As propostas podem ser submetidas pelas Instituições Federais de Educação Superior (IES) até 30/8, com foco na prevenção e combate à violência, preconceito e discriminação no ambiente escolar. Para participar, as IES precisam ter aderido ao Pacto Nacional Universitário pela Promoção do Respeito à Diversidade, da Cultura de Paz e dos Direitos Humanos (PNUDH), com Comitê Gestor ativo. A Universidade Federal de Lavras (UFLA) segue as diretrizes do PNUDH desde maio de 2017.
De acordo com o edital, as IES podem concorrer ao financiamento de até R$ 100.000 por proposta para despesas correntes e até R$200.000 para pagamento de bolsas.
Os projetos concorrem em duas linhas temáticas: “Educação em Direitos Humanos” e “Bullying e Violência, Preconceito e Discriminação”, e devem prever um cronograma de execução para o período de até 12 meses. Se aprovados, serão ofertados na modalidade de educação a distância, em nível de aperfeiçoamento, com carga horária de 180 horas.
Mais informações com o professor Renato dos Santos Belo, da Coordenação Para Assuntos da Diversidade e Diferenças, pelo email diversidadeediferencas@praec.ufla.br ou pelo telefone 3829 1049.
A necessidade de colocar em debate o racismo, a inclusão e a diversidade nas universidades levou estudantes da Universidade de Havard, nos Estados Unidos, a realizarem o movimento “I too am Havard” (Eu também sou Havard). A campanha foi construída com fotos de estudantes negros que exibem as frases racistas que já ouviram. A ideia repetiu-se na Universidade Federal de Brasília (UNB) e inspirou o estudante de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Tiago Henrique da Silva a fazer o mesmo no câmpus.
Depois de abordar e fotografar mais de 60 estudantes, Tiago organizou, com o apoio do professor do Departamento de Educação (DED) Celso Valin, o debate “Diversidade na Universidade”, que ocorreu na noite de quinta-feira (14/5). Cerca de quarenta pessoas se reuniram no Anfiteatro do DED, onde puderam conhecer as motivações do movimento, assistir a vídeos que introduziram a discussão sobre diversidade e retrataram as iniciativas em Havard e na UNB. Em seguida, o grupo partiu para a discussão do tema.
A condução dos trabalhos foi feita por Tiago, que teve suas expectativas superadas com o alto envolvimento dos presentes na discussão. “Todos se manifestaram, relataram experiências vividas e deram sua opinião sobre o tema ”. De acordo com ele, a participação foi tão intensa que será necessário marcar um segundo momento de conversa. “Quando percebemos, já eram 22 horas; então, combinamos de marcar uma nova data, para começarmos a produzir o documento em que serão apresentadas propostas para garantia da diversidade na Universidade”. O próximo encontro deverá ocorrer em junho.
Para o professor Celso, a iniciativa é importante porque mantém o tema da “consciência negra” sempre presente e faz com que tenha espaço na agenda social. “Acabamos de passar pelo Treze de Maio (Abolição da escravatura no Brasil), que é um dia de luta e de reflexão, mas a discussão do tema precisa ocorrer com frequência”. Ela avaliou também a relevância desses movimentos para a formação dos estudantes, ao referir-se ao empenho de Tiago na organização do evento. “O ambiente de sala de aula é essencial, mas é interessante que seja complementado pelas articulações sociais que ocorrem nos outros espaços acadêmicos”, disse.
É possível acompanhar a mobilização “Eu também sou UFLA” pela página do evento no facebbok. Outros membros da comunidade acadêmica que queiram compartilhar fotos e frases dentro da proposta do movimento podem fazê-lo nesse mesmo endereço.
De 24 a 26 de setembro, foi realizado o II Seminário Internacional Corpo, Gênero e Sexualidade, VI Seminário Corpo, Gênero e Sexualidade e o II Encontro Gênero e Diversidade na Escola. O evento, realizado na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), teve a coordenação da UFJF e da Universidade Federal de Lavras (UFLA), representada pelos professores do Departamento de Educação (DED) Cláudia Maria Ribeiro, Vanderlei Barbosa e Carolina Alvarenga.
Durante o evento, pesquisadores de vários estados brasileiros, bem como da Argentina, Portugal e França discutiram as temáticas pertinentes ao tema. A programação do seminário contemplou a realização de mesas-redondas, comunicações nos eixos temáticos, minicursos, oficinas, apresentação de pôsteres, rodas de conversa, comunicação coordenada, lançamento de livros, performances teatrais e apresentação de coral.
A cerimônia de abertura contou com a participação da professora Cláudia Ribeiro, que enfatizou as transformações vivenciadas pela Universidade, em especial aos aspectos conceitual, estrutural e de pessoal. Ela citou que os grupos de pesquisa, hoje existentes, no campo de gênero e sexualidade, têm feito diferença na conquista de espaços institucionais e na formulação de novas parcerias, contribuindo para ampliar a discussão sobre a temática no que tange ao ensino, pesquisa e extensão.
A conferência de abertura foi realizada pelo antropólogo francês David Le Breton, professor da Universidade de Estrasburgo II, sob a mediação da professora Cláudia Ribeiro. O pesquisador discorreu sobre Corpos e Contemporaneidade: desejos, políticas e polêmicas. “Hoje, corpo somente pode ser escrito no plural. Mas, muitas línguas fracassam em traduzir essa pluralidade, porque dispõem apenas do “ele” ou “ela” para designar um indivíduo que pretende escapar a essas categorias”, considerou.
