Ludwig van Beethoven é um dos pilares da música clássica. O alemão é considerado um dos compositores mais influentes e respeitados de todos os tempos, pelo conteúdo musical de suas obras.
Mesmo sendo tão importante, poucas pessoas conhecem sua história e até mesmo seus trabalhos. Pensando nisto, a Coordenadoria de Cultura da Proec está oferecendo o curso “Beethoven: uma vida de música”. Uma vez por mês, a turma se reúne com o regente Daniel Paes de Barros para conhecer não só a obra de Beethoven, mas também a sua vida, através das sinfonias.
Daniel é formado em Música e ministra uma aula sobre História da Música, onde discute sobre vários compositores. Durante um destes encontros precisou falar sobre Beethoven e o assunto estendeu-se mais do que imaginava. Assim, surgiu a ideia de criar um curso voltado especificamente para a história do alemão.
A cada reunião, uma sinfonia é ouvida e depois discutida. Mas a discussão não fica restrita apenas ao trabalho do compositor. Aspectos da época, como o que a sociedade esperava ouvir, também são pontos de debate.
Para Daniel, Beethoven é considerado um gênio e, através das sinfonias, tenta mostrar para a turma o porquê disso. No total, nove sinfonias foram finalizadas e a décima ficou pela metade, pois ele não teve tempo de terminar. A escolha desse gênero musical como base para as discussões se deu pela sua popularização. Segundo Daniel, ele poderia ter escolhido, por exemplo, as sonatas, mas as sinfonias são um estilo mais comum e mais apreciado pelo público.
O curso, que já está em seu quarto encontro, é aberto ao público e as inscrições podem ser feitas pelo Sig UFLA. A entrada é gratuita.
Música e cultura embalaram a noite do último sábado (5/7), no Salão de Convenções da Universidade Federal de Lavras (UFLA). O II encontro “Vivências Musicais” reuniu orquestras, corais e músicos de Lavras, São João Del Rei e Prados.
Aberto a toda comunidade, o evento teve como objetivo reunir as orquestras da região a fim de proporcionar cultura no Município. Lucas Rocha Vieira, integrante da Orquestra de Câmara e do Coral Vozes do Campus, também ressaltou a importância da iniciativa na “troca de experiências, repertórios e de informações sobre a forma como as outras universidades desenvolvem e trabalham os projetos de extensão na música”.
A contribuição dos estudantes de Licenciatura em Música da Universidade Federal de São João Del Rei (Ufsj) também enriquece os encontros, uma vez que eles “têm o conhecimento pedagógico e técnico para desenvolver os projetos, que auxilia nas atividades que a UFLA oferece para comunidade”, comenta Lucas.
O repertório apresentado incluiu músicas populares, clássicas, temas de filmes, Beatles e mais, proporcionando cultura, arte e emoção.
A partir de 7/7, até o término do período eleitoral (com o encerramento do segundo turno, se houver), as atividades de comunicação de Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), bem como de outros órgãos do serviço público federal, ficam sujeitas a restrições. O objetivo é evitar que, por meio da divulgação institucional, sejam gerados benefícios diretos ou indiretos a candidatos ou partidos.
Além da Diretoria de Comunicação da UFLA (Dcom), outros órgãos e entidades da comunidade acadêmica devem observar a regulamentação para esse período, atentando-se especialmente para a Instrução Normativa nº 1, de 11 de abril de 2017, emitida pela Secretaria Especial de Comunicação (Secom) da Presidência da República. Tais instruções são extensivas a todos que mantêm ferramentas de comunicação ligadas à Universidade ou inseridas no domínio ufla.br. A divulgação de eventos, as postagens em redes sociais, a utilização de material publicitário, a veiculação de vídeos, a aplicação da logomarca do governo federal e mesmo a divulgação de conteúdos noticiosos são exemplos de atividades que precisam de observação estrita à regulamentação.
A recomendação é que qualquer conteúdo que não esteja expressamente liberado pela norma de orientação seja submetido ao TSE para consulta e solicitação de autorização para divulgação. Membros da comunidade acadêmica que tenham dúvidas quanto ao assunto podem também buscar orientação na Dcom.
Se o conteúdo estritamente institucional deverá obedecer às recomendações, é necessária ainda mais atenção a conteúdos que possam ter vínculos diretos com as eleições. Todos os servidores devem estar atentos para que não haja utilização de nenhum recurso ou estrutura da Universidade para manifestações de cunho político-partidário. O uso de e-mail institucional e os comentários postados a partir de equipamentos da UFLA são exemplos de situações que podem acarretar responsabilização do autor e da instituição. É o caso também de aglomerações no câmpus que possam indicar mobilização em favor de um candidato ou partido.
