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Encontro em São Sebastião do Paraíso indica avanços para instalação de câmpus da UFLA no local

Durante o encontro em São Sebastião do Paraíso, houve visita ao terreno onde serão construídas as instalações do câmpus.

Projeto de câmpus avançado em São Sebastião do Paraíso está em tramitação no MEC. Quando ocorrer a viabilização de todos os recursos necessários, as atividades serão iniciadas. 

 

O processo para implantação de um câmpus da Universidade Federal de Lavras (UFLA) em São Sebastião do Paraíso teve uma nova etapa nesta quinta-feira (29/3). Com a presença do ministro da Educação Mendonça Filho na cidade, foi anunciado que o projeto será submetido, em breve, ao Conselho Nacional de Educação (CNE), após tramitar nas secretarias responsáveis do Ministério da Educação (MEC). O reitor da UFLA, professor José Roberto Soares Scolforo, e o pró-reitor de Graduação, professor Ronei Ximenes Martins, participaram do encontro.

Houve visita ao terreno que está sendo doado à Universidade para construção da estrutura física. A área de 150 mil m2 é bem avaliada por apresentar condições adequadas para sediar um câmpus universitário, como localização estratégica e estrutura de águas, águas pluviais, esgoto e energia elétrica subterrânea. Trata-se de um terreno antes pertencente ao Serviço Social do Comércio (Sesc) e que agora está sendo doado pela prefeitura de Paraíso para que a UFLA estabeleça o novo câmpus. Não há ainda data prevista para o início das obras.

A perspectiva é de que, quando entrar em funcionamento, a unidade ofereça cursos com foco em tecnologia e inovação. Na fase inicial, o projeto prevê o ingresso dos estudantes no Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia (BICT). Após cursar três anos dessa base, o estudante fará a opção em se especializar em engenharia de produção, engenharia de software ou engenharia industrial, com duração de mais três anos.

Em São Sebastião do Paraíso, professor Scolforo reforçou que o início das atividades ocorrerá quando os recursos necessários estiverem disponíveis, para que se possa garantir no câmpus avançado a qualidade que é a marca do trabalho desenvolvido na UFLA.

A meta é ofertar 180 vagas por ano, com perspectivas futuras de oferta também de um programa de pós-graduação. O início das atividades, entretanto, estará vinculado à viabilização de recursos necessários. Professor Scolforo explica que a instalação de um câmpus avançado foi aprovada pelo Conselho Universitário (CUNI) mediante o atendimento integral das demandas que o projeto apresenta, como contratação de professores e servidores técnico-administrativos, recursos para a infraestrutura física e equipamentos, além de recursos para manutenção. Assim, será necessário que esses recursos estejam à disposição da Universidade para que ocorra a inclusão das vagas em processos seletivos.

“Os atores envolvidos no projeto estão trabalhando para garantir que, desde o início, esse empreendimento ousado mantenha o mesmo nível elevado de qualidade inerente à execução de trabalhos da UFLA”, resumiu Scolforo. 

 

 

No encontro, professor Scolforo falou sobre a trajetória da UFLA, que, com o Reuni, priorizou a expansão na própria sede, sem nunca deixar de primar pelo crescimento aliado à qualidade pela qual é conhecida. “Somos uma das raras universidades do interior de um estado que está qualificada como uma das melhores instituições desse País”. Lembrou também o papel da instituição e do professor Alfredo Scheid Lopes para o aumento da produção agrícola no cerrado brasileiro, tida como uma das maiores conquistas da ciência agrícola no século 20. “Não estudei na ESAL nem na UFLA, mas me considero ‘esaliano’ e ‘uflaniano’ ao extremo, porque tenho um orgulho enorme por essa e por tantas outras contribuições que a Universidade tem dado ao País. Por isso, um dos lemas da nossa comunidade é o ‘orgulho de ser UFLA’”.

A ideia de um câmpus da UFLA em São Sebastião do Paraíso esteve em discussão na instituição já em 2009, quando foi aprovada pelo CUNI. O projeto foi então encaminhado ao MEC para avaliação. Em 2016, as negociações sobre a proposta foram retomadas, com apoio do deputado federal Carlos Melles, incentivador da iniciativa. Houve, então, uma atualização da proposta e nova avaliação e aprovação pelo CUNI. O município é considerado estratégico para o investimento, por estar próximo a cidades do interior de São Paulo de forte expansão e desenvolvimento, além de apresentar grande destaque no agronegócio – condição que vai ao encontro da experiência e tradição da UFLA em ensino, pesquisa e extensão.

