Buscando sensibilizar os estudantes para a importância da prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s), a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec), por meio de sua Coordenadoria de Saúde, promoveu na noite de quarta-feira (13/5) uma palestra na Moradia Estudantil. Os jovens reuniram-se com o médico da UFLA Silvio Augusto Crosini Menicucci para conversar sobre o assunto.
A ação integra o projeto que torna a Praec presente nos departamentos e setores da UFLA, com o objetivo de promover a saúde e a qualidade de vida da comunidade acadêmica, a partir da discussão de diferentes temas. Pela primeira vez, a ação foi realizada nas dependências da Moradia Estudantil.
De acordo com o pró-reitor de Assuntos Estudantis e Comunitários, professor João Almir Oliveira, a abordagem da questão das DST’s e da Aids vai ao encontro de uma preocupação da sociedade. “A Praec tem procurado promover eventos que auxiliem na conscientização dos jovens, principalmente dos calouros, para que suas atitudes colaborem para o bem da própria saúde e para a saúde pública em geral”.
Durante a palestra, Silvio falou sobre as DST’s e a Aids, mencionando formas de transmissão, sintomas e cuidados necessários para prevenção. “Acreditamos que os jovens conhecem boa parte das informações. O desafio é incorporá-las aos hábitos de vida, e essas conversas podem ajudar”, avaliou. O médico também relatou a observação frequente de que, entre as jovens que utilizam pílula anticoncepcional, uma pequena parte usa camisinha. A conduta evita a gravidez, mas não evita que contraiam DST’s.
O relato vai ao encontro dos resultados da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP), divulgados no início de 2015. Pelo levantamento, 94% dos brasileiros sabem que o preservativo é a melhor forma de prevenção. Mas 45% da população sexualmente ativa do país não usou preservativo nas relações sexuais casuais dos 12 meses anteriores à pesquisa. Quanto ao uso da camisinha na última relação sexual, o índice não mostrou crescimento significativo entre 2004 e 2013, tendo sido de 52% no primeiro ano citado e de 55% no segundo, apesar de serem realizadas campanhas periódicas sobre o tema.
A PCAP foi elaborada pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde (MS).