A Diretoria de Comunicação (DCOM) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) já disponibilizou a versão digital da primeira edição do Jornal UFLA deste ano. Acesse o conteúdo pelo link: https://bit.ly/JornalUFLA
110 anos não cabem em poucas páginas
Por Ana Eliza Alvim
A UFLA chega, em 2018, aos seus 110 anos, com um saldo de centenas de boas histórias para contar, frutos de práticas e iniciativas de toda a comunidade acadêmica. Histórias que não caberiam nem em milhares de edições do Jornal UFLA. Mas esta edição traz temas que, de alguma forma, representam o conjunto das realizações que fazem do passado um motivo de orgulho e do futuro uma promessa otimista. Apesar de enfrentar obstáculos e desafios que estão presentes em qualquer organização pública, a UFLA é movida e marcada por suas conquistas, capazes de inspirar em servidores, estudantes e parceiros o entusiasmo, o desejo e a crença em dias ainda melhores.
É de uma pequenina parte dessas conquistas que o jornal deste trimestre trata. Pequenina parte, mas bastante representativa das tantas histórias que não cabem nestas páginas. São matérias que demonstram o quanto as ações institucionais trazem retorno para a sociedade, seja por meio do impulso à economia regional, com uma comunidade acadêmica crescente, seja por meio de um projeto de eficiência energética que traz reflexos positivos tanto para a gestão do recurso público quanto para as questões ambientais. É também uma atuação que dá ao País o maior cadastro geoambiental do mundo, viabilizando a promoção da restauração de áreas de mata degradadas, permitindo planejamento territorial e fornecendo informações para o controle social na área ambiental.
Projetos de grande magnitude se unem àqueles que nascem para combater dificuldades sociais muitas vezes ocultas sob o ritmo acelerado do dia a dia, como é o caso do Projeto Asas, que, com ações locais, lança bases para a transformação de paradigmas culturais e para garantia de maior acessibilidade aos surdos no município. A história da UFLA aqui representada também dá mostras da grandiosidade de seu passado, relembrado as memórias da maior feira de café do País, que teve na UFLA o marco de sua gênese, e trazendo as histórias de ex-moradores da moradia estudantil – conhecida como “Brejão”-, que se reuniram e deram o testemunho de que o já vivido é digno de comemoração.
Para finalizar, há textos aqui que sugerem que o futuro tem tudo para chegar efervescente. Os 17 mil jovens que estiveram na Universidade durante o UFLA de Portas Abertas representam os sonhos que a instituição mobiliza – dos estudantes que por aqui ainda passarão e vão protagonizar novas histórias. O futuro está também na internacionalização dos programas de pós-graduação, que em pouco tempo podem configurar um novo cenário para a geração de pesquisas e para a qualidade da formação dos estudantes, com reflexos também para a cidade. O porvir de maior democratização do acesso à ciência foi anunciado em um evento – o Pint of Science – que apenas plantou suas sementes em Lavras, e tende a crescer.
É certo que o sucesso de muitas das ações desenvolvidas até aqui dependeram de fatores externos imprescindíveis ao funcionamento da Universidade, e é certo que a continuidade rumo a esse futuro de boas expectativas dependerá também desses fatores. De toda forma, a certeza que fica é de que, no que depender da comunidade UFLA, os próximos 110 anos farão jus a seus antecessores.
Entre agosto de 2018 e julho de 2019, a Universidade Federal de Lavras realizará a maior expedição de conservação da biodiversidade brasileira. A Expedição Urubu na Estrada vai percorrer mais de 25 mil km para avaliar os efeitos de estradas, rodovias e ferrovias das Unidades de Conservação e espécies ameaçadas no País. A ação será realizada pelo professor do Departamento de Biologia Alex Bager, coordenador do Centro Brasileiro de Ecologia de Estradas (CBEE).
A ação tem como objetivo produzir um diagnóstico didático, técnico e científico do real impacto das estradas, rodovias e ferrovias na biodiversidade brasileira. Os resultados serão convertidos em estratégias de conservação em nível local, regional ou nacional. As estratégias envolverão atores locais, órgãos de diferentes esferas políticas, pesquisadores e estudantes, entre outros.
