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Projeto Marolo: ESF trouxeram agricultores familiares à UFLA para quarta capacitação

image039Integrantes da Associação dos Agricultores Familiares do Quilombo Nossa Senhora do Rosário de Três Pontas (AQUI3P) estiveram na Universidade Federal de Lavras (UFLA) em 7/11 para a quarta capacitação referente ao Projeto Marolo, desenvolvido pela ONG Engenheiros Sem Fronteiras (ESF) – Núcleo Lavras. A capacitação foi na área de produção de licores e de polpas.

Com conteúdo teórico ministrado no Departamento de Engenharia (DEG) e etapa prática desenvolvida no Departamento de Ciência dos Alimentos (DCA), a capacitação teve como prelecionistas a doutoranda em Ciência dos Alimentos Gilma Auxiliadora Santos Gonçalves, que tratou da parte de polpas, e o professor do DCA José Guilherme Lembi Ferreira Alves, que trabalhou a produção de licores.

De acordo com o presidente da AQUI3P, Osvaldo Júnior, a agroindústria da Associação está adquirindo os últimos equipamentos necessários ao seu pleno funcionamento. No entanto, seus membros já estão trabalhando com produtos das áreas de panificação, polpas, processamento de mandiocas, extrato de tomate, temperos, entre outros.

Osvaldo também confirma a importância que as capacitações promovidas pelos ESF têm assumido na rotina. “O conhecimento adquirido nesses cursos faz com que saibamos o porquê de cada procedimento, levando-nos a processar os alimentos de forma mais adequada.”, avalia. Ele comenta que o conhecimento técnico ajuda a garantir a padronização da produção.

Dentro do Projeto Marolo, novas iniciativas são implementadas continuamente. Os planos agora são de investir também em plantas medicinais, formatar novas capacitações voltadas para a área de agroecologia e atuar na revitalização de nascentes e recuperação de áreas degradadas na região onde ficam as propriedades integrantes da Associação. Nesse último caso, as ações devem abranger não só os membros da AQUI3P, como também a comunidade do entorno.

O sucesso das atividades tem servido de exemplo e despertado o interesse de produtores de outras regiões. A quarta capacitação teve entre seus participantes um agricultor de São Lourenço (MG). Ao tomar conhecimento das práticas da Associação e do Projeto Marolo, ele se interessou em conhecer o trabalho e pretende replicar a ideia em sua comunidade.

O presidente da AQUI3P destaca o apoio dos ESF e da UFLA: “Aqui temos encontrado as respostas de que precisamos. Os ESF, com o apoio da UFLA, estão ajudando a agricultura familiar de forma impressionante”.

Os ESF e o Projeto Marolo

A ONG Engenheiros Sem Fronteiras (Núcleo Lavras) é coordenada pelo professor do Departamento de Engenharia (DEG/UFLA) Gilmar Tavares. Vinte e cinco membros dos ESF – que são também estudantes de diferentes cursos da UFLA, como Engenharia Florestal, Engenharia Agrícola, Engenharia de Alimentos, Administração e Engenharia Ambiental – estão envolvidos no “Projeto Marolo”. Esse projeto, desenvolvido em conjunto com a AQUI3P, visa ao incentivo do cultivo do fruto, característico do Cerrado, na região de Três Pontas, assim como seu beneficiamento e aproveitamento para comercialização. As atividades também estendem seus benefícios a outros produtos, além do marolo.

Sobre as outras três capacitações, leia:

Seminário ajuda agricultores de Três Pontas a colocar agroindústria em funcionamento

Agricultores familiares de Três Pontas passaram por segunda capacitação na UFLA

Produção de doces foi tema da III Capacitação do Projeto Marolo, realizada na UFLA

DBI já recebeu estudantes de sete escolas da cidade – programação de visitas vai até 14/8

genetica
Foto de Rafael Sorto Nalin

Até esta terça-feira (12/8), o Departamento de Biologia da Universidade Federal de Lavras (UFLA/DBI) já recebeu alunos de ensino médio de sete escolas, participantes do projeto “Vamos aprender genética brincando?”.  Até o final desta semana, mais duas escolas estão com visitas programadas. O projeto de extensão é desenvolvido pelo Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas, em parceria com o Núcleo de Estudos em Genética e Melhoramento de Plantas (GEN).

