sentido próprio, com sujeito e complementos. Ela fez tudo. Eles fazem anos no mesmo dia. É impessoal quando:

a)    Expressa tempo decorrido (forma correta entre parênteses): “Fazem dez anos que a conheci”. (Faz dez anos) “Vão fazer três anos que o governo …” (Vai fazer)

Quando se expressa tempo decorrido, usa-se “fazer” sem sujeito, na 3ª pessoa do singular. O auxiliar de “fazer” também fica no singular.

 

b)    Expressa fenômeno climático:Faz calor. Fazia muito frio.

10 – Dúvidas de ortografia: Quando se fala em norma culta a que o texto deve ser subordinado, fala-se em concordância, regência, colocação pronominal e ortografia. Estará desqualificado um texto em que aparecem coisas como “A minha família é vocês”; A porta está meia aberta”; “Jamais farei-lhe mal.” “Duas miligramas de solução…“ mussarela, maizena e outras barbaridades.

 

Paulo Roberto Ribeiro

Ascom

Dicas de português: Para reescrever sua carreira (2)

5 – Gerundismo: É um estranho encadeamento de verbos: “Vamos estar mandando isso na semana que vem” e algo que deveria ser traduzido como “mandaremos ou vamos mandar …” .

Há quem diga que, pela imprecisão da fórmula, representa um modo talvez inconsciente do falante de não se comprometer. Por enquanto, concentra-se na fala. Nestes exemplos, a forma conveniente aparece entre parênteses: “Vou estar transferindo o senhor para o vendedor. “ (Vou transferir.) “Ninguém sabe quando ele vai estar voltando.” (Vai voltar, voltará.) “Vamos estar marcando aquela reunião…” (Vamos marcar.) “Vou poder estar passando…” (Vou passar, posso passar.)

 

6 – Tropeços ao usar a crase: O “à” acentuado consiste na fusão ou contração de um “a” com outro. O primeiro “a” é uma preposição, palavra que serve para relacionar duas outras. O segundo “a” pode ser o artigo definido feminino “a” ou o pronome feminino “a” ou o “a” inicial dos demonstrativos aquele, aquela, aquilo.

  • Exemplos de palavras que exigem a preposição “a”: Obedecer a: obedece à mulher. Dedicação a: dedicação à mulher. Útil a: útil à mulher.
  • Ele foi a redação. Ou Ele foi à redação? Na duvida, troca-se a palavra feminina diante do “a” por equivalente masculino. Ele foi ao escritório. Portanto: Ele foi à redação.
  • Com horas determinadas: Morreu às duas horas.
  • À moda de: Gosta de buchada à FHC

Em locuções adverbiais, conjuntivas e prepositivas com palavras femininas: às vezes, à moda de, à espera, à medida que, à custa de, à prova de etc.

Acento jamais:

  • Antes de palavras masculinas: Vai a São Paulo
  • Em “a” seguido de plural: Ela não vai a missas.
  • Antes de verbos: A partir de hoje, irei ao clube.
  • Antes de pronomes de tratamento: Disse a Vossa Senhoria. Recorri a ela.

 

Paulo Roberto Ribeiro – Ascom

Dicas de português: Para reescrever sua carreira

A partir desta semana, abordaremos as 15 maiores dificuldades com a língua portuguesa que incomodam alguns profissionais.

Embora algumas atuações exijam uma produção oral ou escrita mais frequente, como docência e advocacia, muitos profissionais precisam escrever relatórios, dissertação, tese, artigo, comunicado.

Falta de clareza, prolixidade, queísmo, gerundismo, tropeços ao usar a crase, problemas de regências estão entre os assuntos que discutiremos durante algumas semanas.

Nesta semana, veremos:

1 – Falta de clareza: Clareza é a qualidade essencial do texto, principalmente o informativo, seja comunicado, relatório, carta, e-mail. Obtém-se em geral a clareza por meio da disposição das orações em ordem direta, sempre que possível: sujeito, verbo e complementos, nessa ordem. Devem-se evitar orações intercaladas, mais ainda se longas, e palavras técnicas, a não ser as essenciais.

2 – Prolixidade: No texto profissional a linguagem não pode ser obstáculo para a fluência da mensagem; tem de ser veículo. Mas não pode ser cheias de orações intercaladas e ordens inversas. Deve ser correta, clara, fluente, precisa, objetiva, concisa, sem repetição de palavras e, se possível, elegante, harmoniosa, sem ecos, cacófatos e asperezas.

3 – Queísmo: “Que” tem muitas funções morfológicas e sintáticas, mas mesmo autores cuidadosos evitam usá-lo na mesma frase, pois o excesso de “quês” tende a tornar o texto duro e desarmonioso.

4 – Falta de concordância de verbo antes do sujeito:

A forma adequada está entre parênteses:

“Chama-me a atenção os desdobramentos…” (Chamam-me…os)

“Falta dez minutos para terminar a sessão.” (Faltam dez)

“Basta alguns votos para concluir a contagem.” (Bastam alguns votos)

“Existe, que se sabia, bons motivos…” (Existem … bons motivos)

O verbo concorda com o sujeito, mesmo posposto.

Fonte: Revista Língua Portuguesa – Etimologia, Gramática, Técnica de Escrita – Ano 5 nº 63

Paulo Roberto Ribeiro – Ascom