Confira as entrevistas da TVU com o pesquisador Alex Bager e saiba mais sobre o projeto:
Acompanhe todo o trabalho da Expedição, por meio dos grupos abaixo:
Unidades de Conservação: destinado para analistas e gestores de Unidades de Conservação que são afetadas por impactos de estradas e/ou ferrovias. Clique nesta categoria se desejar se cadastrar e receber mais informações para ser inclusa no roteiro da Expedição Urubu na Estrada.
Espécies Ameaçadas & Rodovias “do mal”: destinado a projetos de conservação de espécies ameaçadas, centros de especializados, zoológicos que realizem ações de conservação ex-situ com espécies ameaçadas e afetadas por atropelamento ou regiões que sabidamente matam muitos animais. Clique nesta categoria se desejar se cadastrar e receber mais informações para ser incluso no roteiro da Expedição Urubu na Estrada.
Patrocínios e apoios: destinado a empresas, órgãos governamentais, associações, ou qualquer instituição que deseja apoiar a Expedição Urubu na Estrada. Nessa categoria também estão empresas e instituições que podem colaborar com serviços, bens de consumo e/ou equipamentos para a execução da Expedição.
Quero ficar informad@: se destina a todos que não se encaixam nas categorias anteriores, mas que desejam receber notícias dos avanços da Expedição Urubu na Estrada. Tanto na fase de organização, como durante sua realização.
A equipe de robótica Troia, da Universidade Federal de Lavras (UFLA), participa essa semana da 14ª edição do Winter Challenge, competição de robótica que será realizada no Instituto Mauá de Tecnologia, em São Caetano do Sul, São Paulo, de 5/7 a 8/7. O grupo, formado por estudantes da Universidade, irá competir nas categorias Mini-sumô, Hockey, Trecking, e nas cinco categorias de combate da competição.
A Pró Reitoria de Planejamento e Gestão (Proplag) promove palestras de capacitação relativa ao projeto de eficiência energética da Universidade Federal de Lavras. Servidores e funcionários em atuação na UFLA, bem como estudantes interessados, são convidados a participar em uma das turmas, no dia 5/7, no anfiteatro do Departamento de Administração e Economia (DAE), bloco III. Buscando atender ao máximo de pessoas, foram estruturadas as seguintes opções de horários:
1ª turma: das 9 às 11h;
2ª turma: das 15 às 17h;
3ª turma: das 19 às 21h;
A participação da comunidade acadêmica é essencial para que, juntos, professores, técnicos administrativos, funcionários terceirizados e estudantes possam atuar no uso correto da energia, contribuindo para uma efetiva economia.
O conteúdo programático apresentará os objetivos do Programa de Eficiência Energética executado pela Cemig e parceiros, os objetivos do projeto de eficiência energética da UFLA, dicas de economia no ambiente de trabalho, dicas de economia na residência, além de abordar o tema operação e manutenção eficiente dos novos equipamentos.
O evento contará com palestrantes da empresa Deode Inovação e Eficiência: o analista de projetos Diogo Botelho Nunes; a analista técnica Lara Aparecida Pimentel Delfim Lacerda, e o coordenador de projetos Henrique Pereira Rodrigues.
No último sábado (30/6), a Universidade Federal de Lavras (UFLA) promoveu pela primeira vez, no Museu de História Natural, no câmpus histórico, o “Asteroid day”. O evento, que é anual, foi organizado pelos professores do Departamento de Física da UFLA (DFI/UFLA) José Alberto Casto Nogales Vera e Karen Luz Burgoa Rosso, responsáveis pelo projeto “Magia da Física e do Universo”, no qual estão incluídas as atividades da oficinal Festa das Estrelas. O objetivo foi promover a conscientização do público sobre os asteroides no mundo.
A programação começou às 19h e terminou às 22h. Professor Nogales e professora Karen fizeram uma breve apresentação das atividades do projeto que foram desenvolvidas no primeiro semestre. Logo após, o astrônomo amador que faz parte dos “Astrônomos sem Fronteiras” Cledison Marcos da Silva fez uma palestra sobre os asteroides, abordando descoberta, características, especificações, potencial de perigo para a Terra e curiosidades. Ele integra também a Bramon, organização sem fins lucrativos que tem como missão monitorar os meteoros, por meio de estações com softwares específicos, capazes de capturar dados e fornecê-los à comunidade científica. “Os asteroides são restos da formação do Sistema Solar. Nada mais é que um monte de entulho que fica girando em torno do sol. O termo “asteroide” vem do grego “áster”, estrela, e “oide”, semelhança. Que quer dizer uma quase estrela. Podemos afirmar que é um ponto brilhante que se movimenta”, explica Cledison Marcos.