O investimento previsto no projeto é de 50 milhões de reais para a fase inicial, e mais seis milhões de reais por ano para manutenção das atividades. Durante o encontro em Paraíso, o ministro da Educação garantiu que, após as tramitações necessárias, o MEC estará comprometido com a viabilização das demandas. Ele também destacou a qualidade da UFLA como referência nacional e internacional e enfatizou o alto desempenho da gestão executada na instituição, pelo reitor e pela equipe, que prezam pelo zelo com o recurso e com o bem público. Mendonça Filho enalteceu Scolforo como homem público, pela liderança e persistência que demonstra no trabalho para manter o crescimento da Universidade, com projetos inovadores.

Reitor está nesta quinta em São Sebastião do Paraíso para tratar do projeto de câmpus na cidade

Na manhã desta quinta-feira (29/3), o reitor da Universidade Federal de Lavras (UFLA), professor José Roberto Soares Scolforo, acompanhado do pró-reitor de Graduação, professor Ronei Ximenes Martins, está em São Sebastião do Paraíso para tratar de questões referentes ao projeto de instalação de um câmpus da UFLA na cidade. As atividades ocorrerão com a presença do ministro da Educação Mendonça Filho.

O projeto de instalação do câmpus foi aprovado pelo Conselho Universitário (CUNI) em 2017 e prevê, para implantação e início das atividades, que a UFLA deverá contar com o atendimento integral de demandas necessárias, como contratação de professores e servidores técnico-administrativos, recursos para a infraestrutura física e equipamentos, além de recursos para manutenção.

A prefeitura está doando para a UFLA um terreno, antes pertencente ao Sesc na cidade, onde será construída estrutura física do novo câmpus. Nesta quinta (29/3), o ministro, acompanhado do deputado federal Carlos Melles, deverá anunciar a primeira fase do atendimento às necessidades do projeto.

Quando todas as tratativas estiverem concluídas e atendidas as exigências do CUNI, a UFLA iniciará as atividades. A atuação da Instituição será focada em inovação tecnológica por meio de cursos nas engenharias.

UFLA sediou a 7ª Biomaker Battle

No último sábado (24/3), ocorreu na sede da Agência de Inovação do Café (InovaCafé), da Universidade Federal de Lavras (UFLA), a 7ª edição do Biomaker Battle. O evento consistiu em um desafio científico voltado às iniciativas das áreas de Agronegócio, Meio Ambiente, Saúde Animal, Digital Health e Saúde Humana.

Durante a manhã, foram ministrados workshops sobre inovação e empreendedorismo para os participantes. Já no período da tarde, as equipes usaram o conteúdo das atividades para construir um modelo de aplicação da sua pesquisa e/ou ideia de negócio. O objetivo era atuar na resolução de um problema que afeta uma ou mais áreas das Ciências da Vida.

Ao final do dia, uma banca de avaliadores escolheu uma equipe campeã, sendo esta composta pelo professor do Departamento de Física (DFI/UFLA), Jefferson Esquina Tsuchida; o professor do Departamento de Zootecnia (DZO/UFLA), Márcio André Stefanelli Lara; o técnico em eletromecânica do DFI, Diego Fuzzato; e o aluno do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Sistemas e Automação (PRPG/UFLA) e discente do curso de ABI- Engenharia, Leomar Marques.

O Biomaker Battle, iniciativa da Biominas Brasil, em parceria com a Bioengenharia Aplicada (BEARH) e a CODESEQ Consultoria em Biotecnologia, é voltado à comunidade acadêmica da Universidade, mas também abrange autores de ideias ou pesquisas da área desenvolvidas em âmbito regional. Na UFLA, a organização foi realizada em conjunto com a Coordenadoria de Incubadora e Parque Tecnológico, da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec).

Luciana Tereza- estagiária Dcom/UFLA

Confira as fotos do evento:

 

Hospital Veterinário da UFLA passará a oferecer serviço de fisioterapia veterinária para pequenos e grandes animais

A aluna de medicina veterinária Beatriz Ventura Dreyer fazendo alongamento em animal em tratamento pelo ReFiVe.