Ao chegarem à UFLA, os grupos assistem ao vídeo institucional, para conhecerem a instituição. Em seguida, passam por uma dinâmica em que cada um deles recebe pequenas placas – algumas delas contêm perguntas relacionadas à genética, e outras contêm as respostas. É solicitado que se organizem aos pares, de forma que as placas com as perguntas fiquem corretamente associadas àquelas que contêm as respostas. O momento é de descontração e envolvimento dos estudantes com a brincadeira. Trata-se de uma das estratégias para o ensino lúdico da genética.

Na sequência, eles podem observar, em estações práticas, questões como a resistência das plantas a doenças, assim como o cruzamento de plantas. A programação, que dura cerca de uma hora e meia, termina com outra dinâmica, que também envolve perguntas e respostas – e um balão que pode estourar nas mãos de qualquer um dos grupos participantes. Vale a agilidade na resposta às perguntas.

A visita ao DBI ocorre depois que a equipe do projeto ministra palestras nas escolas sobre genética. Em 2014, essa fase ocorreu de maio a julho e alcançou quase 700 estudantes. De acordo com o professor do DBI Magno Antonio Patto Ramalho, um dos coordenadores do projeto, chama a atenção o fato de haver alunos que nunca haviam entrado na UFLA. A informação justifica um dos objetivos do projeto, que visa a aproximar os jovens do ambiente da Universidade, despertando neles o interesse pelos trabalhos desenvolvidos na academia.

Desde o dia 4/8, já participaram das atividade estudantes das escolas estaduais Cristiano de Souza, Dora Matarazzo, Azarias Ribeiro e Firmino Costa. Além delas, marcaram presença os alunos da Unilavras, do Colégio Cenecista Juventino Dias (Cnec) e da Escola Municipal José Luís de Mesquita.

Programação de visitas

Fotos de Rafael Storto Nalin, membro do GEN.

Grupo de extensão de “Técnicas Alternativas de Resolução de Conflitos” iniciará fase prática de trabalho

grupo-tarcCriado em julho de 2013, o Grupo de Extensão de Técnicas Alternativas de Resolução de Conflitos (Tarc) completa um ano de atividades, iniciando neste momento a fase prática de seus trabalhos. A professora do Departamento de Direito da Universidade Federal de Lavras (DIR/UFLA) Fernanda Gomes e Souza Borges é quem orienta a equipe, com o objetivo de apresentar aos alunos e à comunidade (local e acadêmica) as possibilidades de resolução de conflitos por via extrajudicial, ou seja, sem a utilização do Judiciário, enfatizando o aspecto preventivo em relação às demandas judiciais.

Depois de um período de formação teórica, subsidiado por estudos de autores da área – e também pela obra “Extensão ou Comunicação?”, de Paulo Freire – as atividades práticas estão sendo iniciadas com um projeto-piloto nas imobiliárias de Lavras, por meio do qual serão aplicadas as técnicas alternativas de conciliação. Também houve um período de organização dos trabalhos e apresentação da proposta às imobiliárias da cidade.

Para o psicólogo, estudante do 3º período de Direito e membro do grupo Flávio Sant’Ana, o projeto é de fundamental importância, pois permite o estudo teórico e o desenvolvimento prático das técnicas alternativas de solução de conflitos, diminuindo, assim, a grande quantidade de processos que lotam o judiciário. “Por trabalhar com Psicologia, acredito que esses métodos alternativos são bastante eficazes para atender às demandas das pessoas envolvidas, com menor custo e maior agilidade no alcance dos objetivos e soluções”, acrescenta o aluno.

Integram o grupo de extensão estudantes dos cursos de Direito, Nutrição e Administração, além de um bolsista do programa institucional BIC Jr. As professoras do DIR Isabela Dias Neves e Maria das Graças Paula também participam do programa.

Membros do grupo

Amanda Costa Picelo, Ana Jéssica Soares Viana, Camila Tristão Borém, Fernanda Avelar de Resende Passos, Fernanda Nogueira Silva, Fernanda Santana Alvarenga, Flávio Carvalho Sant’Ana, Hortência Silva Antunes, Isadora Gonçalves Sena e Silva, Izabella Ribeiro e Garcia de Oliveira, José Cândido da Silva Neto, Mariana Tonelli Pereira, Raissa Lanieri de Souza Fernandes, Thaís Duque Maia e Vinícius Antônio Coelho Silva.

Acompanhe os trabalhos pela página do Grupo no Facebook.

