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UFLA participa da Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose

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Equipe da UFLA em campanha realizada em agosto de 2014.

Nesta semana, equipes da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e da Prefeitura de Lavras promovem, com ações educativas, a Semana Nacional de Controle, Combate e Prevenção à Leishmaniose Visceral

As equipes do Laboratório de Biologia Parasitária (Biopar) e da Coordenadoria de Prevenção de Endemias (Cope/DMA) da UFLA apoiam a execução do Programa Nacional de Controle de Leishmaniose Visceral. Estudantes e profissionais da instituição atuam na realização de palestras em escolas durante todo o ano, assim como na aplicação dos testes.

As ações da Semana Nacional de Controle, Combate e Prevenção à Leishmaniose Visceral começaram nesta segunda-feira (10/8) com distribuição de panfletos na praça Dr. Augusto Silva, das 8h às 12h. Também ocorrerá, no mesmo horário, nos dias 11/8 e 12/8 na praça Dr. Jorge. Em 13/8 e 14/8 as atividades serão na praça da Estação.

No domingo (16/8) será realizada uma manhã de panfletagens e orientações na praça Dr. Augusto Silva, das 8h às 12h.  Nesse dia também serão realizados 50 testes rápidos (DPP), para diagnostico da leishmaniose visceral canina. O proprietário do animal deverá apresentar cópia do comprovante de endereço.

A programação também conta com palestras nas escolas:

10/8: 15h30, na Escola Estadual Cristiano de Souza.

11/8: 13h, no Colégio Adventista – Fadminas; 14h, no Centro Educacional NDE/UFLA.

12/8: 13h, na Gralha Azul.

13/8: 8h, na Escola Logosófica de Lavras; 13h na E.E. Cinira de Carvalho.

14/8: 12h45, na E.E. João Batista Hermeto; 13h na E.E. Dora Matarazzo; 16h na E.E. Firmino Costa

 

Como funciona a triagem da doença em cães

O teste rápido exige que se colha uma pequena amostra de sangue na parte interna da orelha do cão. Utilizando um kit apropriado, disponibilizado pelo Ministério da Saúde, a amostra é colocada em contato com reagentes. Dentro de alguns minutos é possível identificar o resultado. De acordo com a professora Joziana Muniz de Paiva Barçante, apenas no caso de o resultado ser positivo o cão terá que fazer novo exame, pelo qual nova amostra de sangue é colhida e enviada à Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte. Confirmando-se a positividade, a única medida de controle permitida no Brasil é a eutanásia – o animal precisa ser sacrificado.

Caso o segundo exame apresente-se negativo, pede-se uma terceira coleta após 30 dias. Ficando apenas o primeiro exame positivo, e dos demais negativos, o cão é liberado. O tratamento canino é proibido por lei, pois coloca em risco a saúde da população e também de outros animais. Em Lavras, a equipe do Programa conta com o apoio do promotor de saúde, que já realizou a orientação dos veterinários sobre as medidas legais cabíveis no caso de descumprimento ao que é preconizado pelo Ministério da Saúde.

 

Sobre a doença

A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença grave, que pode levar à morte, causada por um parasito chamado Leishmania. Ela pode afetar humanos e cães. A transmissão é feita por um inseto, conhecido como mosquito-palha. Ele pica o cão infectado e transmite o parasito ao homem.

 

Controle Sistemático

A UFLA tem se destacado em diversas avaliações nacionais em razão das ações do Plano Ambiental e Estruturante, iniciado em 2009. Idealizado pelo então pró-reitor de Planejamento e Extensão e atual reitor, professor José Roberto Scolforo, a criação da Diretoria de Meio Ambiente, à qual está vinculada a Coordenadoria de Prevenção de Endemias, foi definida como uma das ação prioritárias do Plano Ambiental.