O Hospital Veterinário da Universidade Federal de Lavras (UFLA) informa à comunidade universitária e à comunidade externa que passará a disponibilizar o serviço de fisioterapia veterinária. A oferta ampliada do serviço foi aprovada pelo Conselho Técnico do Hospital em 21/3.

A fisioterapia veterinária começou a ser ofertada no hospital de grandes animais no segundo semestre de 2017 por meio de um projeto de extensão: Reabilitação e Fisioterapia Veterinária – ReFiVet. Agora, as atividades serão ampliadas e estendidas ao hospital de pequenos animais, o que está ainda em fase de implantação.

De acordo com o professor Marcos Rodrigues de Mattos, responsável pelo projeto de extensão, a iniciativa surgiu de um grupo de estudantes de graduação em Medicina Veterinária – Beatriz Ventura Dreyer, Débora Moreira Grass, Karoline Sato e Raquel Athanasio. “Após um curso fora da universidade, trouxeram vontade, disposição e conhecimento para implantar um serviço especializado na prevenção e recuperação de seus pacientes. Desde então, o grupo vem crescendo”, relata.

Marcos considera que a decisão do Conselho, tomada por unanimidade, é um reconhecimento da importância e da necessidade desse trabalho. “Assim, ampliamos a possibilidade de atendimento à comunidade”, diz o professor.

Gestão de Recursos Hídricos: boas práticas da UFLA são apresentadas em publicação durante o 8° Fórum Mundial da Água

As ações institucionais da UFLA para conservação dos recursos hídricos dentro do câmpus universitário estão entre os itens que compõem a publicação “Compartilhando Experiência das Águas de Minas Gerais – Brasil”, apresentada durante o 8º Fórum Mundial da Água, realizado em Brasília em 20/3. O trabalho foi elaborado pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), e reúne estudos, boas práticas e experiências de entidades públicas e privadas, universidades, empresas e organizações não governamentais, abordando os temas governança, ecossistema e compartilhamento.

O artigo elaborado pela Universidade contempla as políticas ambientais que possibilitaram a sustentabilidade dentro do câmpus, que envolvem desde a preservação de nascentes, áreas de recarga e a oferta de água de ótima qualidade; tratamento adequado dos efluentes para lançamento nos cursos de água;  até o reaproveitamento da água de chuva e o reuso de efluentes tratados. Este projeto inicia-se na conscientização da comunidade acadêmica sobre a responsabilidade no consumo do recurso natural público e finito de forma racional.

Clique aqui para acessar a publicação

Confira o vídeo sobre a gestão das águas na UFLA, em referência ao Dia Mundial da Água

UFLA na Mídia: EPTV destaca pesquisa sobre os custos de produção do café no Brasil

Uma pesquisa feita por um estudante da Universidade Federal de Lavras (UFLA) foi destaque nos jornais da EPTV Sul de Minas 1ª e 2ª edições dessa segunda-feira (26). A pesquisa foi realizada pelo engenheiro agrônomo Paulo Henrique Oliveira Sá Fortes e mostrou os custos de produção de café na última safra, tanto na produção manual, quanto na mecanizada e semimecanizada.

As matérias revelaram que os cafeicultores que trabalharam com o sistema de produção semimecanizada nas lavouras gastaram mais, sendo esta uma situação atípica, influenciada pelo maior uso de fitossanitários e também pelo gasto maior dos produtores com juros de colheitas das lavouras.

A análise ocorreu entre 2016 e 2017, nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná e São Paulo e foi feita em conjunto com o projeto Campo Futuro, da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA Brasil).

Assista às matérias em:

Pesquisa da Ufla revela os custos de produção do café no Brasil (AO VIVO – 1ª Edição)

Pesquisa da Ufla revela os custos da produção cafeeira na safra 2017 no Brasil

Luciana Tereza- estagiária Dcom/UFLA.

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Professor Alfredo Scheid disponibiliza a tradução de duas grandes obras na área de Ciência do Solo

Em comemoração aos seus 80 anos e 60 de história com a UFLA, o professor Alfredo Scheid Lopes realizou a tradução de duas grandes obras na área de Ciência do Solo: Fertilizantes e seu uso eficiente, de Harold F. Reetz e Solos: Fatos e Conceitos, de Diedrich Schroeder. 

