Foi inaugurado nesta quinta-feira (8/6) o Centro de Excelência em Ecologia de Estradas da Universidade Federal de Lavras (UFLA). Localizado no Departamento de Biologia (DBI), sob a coordenação do professor Alex Bager, o espaço tem como objetivo ser um ponto de encontro entre as áreas de conhecimento da Universidade.
Pesquisas, projetos de extensão e inovação relacionados à Ecologia de Estradas são o foco do Centro de Excelência. Segundo o professor, com estudos voltados para o impacto da construção de estradas, o objetivo do Centro é que seja um local descontraído, para troca de idéias e planejamento de ações junto aos demais departamentos da Instituição. “Acreditamos que é possível unir as disciplinas para trabalhos em comum e, com isso, conseguir resultados exemplares”, afirma Alex.
A inauguração contou com a presença do professor do Departamento de Ciências Florestais (DCF) Marco Aurélio e dos professores do Departamento de Biologia (DBI) Paulo Pompeu, Eduardo Van Den Berg e Marcelo Passamanim, além de estudantes de vários cursos da Universidade e integrantes do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE).
A preocupação com a biodiversidade também passa pela malha viária brasileira. Estima-se que 475 milhões de animais são mortos por ano em acidentes nas rodovias e estradas de todo o País, o que tem levado pesquisadores da UFLA a desenvolverem projetos para reduzir os impactos do tráfego de veículos na biodiversidade.
Um deles é o BioInfra, uma iniciativa de amplitude nacional conduzida pelo Centro Brasileiro de Ecologia de Estradas (CBEE) da Universidade. O projeto envolveu 18 instituições e 50 especialistas brasileiros na elaboração de 40 ações capazes de reduzir os efeitos negativos da infraestrutura viária terrestre sobre a biodiversidade, que estão sendo desenvolvidas e acompanhadas em um período de seis anos.
Em 2014, o CBEE também desenvolveu o Sistema Urubu, uma rede social de conservação da biodiversidade brasileira com o objetivo de reunir, sistematizar e disponibilizar informações sobre a mortalidade de fauna selvagem nas rodovias e ferrovias, auxiliando o governo e as concessionárias na tomada de decisões para reduzir esses impactos. Por meio de um aplicativo gratuito, qualquer pessoa pode registrar informações sobre atropelamento de animais silvestres, que são avaliados por pesquisadores e especialistas em identificação de espécies.
De acordo com o professor Alex Bager, coordenador do CBEE, o crescimento da malha viária nos próximos 20 anos vai impactar no aumento do número de atropelamentos se medidas preventivas não forem tomadas. “A ecologia de estradas beneficia a todos, uma vez que os atropelamentos causam efeitos negativos tanto na biodiversidade, quanto na população, seja pelos danos materiais ou até perda de vidas”, ressalta.
Pesquisadores do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia (CBEE), da UFLA, realizaram um estudo sobre o efeito das estradas no deslocamento de pequenos mamíferos roedores no Sul de Minas Gerais. A pesquisa concluiu que indivíduos da espécie Akodon montensis (conhecida popularmente como rato-do-chão), que vivem em fragmentos florestais margeados por estradas, estão confinados a viver nos mesmos.
A hipótese foi comprovada no experimento: alguns ratos-do-chão foram equipados com “carretéis de rastreamento” (um casulo de linha) e soltos em áreas florestais que margeavam estradas. Conforme se deslocavam, os ratos-de-chão iam soltando a linha, o que possibilitou aos pesquisadores analisarem o trajeto (distância e direção) e as tentativas de travessia para o habitat adjacente. A pesquisa foi realizada perto de margens de diferentes tipos de estradas e de solos: pavimentadas, de terra, pastagens e plantações e fragmentos sem influência de nenhum tipo de uso do solo.
Para surpresa dos pesquisadores, mesmo em fragmentos florestais margeados por estradas de terra, os ratos-do-chão estudados não estão aptos a deixar o fragmento que vivem em busca de outro fragmento florestal, mesmo que este seja do outro lado da estrada. Como esperado em estradas pavimentadas, nenhum indivíduo tentou transpor esta barreira. “Em estradas de terra, pensamos que isso não ocorreria porque o substrato da estrada ainda é natural e o tráfego de veículos é baixo”, aponta a pesquisadora Priscila Lucas, do CBEE.
