A Aula Inaugural do Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde da UFLA será ministrada no dia 12 de maio de 2017, no Auditório Magno Antonio Patto Ramalho (Departamento de Biologia), às 10h. A aula será ministrada pelo professor Geraldo Brasileiro Filho, coordenador da Área de Medicina II da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
O professor Geraldo Filho é graduado e doutor em Medicina pela UFMG, com título de pós-doutorado pela McGill University, Montreal, Canadá. Ele é professor titular de Patologia da Faculdade de Medicina da UFMG, onde ocupou vários cargos administrativos, inclusive o de diretor. Atuou ainda como membro da Comissão de Especialistas de Ensino Médico do MEC. Dentre suas diversas funções como professor, pesquisador e avaliador da Capes, o professor Brasileiro é ainda o organizador/editor do famoso livro “Bogliolo Patologia”.
A proposta do Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) da UFLA foi recomendada pela Capes em outubro de 2016, sendo aprovada pela Câmara da Área de Medicina II. A equipe do Programa é composta por 14 professores, incluindo a participação de docentes do Departamento de Ciências da Saúde (DSA), de outros departamentos da UFLA e ainda colaboradores de outras instituições. O coordenador é o professor Luciano José Pereira (DSA).
Estudos envolvendo doenças crônicas não transmissíveis e doenças infecciosas e parasitárias de interesse biomédico compõem a proposta do PPGCS, nas seguintes linhas de pesquisa: Alterações Metabólicas, Inflamação e Alimentos Funcionais; Epidemiologia de Doenças Infecciosas e Parasitárias; Neurobiologia Experimental e Relação Parasito-Hospedeiro e controle de vetores.
A criação do Programa traz avanços à área de saúde humana para a Universidade. Os cursos de graduação dessa área são recentes, a exemplo de Educação Física (2007), Ciências Biológicas e Nutrição (2009), e Medicina (2014). O DSA teve sua criação oficializada em 2014.
Ansiedade, depressão, transtorno obsessivo compulsivo, síndrome de Burnout e suicídio – um conjunto de estados mentais que podem prejudicar o bem-estar e causar males à saúde física. Esses temas estarão em debate no Centro de Convivência da UFLA na quarta-feira (22/3), das 11h30 às 12h30 e das 20h às 21h. Toda a comunidade acadêmica é convidada a comparecer, interagir e solucionar dúvidas.
O lema das atividades é “Com sua mente em paz, você pode mais. Cuide da sua saúde mental”. Os psicológos Ismael Pereira de Siqueira, Vanessa Maria Carvalho Coelho, Renato Ferreira de Souza e Ricardo Correa Pacheco estarão no local para conduzir a roda de conversa, bem como o psiquiatra Ulisses de Miranda Vieira.
A campanha faz parte de uma iniciativa conjunta da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec – Coordenadoria de Saúde) e do Departamento de Ciências da Saúde (DSA), por meio do projeto “Minuto da Saúde”. A ação tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e do Centro Acadêmico de Medicina (Cambape). Além do compartilhamento de informações, a atividade irá incluir também uma dinâmica de relaxamento, durante a qual um professor de yoga ensinará técnicas de meditação, exercícios de respiração e mantras.
Essa é a segunda campanha institucional promovida em 2017 a partir da parceria. A primeira delas abordou as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s) e ocorreu em período anterior ao Carnaval (Relembre).
Será realizada no Centro de Convivência da Universidade Federal de Lavras (UFLA), na quarta-feira (22/2), a campanha “DST e Sexo Seguro”. Profissionais e estudantes da área de saúde estarão no local para compartilhar com a comunidade informações sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). O objetivo é proporcionar acesso à informação, para que o público possa participar das comemorações do Carnaval sem que elas tragam consequências negativas para a saúde.
A iniciativa é da Coordenadoria de Saúde (Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários – Praec), do Departamento de Ciências da Saúde (DAS) e da Liga Acadêmica Interdisciplinar de Fisiologia (Laifi). Esta é apenas a primeira ação, de uma série de outras mobilizações em saúde programadas para os próximos dois anos, período em que estará em execução o Projeto “Minuto da Saúde”, que tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig). O projeto prevê a divulgação de informações científicas sobre saúde por meio de ações presenciais e de material produzido para veiculação na TVU, na Rádio Universitária e nas Mídias Sociais.
A campanha “DST e Sexo Seguro” no Centro de Convivência ocorrerá em três horários: das 11h às 13h, das 14h30 às 16h30 e das 20h às 21h40. Profissionais da Coordenadoria de Saúde, acompanhados dos demais parceiros do Projeto, estarão no local para participação em rodas de conversa e orientações gerais sobre o tema. Estão previstas também a distribuição de preservativos e apresentações culturais. Toda a comunidade é convidada a comparecer e participar.