Uma das paixões do professor Alfredão é a de realizar a tradução de literaturas de extrema importância na sua área de atuação, auxiliando a divulgação do conhecimento na comunidade acadêmica, em especial aos estudantes.

Além de toda a tradução, que totalizou em cerca de 500 páginas, o professor realizou a diagramação das duas obras. Um trabalho minucioso, disponibilizado a todos que tenham interesse. Para fazer o download acesse os links abaixo:

Solos Fatos e Conceitos

Fertilizantes e seu uso eficiente

Ao questioná-lo sobre o tempo necessário para realizar todo esse trabalho, ele não demonstra nenhum pouco de cansaço: “que nada, rapidinho eu faço a tradução e a diagramação. Quando começo a fazer, fico horas por conta daquilo, mas, não me canso. Já estou com um novo projeto, que divulgarei em breve, a tradução de uma obra inédita de mais de mil páginas”. 

Amor pela UFLA (por Samara Avelar)

Alfredo Scheid Lopes, engenheiro agrônomo, graduado na Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL) em 1961, Alfredão, como é conhecido, é uma representação viva das memórias da Universidade.

Logo após a formatura, em 1962, tornou-se docente, fazendo sua carreira em Fertilidade e Manejo de Solos, área na qual desenvolveu mais de cem trabalhos e é referência, tendo recebido dezenas de prêmios e títulos em todo o mundo. Um deles concedido pela UFLA: o de professor emérito da Universidade desde 1993.

Sua contribuição ao desenvolvimento da instituição extrapolou a docência, pois foi personagem importante também na conquista de convênios e recursos. Ao longo desses 60 anos de história com a UFLA, só esteve longe do câmpus por dois momentos: para realizar o mestrado e o Ph.D nos EUA, e quando foi cedido para ser diretor técnico da Associação Nacional de Difusão de Adubos (Anda), em São Paulo.

Entre as histórias mais marcantes vividas pelo professor, está a da federalização da ESAL, efetivada em 1963. Na época, a Escola sofreu a ameaça de ser fechada por emissários do Governo Federal, coordenados pelo assessor do MEC Eudes de Souza Leão Pinto. Após uma série de reuniões com docentes, servidores e autoridades lavrenses, a comitiva mudou de ideia e decidiu pelo não fechamento da Escola, defendendo medidas para transformá-la em instituição federal.

De acordo com Alfredo, esse processo não foi fácil e afetou o funcionamento da Escola. “Quando os trâmites tiveram início, éramos 19 professores e 35 funcionários para atender 120 alunos. Durante dois anos nós tivemos que trabalhar sem receber salário algum para que ela não fosse fechada. O que fizemos foi realmente por muito amor à ESAL”, conta o professor, o único da época que ainda atua na Universidade.

Hoje, aos 80 anos de vida, o estudioso continua ativo e realizando trabalhos importantes na área. Em 2016, foi convidado pela renomada revista Advances in Agronomy para fazer uma releitura de sua tese de mestrado, desenvolvida há 40 anos, quando estudou na Universidade da Carolina do Norte (EUA). Neste ano, já traduziu dois livros da área e lançou a quarta edição do Guia de Fertilidade do Solo – a primeira versão data de 1992, ainda em sistema DOS.

Toda a sua produção científica está disponibilizada em um site (www.alfredao.com.br), no qual também apresenta seus hobbies, como música e artesanato, conquistas no esporte e histórias curiosas que se diverte ao contar.

Mesmo sem vínculo formal com a instituição, Alfredão é encontrado diariamente em sua sala, no DCS, traduzindo artigos, esclarecendo dúvidas e motivando os alunos. Sobre sua missão hoje na Universidade, é categórico: “Quando me aposentei há 24 anos, senti que ainda tinha condições de produzir e ser útil nas coisas em que acredito, como a formação dos acadêmicos. Às vezes, em uma conversa com o aluno, esclareço uma dúvida e consigo motivá-lo a seguir em frente. A UFLA é para mim um grande amor à primeira vista, que só se perpetuou”, revela.