Também como esperado, os indivíduos de rato-do-chão nas bordas dos fragmentos margeados por outro tipo de uso do solo, exclusivamente aqueles com cobertura vegetal (plantações de café), se deslocaram através destes locais. “Nesse estudo, vimos que, mais que o tipo de estrada, a falta de cobertura de vegetação aérea que ela proporciona desencoraja os indivíduos a tentarem atravessar essas infraestruturas”, conclui a pesquisadora.
Monitoramento de atropelamentos
Uma das ações desenvolvidas no CBEE é o monitoramento de atropelamentos nas estradas brasileiras. O coordenador do Centro e coautor da pesquisa, professor Alex Bager, calcula que o número de colisões com animais em estradas de terra é semelhante ao de estradas pavimentadas: “Proporcionalmente, acontecem menos atropelamentos nas primeiras; porém, como há muito mais estradadas sem pavimentação no Brasil, o número de atropelamentos em ambas se equipara”, aponta.
Efeito barreira
“As estradas são clareiras lineares que geram a perda e a divisão do habitat das espécies. Essas espécies ficam restritas ao fragmento remanescente no qual vivem e que está, muitas vezes, isolado de outros. A estrada pode ser vista como uma barreira que impede o seu deslocamento, embora algumas espécies sejam capazes de se deslocar nelas ou próximo a elas”, explica Priscila. A quantidade de veículos que circulam na rodovia ou a diminuição na qualidade do ambiente e de recursos na borda desses fragmentos florestais são fatores que podem contribuir para esse efeito.
A colisão de animais com veículos não é o único impacto que as estradas causam na biodiversidade. Entender os efeitos causados pelas estradas auxilia o desenvolvimento de medidas de mitigação adequadas. Essa pesquisa é o primeiro resultado publicado do projeto “Estrada Viva”, iniciado em 2012 e financiado pela Fapemig. Esse e outros resultados do estudo podem ser acessados no artigo The effect of roads on edge permeability and movement patterns for small mammals: a case study with Montane Akodont, publicado recentemente no renomado periódico na área de Ecologia Landscape Ecology.
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.
A realização do Congresso Iberoamericano de Biodiversidade e Infraestrutura Viária (I Cibiv), na UFLA, demonstrou a ampliação de uma rede em prol da conservação da fauna e da amenização dos impactos dos empreendimentos viários sobre a biodiversidade. O evento foi realizado em conjunto com o Road Ecology Brazil 2016 (IV REB), em Lavras, nos dias 5 a 9 de novembro.
Apresentação de trabalhos, minicursos, palestras e mesas-redondas constituíram a programação. Nessas ações, foram discutidas técnicas de avaliação e amenização de impactos de empreendimentos lineares (estradas e rodovias, entre outros) sobre a biodiversidade. Profissionais, estudantes, professores, pesquisadores e demais interessados, das áreas biológicas, exatas e humanas que desenvolvem ações ambientais, sociais e econômicas relacionadas à área de Ecologia de Estradas, estiveram no evento.
Uma das mesas-redondas discutiu, com pesquisadores da Argentina, Colômibia, Costa Rica e Uruguai, a criação de uma Rede Iberoamericana de Biodiversidade e Infraestrutura Viária. Nela, o professor Alex Bager (DBI-UFLA) falou sobre a proposta de realizar o Cibiv de maneira itinerante entre os cinco países que compõem a rede, e sobre a articulação para aproveitar as experiências positivas em cada um deles. As experiências exitosas relacionadas à Ecologia de Estradas, nesses países, foram apresentadas na mesa-redonda.
Com relação às experiências nacionais, o professor Alex Bager destacou a atuação do Centro Brasileiro de Ecologia de Estradas (CBEE), instituição que coordena. Ele anunciou que o aplicativo Urubu Mobile, que auxilia o monitoramento dos impactos das rodovias sobre a biodiversidade, já está disponível em inglês e espanhol, passo importante para ampliar o monitoramento internacional. O Urubu Mobile integra um conjunto de ferramentas denominado Sistema Urubu, que constitui atualmente a maior rede social de conservação da biodiversidade no Brasil, com quase 20 mil colaboradores.
Dia Nacional de Urubuzar
Neste final de semana, serão realizadas em todo o Brasil ações relativas ao Dia Nacional de Urubuzar, a fim de conscientizar a população e contribuir com a diminuição de atropelamentos de animais silvestres nas estradas brasileiras. Atividades também serão feitas na UFLA e no centro de Lavras, nos dias 11 e 13.