Com informações e fotografia de Samuel Furtado – bolsista Ascom/DIR.

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UFLA na comunidade: projeto oferece equoterapia a pacientes de Lavras e região

extensao-equoterapiaCrianças com deficiências, ou com necessidades especiais físicas ou psíquicas, encontram na Universidade Federal de Lavras (UFLA) uma forma prazerosa de desenvolver sua força muscular, aperfeiçoar sua coordenação motora e seu equilíbrio, além de aumentar a autoconfiança e a autoestima. Esses benefícios são gerados pelo projeto de extensão “Equoterapia como recurso pedagógico”, em curso desde 2008.

As cavalgadas feitas no Centro de Equoterapia são, hoje, rotina para mais de 70 pacientes de Lavras e região. A fisioterapeuta que acompanha as atividades, Regilane Vilas boas, explica que o cavalo é o único animal que tem movimento semelhante ao do ser humano. Então, para a criança com deficiência, é como se estivesse andando com as próprias pernas enquanto cavalga. Há um estímulo do sistema nervoso central e também do periférico, levando à chamada neuroplasticidade, que é a reorganização dos neurônios, processo que estimula o aprendizado e a adaptação ao ambiente.

Esse método terapêutico, conjugado a outras formas de reabilitação, pode melhorar muito as condições físicas e psíquicas do paciente. O pai do paciente Afonso Celso de Souza, que frequenta o Centro de Equoterapia há dois anos, confirma os benefícios para a saúde do filho de 6 anos. “Ele já progrediu mesmo”, ressalta Celso de Jesus Souza. Maria Helena de Souza, avó do paciente Andrenilson Souza Silva, de 13 anos, também reconhece a importância do tratamento: “vale a pena sairmos de Ijaci para trazê-lo aqui – ele gosta muito também”, diz. Já Valmira Silva Vieira Naves acompanha a única filha, Marine Conceição Vieira Naves, de 16 anos, e destaca a adaptação da jovem a essa terapia.  “É bom para tudo: para a cabeça, para o corpo… Ela adora animais”. A mãe também relata satisfação com os progressos de Marine ao longo dos anos. “Ela tinha a cabecinha muito caída e o pezinho bem virado; ainda depende muito da gente, mas já faz muitas atividades sozinha (liga a TV, pega água, troca de roupa)”, diz Valmira, demonstrando que valeu a pena investir nas diversas formas de reabilitação.

” (…) é um exercício que mexe com a autoestima, com a disposição, e dá a sensação de liberdade, por estarmos em contato com a natureza”. Uma Rosa de Oliveira.

Apesar de o maior número de atendimentos ser prestado a crianças, o Centro também recebe adultos. Um dos exemplos é Uma Rosa de Oliveira, que também frequenta o local há cerca de dois anos por causa de sintomas neurológicos. Ela diz que ainda não tem diagnóstico preciso para seu problema, mas garante que a equoterapia só colabora. “É muito importante, para mim, manter o equilíbrio; e o cavalo ajuda nisso”, relata. “Além do mais, é um exercício que mexe com a autoestima, com a disposição, e dá a sensação de liberdade, por estarmos em contato com a natureza”. A terapia oferecida pelo projeto atua de forma interdisciplinar, abrangendo as áreas de saúde, educação e equitação.

Regilane chama atenção para os acessórios utilizados durante a sessão: argolas; bolas de diferentes tamanhos, pesos e texturas; livros; materiais com emissão de sons; espelho, entre outros. Os recursos têm fins pedagógicos. “Fazemos perguntas para estimular a memória, a fala, a concentração, a compreensão”, conta. A área coberta onde as sessões acontecem tem também um espelho onde o paciente pode ver de longe seu reflexo sobre o cavalo. “No espelho, o paciente tem a percepção do próprio corpo; quando ele visualiza que tem um problema de postura, a informação para o cérebro torna-se mais forte”, argumenta Regilane.

O coordenador do projeto é o professor Jackson Antônio Barbosa. Ele lembra que a iniciativa surgiu a partir de discussões que se formaram durante as comemorações do centenário da UFLA. “Seis meses depois, em fevereiro de 2008, as atividades tiveram início”, diz.