Mulheres na Ciência: evento abordou as conquistas e os desafios no mundo científico

Professoras da UFLA homenageadas no evento

Que tal falar de mulheres na Ciência para fechar o mês de março? Essa foi a proposta do Departamento de Física (DFI) da Universidade Federal de Lavras (UFLA). A primeira edição do “Mulheres na Ciência” contou com uma expressiva programação, voltada para os desafios e as conquistas das mulheres no mundo científico, reconhecendo e difundindo o trabalho desenvolvido por pesquisadoras de destaque.

Diversas palestras e debates ocorreram nos dias 26/3 e 27/3, além de atividades culturais. Para abordar a temática e compartilhar experiências, professoras da UFLA estiveram presentes, ministrando palestras. Édila Vilela Resende Von Pinho, vice-reitora da Instituição, falou sobre as conquistas e os desafios das mulheres na Ciência; Cláudia Maria Ribeiro discutiu as multiplicidades de desafios para as mulheres na produção de vidas como obra de arte; Fátima Maria de Souza Moreira abordou as mulheres na UFLA; Maria das Graças Cardoso falou um pouco mais sobre a sua área de atuação em cachaças e óleos essenciais, assim como Jenaína Ribeiro Soares que apresentou seus estudos de estrutura de novos nanomateriais bidimensionais.

Também participaram do evento mulheres de outras instituições, como Maria Teresa Climaco dos Santos Tomaz, da Universidade Federal Fluminense (UFF), que abordou as mulheres nas ciências exatas; Fernanda Tonelli, do Instituto Nanocell, que apresentou um pouco sobre sua área de atuação (transgenia a serviço da vida) e Tânia Maria de Souza Castro, da Expresso Nepomuceno, que mostrou a história da sua empresa familiar.

As conquistas e os desafios das mulheres na Ciência

A vice-reitora da UFLA, durante a sua palestra, apresentou um pouco da história das mulheres na Ciência. “Embora diferentes matérias e artigos científicos façam menção da participação da mulher na Ciência a partir do século XIX, nós sabemos que isso não é verdade. Um exemplo importante é a egípcia Ísis, que compartilhou com os povos do Nilo conhecimentos da medicina, agricultura, navegação, e gastronomia. Além disso, foi ela que inventou o processo de embalsamento”.

Desde o primórdio da história as mulheres estão presentes na construção do conhecimento. Professora Édila destacou ainda, que muitas ficavam no anonimato em pesquisas de extrema relevância. Como Rosalind Franklin, responsável pelas pesquisas e descobertas que levaram à compreensão da estrutura do DNA. Mas, que até recentemente não possuía seu nome associado a esse grande marco.

Na ocasião, a professora destacou ainda algumas pesquisadoras que marcaram presença na UFLA. Como Arlete Veiga Pádua, primeira mulher a formar em Agronomia na Instituição, em 1951; Janice Guedes de Carvalho, que atuou na UFLA na Ciência do Solo e a professora Fátima Moreira, influente professora na Universidade e destaque na Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, entre outras.

Os dados apresentados pela professora Édila reforçaram a forte presença das mulheres atualmente. Hoje, o universo de estudantes das universidades é em sua maioria composto por mulheres. Além disso, 50% dos docentes nas instituições públicas também já são dominadas pelo sexo feminino. Na UFLA, não é diferente, a quantidade de mulheres vem crescendo a cada ano, e com um trabalho excepcional.

Entre 1971 e 2007, as mulheres docentes da UFLA representavam 27%. Hoje, já são 42%. São 256 professoras coordenando 473 projetos de pesquisa. A relação é de 1,85 projetos por professoras e 1,78 por professores. “Há de considerarmos que o trabalho como cientista envolve múltiplas dimensões que nem sempre aparecem no produto final: as longas horas de estudos, experimentos, dedicações, atribuições, as orientações de estudantes. Além, é claro, das exigências de publicações dos processos de pesquisa em revistas conceituadas e com fatores de impacto”, destacou Édila.