São também parceiros na ação a Prefeitura de Lavras e o projeto “Unidade de Pronto Alegramento”.
Mobilizando um público aproximado de 430 participantes na Universidade Federal de Lavras (UFLA), o III Simpósio Brasileiro de Doenças Negligenciadas despertou as atenções de profissionais, pesquisadores e estudantes para doenças que representam graves problemas de saúde pública. Foram promovidos 7 minicursos, 13 palestras e 40 apresentações de trabalhos científicos (oral e pôster). O grupo “Meninas Cantoras de Lavras” marcou a programação cultural, apresentando-se na quinta-feira (19/5), durante a abertura oficial do evento.
De acordo com a presidente do Simpósio, e chefe do Departamento de Ciências da Saúde (DSA), professora Joziana Muniz de Paiva Barçante, o evento superou as expectativas. “Temos recebido muitos e-mails que ressaltam a qualidade científica e de organização do Simpósio. O Ministério da Saúde, que vem apoiando a realização das atividades, já manifestou interesse em fortalecer a parceria para o próximo ano. A tendência é de crescimento das ações, para que a Universidade possa contribuir ainda mais com o debate sobre o tema”, diz.
Em 2016, a organização do Simpósio garantiu inscrições gratuitas a 173 profissionais da área de saúde de Lavras e região, e para estudantes da UFLA em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Entre os profissionais da região que marcaram presença estavam aqueles de Campo Belo, Campos Gerais, Ijaci e Bom Sucesso. Os prelecionistas que discutiram os temas da programação vieram de diferentes estados, como Amazonas, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco, São Paulo e Minas Gerais.
A UFLA promoveu o evento por meio de organização feita pelas equipes do Laboratório de Biologia Parasitária (Biopar), do Núcleo de Estudos em Parasitologia (NEP) e do PET Biopar.
Abertura oficial
Na quinta-feira (19/5), a abertura oficial das atividades foi conduzida pelo reitor da UFLA, professor José Roberto Soares Scolforo, acompanhado da professora Joziana; do representante do DSA, professor Rafael Neodini Remedio e do presidente do Núcleo de Estudos em Parasitologia (NEP), o estudante Tarcísio de Freitas Milagres. Também integraram a mesa de honra da solenidade a representante da Coordenação Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação, ligada à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde – Larissa Schutz; e a secretária adjunta de Saúde de Lavras, Ana Márcia Moura Vale de Oliveira.
Ao referir-se à importância do tema do evento, o reitor lembrou e reafirmou a proposta do curso de Medicina da UFLA de formar profissionais de excelência, capacitados no campo teórico e prático, e comprometidos com questões de cidadania e solidariedade. Para ele, a promoção de um evento que tem como tema as doenças negligenciadas, unindo profissionais e acadêmicos em torno do conhecimento científico, é uma das ações pelas quais a Universidade deve dar sua contribuição à sociedade. A posição é compartilhada pela professora Joziana, que citou o fato de essas doenças serem endêmicas às populações de baixa renda e continuarem como uma das principais causas de morte e incapacitação no mundo.
Ao desejar boas-vindas ao público, Tarcísio leu um poema que trata dos sentidos da palavra amor, deixando latente a mensagem de que a organização do evento é fruto da dedicação de toda uma equipe, que se move não por interesses particulares, mas pelo gosto de trabalhar com o tema. Parabenizando a instituição pela iniciativa, Larissa Shutz expressou a preocupação do Ministério da Saúde em dar visibilidade às doenças negligenciadas, já que o fato de parte delas estar em eliminação exige que se redobre os esforços e a vigilância para que não haja novo aumento da morbidade. “Muitas vezes, por serem consideradas em eliminação, há um recuo nos cuidados e na prevenção, levando a novas incidências. Por isso, não temos dúvidas quanto à relevância deste evento”.
Palestras
As 13 palestras, realizadas ao longo de dois dias, abordaram temas específicos relacionados a doenças causadas por agentes infecciosos e parasitários, definidas como doenças negligenciadas; entre as doenças tratadas durante o evento estão a leishmaniose, a dengue, a toxoplasmose e as filarioses.
Na abertura, a conferência foi proferida pelo professor da Universidade Federal do Ceará Alberto Novaes Ramos Júnior. O tema abordado foi “Agendas inconclusas para controle de doenças tropicais negligenciadas: cenários e desafios no Brasil”. Entre as informações compartilhadas com o público estavam questões históricas, indicadores envolvendo as doenças negligenciadas, pesquisas feitas na área, desafios do Brasil e reflexões sobre aspectos sociais e políticos que impactam na prevenção e combate a essas doenças.