Informações relevantes sobre o projeto

O Centro de Equoterapia fica na região do Câmpus Histórico da UFLA. Entrando pela Portaria Principal, o acesso está à esquerda. O local fica abaixo do nível da pista. As sessões para cada paciente duram trinta minutos. Atualmente, os trabalhos são conduzidos por uma equipe composta de dois fisioterapeutas, uma psicopedagoga, dois educadores físicos, dois auxiliares-guia e doze mediadores, sendo esses últimos alunos de cursos de graduação como Educação Física, Zootecnia e Medicina Veterinária. Dois cavalos são utilizados nas atividades.

Os recursos para manutenção do projeto vêm das parcerias estabelecidas com a Prefeitura de Lavras e com as Apaes de Lavras e de Ijaci. Os pacientes atendidos são encaminhados por essas mesmas instituições, passando por uma seleção prévia para identificação daqueles para os quais há indicação para a equoterapia. A partir deste mês de maio, a parceria com a Prefeitura, anteriormente restrita à área da saúde, estendeu-se também à Secretaria Municipal de Educação. Crianças que estão matriculadas no ensino regular da rede pública municipal e possuem deficiência intelectual, mental ou motora foram selecionadas para frequentar o Centro.

Atualmente são 45 estudantes da rede municipal de ensino. Em agosto o número passa a 60, e chegará a 100 em  2015, de acordo com o professor Jackson.

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UFLA na comunidade: projeto atua no ensino de línguas para aplicação no ambiente acadêmico

Parafoto-projeto-extensão-logo o aluno brasileiro que fará intercâmbio, para o profissional em atualização no exterior ou mesmo para o estrangeiro em atividade acadêmica no Brasil a oportunidade de estudar outro idioma traz mais segurança para atuação nas instituições de ensino de destino. O projeto de extensão “Ensino de línguas adicionais para fins específicos”, desenvolvido sob a coordenação da professora do Departamento de Ciências Humanas (DCH) Tania Regina Romero, oferece ensino gratuito de línguas a alunos, professores e técnicos da Universidade Federal de Lavras (UFLA), sempre com foco sobre as demandas acadêmicas.

O idioma que abriu as atividades do projeto foi o espanhol, no segundo semestre de 2013. As aulas semanais atenderam a 40 alunos. Devido à metodologia interativa e à produção de material original para o curso, foi necessário reduzir o número de vagas. Atualmente, o curso está no nível 2, com 20 estudantes. A prioridade na seleção foi dada àqueles que já haviam cursado a primeira etapa. “O curso de espanhol tem tido uma aceitação fantástica e uma adesão muito grande”, relata a professora Tânia, com a informação adicional de que logo no primeiro processo seletivo receberam mais de 80 inscrições.

A parte do projeto que envolve o ensino do espanhol é feita em conjunto com o bolsista Symon Salles Souto, graduando do curso de Filosofia. Ele ministra as aulas, que ocorrem às segundas e às quartas-feiras, às 17h. Segundo ele, a rotina do curso exige a preparação do material didático (que deve ser específico para atender às necessidades acadêmicas), o estudo de referências teóricas e correção de exercícios e trabalhos feitos pelos alunos. Professora Tania reforça que a metodologia dinâmica adotada no curso exige bastante tempo de dedicação dos professores, por isso estão pleiteando junto à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) a ampliação do número de bolsistas, para consequente aumento nas vagas oferecidas.

“Percebo que eles assimilam melhor o conteúdo e progridem mais rápido por esse método”. Symon Souto.

Segundo as informações de Souto, o trabalho na preparação das aulas vale a pena. Ele conta que, no início, a turma, acostumada a aulas expositivas e tradicionais, estranha um pouco a dinâmica interativa e participativa das atividades, mas os resultados positivos são notados. “Percebo que eles assimilam melhor o conteúdo e progridem mais rápido por esse método”.

A mestranda em Microbiologia Agrícola da UFLA Juliana dos Santos Costa confirma os bons resultados. Frequenta o curso desde o nível 1 e diz que já deu para desenvolver uma boa noção do idioma. “É super interativo e realmente pode ajudar durante uma viagem, por exemplo”.

Dando prosseguimento às atividades do projeto de extensão, serão feitas entrevistas, na próxima terça-feira (6/5), com os estrangeiros que estão na UFLA atualmente. A intenção é identificar em que nível de familiaridade com a língua portuguesa eles se encontram, para, a partir de então, oferecer-lhes as chamadas “aulas de português para estrangeiros”. As entrevistas serão às 15h30, na sala 9 do DCH. Essa vertente do projeto teve início também no semestre passado, com aulas de português sendo ministradas a dois iranianos.