Após a palestra, o público participou da observação astronômica, que ocorreu na rotatória próxima ao Museu. Foi possível observar cinco planetas, um cometa e o asteroide Vesta. “Nós realizamos a Festa das Estrelas desde 2011. E nossa clientela cresce a cada dia. Fazemos todos os sábados à noite. E como 30 de junho é dia do asteroide, nada melhor que realizar uma atividade para destacar essa data, com o Asteroid day”, diz professora Karen.
Amanda Maira do Nascimento veio com o esposo Diego de Abreu Cardoso e o filho Davi Nascimento Cardoso, de 5 anos, para participar do Asteroid day. Segundo ela, apesar da idade, o pequeno Davi é um admirador do céu. “Ele ama ficar olhando as estrelas e estava super ansioso para observar o asteroide Vesta”, conta. David Marques Alves de Jesus, de 11 anos, é um apaixonado pela astronomia. É curioso e inteligente. Aluno do Centro de Desenvolvimento do Potencial e Talento (Cedet), ele já faz aulas de inglês, participa de uma atividade no curso de Engenharia de Controle e Automação e também faz aulas de astronomia na Universidade. “Eu gosto muito desse tema. Minha vontade é buscar cada vez mais conhecimento e me tornar um astrofísico”, conta.
De acordo com professora Karen com esse evento uma etapa foi finalizada e agora um novo ciclo começa em agosto com o evento “Astronomia Indígena”, que tratará de como os índios brasileiros observavam e liam a cúpula celeste. “Com essa correlação céu e chão, nós pretendemos fazer uma educação ambiental – o céu leva a mensagem, e não o caderno ou o livro. É preciso apenas saber observar”.
História do Asteroid day
O Asteroid day é um evento global que foi criado em 2014 pelo astrofísico e guitarrista da banda Queen Dr. Brian May junto com o ex-astronauta das missões Apollo Danica Remy e o cinegrafista Grig Richters. Foi em 30 de junho 2016 que as Nações Unidas declararam o Asteroid day como a data para conscientização sobre os asteroides. Já que nesse dia, no ano de 1908, um asteroide de chocou contra a Terra na Sibéria. Esse foi o fato histórico mais prejudicial que marcou o planeta. E por isso ficou conhecido como Evento de Tunguska.
Texto: Lisa Fávaro, jornalista – bolsista DCOM/Fapemig
Com o alerta aceso para a queda dos índices de vacinação no Brasil e no mundo, pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) desmistificaram um fenômeno sem base científica, mas que se populariza cada dia mais e ameaça a saúde: o movimento antivacinas.
O estudo, realizado por estudantes de graduação de Medicina, sob orientação da professora do Departamento da Saúde (DSA) Cynthia Silva, foi apresentado recentemente pela estudante Júlia Rezende Ribeiro no Congresso Mineiro de Pediatria, onde recebeu o prêmio Ennio Leão. Desenvolvido com apoio da Liga Acadêmica da Saúde da Mulher e da Criança (Lasamc/UFLA), a pesquisa foi elaborada a partir de 22 artigos sobre o tema publicados em revistas científicas nacionais e internacionais, notas da Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Imunizações.
Júlia explica que, contrário ao que prega os partidários da não imunização, pesquisas científicas confirmam as conquistas da vacinação na prevenção de várias doenças e redução da mortalidade. “Graças às vacinas, doenças sérias e altamente contagiosas foram quase erradicadas. Algumas, como a varíola, praticamente não existem mais”, explica.
De acordo com Júlia , há diversos fatores que podem estar por trás do crescimento do movimento antivacinas. Um deles é o esquecimento de doenças sérias e fatais que foram controladas no passado pela imunização da população. “Algumas quase não são mais vistas hoje. Rubéola e a poliomielite, por exemplo, foram erradicadas no Brasil. Então, parte da população, principalmente aqueles que vivem em melhores condições socioeconômicas e de saúde, esquece dos benefícios da vacinação e enfoca apenas nos efeitos adversos”, critica.
Outro motivo da queda na vacinação é a disseminação de informações na internet. As redes sociais são um dos principais meios de propagação das ideias do movimento antivacinas, muitas vezes, atrelados a site e blogs com conteúdo de baixa credibilidade. “A população busca grande parte das informações médicas na internet, o que faz o movimento ganhar força entre os leigos no assunto. Por exemplo, pelo menos 13 mil pessoas integram um dos grupos fechados no Facebook sobre o tema”, informa.