Já no dia de encerramento (21/5), o Zika Vírus, objeto de grande preocupação pública recente, foi tema da palestra proferida pelo pesquisador em Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Rafael Freitas de Oliveira Franca. Ele falou das caraterísticas da família de vírus à qual o Zika pertence e explicou que parte do acervo de conhecimentos utilizado para estudá-lo vem da experiência com o vírus da Dengue. Ambos pertencem à família dos Flavivírus. O pesquisador esclareceu também sobre sintomas da doença transmitida pelo Zika Vírus, sobre formas já identificadas de transmissão e sobre desdobramentos como a microcefalia e a síndrome de Guillain-Barré. Rafael citou, ainda, o destaque que o Brasil tem ganhado no mundo pelos resultados que vem obtendo com as pesquisas relacionadas à doença.
De forma geral, os assuntos tratados durante todas as palestras estiveram comprometidos com a relevância pública das doenças negligenciadas e em eliminação. São doenças que tendem a afetar principalmente a população de baixa renda, constituindo simultaneamente causa e consequência da pobreza. Elas também não despertam o interesse econômico das grandes indústrias farmacêuticas para a produção de medicamentos e vacinas e carecem de investimentos para profilaxia, tratamento e pesquisas.
Com informações de Natália Jubram Zeneratto, bolsista Proat/Ascom/DBI/DEN.
A Universidade Federal de Lavras (UFLA) esteve presente na ação realizada em Barbacena (MG) no Dia Nacional de Mobilização Zika Zero (13/2), organizada para combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor dos vírus da dengue, chikungunya e zika. A participação da Universidade ocorreu a convite do Governo Federal, a partir da experiência que a instituição possui no controle de endemias. A coordenadora de Prevenção de Endemias da UFLA, professora Joziana Muniz de Paiva Barçante, foi quem representou, durante o ato, a Sala Nacional de Controle e Coordenação de Aedes aegypti e Enfrentamento à Microcefalia.
O coordenador do curso de Medicina da UFLA, professor Vítor Luis Tenório Mati, também participou da mobilização, que reuniu em Barbacena 45 agentes comunitários de endemias, 160 agentes comunitários de saúde, 420 militares da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar), além de 15 representantes da prefeitura do município e outros 15 da Superintendência Regional de Saúde. Foram feitas vistorias em bairros da cidade. Atos como caminhada, apresentação da Banda da Epcar e solenidade com autoridades foram realizados com a finalidade de despertar a atenção da população para a importância da eliminação dos criadouros do Aedes aegypti.
Durante o evento, a professora Joziana apresentou ao município proposta de parceria com a UFLA, pela qual a instituição abre suas portas para realização de ações conjuntas para o controle de endemias. “Com a experiência que temos com essa prática no câmpus, o conhecimento técnico e científico produzido na universidade e a infraestrutura de laboratórios que possuímos, podemos oferecer orientações e suporte às prefeituras, auxiliando no enfrentamento a esse problema de saúde pública, assim como é feito há cinco anos com a prefeitura de Lavras”, diz. Em Lavras, a UFLA participa dos mutirões de saúde e ações de combate a endemias, com envolvimento ativo de estudantes e profissionais.
Prefeituras que se interessem em fazer contato com a Coordenadora de Prevenção de Endemias da UFLA, ligada à Diretoria de Meio Ambiente da UFLA, podem entrar em contato pelo telefone (35) 3829-1741 ou pelo e-mail cope@dma.ufla.br.
Sobre a mobilização nacional
O movimento do dia 13/2 foi realizado em 353 municípios do país, com a participação, em parte deles, de ministros de Estado, secretários executivos, presidentes de estatais e representantes de instituições convidadas. Foram 220 mil militares envolvidos. A presidenta Dilma Rousseff acompanhou a ação no Rio de Janeiro.
Em 4/2 foi realizada, em Brasília, reunião com o ministro da Educação Aloizio Mercadante, para mobilização da Educação no combate ao Aedes Aegypti e enfrentamento do vírus Zika e da microcefalia. A UFLA também participou do encontrou, representada por sua coordenadora de Prevenção de Endemias.
Aedes aegypti – história e formas de combate
Além da dengue e da febre chikungunya, que já preocupavam a população e as autoridades em saúde pública, o Zika vírus e sua relação com a microcefalia em bebês apresentam-se como novo desafio a ser vencido no Brasil e outros países. Embora haja iniciativas em desenvolvimento que geram a expectativa do controle das doenças em médio e longo prazo (como as vacinas, por exemplo), especialistas defendem que a ação emergencial para este momento é o combate ao mosquito transmissor, exigindo a mobilização do poder público e a participação engajada da população.