Grupos de pesquisa, agências governamentais, empresas, ONGs e outros interessados no monitoramento da fauna atropelada terão a oportunidade de participar, na próxima semana, de um curso oferecido pelo Centro Brasileiro de Ecologia de Estradas (CBEE). Com duração de cinco horas, o curso “Protocolo CBEE de Monitoramento de Fauna atropelada” será realizado em São Bernardo do Campo (SP) na sexta-feira (14/8). Quem ministrará os conteúdos é o professor do Departamento de Biologia da UFLA (DBI) e coordenador do CBEE, Alex Bager.
Durante o curso, os participantes terão acesso a informações sobre o Sistema Urubu, que oferece ferramentas tecnológicas para coleta, gestão, análise e visualização de dados de atropelamento da fauna. O protocolo de monitoramento, que também será discutido no evento, é um instrumento destinado a garantir que os dados coletados sobre a fauna atropelada possam ser comparáveis no tempo e no espaço.
Os interessados devem registrar sua pré-inscrição. O investimento necessário é de R$ 50,00, que devem ser pagos presencialmente, antes do início do curso. Os certificados serão emitidos pelo CBEE/UFLA. Para obter outras informações, é possível entrar em contato com a organização pelo e-mail cbee@dbi.ufla.br ou pelo telefone (35) 3829-1928.
Data do curso: 14/8/2015
Local: Ecorodovias Concessões e Serviços S.A. Rodovia dos Imigrantes (SP 160), s/nº, Km 28,5, Bairro Jardim Represa. São Bernardo do Campo/SP.
Horário: 13h às 18h.
Investimento: R$ 50,00
CBEE e Sistema Urubu
O CBEE tem oferecido cursos em diferentes cidades brasileiras. Neste ano, atividades já foram desenvolvidas em Recife, Belo Horizonte e Curitiba. Sediado na UFLA, o CBEE foi institucionalizado em fevereiro de 2012 e, desde então, tem a meta de ser um centro de excelência em pesquisa, capacitação, desenvolvimento de tecnologia e estabelecimento de políticas públicas em temas que relacionem empreendimentos viários (rodovias e ferrovias) e biodiversidade.
O Sistema Urubu, desenvolvido pelo CBEE com o apoio de parceiros, foi lançado em 2014. Entre seus componentes estão o aplicativo para smartphones chamado Urubu Mobile – que permite ao cidadão registrar fotografias de animais atropelados nas estradas e enviar as imagens para análise de especialistas ligados ao CBEE. Desde então, o tema tem ganhado destaque na mídia nacional e internacional. No Laboratório de Estudos em Manejo Florestal (Lemaf/UFLA) foi inaugurado, em maio de 2014, o “Espaço Urubu”, local em que o projeto recebe da UFLA colaboração em infraestrutura física e apoio de recursos humanos.
Com informações de Wagner Schiavoni, bolsista Ascom/DBI.
O atropelamento é uma ameaça séria para a fauna brasileira. Milhões de animais são atropelados a cada ano nas estradas brasileiras, muitos deles de espécies ameaçadas de extinção. Dados do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas da Universidade Federal de Lavras (CBEE – UFLA) mostram que todos os anos mais de 450 milhões de animais silvestres são atropelados nas estradas brasileiras.
Pensando em reduzir essa triste estatística, o CBEE desenvolve uma série de estudos e ações que têm alertado a população sobre a importância de medidas mitigadoras para evitar essas mortes. No dia 15 de novembro, será realizada uma das maiores campanhas de conservação da vida silvestre no Brasil: o Dia Nacional de Urubuzar. Essa campanha faz alusão ao Sistema Urubu, aplicativo para celular desenvolvido na UFLA, que permite a qualquer cidadão contribuir para a proteção de animais silvestres.
Para realizar essa ação, o CBEE fez uma parceria com a Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil (SZB) e o Parque das Aves, em Foz do Iguaçu, ampliando a abrangência da campanha para todo o País. Ao todo, mais de 100 instituições irão realizar ações simultâneas para divulgar o Sistema Urubu e conscientizar o público do impacto dos atropelamentos na biodiversidade, entre elas, 56 zoológicos brasileiros (Confira as instituições que já aderiram ao movimento). Na UFLA, 130 estudantes estão envolvidos na Campanha e terão ações na Praça Augusto Silva (Confira as ações previstas para Lavras).
O lançamento da Campanha será realizado no dia 14 de novembro, no Parque Nacional do Iguaçu, com uma palestra do professor Alex Bager (DBI/UFLA), coordenador do CBEE e idealizador do Sistema Urubu.