Há previsão de que o projeto também inicie, em breve, aulas de francês e de inglês. Veja as fotos abaixo, registradas na aula de 28/4.

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UFLA na comunidade: projeto estimula idosos à prática de atividades e integração – veja fotos

Atividade física e saúde para a vida - extensãoPara jovens e adultos que nem chegaram à terceira idade e já se queixam de falta de disposição e problemas de saúde, a turma do projeto de extensão Atividade Física e Saúde para a Vida é um exemplo. Desde 2009, o projeto oferece atividades adaptadas para pessoas com 60 anos ou mais, duas vezes por semana, gratuitamente.

Hoje, 35 pessoas frequentam as aulas, nas terças e quintas-feiras, das 8 às 9 horas, no Ginásio Poliesportivo da UFLA ou pelo câmpus. “Planejamos previamente atividades variadas, já que temos o objetivo de desenvolver diferentes aspectos. No projeto, eles fazem esportes, caminhadas, ginástica, dança e até lutas, adaptadas”, conta o coordenador do projeto, professor Gustavo Puggina Rogatto (DEF).

Neste semestre, já foram realizadas caminhada ecológica, ginástica localizada, exercícios de relaxamento e até jogos de videogame. A variedade está associada à multiplicidade de benefícios que o projeto pretende trazer: na melhora do condicionamento físico, na saúde, em aspectos psicológicos, cognitivos e na socialização.

As atividades são acompanhadas diretamente por 7 monitores, estudantes do curso de Educação Física. Antes de começar a frequentar as aulas, os participantes precisam passar por exames médicos que atestem as condições para a prática.

Alguns dos objetivos têm sido atingidos: “Há participantes que relataram benefícios como emagrecimento e melhora da pressão arterial”, diz o orientador. Para cuidar do aspecto da saúde, o professor Gustavo conta que os idosos farão uma bateria de exames físicos no primeiro semestre e no segundo, a fim de checar as influências das atividades no período.

Há participantes que estão desde 2009, como Milton Costa Lima. Nesses quatro anos, ele enxergou no projeto não apenas uma oportunidade de lazer: “Aqui é um ambiente edificante. Fiz muitas amizades. Por isso, me sinto muito gratificado. E fazer exercícios na minha idade é muito bom, mas desde muito jovem eu pratico esportes”.

“Há participantes que relataram benefícios como emagrecimento e melhora da pressão arterial.” Prof. Gustavo Rogatto

Mesmo quem conhece há menos tempo e faz outras atividades físicas não quer deixar de participar: “Eu vi uma reportagem da TV Universitária sobre o projeto e me inscrevi. Estou aqui desde 2013 e não deixo de vir, mesmo fazendo academia nos outros dias. Aqui há um processo de socialização”, garante a participante Maria Dulce Teixeira Matos. Há tempos, os exercícios deixaram de ser o único momento de encontro dos alunos, que já organizaram uma festa junina e uma confraternização no final do ano passado, com “amigo-oculto”.

O projeto também abriu novas perspectivas aos monitores. Há quase um ano monitorando as atividades, a estudante Marla Aparecida Silva espera permanecer até o final do curso com esse público: “São muito receptivos às aulas e aos temas propostos”. Mais antiga no projeto, a discente Renata Fonseca Mesquita confirma a visão da colega: “A convivência é muito boa e já sinto como se o projeto fosse minha segunda casa. É como se estivéssemos entre familiares”, conta.

O projeto também é coordenado pela professora Priscila Carneiro Valim Rogatto. O “Atividade Física e Saúde para a Vida” já foi contemplado com recursos da Fapemig em um edital de interface entre pesquisa e extensão, e já foi destacado em reportagem da revista Minas Faz Ciência.

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UFLA na comunidade: projeto de extensão incentiva o aprendizado lúdico da genética no ensino médio

Extensão genéticaO desenvolvimento promissor da genética, como ciência, e seus consequentes benefícios a toda a sociedade dependem de
estudantes que estão hoje no ensino médio e podem se tornar os geneticistas do futuro. Tendo por motivação essa certeza, o Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas da Universidade Federal de Lavras (UFLA), em parceria com o Núcleo de Estudos em Genética e Melhoramento de Plantas (GEN/UFLA), trabalha há três anos com o projeto de extensão “Vamos aprender genética brincando?” A intenção é despertar alunos de escolas públicas e privadas de Lavras e região para o prazer de trabalhar com a genética, especialmente na área agrária. “Assim, alguns deles, ao entrarem na universidade, podem escolher se dedicar a essa atividade, garantindo profissionais capacitados para uma área fundamental da ciência”, explica o professor do Departamento de Biologia (DBI) Magno Antonio Patto Ramalho.