Professora Édila, além de ocupar o cargo de vice-reitora também leciona aulas na pós-graduação e coordena projetos de pesquisa. Já são 22 anos só de UFLA. Antes de iniciar a sua história na Instituição, ela consolidou a sua carreira em grandes empresas. “A caminhada foi longa para chegar até aqui. Mas, histórias como a minha são muitas. É uma luta e tem que ter muita persistência e disciplina. Como profissional e mulher, me ocupo com lealdade às atividade na UFLA, enquanto sigo questionando o tempo todo sobre as mazelas ordinárias e extraordinárias da vida; relacionamentos, familiares, casamento, filhos etc. Gosto de arte, de música, de cozinhar e de me encantar com os mistérios ainda não desvendados. Pode parecer paradoxal, completo e difícil. No entanto, o que me faz caminhar como cientista é o desafio de perseguir a melhoria e vislumbrar dias sempre melhores”, finalizou a vice-reitora.

Mulheres destaques 2017

A tarde de terça-feira (27/3) foi dedicada as mulheres da UFLA destaques no ano de 2017. A comissão do evento prestou uma homenagem às professoras: Maria das Graças Cardoso, do Departamento de Química (DQI); Fatima Maria de Souza Moreira do Departamento de Ciência do Solo (DCS) e Jenaina Ribeiro Soares, do Departamento de Física (DFI).

Para a professora Maria das Graças fazer o que se ama é a chave do sucesso: “Realmente o ano de 2017 foi um marco, foram vários acontecimentos, como a titulação por 1A do Cnpq. Mas só o dom de viver, de estar sempre rindo, a ponto do pessoal perguntar qual a receita do bom humor constante. Não poderia deixar de fazer alguns agradecimentos. Primeiro a Deus que guia os meus passos. A minha família por fazer de conta que entende as minhas ausências. Aos produtores de cachaça que são meu porto seguro. Aos meus queridos alunos, que fazem parte do meu coração. Eu não sou mãe, mas eu tenho os meus alunos. Aos meus amigos aqui presentes, que são aqueles que estão vendo o meu sucesso e compartilhando comigo. Queria deixar o agradecimento especial a uma pessoa que sempre me apoiou na UFLA, o professor Maluf e  de forma especial a professora Édila. Então esse prêmio que estou recebendo não é meu, é de todos vocês e do meu departamento”.

A homenagem à professora Fátima se deve ao seu destaque na pesquisa e na área administrativa. “Eu quero agradecer a minha família, meus alunos, minhas alunas, meus colegas, a instituição e a sociedade. Pois é ela que paga o meu salário, é ela que a gente deve o nosso trabalho, o nosso conhecimento também. Neste ano estou fazendo 25 anos de UFLA e 40 anos de serviço público. Jamais imaginaria que ganharia um prêmio do Departamento de Física. E com certeza vai agregar muito. Muito obrigada”.

A terceira homenagem foi à professora e pesquisadora Jenaina Ribeiro Soares. Esta homenagem se deve ao seu destaque como jovem cientista por sua pesquisa de excelência. Em 2017, ela foi uma das premiadas pelo Programa Loreal para Mulheres na Ciência. “Para mim é uma honra poder estar aqui, no meio dessas mulheres que tem uma trajetória incrível de inspiração para nós. Gostaria de agradecer ao Departamento de Física, que realmente tem sido um espaço extremamente acolhedor. Quando prestei o concurso e vim para Lavras, não imaginava que teria esse tipo de apoio, tanto do departamento, quanto a nível institucional. Isso está sendo muito estimulante. É um estímulo para continuar e trabalhar cada vez mais forte, agregando mais ao departamento e à UFLA. De uma forma muito intensa você não faz nada sozinho, tem que ter colaboração e assim dá para conseguir fazer ciência”.

Matéria realizada com a colaboração da estagiária da Dcom Luciana Tereza

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

 

Número de estudantes com deficiência vem aumentando na UFLA – conheça as ações de acessibilidade

O ingresso de pessoas com deficiência nos cursos de graduação presenciais da Universidade Federal de Lavras (UFLA) vem crescendo e teve seus maiores números a partir de 2017. Se em 2011 apenas 1 estudante com deficiência ingressou pelos processos seletivos (PAS e SiSU), de acordo com os registros da Diretoria de Controle e Registro Acadêmico (DRCA), em 2017 foram 36, e em 2018 o quantitativo já é de 23 estudantes, apenas com dados do primeiro período letivo. De acordo com a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec), ao todo, considerando ingressantes e veteranos, graduação e pós-graduação, há hoje 91 estudantes na UFLA que declararam deficiência.