Consequentemente, temerosos, muitos pais se recusam em vacinar seus filhos. As justificativas vão desde o medo das reações adversas da vacina, à crença de que a imunização adquirida com a doença seria melhor do que a adquirida com a imunização; além de que as políticas de vacinação são autoritárias e que as vacinas são fabricadas para gerar lucro para a indústria farmacêutica.
No Brasil
Nos últimos anos, o movimento antivacinas no Brasil vem arrebanhado seguidores e explica o porquê da queda da cobertura de vacinação para doenças como caxumba, sarampo e rubéola ano a ano. Dados apurados pela estudante da UFLA apontaram redução nas taxas de vacinação em muitos dos estados brasileiros. “A taxa de imunização das camadas mais ricas chega a ser menor que entre os mais pobres”, conta a estudante de Medicina.
A tendência preocupa autoridades públicas e profissionais da saúde por causar risco de surtos e epidemias de doenças fatais. “Quando uma pessoa deixa de ser vacinada, cria-se um grupo de pessoas suscetíveis a contrair a doença. Não é caso apenas de escolha pessoal, vira problema de saúde pública. Quem prefere deixar de se vacinar, coloca em risco aqueles que não podem ser imunizados, como pessoas com doenças imunossupressoras, crianças transplantadas e alérgicos a componentes das vacinas”, esclarece Júlia.
Foi o que aconteceu no Ceará e em Pernambuco entre 2013 e 2015. Por cerca de dez anos, o Brasil não tinha um único caso de sarampo autóctone (de origem local). Os poucos episódios decorriam de pessoas que vinham do exterior. Mas, em 2013, houve uma queda na vacinação de sarampo, seguida de um surto que se espalhou entre os dois estados.
O Brasil é reconhecido no mundo inteiro por seu programa de vacinação, que disponibiliza vacinas gratuitamente à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Criado em 1973, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) foi reforçado com a Constituição Federal de 1988, e, desde essa época, a cobertura das vacinas sem custos subiu de quatro para 27 tipos oferecidos.
O Estatuto da Criança e do Adolescente ainda determina que os pais vacinem seus filhos de acordo com a faixa etária. “O problema é que o País não teve uma legislação firme. Se ninguém denunciar quem escolheu não se vacinar, a pessoa não é punida. É da autonomia de cada um”, avalia.
Movimento contagioso
O movimento antivacinas ganhou força no mundo a partir de 1997, quando o médico inglês Andrew Wakefield publicou um estudo que relacionava a vacina Tríplice Viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) ao autismo.
Vários estudiosos refizeram pesquisas científicas e nunca encontraram ligação entre essa vacina e o autismo. “Na verdade, foi provado por uma comissão de ética que o pesquisador fraudou dados de seu estudo”, lembra Júlia. Wakefield teve sua licença médica cassada e o estudo foi retirado das publicações.
No entanto, apesar do descrédito do estudo, a teoria se espalhou, sobretudo, na internet entre pais receosos de que a vacina pudesse causar problemas a seus filhos.
No Brasil, a onda antivacinas também ganhou visibilidade em 2014 quando, após vacinação contra HPV, algumas adolescentes associaram a imunização à paralisia dos membros inferiores. “Após estudos, não foi provada nenhuma relação entre os eventos de paralisia e a vacinação”, ressalta Júlia Rezende Ribeiro.
Pollyanna Dias, jornalista- bolsista Dcom/Fapemig
Edição do Vídeo: Mayara Toyama – bolsista Dcom/Fapemig
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.
Estudantes da UFLA e atletas pelo projeto Cria Lavras foram convocadas para o Fisu America Games, primeira edição do Pan Americano Universitário. Para a competição, foram convocados os atletas campeões dos Jogos Universitários Brasileiros 2017 (JUBs) nas provas individuais, estando cinco atletas da UFLA, pela primeira vez, entre eles: Camila Paulino de Paiva, que se classificou na prova 100 m com barreiras; Hellen Cristina Trindade Ferreira, classificada para a prova 5.000 m; Pamela Aparecida Simão André, competindo pela categoria salto triplo; e Jeniffer Nicole (líder do ranking brasileiro) e Ingrid Ellen da Silva Moreira no Heptatlo.
O evento ocorrerá entre os dias 19/7 e 29/7 na cidade de São Paulo, no Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São Paulo e no Centro de Treinamento Paralímpico. O Pan Americano Universitário é organizado pela Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU) com apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro e a chancela da Federação Internacional de Desporto Universitário, reunindo 32 países em 13 modalidades esportivas, sendo três delas paralímpicas.