Em 2013 foram 12 escolas beneficiadas, com um total de quase dois mil alunos participantes. Primeiro, a equipe do projeto vai até as escolas e ministra uma palestra, com informações mais teóricas. “Mas há sempre o cuidado de expor o tema de forma agradável”, pondera uma das coordenadoras do projeto e pós-doutoranda do Programa Kátia Ferreira Marques de Resende.  A cada ano, a iniciativa é conduzida sob um lema, um marco que contextualiza o desenvolvimento do trabalho. Em 2013, a palestra foi impulsionada pelas informações sobre os 60 anos da descoberta da molécula de DNA. Para 2014, o intuito é desenvolver as atividades tendo como ponto de partida os 150 anos do trabalho de Gregor Mendel, considerado o “pai da genética”. Num tempo de 30 a 50 minutos, os estudantes de segundo e terceiro ano do ensino médio recebem todas as informações, sempre numa época do ano em que o conteúdo pode ajudá-los na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou para outros processos de ingresso no ensino superior.

“(…) já encontrei uns cinco casos de alunos que dizem ter participado do projeto e hoje estão na Agronomia, na Zootecnia ou outros cursos da área”. Kátia Resende.

No segundo momento do trabalho, os alunos são conduzidos ao câmpus da UFLA, onde assistem a um vídeo que lhes apresenta as opções de cursos da instituição. Em seguida, no DBI, passam por estações de demonstração prática, que envolvem citologia, genética e biologia. “Além de utilizarem os microscópios, observarem cruzamentos de plantas e consolidarem os conhecimentos, eles têm a oportunidade de perceber a rotina de uma universidade e de desejar fazer parte dela”, conta Kátia, enfatizando que muitos desses estudantes nunca haviam entrado na UFLA. No final, a visita, que chega a reunir cerca de 200 alunos em cada turma, transforma-se em barulho e brincadeira: divididos em equipes, eles participam de provas de perguntas e respostas, com muita interação.

Em 2013 as escolas tiveram o desafio de, após toda a programação, incentivar os alunos a produzirem réplicas da estrutura do DNA. O melhor trabalho de cada escola foi entregue ao DBI, onde professores e alunos tiveram a missão de eleger aquele de maior destaque. O aluno vencedor, da Escola Estadual Cinira de Carvalho, torceu pedaços de cipó e transformou-os nas hélices de um DNA (veja na galeria de fotos).

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Na tentativa de mensurar os resultados do projeto, em 2013 os coordenadores aplicaram um pós-teste aos alunos alguns dias depois do encerramento das atividades. Os números mostraram que 83% deles acertaram mais de 60% das perguntas feitas. Há também os resultados que não são quantitativos, mas são percebidos nos acontecimentos do dia a dia, como relata Kátia. “Ao ministrar aulas para calouros na UFLA, já encontrei uns cinco casos de alunos que dizem ter participado do projeto e hoje estão na Agronomia, na Zootecnia ou outros cursos da área”. A professora de Biologia Renata Rodrigues, da Escola Estadual Azarias Ribeiro, afirma que o trabalho foi capaz de prender a atenção dos alunos e gerar interesse. “Eles chegaram a pedir a cópia da apresentação usada pela equipe durante a palestra”, conta. A professora já faz planos de repetir a participação da escola em 2014.

O projeto de extensão “Vamos aprender genética brincando?” exige cerca de dois meses para preparação das atividades. A recepção dos grupos na UFLA ocorre durante um mês, sempre no período da manhã. Cada escola permanece por duas horas na instituição. “Chegamos a ter dias em que passam 400 alunos por aqui”, diz Kátia. Para colocar em prática a programação, atuam no Projeto três professores, nove alunos de pós-graduação, dois alunos de pós-doutorado e cinco de graduação. As escolas interessadas em participar podem entrar em contato pelo telefone (35) 3829-1341. A proposta, este ano, é incentivar a maior participação de escolas de municípios vizinhos de Lavras.