A tendência é de crescimento em 2018.

Se ingressar no curso superior é apenas o começo de uma caminhada importante para esses estudantes, há quem possa dar testemunho de que o esforço vale a pena e de que a conclusão do curso é compensadora. Na sexta-feira (23/3), recebeu a outorga de grau no curso de licenciatura em Educação Física Priscilla Maria da Silva Francelino. Com Necessidades Educacionais Especiais (Transtorno de Déficit de Atenção -TDA, grau leve de autismo e uma perda parcial de audição), Priscilla superou obstáculos e concluiu o curso. Ela conta que, após ter estudado na Apae e depois em uma escola regular, recebeu grande incentivo de uma amiga para investir na graduação. Relata que em alguns momentos se questionou o porquê de estar fazendo esse esforço. Mas agora se sente encorajada: “Quero trabalhar na área escolar, seja com estudantes de ensino fundamental, seja com estudantes de ensino médio. E ainda quero continuar a caminhada acadêmica, fazendo o mestrado”, diz Priscila.

Ao falar de sua trajetória na UFLA, Priscila garante que as ações de acessibilidade foram fundamentais. Desde a época em que a estrutura organizacional responsável pelo tema era o Núcleo de Acessibilidade, ela teve o apoio de ações específicas. Recentemente, com a criação da Coordenadoria de Acessibilidade, ligada à Praec, ela também vinha contando com o Programa de Apoio a Discentes com Necessidades Educacionais Especiais (Padnee). “Tive monitores para me auxiliar nas disciplinas e que acabaram se tornando meus amigos; tive também uma programação especial para fazer as atividades com um pouco mais de tempo.” Agora licenciada em Educação Física, Priscila incentiva outras pessoas a buscarem seus sonhos: “Dificuldades vamos encontrar em qualquer lugar. O que você precisa é saber o que quer e buscar com afinco os melhores meios de conseguir. É lógico que sozinho ninguém alcança, mas contando com o suporte necessário, nós podemos chegar lá. Todos devem saber que podem ter qualquer sonho”.

Para a efetiva inclusão das pessoas com deficiência, os números podem se tornar maiores do que são hoje, mas, diante do avanço já alcançado, é necessário que esse público saiba como a Universidade está se mobilizando para atendê-los em suas necessidades e quais os serviços com que podem contar.

Assista a programa especial da TVU sobre acessibilidade e saiba mais sobre os recursos da UFLA:

Clique aqui e confira a relação de ações em andamento na UFLA com foco na acessibilidade.

É importante lembrar que o segundo período letivo de 2017 foi o primeiro em que os ingressantes passaram por processos seletivos com vagas reservadas para pessoas com deficiência. O Decreto 9.034, de 20 de abril de 2017, alterou a Lei de Cotas (Lei 12.711, de 2012) e incluiu essa reserva de vagas aos grupos de cotistas. Em 2018/1, dos 23 ingressantes com deficiência, 14 foram selecionados por meio das vagas reservadas. Entre as deficiências relatadas no ingresso de 2018/1 estão baixa visão (4), cegueira (2), deficiência auditiva (3), deficiência física (7), deficiência intelectual (2) e outras (5).

Para outras informações, consulte a Coordenadoria de Acessibilidade (Praec).

UFLA realiza colação de grau para estudantes de 24 cursos – confira fotos

A sexta-feira (23/3) foi de celebração para a Universidade Federal de Lavras (UFLA) e para os 464 formandos que colaram grau durante sessão solene do Conselho Universitário (CUNI). A cerimônia foi realizada no ginásio poliesportivo da instituição, em dois horários – às 14h e às 18h. A outorga de grau garantiu o ingresso no mercado de trabalho de profissionais que concluíram sua formação em 24 cursos.

Nos textos lidos pelas oradoras das turmas (Yara Alves dos Santos  e Thaís Oliveira Ribeiro), estavam as marcas de uma trajetória que exige empenho e deixa boas lembranças. Ficam manifestas muitas memórias: os grandes desafios; os momentos de desânimo e os de superação; os instantes agradáveis da rotina dentro do câmpus; o apoio da família, de professores, técnicos administrativos e outros incentivadores, entre muitas outras que expressam a satisfação desses novos profissionais por terem completado um ciclo importante de suas vidas.