A Coordenadoria é responsável por um controle sistemático de prevenção de zoonoses e endemias, como dengue, raiva, doença de Chagas, leishmaniose, enteroparasitoses, angiostrongilose, entre outras. Conta com o envolvimento de professores, servidores técnicos administrativos e a contribuição de estudantes para a realização de um trabalho preventivo de identificação de problemas, avaliação dos riscos e apresentação de soluções estratégicas.

Além desta ação, o Plano Ambiental tem se tornado referência para outras instituições públicas e privadas do País.

Para outras informações ou aviso de focos: Coordenadoria de Endemias (35) 3829-5247 ou (35) 3829-5250

Camila Caetano – jornalista bolsista/UFLA

Cães errantes no câmpus: Coordenadoria de Prevenção de Endemias dá orientações sobre o tema

caes-errantes-1Animais errantes, ou seja, que vagam pelas ruas, são frequentes nas universidades. De acordo com a coordenadora de Prevenção de Endemias da Universidade Federal de Lavras (UFLA), professora Joziana Muniz de Paiva Barçante, a instituição tem recebido reclamações relativas ao aumento do número de cães abandonados em circulação no câmpus.

Os cães soltos na Universidade podem causar transtornos à comunidade acadêmica e a visitantes. Segundo a professora, há relatos de animais que cercam professores e alunos, entram nas salas de aulas e até mesmo provocam acidentes, já que avançam à frente dos veículos em trânsito pelas vias. Ela alerta, ainda, para o fato de que a presença de cães errantes pode facilitar a transmissão de doenças (zoonoses) como a leishmaniose, que já apresenta um número elevado de casos na cidade de Lavras.

Uma das ações desenvolvidas pelo Departamento de Medicina Veterinária da UFLA para o controle do aumento de cães é a castração, contudo, Joziana relata que esta medida é pontual. Como os cães possuem uma taxa de natalidade elevada, a medida não é suficiente para o controle.

Para a professora, a busca por alternativas que levem à diminuição da população de animais errantes deve partir de ações conjuntas na comunidade acadêmica. Por isso, em breve, será feita uma consulta pública para discutir essa situação e chegar a um consenso quanto às medidas que devem ser tomadas na UFLA, assim como a possível elaboração e implementação de uma legislação específica sobre guarda responsável.

“Esse problema não acontece apenas na UFLA. Todas as universidades passam pela mesma situação, por isso, estamos sempre em contato com outras instituições, a fim de verificar os trabalhos que vêm sendo realizados para diminuir a quantidade de cães errantes no câmpus. Por esses contatos, já constatamos que medidas como a construção de canis e a promoção de feiras de adoções não têm sido viáveis, nem eficazes”, afirma a professora.

A atuação da comunidade acadêmicacaes-errantes-3

Segundo Joziana, estudantes e frequentadores da Universidade contribuem para o aumento do número de cães errantes no câmpus quando oferecem alimentos ou acolhem animais nos alojamentos. Os alimentos deixados para esses cães acabam por atrair também outros animais, como roedores e insetos transmissores de doenças. Portanto, a orientação é para que não sejam disponibilizados água e alimentos.

Em 2014, a Diretoria de Meio Ambiente realizou campanha para incentivar a comunidade acadêmica a adotar animais abandonados. Joziana diz que a prática continua sendo muito bem-vinda, e lembra que é necessário procurar a assistência de um médico veterinário, para obter informações sobre o estado de saúde do cão, antes de assumir a guarda.

A UFLA tem trabalhado também com a divulgação do conceito de guarda responsável junto à comunidade acadêmica e à população lavrense, com a distribuição de panfletos e cartilhas nas escolas, para que as pessoas assumam os seus deveres no cuidado com seus cães de estimação, evitando assim a situação de abandono.

A Associação Humanitária de Proteção e Bem-estar Animal (Arca Brasil) estabelece dez mandamentos para guarda responsável, como medida informativa das responsabilidades de pessoas interessadas em manter um animal de estimação (Consulte o link e saiba como cuidar adequadamente do seu cão).