A professora Joziana explica que o Aedes aegypti é originário da África, da região do Egito. Segundo ela, acredita-se que ele tenha chegado ao Brasil com os navios que transportavam escravos. “Os tonéis com água, onde provavelmente os mosquitos depositavam seus ovos, facilitaram esse processo. Inclusive, há relatos de ‘navios fantasmas’, que eram encontrados à deriva, depois que toda a sua população havia morrido, possivelmente vítima de doenças transmitidas pelos mosquitos”, conta. Na década de 1950, com a grande mobilização nacional para combate à febre amarela (também transmitida pelo Aedes aegypti), o mosquito chegou a ser erradicado do País. “Em fevereiro de 1955, foi eliminado o último foco do mosquito no Brasil. Em 1958, esse fato foi anunciado oficialmente”, diz Joziana.
No entanto, o inseto acabou voltando ao país depois da década de 1960, seja pelas regiões de fronteira, seja por navios vindos de outros países. “O aumento da população e da produção de lixo são fatores que hoje dificultam o controle da reprodução do mosquito. Mas, enquanto se desenvolvem pesquisas para a busca de novas formas de combate, o meio mais assertivo para protegermos as pessoas dessas doenças é a eliminação dos focos de água parada”, afirma Joziana. A relação entre o vírus Zika e a microcefalia, já confirmada pela ciência em trabalho publicado no New England Journal of Medicine, transforma o caso em preocupação mundial.
Todos os dias, pelos diferentes meios de comunicação, a população é chamada a colaborar com ações voltadas à redução da população de mosquitos transmissores das doenças:
Lavras chegou a decretar situação de emergência pelo alto número de casos de dengue no município em 2015. Neste ano, a situação encontra-se sob controle. Até o momento, foram 32 notificações, tendo sido confirmados 14 casos e outros 11 aguardam resultados de exames, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
Além de participar com a Prefeitura dos mutirões de saúde, como o ocorrido no dia 29/1 para combate à dengue, a UFLA mantém controle e combate ao mosquito no próprio câmpus. Existem 20 armadilhas espalhadas por diferentes áreas da instituição. Elas ajudam a monitorar a presença do Aedes aegypti na região, ao mesmo tempo em que colaboram para a redução da população desses insetos.
Um grupo composto por 14 estudantes e três professores do Departamento de Ciências da Saúde da UFLA (DSA) participou do XXIV Congresso Brasileiro de Parasitologia e do XXIII Congreso Latinoamericano de Parasitología (FLAP), realizados em Salvador (BA), de 27 a 31 de outubro.
Esse grupo foi responsável pela apresentação de 14 trabalhos na forma de pôster e uma apresentação oral. Entre os temas de pesquisa, estavam: leishmanioses, dengue, ancilostomose e esquistossomose. Além dos trabalhos, a participação levou alguns membros do grupo a estabelecerem parcerias com pesquisadores de outras instituições, como UFMG e UFTM.
Outro ponto, destacado pela coordenadora do curso de Medicina da UFLA, professora Joziana Barçante, foi a presença do professor David Pereira Neves: “Ele é um ícone da Parasitologia Humana. Escreveu vários livros que são referência para os cursos da área de Saúde, incluindo a Medicina. Um deles, ‘Parasitologia Dinânica’, é uma obra de referência para a área de saúde, e é de autoria do professor David, junto comigo e mais três autores”, afirmou.
Títulos dos trabalhos apresentados
Primeiro relato da espécieLutzomyia (pintomyia) fischeri no município de Lavras, Minas Gerais, Brasil
Primeiro registro de Lutzomyia longipalpis (Lutz, Neiva, 1912) (Diptera: Psychodidae:Phlebotominae) em uma área endêmica para leishmaniose visceral canina, no sul do estado de Minas Gerais, Brasil
Factors risk associated factors risk with bovine fasciolosisin the the river basin Sapucaí, Minas Gerais, Brazil
Fauna flebotômica do município de Lavras, MG: dados preliminares
Avaliação dos resultados obtidos a partir da realização dos exames de DPP® e ELISA em cães de uma área endêmica para leishmaniose visceral canina
Ocorrência deLutzomyia (Nyssomyia) whitmani em Lavras
Primeiro relato deLutzomyia longipalpis no município de Carrancas, Minas Gerais, Brasil
How does the temperature change influencesBiomphalaria glabrata infection rate with Angiostrongylus vasorum?