O vínculo desenvolvido com a Universidade, onde toda essa caminhada foi trilhada, aparece forte nas palavras de Yara: “Deixamos de ser calouros: mudamos, evoluímos, crescemos – e a UFLA cresceu junto com a gente. Vimos prédios sendo erguidos, vias sendo abertas, elefantinho virando mamute. Fomos (…) privilegiados por presenciar a UFLA quebrar barreiras, enviar alunos para o programa Ciência sem Fronteiras, abrir novos cursos, conquistar premiações nacionais e internacionais. Lutamos junto com a instituição pela melhoria da educação e, por todos esses motivos, temos orgulho de ser UFLA”.

Parafraseando Rubem Alves, ‘há Universidades que são gaiolas, há universidades que são asas’. A UFLA, caros colegas, nos deu asas e tenho convicção de que temos condições de voar alto em busca de novos horizontes. Trecho proferido pela oradora Thaís.

As solenidades foram presididas pelo reitor e presidente do CUNI, professor José Roberto Soares Scolforo. Após fazer referência à tradução das cerimônias na Língua Brasileira de Sinais (Libras), manifestou orgulho pelo fato de a UFLA trabalhar primando pela inclusão e pelo respeito às diversidades. Para os formandos, reforçou a importância do juramento que fizeram, especialmente pelo compromisso com a ética, a justiça e a defesa da liberdade e da paz. “Vocês tiveram a felicidade de se formar sob o investimento do povo brasileiro. Por isso devem se empenhar em cumprir esses compromissos carregados de valores que são hoje tão necessários à sociedade brasileira”. Scolforo também incentivou os novos profissionais a seguirem em frente: “vençam o medo deste momento posterior à conclusão do curso e lutem, busquem alcançar seus sonhos, sejam cidadãos de valor, pratiquem solidariedade e continuem a caminhada com garra e persistência, sempre respeitando as diferenças”.

Formado em Direito, Samuel Furtado disse não ter como expressar todos os sentimentos desse momento. “Levo comigo um sentimento de gratidão à UFLA e de saudade; sentirei saudades dos colegas, dos professores, do curso, de todos aqueles que fizeram parte dessa história”. Samuel, enquanto graduando, aproveitou ao máximo todas as oportunidades oferecidas pela estrutura universitária – participou do Programa de Aprendizado Técnico do Programa Institucional de Bolsas (Proat/PIBUFLA), de dois projetos de iniciação científica, de projeto de extensão, de monitoria e de empresa júnior. “Essa diversidade complementar à formação foi muito importante para a consolidação do meu conhecimento pessoal e profissional”, avalia.

Priscilla Maria da Silva Francelino graduou-se em Educação Física.

Se o momento é de tanta emoção para formados e familiares, foi ainda mais especial para quem precisou de uma dose a mais de esforço para concluir o curso. Exemplo de superação, a formanda em Educação Física Priscilla Maria da Silva Francelino, que possui Necessidades Educacionais Especiais (NEE), comemorou a conquista do diploma. “Muitas vezes, diante das dificuldades, eu me perguntei por que estava investindo nesse projeto, mas valeu a pena o sacrifício. Agora quero atuar em escolas, não importa se no ensino fundamental ou médio”. Priscilla Maria da Silva Francelino tem Transtorno de Déficit de Atenção (TDA), autismo leve e um pouco de perda de audição. A estrutura inicial do Núcleo de Acessibilidade da UFLA, e mais tarde a Coordenadoria de Acessibilidade, deram o apoio que Priscila precisava para avançar nos estudos. “Esse apoio – com monitores, tempo diferenciado para realização das atividades e outros planejamentos – fez toda a diferença”, disse.

Clique aqui e saiba quem foram os patronos, patronesses, homenageados das turmas e estudantes que receberam o mérito acadêmico ou esportivo.

Confira o vídeo com os formandos 2017/2 – UFLA:

Clique nas fotos das galerias:

Imagens da solenidade da tarde (Fotos: Ana Eliza Alvim, Leonardo Assad e Luciana Tereza)

Imagens da solenidade da noite (Fotos: Samara Avelar, Karina Mascarenhas e Beto Moura)