O combate à leishmaniose

Com o intuito de controlar as zoonoses, a Coordenadoria de Prevenção de Endemias da UFLA tem realizado trabalhos em parceria com a Prefeitura de Lavras. Os cães recebem vermifugação, remédios para o controle de carrapatos, e vacinas. Contudo, ainda não há na cidade a identificação dos cães por meio da microchipagem (método de identificação eletrônica em que um microchip é colocado no cão, contendo todos os dados relativos ao animal, como espécie, sexo, cor do pelo, idade, raça e cuidados de saúde que já recebeu).

No combate à leishmaniose, há armadilhas luminosas para captura, identificação e monitoramento da ocorrência do inseto vetor da doença. No câmpus da UFLA, há duas armadilhas e a Prefeitura de Lavras disponibiliza outras 20 na cidade, sendo todo o material analisado na Universidade.

Novo projeto na UFLAcaes-errantes-2

As fezes dos cães atraem o mosquito transmissor da leishmaniose e de outras doenças. Desta forma, para manter o ambiente limpo é necessário sempre recolhê-las. Como a UFLA é um local muito utilizado para passeios com os animais de estimação, a Coordenadoria de Prevenção de Endemias implantará, em breve, nos locais mais frequentados da Universidade, 50 dispensers com sacolas plásticas biodegradáveis.

Além dos dispensers, a professora Joziana afirma que haverá lixeiras próprias para serem colocadas as sacolas com as fezes dos animais. A partir dessa atitude, também será possível realizar um estudo de exames parasitológicos tendo como amostra os dejetos dos animais que frequentam a UFLA.

As empresas da cidade devem ficar atentas, pois será publicado edital para aqueles que desejem apoiar o projeto. Os interessados deverão contribuir com a reposição das sacolas e terão suas logomarcas nos dispensers.

Controle Sistemático

A UFLA tem se destacado em diversas avaliações nacionais em razão das ações do Plano Ambiental e Estruturante, iniciado em 2009. Idealizado pelo então pró-reitor de Planejamento e Extensão e atual reitor, professor José Roberto Scolforo, a criação da Diretoria de Meio Ambiente, na qual está vinculada a Coordenadoria de Prevenção de Endemias, foi definida como uma das ações prioritárias do Plano Ambiental.

A Coordenadoria é responsável por um controle sistemático de prevenção de zoonoses e endemias, como dengue, raiva, doença de Chagas, leishmaniose, enteroparasitoses, angiostrongilose, entre outras. Conta com o envolvimento de professores, servidores técnicos administrativos e a contribuição de estudantes para a realização de um trabalho preventivo de identificação de problemas, avaliação dos riscos e apresentação de soluções estratégicas.

Além disso, o Plano Ambiental tem se tornado referência para outras instituições públicas e privadas do País. Destacam-se a implantação de Programa de Gerenciamento de Resíduos Químicos, tratamento dos resíduos sólidos, saneamento básico, Estação de Tratamento de Esgoto, construções ecologicamente corretas, proteção de nascentes e matas ciliares, prevenção e controle de incêndios e uso racional de energia.

Informações da Coordenadoria de Endemias ou aviso de focos – 3829 5247 ou 3829 5250

Texto: Camila Caetano – jornalista bolsista/UFLA

UFLA participa da Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose

campanha leishmaniose(2)Equipes da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e da Prefeitura de Lavras estiveram ontem (17/8) na Praça Doutor Augusto Silva, promovendo campanha ligada à Semana Nacional de Controle, Combate e Prevenção à Leishmaniose Visceral. Durante todo o período da manhã, foi aplicado nos cães o teste DDP (Biomanguinhos) – capaz de identificar com rapidez a Leishmaniose Visceral. O momento também foi de mobilização, conscientização e fornecimento de informações, para que a população colabore no controle da doença.