Durante todo o evento foram realizadas apresentações culturais, que se transformaram em momentos de reflexão sobre as manifestações corporais, as discussões sobre os corpos e suas interfaces com o tema Gênero, Sexualidade e Diversidade.
Participação da UFLA
Estudantes do Mestrado Profissional em Educação e integrantes do Grupo de Pesquisa “Relações entre a filosofia e a educação para sexualidade na contemporaneidade: a problemática da formação docente” também participaram da comissão organizadora, apresentaram trabalhos em diferentes eixos temáticos, coordenaram oficinas e minicurso e contribuíram como avaliadores de pôsteres.
Contribuíram e compartilharam conhecimentos: Marina Castanheira, Alessandro Paulino, Luciene Silva, Alex Nunes, Marlyson Junior, Kátia Martins, Andresa Helena de Lima, André Luis Silva, Simone Torres, Maria de Fátima Ribeiro, Márcia Aparecida Teodoro, Rosemary Passos, Leandro Veloso Silva e Gislaine Silva.
O próximo seminário será realizado em 2016 no Rio Grande do Sul, na Universidade Federal do Rio Grande – FURG.
O texto contou com informações de Maria de Fátima Ribeiro – jornalista
Na próxima sexta-feira (26), às 19 horas, a equipe do Mestrado Profissional em Educação – Departamento de Educação (DED) – realiza a Mostra de filmes de animação Tina Xavier, com o lançamento de filmes infantis sobre as temáticas de gênero e sexualidade. Os filmes (curta-metragem) são resultado de projetos desenvolvidos pela professora Constantina Xavier Filha (Tina Xavier), do Departamento de Educação da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).
Segundo a educadora, o contato com os filmes do festival Anima Mundi, em 2000, abriu um “mundo mágico” e despertou o desejo de experimentar a linguagem em sua prática pedagógica. Desde então, estabeleceu uma parceria com o Anima Escola e passou a desenvolver projetos de extensão nesta temática, entre eles, “Educação para a Sexualidade, Equidade de Gênero e Diversidade Sexual: práticas e materiais educativos”, com apoio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade e Inclusão (Secadi), do Ministério da Educação (MEC).
Entre os resultados deste projeto, foram produzidos dois filmes “Rosazul no reino do arco-íris” (3min) e “Isso é de menina ou de menino”? (5min), exibido no Festival Anima Mundi 2012, que passaram a fazer parte do ‘Kit de Materiais educativos para a Educação para a Sexualidade, para a Equidade de Gênero e para a Diversidade Sexual’ juntamente com livros infantis, livro teórico para professores/as e videoaulas.
Na Mostra serão apresentados seis filmes: “A menina e o menino que brincavam de ser…”, “A Princesa Pantaneira”, “Queityléia em perigos reais”, “Isso é de menina ou de menino?”, “Rosazul no Reino do Arco-íris”, “Jéssica e Júnior no mundo das cores” e “Ser criança em Campo Grande: um documentário animado”.
A professora estará na UFLA para a mostra de filmes e também para participar de banca de defesa de dissertação, do Mestrado Profissional em Educação.
A Mostra de Filmes de Animação será realizada no anfiteatro do Núcleo de Educação Continuada (NEC/Cead), no câmpus histórico. O evento é aberto a toda a comunidade e as inscrições serão feitas no local.
No sábado (20), foi realizada a cerimônia de abertura do curso de aperfeiçoamento “Gênero e Diversidade na Escola”, ofertado na modalidade a distância, com o apoio do Centro de Educação a Distância da UFLA (Cead). O curso tem o objetivo de formar professores das escolas públicas para lidarem com a diversidade nas salas de aula, enfrentando atitudes e comportamentos preconceituosos em relação a gênero, raça e às diferentes orientações sexuais.
O curso “Gênero e Diversidade na Escola” foi ofertado pela UFLA em 2010, como curso de Especialização e, neste ano, é oferecido em nível de aperfeiçoamento, com o financiamento do Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade e Inclusão (Secadi).
A solenidade de abertura contou com a presença do pró-reitor de Pós-Graduação, professor Alcides Moino Júnior; do chefe do Departamento de Educação (DED), Carlos Betlinski; do coordenador do Curso – Gênero e Diversidade na Escola, Prof. Vanderlei Barbosa e do coordenador de projetos do Cead, professor Daniel Carvalho de Resende, que assumiu recentemente a Pró-Reitoria Adjunta de Pós-Graduação – Lato Sensu.
Em depoimento, o professor Vanderlei Barbosa reafirmou o compromisso da Universidade de contribuir para a formação de professores capacitados para trabalhar com a diversidade, buscando incluir todas as pessoas no processo pedagógico. Ele destacou o Curso como um espaço para a troca de experiências e conceitos, visando o reconhecimento das diferenças e o respeito mútuo, contribuindo para a redução da violência nas escolas e, por consequência, na sociedade.
O professor Alcides lembrou a importância do Departamento de Educação e o envolvimento dos professores na formação e aperfeiçoamento de educadores. Ele destacou o papel da Universidade perante as questões que permeiam as modificações na sociedade, reforçando o incentivo ao debate e promoção de novas ideias que contribuam para o aprimoramento dos processos pedagógicos e das relações no âmbito da escola.