 

Informações sobre a importância da genética para a sociedade podem ser encontradas na página oficial do Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas da UFLA.

 

Acesse as fotos do arquivo de Kátia Resende e confira a participação das escolas em 2013.

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MEC lança Edital Proext 2014 e recebe propostas até 22 de março

04.02 extensãoInstituições públicas de educação superior têm prazo até 22 de março para apresentar propostas de desenvolvimento de programas e projetos de acordo com o edital do Programa de Extensão Universitária (Proext).

O resultado provisório, após a avaliação das propostas, será divulgado até 12 de maio próximo, quando será aberto prazo para interposição de recursos. A avaliação desses recursos se estenderá até 7 de junho. Em 21 de junho sairá o resultado final.

Desde 2003, o Ministério da Educação apoia a extensão universitária por meio de programas como o Proext, que teve o orçamento reajustado. Em 2008, o Proext contou com cerca de R$ 6 milhões de recursos totais. Atualmente, os projetos aprovados dispõem de aproximadamente R$ 80 milhões.

Ao longo dos anos, iniciativas do Proext auxiliam no desenvolvimento de programas e projetos de extensão que contribuam para a implementação de políticas públicas. Com ênfase na formação de alunos e inclusão social, o programa viabiliza iniciativas no meio acadêmico, com as mais variadas temáticas, como atenção integral à família; combate à fome; erradicação do trabalho infantil; combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes; desenvolvimento social; geração de trabalho e renda em economia solidária; promoção ou prevenção à saúde; prevenção à violência urbana e direitos humanos.

As propostas devem apresentar programas ou projetos afins com as políticas públicas, em especial com as sociais, e envolver estudantes de graduação regularmente matriculados.

Consulte o Edital.

 

 

Proec divulga relatório de Extensão e Cultura 2010 – Fatos, fotos, cursos e eventos

Cibele Aguiar

A universidade pública deve ser o reflexo da sociedade em que ela está inserida. Nesse contexto, a extensão e a cultura são elos que possibilitam a interação entre a universidade e a comunidade. Com a percepção desta importância, a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) acaba de disponibilizar em sua página www.proec.ufla.br o relatório com as atividades desenvolvidas em 2010. Como bem definiu o pró-reitor de Extensão e Cultura, professor Magno Antônio Patto Ramalho, na apresentação do relatório, “sem uma extensão bem articulada, o conhecimento científico gerado dificilmente será útil para a sociedade”, destacou.

Quem acompanha a agenda de eventos da UFLA sabe que ela é ampla e diversificada. Em 2010, foram 413 eventos, com a participação estimada de 15 mil pessoas. Foram realizados 146 cursos de extensão e 74 projetos de extensão, sete deles financiados pelo CNPq. Os programas de estágios na UFLA deram oportunidade a 32 estudantes, além de outros 701 estagiários em instituições parceiras. Também foram ministrados nove cursos de qualificação profissional, possibilitando a inserção de 369 titulados ao mercado de trabalho.

A extensão na Universidade também envolve as ações de 34 núcleos de estudos e a prestação de serviços de 10 empresas juniores. Somente no Hospital Veterinário Universitário, foram registrados cerca de três mil atendimentos. Para os produtores rurais, foram realizadas em torno de 35 mil análises de solo, assim como a realização de treinamentos, dias de campo e seminários. Para os jovens, o curso pré-vestibular gratuito foi uma oportunidade para 159 estudantes, muitos deles conseguindo entrar para a universidade.

Também vale destacar o trabalho desenvolvido nos Museus Bi-Moreira e História Natural, que passam por um projeto de revitalização, tendo recebido em média duas mil visitas em 2010. Nos museus são realizados projetos que fazem a ponte entre a academia e a sociedade, como o Cinema com Vida, Magia da Física, Planetário, Ciclo de Palestras/Química, entre outras iniciativas culturais. O projeto Caça Talentos também chamou a atenção dos estudantes e contribuiu para impulsionar novas carreiras, com cultura e arte na Cantina Central. Outras tantas iniciativas merecem destaque no relatório, como o Grupo de Teatro, o Grupo de Capoeira, projetos de esportes, corais, exposições e espetáculos de rua.

Vale a pena conferir. Basta clicar na tela abaixo (em expand) para expandir a tela e passar as páginas como em um livro virtual.

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