A UFLA dá apoio ao município na execução do Programa Nacional de Controle de Leishmaniose Visceral. Estudantes e profissionais da instituição atuam na realização de palestras em escolas durante todo o ano, assim como na aplicação dos testes. Neste dia 17/8, cerca de 20 estudantes, ligados ao Programa de Educação Tutorial Institucional (Peti Biopar), ao Laboratório de Biologia Parasitária (Biopar), ao Núcleo de Estudos em Parasitologia (NEP) e à Coordenadoria de Prevenção a Endemias da Diretoria de Meio Ambiente (Cope/DMA) estavam na Praça auxiliando na mobilização. A coordenação das atividades na UFLA é da professora do Departamento de Medicina Veterinária (DMV) Joziana Muniz de Paiva, que também é coordenadora da Cope.

Durante a ação na Praça, quem se interessou em fazer o teste em seus animais precisou  apresentar RG, CPF, comprovante de residência e telefone de contato, assim como assinar um termo em que assumiu o compromisso de adotar as medidas necessárias caso o exame tivesse resultado positivo.

Oficialmente, a Semana Nacional começou no dia 10/8 e terminaria em 18/8, mas, em Lavras, a campanha foi estendida. Até 22/8, as equipes da UFLA e da Prefeitura estarão em escolas, sensibilizando as crianças para a “guarda responsável” dos cães e para o controle da Leishmaniose.  Como explica a professora Joziana, apesar de intensificadas neste período de mobilização nacional, as ações do Programa começaram em 2013, e ainda permanecerão em execução, uma vez que fazem parte da rotina do Peti Biopar e do NEP.

De acordo com a chefe da Vigilância Ambiental da Prefeitura, Maria Cristina Amarante Botelho, desde que o trabalho teve início no município, foram feitos 500 testes. O objetivo é alcançar principalmente os cães recolhidos nas ruas e aqueles cujos proprietários estejam em situação de vulnerabilidade econômica, sem acesso a serviços veterinários particulares. Há também a previsão de se iniciar, no segundo semestre, o mapeamento de casos da doença em cães da cidade, com agentes que visitarão uma amostragem de domicílios para realização dos exames.

 

Veja a programação para esta semana

Palestras em escolas

– Terça-feira, 19/8, às 9h e às 13h: Sesi (às 9h e às 13h)
– Quarta-feira, 20/8, à 8h30 e às 13h : Centro Educacional UFLA
– Quinta-feira 21/8, às 9h: Cooperativa de Ensino e Integração (Ecei).
– Sexta-feira, 22/8, às 9h e às 13h: Colégio Nossa Senhora de Lourdes

Outras ações

– 21/8, pela manhã: realização de testes em cães do Parque São Francisco.
– Durante toda a semana, estudantes da UFLA também irão esclarecer dúvidas sobre a doença em uma tenda montada entre a Cantina Central e a Biblioteca.

 

Como funciona a triagem da doença em cães

O teste rápido exige que se colha uma pequena amostra de sangue na parte interna da orelha do cão. Utilizando um kit apropriado, disponibilizado pelo Ministério da Saúde, a amostra é colocada em contato com reagentes. Dentro de alguns minutos é possível identificar o resultado. De acordo com a professora Joziana, apenas no caso de o resultado ser positivo, o cão terá que fazer novo exame, pelo qual nova amostra de sangue é colhida e enviada à Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte. Confirmando-se a positividade, a única medida de controle permitida no Brasil é a eutanásia – o animal precisa ser sacrificado.

Caso o segundo exame apresente-se negativo, pede-se uma terceira coleta após 30 dias. Ficando apenas o primeiro exame positivo, e dos demais negativos, o cão é liberado. O tratamento canino é proibido por lei, pois coloca em risco a saúde da população e também de outros animais. Em Lavras, a equipe do Programa conta com o apoio do promotor de saúde, que realizou a orientação dos veterinários sobre as medidas legais cabíveis no caso de descumprimento ao que é preconizado pelo Ministério da Saúde.

 

Sobre a doença

A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença grave, que pode levar à morte, causada por um parasito chamado Leishmania. Ela pode afetar humanos e cães. A transmissão é feita por um inseto, conhecido como mosquito-palha. Ele pica o cão infectado e transmite o parasito ao homem.