Monitoramento e controle avaliativo do vetor (Aedes aegypti) utilizando armadilhas do tipo ovitrampa
The chronology ofAngiostrongylus vasorum (Baillet, 1866), Kamensky, 1905 infection in Biomphalaria glabrata Say, 1818
Dexametasona favorece a ocorrência de apoptose em granulomas hepáticos de camundongos infectados peloSchistosoma mansoni
Ocorrência deLutzomyia (nyssomyia) whitmani (ANTUNES & COUTINHO, 1939) em uma área endêmica para leishmaniose tegumentar, no sul do estado de Minas Gerais, Brasil
Necator americanusantigens administration alters the number of leukocyte in blood of non – obese diabetic model
A aproximação com a comunidade esteve presente nas atividades da primeira turma do curso de Medicina da Universidade Federal de Lavras (UFLA), durante o período letivo 2015/1. Dez instituições da cidade tornaram-se parceiras do curso e receberam grupos de estudantes matriculados na disciplina “Estágios em Práticas de Saúde”. Sob a supervisão de professores do curso, os alunos puderam conhecer a realidade das comunidades, identificar suas principais necessidades e associar essas experiências às questões de saúde da população. Em cada local, fizeram microintervenções específicas, oferecendo pequenas contribuições aos assistidos.
A turma de 30 estudantes foi dividida em cinco grupos de seis participantes. Cada grupo frequentou duas instituições, com visitas semanais (metade do período letivo em uma e metade em outra). Os grupos se reuniam periodicamente para relatar as experiências e compartilhar o aprendizado. As instituições que acolheram os trabalhos foram: LarEVida, Magneti Marelli, Instituto Presbiteriano Gammon, Centro Universitário de Lavras (Unilavras), Lar Augusto Silva, Associação Comunitária de Moradores dos bairros Jardim Glória e Jardim Campestre I, II e III, comunidade do bairro Judith Cândido, Escola Municipal da comunidade rural de Itirapuã, Cemei Novo Horizonte e Escola Municipal Paulo Lourenço Menicucci.
De acordo com uma das coordenadoras do curso de Medicina, professora Joziana Muniz de Paiva Barçante, os campos desse estágio inicial tiveram natureza diversa, com a finalidade de fazer com que o estudante conheça os diferentes públicos com os quais vai trabalhar na assistência à saúde. A previsão é de que no segundo período eles já frequentem os Programas de Saúde da Família (PSFs) cientes da realidade de cada local. “Nosso curso tem o objetivo de formar um médico que seja sensível a todas as necessidades dos pacientes, e o contato social prévio com esses grupos vai ajudar nisso”, diz.
As primeiras experiências voltadas para uma formação humanista são bem avaliadas pelos coordenadores do curso. A professora Joziana confessa que ficou emocionada com os depoimentos dos alunos direcionados a uma avaliadora do Ministério da Educação (MEC) que esteve na UFLA. “Nosso primeiro grupo de alunos tem um perfil muito afeito ao social. Eles se envolveram intensamente com as comunidades, mobilizaram recursos e pessoas e superaram expectativas”, avaliou.
O exemplo do LarEVida
O informativo impresso do Lar Esperança e Vida Mateus Loureiro Ticle (LarEVida), do período maio/junho, trouxe em destaque a notícia da parceria entre a instituição e o curso de Medicina da UFLA. No texto, são relatadas as atividades desenvolvidas pelos estudantes com os assistidos. Os alunos acompanharam a rotina de profissionais de diferentes especialidades, sob orientação do também coordenador do curso de Medicina Vitor Tenório. Tiveram, ainda, a oportunidade de desenvolver ações específicas, como a criação da “Caixa de Dúvidas sobre Saúde”, na qual os assistidos puderam colocar suas indagações, recebendo respostas individualmente ou em reuniões de grupos.
O LarEVida oferece assistência a pacientes com câncer e seus familiares, em áreas que complementam o tratamento, como psicologia, nutrição, odontologia, enfermagem e assistência social. Para o professor Vitor, a parceria permitiu aos estudantes, mesmo estando no primeiro período, o início da construção de uma visão humanista. “No caso do LarEVida, os alunos podem refletir sobre todas as dimensões que envolvem uma doença como o câncer”, explica. “Eles começam a perceber toda a complexidade que envolve a questão saúde/doença. O amparo social e psicológico ao paciente tem seu papel no processo de tratamento”.
A expectativa é de que esses mesmos estudantes, à medida que avancem no curso, possam oferecer aos pacientes uma assistência efetivamente voltada para a doença. “Neste momento, a formação humana e social fornece as bases para as fases posteriores”, avalia.