O Sistema Urubu
Disponível gratuitamente para Android e iOS, o Sistema Urubu é muito simples e com alta aplicabilidade. Para utilizar o sistema, o interessado pode fazer o download em seu smartphone e, ao encontrar um animal silvestre atropelado, basta fotografar para que a posição geográfica e a data sejam enviadas automaticamente para o banco de dados do CBEE.
O Sistema Urubu é constituído por três partes: o aplicativo Urubu Mobile coleta os dados, a plataforma Urubu Web faz a gestão de dados e o Urubu Map disponibiliza as informações em um mapa interativo. Com pouco mais de sete meses desde seu lançamento, o Sistema já conta com mais de cinco mil usuários em todo o País.
O diferencial do sistema é que os usuários não precisam ser especialistas, pois todas as fotos são validadas por uma equipe de pesquisadores de todo o Brasil. Segundo Alex Bager, essa é uma forma de obter um mapeamento confiável para uso no planejamento, gestão e desenvolvimento de políticas públicas.
O professor Alex Bager (DBI/UFLA) destaca que o sistema é pioneiro no Brasil e faz parte de uma nova geração de ações conservacionistas. “Cada pessoa, tendo esse aplicativo em mãos, tem o poder de fazer a diferença. Quanto mais pessoas forem mobilizadas, mais exatos serão os dados e as medidas que podem ser tomadas para reverter o alto índice de atropelamentos nas estradas brasileiras. Criamos uma rede em que as atividades têm um impacto real na proteção dos animais silvestres”, destaca o professor.
Triste realidade
A maior parte dos atropelamentos é de animais pequenos – 390 milhões de sapos, pererecas, cobras, roedores, pássaros e outras aves. Os acidentes com bichos de médio porte somam 55 milhões (gambás, furões, jaritatacas, lebres, jiboias, jabutis, macacos, tatus e aves maiores, como anu-branco, pombas, corujas e gaviões). “Anualmente mais de cinco milhões de animais de grande porte, entre antas, capivaras, cachorros-do-mato, gatos-do-mato, lobos-guará, onças, veados morrem nas estradas brasileiras”, afirma Alex Bager, coordenador do CBEE.
Segundo Alex Bager, os atropelamentos ocorrem em todas as rodovias, estradas e ferrovias, sendo impossível a presença de pesquisadores em todos os casos. Pensando nisso, o CBEE idealizou o Sistema Urubu, em que qualquer pessoa pode colaborar com informações e reduzir o impacto das rodovias na biodiversidade brasileira.
Informações sobre o Dia Nacional de Urubuzar e impactos de atropelamento na fauna selvagem, acesse:
O Sistema Urubu, destinado ao monitoramento da fauna atropelada no país, agora conta com um espaço físico no Laboratório de Estudos em Manejo Florestal da Universidade Federal de Lavras (Lemaf/UFLA). O lançamento do espaço ocorreu nesta segunda-feira (12/5), quando foi realizado também o “Workshop de Planejamento do Sistema Urubu”. O reitor da UFLA, professor José Roberto Soares Scolforo, visitou as instalações.
Com a cessão da infraestrutura física e o apoio de recursos humanos do Lemaf, que atuarão no projeto, a UFLA se junta aos demais parceiros do Sistema Urubu que têm tornado viável a execução de cada fase do processo de levantamento de animais atropelados nas estradas brasileiras. Apoiam o Centro Brasileiro de Ecologia de Estradas (CBEE) na inciativa a Tetra Pak, a Tropical Forest Conservation Act (TFCA/FunBio), a Fundação Grupo Boticário, a Fundação de Apoio à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O lançamento oficial do aplicativo para smartphones – que permite ao cidadão registrar fotografias de animais atropelados nas estradas e enviar as imagens para análise de especialistas ligados ao CBEE – foi realizado em 11/4. Desde então, o tema tem ganhado destaque na mídia nacional e internacional. De acordo com o coordenador do projeto, professor Alex Bager, até o momento, o aplicativo já registrou cerca de 1.200 downloads e 800 cadastros. “Vamos trabalhar com afinco para que até dezembro deste ano possamos chegar a 5 mil pessoas envolvidas”, afirma.
Da sala localizada no andar térreo do Lemaf, a equipe envolvida continuará desenvolvendo o sistema, implementando novas funcionalidades para que as fotos enviadas pelos usuários cheguem ao Centro para análise. Também ficarão aumentadas as possibilidades de captação de recursos para o projeto e seu consequente fortalecimento.
De acordo com o professor Scolforo, a soma das competências do Lemaf e do CBEE será benéfica a ambos e ao meio ambiente. “O projeto, a partir de seus resultados, poderá indicar as formas mais adequadas de proteger a fauna selvagem nas diferentes regiões entrecortadas por rodovias; a infraestrutura tecnológica oferecida pelo Lemaf vai ajudar”, diz.
Veja na galeria abaixo algumas fotos feitas no dia 12/5. O espaço do Sistema Urubu ganhou uma imagem de identificação formada por fragmentos de pequenas imagens de animais. Todos eles justapostos compõem a foto de uma rodovia.
O Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE) apresentou uma proposta para a criação da Rede Latino-americana de Biodiversidade e Transporte, durante o Congresso Brasileiro de Ecologia de Estradas, realizado em janeiro. Nessa proposta, constava a elaboração da revista on-line BIOTrA – Biodiversidade e Transporte, cuja coordenação é do professor Alex Bager, do Departamento de Biologia da UFLA (DBI).
A Rede tem como objetivo a expansão das ações realizadas no território brasileiro para outros países, fortalecendo as diferentes atividades que envolvem a biodiversidade e empreendimentos viários. Segundo o professor Alex Bager, o formato on-line foi escolhido por ser mais democrático e acessível a todos.
O foco da revista será a discussão de temas que tenham relação entre a biodiversidade e diferentes modos de transporte.
Em 2014, a BIOTrA pretende publicar, ainda na edição de lançamento, os anais do Road Ecology Brazil – ou Congresso Brasileiro de Ecologia de Estradas 2014 – e uma edição especial que envolverá os Data Papers, reunindo os bancos de dados de biodiversidade ligados aos meios de transporte.
A revista contará com a colaboração de pesquisadores brasileiros e estrangeiros, além de alunos de doutorado e pós-doutorado, todos ligados à área de ecologia de estradas. Analistas ambientais, estudantes e pesquisadores que tenham feito estudos relacionados à biodiversidade e meios de transporte, poderão publicar os resultados na revista BIOTrA.
Um aplicativo para smartphones e tablets, idealizado pelo professor do Departamento de Biologia da Universidade Federal de Lavras (DBI/UFLA) Alex Bager, ganhou destaque no Blog do Planeta, da revista Época, disponível no portal Globo.com. O professor, que também é coordenador do Centro Brasileiro de Ecologia de Estradas (CBEE), foi entrevistado pelo colunista Alexandre Mansur e explicou em detalhes a utilidade e o funcionamento do sistema nomeado de Urubu Mobile.
O Urubu Mobile poderá ser baixado por qualquer cidadão que tenha, no celular ou tablet, câmera, GPS e sistema operacional Android. Ao deparar-se com um animal atropelado nas estradas brasileiras, a pessoa faz o registro fotográfico e envia a um sistema de gestão de dados. Esse monitoramento da fauna atropelada tem como objetivo principal reunir informações e dados que sirvam de subsídio ao planejamento, gestão e desenvolvimento de políticas públicas na área de Ecologia de Estradas. Outra utilização importante é o subsídio a pesquisas científicas.
De acordo com o texto, a expectativa é de que o aplicativo seja lançado logo após o Carnaval.
O Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE), sediado na Universidade Federal de Lavras (UFLA), irá promover o curso “Protocolo de monitoramento de fauna atropelada” na cidade de Uberlândia (MG). O objetivo do curso é capacitar grupos de pesquisa, agências governamentais, empresas, ONGs e interessados a adotar um protocolo unificado de coleta dos dados sobre o atropelamento da fauna no território brasileiro. Assim , as informações recolhidas em todos os locais poderão ser comparadas sem distorções.
O curso será realizado em 25 de fevereiro, das 13h às 18h, em local ainda não confirmado. As pré-inscrições podem ser feitas neste link. A taxa de R$ 40,00, referente à inscrição, será recolhida presencialmente, antes do início do curso. Entre os temas a serem tratados, estão a coleta de dados de carro e a pé, o Sistema Urubu, o Banco de Dados Brasileiro de Atropelamento de Fauna Selvagem (BAFS), entre outros.
O responsável pela organização do evento é o professor do Departamento de Biologia (DBI) e coordenador do CBEE, Alex Bager. Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail cbee@dbi.ufla.br.
Com informações de Lívia Vilella, bolsista Ascom/DBI